14 de julho de 2015

VOTAÇÕES DOS DEPUTADOS E FORMADORES DE OPINIÃO!

1. As eleições de 2014, ao resultarem em uma maioria de opinião francamente conservadora, atingiram a importância dos formadores de opinião – intelectuais, artistas, grandes esportistas, atores, colunistas, editorialistas, professores ilustres…

2. Nas várias votações sobre reforma política e sobre maioridade, isso ficou evidenciado. Em todas elas -ou quase- a imprensa abriu o debate entre especialistas de todos os segmentos, dando ampla divulgação ao que pensavam em cada caso.

3. Obrigatoriamente, todos os deputados leram, viram e ouviram as diversas opiniões e, portanto, foram alcançados por elas. Todos os formadores de opinião eram contra o Distritão. Parte a favor do voto em lista e parte a favor do voto distrital-misto. Esses obtiveram uns 20 votos e outro uns 90.

4. Mesmo o Distritão não tendo alcançado maioria constitucional, obteve uns 250 votos. E as críticas dos formadores de opinião foram generalizadas. No final ficou o que ninguém queria: o sistema atual de voto proporcional aberto.

5. Da mesma forma ocorreu com financiamento de campanhas eleitorais, onde formadores de opinião legislados até por ministros do STF mostraram seus pontos de vista. Igualmente a votação da existência de coligações. Não mudar foi a maioria.

6. A maioridade penal da mesmíssima forma, sendo que esta com muito maior intensidade dos formadores de opinião. No final, alguns deputados alegaram questões regimentais, ou seja, tecnicalidades. E nas duas votações, os votos a favor da redução da idade penal para 16 anos obtiveram 303 votos numa votação e 327 noutra, obtendo mais de 50% do número de deputados que votaram contra.

7. Nesse último caso a própria opinião pública contraria os formadores de opinião já que uns 90% dos eleitores estão a favor da redução da maioridade penal.

8. Em geral, o que se chama de formadores de opinião corresponde à opinião dos que se colocam à esquerda do espectro ideológico. Um levantamento voto a voto mostra que os formadores de opinião -neste último sentido- correspondem a 15% dos deputados.

9. Certamente a debacle do PT e suas periferias explica essa minimização da expressão parlamentar dos formadores de opinião.

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COMITÊ OLÍMPICO DÁ CALOTE DE CERCA DE R$ 50 MILHÕES NO FUNDO DE PENSÃO DOS SERVIDORES DA PREFEITURA DO RIO!

(Extra, Extra – Berenice Seara, 13) 1.  Calote olímpico à vista. Os imóveis onde estão abrigadas a Rio 2016 e a Empresa Olímpica Municipal pertencem ao Funprevi — o fundo de previdência dos servidores da Prefeitura do Rio. Eles foram alugados pela prefeitura, que nunca pagou um centavo ao senhorio. Em dezembro de 2014, a dívida já estava em quase R$ 48 milhões, segundo o Tribunal de Contas do Município (TCM). Depois, a Prefeitura do Rio não sabe explicar por que o Funprevi está na pindaíba.

2. Um desses terrenos, supostamente, abrigará, depois, a futura sede da Câmara de Vereadores. Em permuta com o Legislativo municipal, o fundo levou imóveis e dinheiro.
Mas o TCM revela que a previdência dos servidores registrou uma perda contábil, com a operação, de R$ 53 milhões. Parece que está todo mundo querendo levar um dinheirinho do Funprevi. Aliás, quando tomou posse, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) encontrou, no fundo, quase R$2 bilhões. Agora…