20 de junho de 2013

“PÉROLAS” DA MATÉRIA DA REVISTA ÉPOCA (16) SOBRE PREFEITO DO RIO!

(Época, 16) 1. Vereadores. Ando nesta van e sempre chamo vereadores. Você acha que o cara vai fazer oposição a mim, batendo papo comigo, tomando um guaraná, ouvindo um samba, a gente falando besteira?

2. Agressões. “Está desafinado”, disse a professora de violão que o acompanhava. Recomeçaram, ela voltou a reclamar. “Se você reclamar de novo, vou jogar esse microfone em você”, disse Paes a ela, segundo suas próprias palavras (aqui, já livres do baixo calão). A professora parou novamente. “Aí peguei o microfone, joguei em cima dela e saí do palco. Ali se encerrou minha carreira artística.” (…) “Ele já me atirou um grampeador”, diz Pedro Paulo Carvalho Teixeira, o secretário da Casa Civil. “Em mim, ele jogou um cinzeiro”, afirma Alexander Costa, o secretário de Ordem Pública. “Mas não é por mal”, dizem ambos. “Logo depois, ele faz as pazes.” (…) Estavam no escritório da vereadora Andréa Gouveia Vieira, então no PSDB, como Paes. Andréa o criticou, por não ter apoiado a candidatura de Denise Frossard, mas a de Cabral. Paes não gostou. Ela reafirmou, ele impacientou-se e, de repente, explodiu. “Vagabunda!”, gritou, estabanado, entre outros impropérios. Abalada, aturdida e sem conseguir silenciá-lo, Andréa mandou que Paes saísse. Guaraná o levou.

3. Negócios, Sólidos, e… Líquidos. A Vitznau International Corporation e a Conval Corporation são propriedade de Valmar Souza Paes (pai de Eduardo), Consuelo da Costa Paes (mãe) e Letícia da Costa Paes (irmã). Foram registradas no dia 18 de junho de 2008 no paraíso fiscal da República do Panamá. Ao ser questionado sobre as duas empresas, Paes responde: “Nenhum problema. Estão declaradas no Imposto de Renda deles”. Ele não autorizou ÉPOCA a falar com seus familiares. “Do ponto de vista da ética, não existe nada de sólido contra mim”, diz.

4. Acusação I. O economista Marcello Faulhaber, com mestrado em Londres, conheceu Eduardo Paes quando ele era secretário do Meio Ambiente de César Maia. Ficaram amigos. (…) Paes eleito, ele ocupou a subsecretária da Casa Civil. Participou da elaboração dos 40 decretos com que Paes inaugurou sua gestão e da montagem de equipe de executivos advindos, como ele, da iniciativa privada.  Em setembro do ano passado, quando a campanha à prefeitura do Rio pegava fogo – Paes era candidato à reeleição -, Faulhaber escreveu um e-mail e o enviou à ex-vereadora Andréa Gouvea Vieira (…) É um e-mail de 60 linhas. Eis alguns trechos: “…É um péssimo ser humano. Eduardo não é um ótimo prefeito porque quer o melhor para o Rio de Janeiro. Ele o é por causa da sua ambição e vaidade desmedida. O que há é puro pragmatismo, a serviço da ambição e da vaidade”. “E é na sua hipocrisia, na sua ação política ditatorial, desprovida de escrúpulos e sem nenhum respeito às instituições, que podemos perceber esse pragmatismo ‘escrete’, a política sem ideal. Estamos criando um monstro no Rio… Ele acredita de verdade que qualquer um pode ser comprado, qualquer um, pastores, lideranças comunitárias, jornalistas, políticos, partidos, juízes, desembargadores, enfim todos”. Não sei onde isso vai parar.”

5. Acusação II. Ao ser informado sobre o conteúdo do e-mail de Faulhaber, Paes cessa os elogios. “Mandei o Marcello embora porque ele foi conivente com um esquema de corrupção que descobri e abortei”, afirma ele, na confortável poltrona de uma das salas da casa da Gávea Pequena. Faulhaber ouviu a versão de Paes e negou. “Não tem o menor cabimento”, diz ele, “e o desafio a provar.”

6. Cerveja.  O bar próximo à piscina (da casa da Gávea Pequena) é o lugar preferido em seus poucos momentos de descanso. “Aqui, pode faltar leite para as crianças, mas cerveja para o prefeito não falta”, diz ele animado, mostrando a geladeira cheia, com a marca belga de sua preferência.

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CONTRATOS SOCIAIS DAS EMPRESAS VITZNAU E CONVAL!

Site do Cartório do Panamá registra os contratos sociais das duas empresas citadas na nota acima de matéria da revista Época (16). As duas empresas têm capital social de 4 milhões de dólares: Vitznau International Corporation e a Conval Corporation.

Conheça os contratos sociais registrados no Cartório do Panamá. 1 e2.

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PREFEITO DO RIO REVOGA DECRETO QUE LIMITAVA A OCUPAÇÃO DAS PRAIAS/RECREIO, IMAGINANDO QUE AS MANIFESTAÇÕES ENCOBRIRIAM!

1. O Decreto 30.332 de dezembro de 2008 estabeleceu limites de ocupação de espaço para os novos quiosques da praia da Barra e Recreio. Surpreendentemente através do decreto 37.925 de 18/06/2013, o atual prefeito cancelou o decreto que impunha limites e, assim, abriu a praia para a ocupação abusiva de área pública e de Marinha por interesses, claro, comerciais.

2. O decreto cancelado em seu artigo primeiro dizia: “Art. 1o A área máxima de ocupação dos quiosques do Projeto Rio-Orla, situados ao longo da Avenida Lucio Costa sobre a faixa de areia será́ determinada por uma faixa semicircular que acompanha a borda do calçadão no trecho atrás dos quiosques com extensão em linha reta de, no máximo, 15,20m por 2,00m de largura conforme planta e corte constantes dos Anexos I e II do presente Decreto.”

3. Conheça o texto completo do decreto cancelado.

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AVALIAÇÃO DO GOVERNO DILMA POR ÁREAS!

Pesquisa Ibope-junho 2013-antes das manifestações-Porcentagens de Desaprovação.

Segurança Pública 67% / Saúde 63% / Impostos 64% / Combate à Inflação 57% / Taxa de Juros 54% / Educação 51%/ Combate ao Desemprego 45% / Meio Ambiente 39% / Combate a Fome 38%.

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REVOLTA CONTRA AUMENTO DE 20 RÉIS!

(Kenneth Maxwell- Historiador – Folha de SP, 20) Uma revolta popular, a Revolta do Vintém, acontecida no Rio no final de 1879 e no começo de 1880, começou quando foi apresentado um imposto de 20 réis sobre todos os passageiros que usavam os bondes puxados a mula na cidade. Os manifestantes se reuniram diante do palácio de São Cristóvão. O imperador d. Pedro 2º queria ser conciliador. Mas, quando a polícia não se provou capaz de conter a multidão furiosa no largo de São Francisco, o ponto inicial e final das linhas de bonde, a polícia chamou o Exército e mais de uma dúzia de manifestantes foram mortos e feridos quando os soldados abriram fogo. A Revolta do Vintém terminou tão rápido quanto tinha começando, quando o imposto de 20 réis foi retirado. Mas ela chocou o regime imperial. Cerca de nove anos mais tarde, o imperador seria substituído.

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MARQUETEIROS EM PÂNICO!

(Igor Gielow – Folha de SP, 20) Emparedados por uma força nova e insondável, que transbordou do mundo virtual para as rua. Enfim, a medida aplacará as demandas? Exceto que os governos tenham serviços de inteligência excepcionais, que lhes tenham garantido que o Facebook era aparelhado pelo MPL e voltará a ser território de fotos de bichinhos fofos, apelos humanistas rasos e afins, NÃO. As imagens do começo da noite de ontem na TV não insinuavam prognóstico muito mais róseo.

2.  Porque é isso o que as reduções sugerem. Uma medida para acalmar ânimos, certamente apoiada por marqueteiros em pânico com o uso das imagens dos últimos dias no horário eleitoral em 2014. Aí se encerra o grande risco político de terem dado a primeira piscada neste pôquer peculiar em jogo. O governo o fez por ter olhos; os manifestantes não os têm. Eles estão sob a máscara de Guy Fawkes, o carbonário do século 17 que inspira o protagonista de “V de Vingança”.

3. (Wikipédia) Guy Fawkes (Iorque, 13 de abril de 1570 — Londres, janeiro de 1606), também conhecido como Guido Fawkes, foi um soldado inglês católico que teve participação na “Conspiração da pólvora” (Gunpowder Plot) na qual se pretendia assassinar o rei protestante Jaime I da Inglaterra e todos os membros do parlamento durante uma sessão em 1605, objetivando o início de um levante católico. Guy Fawkes era o responsável por guardar os barris de pólvora que seriam utilizados para explodir o Parlamento do Reino Unido durante a sessão.

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FINLÂNDIA: REFERÊNCIA MUNDIAL EM EDUCAÇÃO! 

(BBC, 15) 1. Não são os que mais investem na educação (menos de 7% do PIB), nem os que impõem a maior carga horária para as crianças nas escolas (608 horas na escola primária, em comparação com 875 da Espanha, por exemplo).  Também não são conhecidos por passar quantidades excessivas de lição de casa; e, na hora de avaliar formalmente o sucesso do processo de aprendizagem, um par de exames nacionais quando os jovens saem da escola, aos 18 anos, é o suficiente.

2. Então, como é possível que os estudantes finlandeses sempre estejam nas primeiras posições nos testes internacionais que avaliam os níveis de ensino?  A Finlândia parece ter encontrado um modelo – de educação gratuita do começo ao fim (e onde as escolas privadas quase não existem), que tem professores e alunos felizes.

3. As crianças começam a escola aos 7 anos de idade. / Quase todas as escolas são públicas (o número de escolas particulares é insignificante). / Toda a educação é gratuita (do jardim de infância à universidade) / Alimentos e materiais de estudo também são gratuitos. / Durante os primeiros seis anos da educação primária, é o mesmo professor para a maioria dos indivíduos. / Jornada Escola: de 8.30/9 a 15 horas, com meia hora de almoço. /

4. Exames nacionais, quando os alunos fazem 18 / Média de alunos por turma: 23. / Classes mistas (homens e mulheres, com diferentes graus de capacidade). / Os professores devem ter um mestrado para poder lecionar.  São muitos os fatores que fazem com que a educação na Finlândia seja uma das melhores do mundo, mas uma das questões-chave, de acordo com vários especialistas entrevistados pela BBC, é a qualidade dos professores.