Entrevista com Cesar Maia sobre sua candidatura ao Senado

Pergunta: Sua candidatura a Senador na chapa Aezão surpreendeu muita gente.
Cesar Maia: E a mim também. Até a semana passada, a minha candidatura a governador estava posta e já em processo de operacionalização, com definição de contratação de TV, serviços gráficos, etc. A aliança no Rio entre PT de Dilma e PSB de Campos surpreendeu também a todos e trouxe um fato novo.

P: E como ocorreu a decisão?
CM: No sábado (21) à noite recebi um telefonema de Aécio falando desse fato novo e que levando em conta a prevalência da eleição presidencial, precisávamos agrupar as forças de apoio a ele, com concessões de ambos os lados. Marcou reunião urgente domingo pela manhã no apartamento dele.

P: Como foi essa reunião?
CM: Aécio analisou o desdobramento das decisões do PT e PMDB no Rio em nível presidencial e a repercussão na imprensa que sublinhava o impacto eleitoral. E que, sendo assim, os meus argumentos em defesa de termos candidatura própria paralelamente ao Pezão deveria ser reavaliada.

P: Qual a sua reação?
CM: De compreensão, mas lembrei a ele que se não tivéssemos uma candidatura majoritária, ele ficaria fora da TV regional, pois a legislação proíbe não seguir a coligação presidencial. A resposta dele foi imediata. Disse que no dia anterior, também com esta preocupação, havia consultado os líderes do PMDB e mostrado que seria necessário abrir um espaço majoritário. A única possibilidade era o Senado.

P: Como eles reagiram?
CM: Aécio disse que com total compreensão. E mais, como as pesquisas mostravam um cruzamento especialmente na Capital e em Niterói entre eu e Pezão, o fortalecimento da candidatura PT-PSB, com nossa divisão, seria inevitável. Ou seja, o risco das duas candidaturas postas eliminarem as mesmas duas do segundo turno era muito grande, o que produziria o que as demais queriam, com natural efeito em nível presidencial.

P: E como a decisão foi finalizada?
CM: Aécio usou uma expressão que fechou o assunto: Esse é um ATO DE RESPONSABILIDADE. Responsabilidade nacional e também estadual pelo risco de Pezão e eu juntos eliminarmos os dois do segundo turno. E arrematou dizendo que as sondagens aos dirigentes no dia anterior foram muito positivas e que ele gostaria de resolver tudo naquele mesmo domingo (22).

P: E como se deu isso?
CM: Retornei a meu apartamento e meia hora depois Aécio ligou pedindo que eu retornasse.  Assim foi feito. Estavam os deputados Luiz Paulo, presidente do PSDB-RJ, e Comte Bittencourt, presidente do PPS-RJ. Aécio informou sobre a conversa que tivemos e que em meia hora chegariam Pezão, Picciani e Cabral. Assim foi.

P: Como foi essa segunda reunião?
CM: Aécio resumiu o que já tínhamos conversado e o que ele havia antecipado a eles. Em seguida falaram um a um todos os demais presentes.  A questão do ATO DE RESPONSABILIDADE foi realçada por todos, tanto em nível presidencial como estadual. E que a retirada da candidatura ao Senado do PMDB era um gesto de forte simbologia e uma concessão que mostrava que a aliança seria para valer, pois eu entraria no espaço ocupado antes e agora por dois senadores.

P: E como culminou?
CM: Os presidentes dos demais partidos e candidatos a vice e suplências de senado já teriam sido sondados, o que seria reforçado naquela tarde. Em seguida marcou-se uma coletiva para o dia seguinte, incorporando algum risco de reversão de algum aliado, o que não ocorreu depois de detalhadas as razões nos dias posteriores. Esse foi um gesto decisivo.

P: Como você se sente agora?
CM: Creio que a tradução por Aécio de ser um Ato de Responsabilidade foi contundente e definitivo para minha consciência e coerência políticas.

30 de junho de 2014

“UM ATO DE RESPONSABILIDADE”!  ENTREVISTA COM CESAR MAIA!

1. Ex-Blog: Sua candidatura a Senador na chapa Aezão surpreendeu muita gente. Cesar Maia: E a mim também. Até a semana passada, a minha candidatura a governador estava posta e já em processo de operacionalização, com definição de contratação de TV, serviços gráficos, etc. A aliança no Rio entre PT de Dilma e PSB de Campos surpreendeu também a todos e trouxe um fato novo.

2. Ex-Blog: E como ocorreu a decisão? CM: No sábado (21) à noite recebi um telefonema de Aécio falando desse fato novo e que levando em conta a prevalência da eleição presidencial, precisávamos agrupar as forças de apoio a ele, com concessões de ambos os lados. Marcou reunião urgente domingo pela manhã no apartamento dele.

3. Ex-Blog: Como foi essa reunião? CM: Aécio analisou o desdobramento das decisões do PT e PMDB no Rio em nível presidencial e a repercussão na imprensa que sublinhava o impacto eleitoral. E que, sendo assim, os meus argumentos em defesa de termos candidatura própria paralelamente ao Pezão deveria ser reavaliada.

4. Ex-Blog: Qual a sua reação? CM: De compreensão, mas lembrei a ele que se não tivéssemos uma candidatura majoritária, ele ficaria fora da TV regional, pois a legislação proíbe não seguir a coligação presidencial. A resposta dele foi imediata. Disse que no dia anterior, também com esta preocupação, havia consultado os líderes do PMDB e mostrado que seria necessário abrir um espaço majoritário. A única possibilidade era o Senado.

5. Ex-Blog: Como eles reagiram? CM: Aécio disse que com total compreensão. E mais, como as pesquisas mostravam um cruzamento especialmente na Capital e em Niterói entre eu e Pezão, o fortalecimento da candidatura PT-PSB, com nossa divisão, seria inevitável. Ou seja, o risco das duas candidaturas postas eliminarem as mesmas duas do segundo turno era muito grande, o que produziria o que as demais queriam, com natural efeito em nível presidencial.

6. Ex-Blog: E como a decisão foi finalizada? CM: Aécio usou uma expressão que fechou o assunto: Esse é um ATO DE RESPONSABILIDADE. Responsabilidade nacional e também estadual pelo risco de Pezão e eu juntos eliminarmos os dois do segundo turno. E arrematou dizendo que as sondagens aos dirigentes no dia anterior foram muito positivas e que ele gostaria de resolver tudo naquele mesmo domingo (22).

7. Ex-Blog: E como se deu isso? CM: Retornei a meu apartamento e meia hora depois Aécio ligou pedindo que eu retornasse.  Assim foi feito. Estavam os deputados Luiz Paulo, presidente do PSDB-RJ, e Comte Bittencourt, presidente do PPS-RJ. Aécio informou sobre a conversa que tivemos e que em meia hora chegariam Pezão, Picciani e Cabral. Assim foi.

8. Ex-Blog: Como foi essa segunda reunião? CM: Aécio resumiu o que já tínhamos conversado e o que ele havia antecipado a eles. Em seguida falaram um a um todos os demais presentes.  A questão do ATO DE RESPONSABILIDADE foi realçada por todos, tanto em nível presidencial como estadual. E que a retirada da candidatura ao Senado do PMDB era um gesto de forte simbologia e uma concessão que mostrava que a aliança seria para valer, pois eu entraria no espaço ocupado antes e agora por dois senadores.

9. Ex-Blog: E como culminou? CM: Os presidentes dos demais partidos e candidatos a vice e suplências de senado já teriam sido sondados, o que seria reforçado naquela tarde. Em seguida marcou-se uma coletiva para o dia seguinte, incorporando algum risco de reversão de algum aliado, o que não ocorreu depois de detalhadas as razões nos dias posteriores. Esse foi um gesto decisivo.

10. Ex-Blog: Como você se sente agora? CM: Creio que a tradução por Aécio de ser um Ato de Responsabilidade foi contundente e definitivo para minha consciência e coerência políticas.

* * *

A DESINTEGRAÇÃO DA SÍRIA!

(Paulo Sérgio Pinheiro, presidente da comissão independente internacional de investigação da ONU sobre a República Árabe da Síria – Folha de SP, 29) 1. Estima-se que 9,3 milhões de sírios têm necessidade de assistência humanitária urgente, com 4,25 milhões de deslocados internamente e 2,8 milhões de refugiados em países vizinhos. A expressiva maioria são mulheres e crianças.  A infraestrutura básica do país foi destroçada. Escolas foram reduzidas a escombros ou ocupadas pelas forças armadas. Hospitais foram invadidos. Bairros residenciais estão destruídos. Alimentos, água e eletricidade foram cortados para infligir sofrimento a populações civis. A guerra teve um impacto devastador sobre a economia do país.

2. A Síria está a ponto de se tornar um “Estado falido, com senhores da guerra por toda parte”, e o conflito não ficará restrito às fronteiras do país.   A guerra na Síria atingiu um ponto de inflexão que ameaça toda a região. O governo sírio e os grupos armados na oposição têm levado a violência ao paroxismo. Todos desrespeitam flagrantemente as regras dos direitos humanos. Uma impunidade generalizada campeia.

3. Combatentes e cidadãos são torturados até a morte dentro de centros de detenção, homens são decapitados e alguns crucificados em praça pública, mulheres vivem com o estigma do abuso sexual e as crianças são recrutadas pelas forças de combate.

4. A ameaça de uma guerra regional no Oriente Médio está cada vez mais próxima. O conflito armado que se alastra no Iraque terá repercussão devastadora na Síria e em outros países limítrofes.  O aspecto mais alarmante tem sido o aumento da ameaça sectária, consequência direta da dominação de grupos extremistas como o Estado Islâmico no Iraque e no Levante, o EIIL. Seus combatentes radicais atacam não somente as comunidades sunitas que não se submetem a seu controle, mas também minorias como os xiitas, alauítas, cristãos, armênios, drusos e curdos, todos considerados apóstatas ou infiéis que devem ser abatidos.

5.  Não há solução militar para o conflito. Desde o início, a única via sempre foi e continua sendo uma negociação diplomática, política, que inclua todos os países com influência na região, desde o Irã até a Arábia Saudita.

A DESINTEGRAÇÃO DA SÍRIA!

(Paulo Sérgio Pinheiro, presidente da comissão independente internacional de investigação da ONU sobre a República Árabe da Síria – Folha de SP, 29) 1. Estima-se que 9,3 milhões de sírios têm necessidade de assistência humanitária urgente, com 4,25 milhões de deslocados internamente e 2,8 milhões de refugiados em países vizinhos. A expressiva maioria são mulheres e crianças.  A infraestrutura básica do país foi destroçada. Escolas foram reduzidas a escombros ou ocupadas pelas forças armadas. Hospitais foram invadidos. Bairros residenciais estão destruídos. Alimentos, água e eletricidade foram cortados para infligir sofrimento a populações civis. A guerra teve um impacto devastador sobre a economia do país.

2. A Síria está a ponto de se tornar um “Estado falido, com senhores da guerra por toda parte”, e o conflito não ficará restrito às fronteiras do país.   A guerra na Síria atingiu um ponto de inflexão que ameaça toda a região. O governo sírio e os grupos armados na oposição têm levado a violência ao paroxismo. Todos desrespeitam flagrantemente as regras dos direitos humanos. Uma impunidade generalizada campeia.

3. Combatentes e cidadãos são torturados até a morte dentro de centros de detenção, homens são decapitados e alguns crucificados em praça pública, mulheres vivem com o estigma do abuso sexual e as crianças são recrutadas pelas forças de combate.

4. A ameaça de uma guerra regional no Oriente Médio está cada vez mais próxima. O conflito armado que se alastra no Iraque terá repercussão devastadora na Síria e em outros países limítrofes.  O aspecto mais alarmante tem sido o aumento da ameaça sectária, consequência direta da dominação de grupos extremistas como o Estado Islâmico no Iraque e no Levante, o EIIL. Seus combatentes radicais atacam não somente as comunidades sunitas que não se submetem a seu controle, mas também minorias como os xiitas, alauítas, cristãos, armênios, drusos e curdos, todos considerados apóstatas ou infiéis que devem ser abatidos.

5.  Não há solução militar para o conflito. Desde o início, a única via sempre foi e continua sendo uma negociação diplomática, política, que inclua todos os países com influência na região, desde o Irã até a Arábia Saudita.

“UM ATO DE RESPONSABILIDADE”! ENTREVISTA COM CESAR MAIA!

1. Ex-Blog: Sua candidatura a Senador na chapa Aezão surpreendeu muita gente. Cesar Maia: E a mim também. Até a semana passada, a minha candidatura a governador estava posta e já em processo de operacionalização, com definição de contratação de TV, serviços gráficos, etc. A aliança no Rio entre PT de Dilma e PSB de Campos surpreendeu também a todos e trouxe um fato novo.

2. Ex-Blog: E como ocorreu a decisão? CM: No sábado (21) à noite recebi um telefonema de Aécio falando desse fato novo e que levando em conta a prevalência da eleição presidencial, precisávamos agrupar as forças de apoio a ele, com concessões de ambos os lados. Marcou reunião urgente domingo pela manhã no apartamento dele.

3. Ex-Blog: Como foi essa reunião? CM: Aécio analisou o desdobramento das decisões do PT e PMDB no Rio em nível presidencial e a repercussão na imprensa que sublinhava o impacto eleitoral. E que, sendo assim, os meus argumentos em defesa de termos candidatura própria paralelamente ao Pezão deveria ser reavaliada.

4. Ex-Blog: Qual a sua reação? CM: De compreensão, mas lembrei a ele que se não tivéssemos uma candidatura majoritária, ele ficaria fora da TV regional, pois a legislação proíbe não seguir a coligação presidencial. A resposta dele foi imediata. Disse que no dia anterior, também com esta preocupação, havia consultado os líderes do PMDB e mostrado que seria necessário abrir um espaço majoritário. A única possibilidade era o Senado.

5. Ex-Blog: Como eles reagiram? CM: Aécio disse que com total compreensão. E mais, como as pesquisas mostravam um cruzamento especialmente na Capital e em Niterói entre eu e Pezão, o fortalecimento da candidatura PT-PSB, com nossa divisão, seria inevitável. Ou seja, o risco das duas candidaturas postas eliminarem as mesmas duas do segundo turno era muito grande, o que produziria o que as demais queriam, com natural efeito em nível presidencial.

6. Ex-Blog: E como a decisão foi finalizada? CM: Aécio usou uma expressão que fechou o assunto: Esse é um ATO DE RESPONSABILIDADE. Responsabilidade nacional e também estadual pelo risco de Pezão e eu juntos eliminarmos os dois do segundo turno. E arrematou dizendo que as sondagens aos dirigentes no dia anterior foram muito positivas e que ele gostaria de resolver tudo naquele mesmo domingo (22).

7. Ex-Blog: E como se deu isso? CM: Retornei a meu apartamento e meia hora depois Aécio ligou pedindo que eu retornasse.  Assim foi feito. Estavam os deputados Luiz Paulo, presidente do PSDB-RJ, e Comte Bittencourt, presidente do PPS-RJ. Aécio informou sobre a conversa que tivemos e que em meia hora chegariam Pezão, Picciani e Cabral. Assim foi.

8. Ex-Blog: Como foi essa segunda reunião? CM: Aécio resumiu o que já tínhamos conversado e o que ele havia antecipado a eles. Em seguida falaram um a um todos os demais presentes.  A questão do ATO DE RESPONSABILIDADE foi realçada por todos, tanto em nível presidencial como estadual. E que a retirada da candidatura ao Senado do PMDB era um gesto de forte simbologia e uma concessão que mostrava que a aliança seria para valer, pois eu entraria no espaço ocupado antes e agora por dois senadores.

9. Ex-Blog: E como culminou? CM: Os presidentes dos demais partidos e candidatos a vice e suplências de senado já teriam sido sondados, o que seria reforçado naquela tarde. Em seguida marcou-se uma coletiva para o dia seguinte, incorporando algum risco de reversão de algum aliado, o que não ocorreu depois de detalhadas as razões nos dias posteriores. Esse foi um gesto decisivo.

10. Ex-Blog: Como você se sente agora? CM: Creio que a tradução por Aécio de ser um Ato de Responsabilidade foi contundente e definitivo para minha consciência e coerência políticas.

27 de junho de 2014

E A POLÍTICA INTERNACIONAL DO NOVO PRESIDENTE? SILÊNCIO PREOCUPANTE!

1. Depois de meses de pré-campanha e já com as Convenções em andamento, não se leu, ouviu ou viu, uma palavra sequer dos candidatos sobre Política Internacional. Esse é um vácuo muito importante que diferencia a capacidade dos candidatos de assumirem o país num mundo globalizado, interconectado e com conflitos de antes e de agora.

2. Os discursos presidenciais em campanha sobre Política Internacional não devem ser apenas restritos aos candidatos a chefe de governos nos países mais desenvolvidos, mas a todos e, em especial, àqueles -como no caso do Brasil- de países continentais, geopolítica e economicamente estratégicos.

3. Aí estão os casos do Oriente Médio (gravemente reaberto), da Ucrânia, da expansão populista na América Latina, das crises na África do Norte, do populismo europeu xenófobo redivivo, das nossas relações afetadas com os Estados Unidos, da desintegração do Mercosul, da pujança asiática, etc.

4. Em 29 de março de 1960, em Belém, escala de sua viagem a Havana, o candidato Jânio Quadros, depois vitorioso com 49% dos votos e que inovou em política externa nos meses que dirigiu o país, afirmava: “A primeira condição que se exige daquele que aspira a dirigir nossa pátria, no meu entender, é a objetividade e coragem no campo das relações internacionais. As conveniências dos outros países ou temores da imaturidade não podem orientar-nos na vida exterior, sob pena de graves consequências ao progresso e segurança do bem estar de nossa gente”.

* * *

NOTAS INTERNACIONAIS!

1. Ucrânia, Geórgia e Moldávia assinaram hoje (27), em Bruxelas, acordos de associação com a União Europeia, a fim de estabelecer vínculos políticos e econômicos mais estreitos – uma iniciativa que a Rússia se opunha com firmeza e que, inclusive, provocara a crise na Ucrânia.

2. (El País, 27) Desde a semana passada o chavismo dá sinais de desintegração. O antes imutável ministro de Planejamento e mentor intelectual de Chávez, Jorge Giordani (destituído em 17 de junho), difundiu uma carta aberta titulada “Testemunho e responsabilidade diante da historia”, na qual faz reprimendas ao presidente Nicolás Maduro, como não transmitir liderança, dar sensação de vazio de poder e tomar decisões equivocadas em matéria econômica.

3. (Agência EFE, 27) Bagdá aplaude um ataque aéreo sírio contra jihadistas. Exército iraquiano lança uma ofensiva para tomar Tikrit, cidade natal de Saddam. O presidente do Curdistão visita Kirkuk.

4. Primeiro ministro britânico Cameron critica abertamente acordo para a escolha do novo presidente da União Europeia: “Juncker é a pessoa equivocada para dirigir a UE”.

5. (El Tiempo, 27) Produção de cocaína em 2013 foi a mais baixa em 10 anos: 290 toneladas. Dez anos atrás os narcotraficantes produziam 640 toneladas por ano.

6. (Ex-Blog) 26/06 cumpriram 100 anos do início da Primeira Guerra Mundial, cujo desdobramento foi a partilha e desintegração do Oriente Médio. A conta chegou indo muito além da Palestina.

NOTAS INTERNACIONAIS!

1. Ucrânia, Geórgia e Moldávia assinaram hoje (27), em Bruxelas, acordos de associação com a União Europeia, a fim de estabelecer vínculos políticos e econômicos mais estreitos – uma iniciativa que a Rússia se opunha com firmeza e que, inclusive, provocara a crise na Ucrânia.

2. (El País, 27) Desde a semana passada o chavismo dá sinais de desintegração. O antes imutável ministro de Planejamento e mentor intelectual de Chávez, Jorge Giordani (destituído em 17 de junho), difundiu uma carta aberta titulada “Testemunho e responsabilidade diante da historia”, na qual faz reprimendas ao presidente Nicolás Maduro, como não transmitir liderança, dar sensação de vazio de poder e tomar decisões equivocadas em matéria econômica.

3. (Agência EFE, 27) Bagdá aplaude um ataque aéreo sírio contra jihadistas. Exército iraquiano lança uma ofensiva para tomar Tikrit, cidade natal de Saddam. O presidente do Curdistão visita Kirkuk.

4. Primeiro ministro britânico Cameron critica abertamente acordo para a escolha do novo presidente da União Europeia: “Juncker é a pessoa equivocada para dirigir a UE”.

5. (El Tiempo, 27) Produção de cocaína em 2013 foi a mais baixa em 10 anos: 290 toneladas. Dez anos atrás os narcotraficantes produziam 640 toneladas por ano.

6. (Ex-Blog) 26/06 cumpriram 100 anos do início da Primeira Guerra Mundial, cujo desdobramento foi a partilha e desintegração do Oriente Médio. A conta chegou indo muito além da Palestina.

E A POLÍTICA INTERNACIONAL DO NOVO PRESIDENTE? SILÊNCIO PREOCUPANTE!

1. Depois de meses de pré-campanha e já com as Convenções em andamento, não se leu, ouviu ou viu, uma palavra sequer dos candidatos sobre Política Internacional. Esse é um vácuo muito importante que diferencia a capacidade dos candidatos de assumirem o país num mundo globalizado, interconectado e com conflitos de antes e de agora.

2. Os discursos presidenciais em campanha sobre Política Internacional não devem ser apenas restritos aos candidatos a chefe de governos nos países mais desenvolvidos, mas a todos e, em especial, àqueles -como no caso do Brasil- de países continentais, geopolítica e economicamente estratégicos.

3. Aí estão os casos do Oriente Médio (gravemente reaberto), da Ucrânia, da expansão populista na América Latina, das crises na África do Norte, do populismo europeu xenófobo redivivo, das nossas relações afetadas com os Estados Unidos, da desintegração do Mercosul, da pujança asiática, etc.

4. Em 29 de março de 1960, em Belém, escala de sua viagem a Havana, o candidato Jânio Quadros, depois vitorioso com 49% dos votos e que inovou em política externa nos meses que dirigiu o país, afirmava: “A primeira condição que se exige daquele que aspira a dirigir nossa pátria, no meu entender, é a objetividade e coragem no campo das relações internacionais. As conveniências dos outros países ou temores da imaturidade não podem orientar-nos na vida exterior, sob pena de graves consequências ao progresso e segurança do bem estar de nossa gente”.

26 de junho de 2014

EXERCÍCIO PARA PROJETAR OS RESULTADOS E NECESSIDADES ELEITORAIS PARA PRESIDENTE!

1. Muito mais simples e efetivo para projetar as necessidades eleitorais dos candidatos é trabalhar com porcentagens nas regiões estratégicas. Vejamos projetando os números atuais de pesquisas de Dilma x Aécio no primeiro turno. Uma hipótese apenas.

2. O Nordeste tem 27,7% dos eleitores. Se Dilma abrir sobre Aécio 30 pontos, livra uma vantagem de 8,3 pontos em nível nacional. Minas Gerais tem 10,2% dos eleitores.  Se Aécio abrir 30 pontos sobre Dilma, livra 3 pontos. S. Paulo tem 21,7% dos eleitores. Se Aécio abrir 10 pontos sobre Dilma, terá 2,2 pontos de vantagem, arredondando.

3. Isolando estas 3 regiões, Dilma ainda tem a vantagem de 8,3 – (3 + 2,2) = 3,1 pontos.

4. Suponha que no restante do Sudeste a eleição fique empatada. Suponha que no Sul Aécio livre 10 pontos sobre Dilma. O Sul tem 14,3% dos eleitores o que daria para Aécio 1,4 pontos de vantagem.

5. Com isso, Dilma ainda teria vantagem de 1,7 pontos.  O Norte tem 8,4% dos eleitores. Suponha que Dilma tenha vantagem de 20 pontos. São 1,6 pontos de vantagem. O saldo seria favorável a Dilma em 3 pontos.

6. O Centro-Oeste tem 7,5% dos eleitores. Suponha que Aécio ganhe de Dilma aqui por 20 pontos. São 1,5 pontos de vantagem. Saldo geral 1,5 pontos a favor de Dilma.

7. São apenas hipóteses usadas como exemplo. Cada um, em especial a assessoria próxima dos candidatos, deveria usar as porcentagens objetivas do eleitorado por região e grandes estados e aplicar suas próprias hipóteses em cada pesquisa confiável que receber.

8. E assim definir a concentração de esforços regionais dos candidatos de forma a reduzir a diferença ou ampliar a diferença conforme cada caso, cada região.

* * *

ARGENTINA: PIB EM QUEDA DE 2% E INFLAÇÃO PRÓXIMA DE 40%!

(La Nacion, 21) 1. Os bancos e consultorias afirmaram que as perspectivas econômicas da Argentina pioraram. A inflação se aproximará dos 40% e a recessão registrará uma queda do PIB de 2% nesses dois anos. O prognóstico mais negativo é o do Bank of America-Merrill Lynch com uma recessão de -2%, seguido por Oxford Economics e JP Morgan com queda de 1,5% do PIB. Economist Intelligence Unit, HSBC e a União Industrial Argentina projetam queda de 1%. Para 2015 projetam que o PIB poderia cair até 1,2%, conforme o Goldman Sachs enquanto o JP Morgan é mais pessimista prevendo uma queda do PIB que poderia chegar a 3%.

2. Sobre a Inflação, essa poderia atingir quase 40%.  Goldman Sachs e Oxford preveem em torno de 37%; Bank of America, de 33%; Citigroup, de 31,8%, e Santander, de 31,3%. Mesmo o INDEC –instituto oficial de estatísticas- projeta uma inflação de 27%. Para 2015 o Bank of America prevê uma inflação de 37%, o Goldman Sachs e Oxford de 36%, e Citi de 35%.

* * *

“ACADEMIA DE FUTEBOL”, EM ÁREA POBRE E VIOLENTA DA BOLÍVIA, INDICADA AO PRÊMIO NOBEL DA PAZ!

(El País, 17) 1. Situada ao lado do cemitério La Cuchila, no extremo sul da cidade, a academia de futebol Tahuichi Aguilera acolhe diariamente cerca de 3.000 crianças da cidade mais populosa e violenta da Bolívia. Lá, entre dribles, passes e tiros, alguns dos meninos e meninas de famílias mais pobres da região recebem educação e cuidados para evitar problemas e conflitos muito comuns em Santa Cruz, como o alcoolismo, a dependência de drogas e a violência juvenil, enquanto seguem na busca do sonho de se tornarem profissionais.  Entre 85% e 90% das crianças que frequentam Tahuichi, o fazem “com uma bolsa de estudos, de forma gratuita”, diz Roly Aguilera, filho do fundador da escola, que atualmente exerce a função de presidente.

2. Desde a sua fundação em 1978, a academia foi nomeada seis vezes para o Prêmio Nobel da Paz em reconhecimento ao seu trabalho social. Embaixadora da Boa Vontade da ONU em 1993, prêmio Fair Play Internacional em 1995 e medalha de ouro da FIFA no ano 2000, Tahuichi é uma instituição na sociedade boliviana. Marco El Diablo Etcheverry, o atacante Erwin Sanchez e os zagueiros Luis Cristaldo e Juan Manuel Peña, todos membros da melhor seleção boliviana que já existiu, que conseguiu se classificar para a Copa do Mundo de 1994,levam a marca Tahuichi.

“ACADEMIA DE FUTEBOL”, EM ÁREA POBRE E VIOLENTA DA BOLÍVIA, INDICADA AO PRÊMIO NOBEL DA PAZ!

(El País, 17) 1. Situada ao lado do cemitério La Cuchila, no extremo sul da cidade, a academia de futebol Tahuichi Aguilera acolhe diariamente cerca de 3.000 crianças da cidade mais populosa e violenta da Bolívia. Lá, entre dribles, passes e tiros, alguns dos meninos e meninas de famílias mais pobres da região recebem educação e cuidados para evitar problemas e conflitos muito comuns em Santa Cruz, como o alcoolismo, a dependência de drogas e a violência juvenil, enquanto seguem na busca do sonho de se tornarem profissionais.  Entre 85% e 90% das crianças que frequentam Tahuichi, o fazem “com uma bolsa de estudos, de forma gratuita”, diz Roly Aguilera, filho do fundador da escola, que atualmente exerce a função de presidente.

2. Desde a sua fundação em 1978, a academia foi nomeada seis vezes para o Prêmio Nobel da Paz em reconhecimento ao seu trabalho social. Embaixadora da Boa Vontade da ONU em 1993, prêmio Fair Play Internacional em 1995 e medalha de ouro da FIFA no ano 2000, Tahuichi é uma instituição na sociedade boliviana. Marco El Diablo Etcheverry, o atacante Erwin Sanchez e os zagueiros Luis Cristaldo e Juan Manuel Peña, todos membros da melhor seleção boliviana que já existiu, que conseguiu se classificar para a Copa do Mundo de 1994,levam a marca Tahuichi.

ARGENTINA: PIB EM QUEDA DE 2% E INFLAÇÃO PRÓXIMA DE 40%!

(La Nacion, 21) 1. Os bancos e consultorias afirmaram que as perspectivas econômicas da Argentina pioraram. A inflação se aproximará dos 40% e a recessão registrará uma queda do PIB de 2% nesses dois anos. O prognóstico mais negativo é o do Bank of America-Merrill Lynch com uma recessão de -2%, seguido por Oxford Economics e JP Morgan com queda de 1,5% do PIB. Economist Intelligence Unit, HSBC e a União Industrial Argentina projetam queda de 1%. Para 2015 projetam que o PIB poderia cair até 1,2%, conforme o Goldman Sachs enquanto o JP Morgan é mais pessimista prevendo uma queda do PIB que poderia chegar a 3%.

2. Sobre a Inflação, essa poderia atingir quase 40%.  Goldman Sachs e Oxford preveem em torno de 37%; Bank of America, de 33%; Citigroup, de 31,8%, e Santander, de 31,3%. Mesmo o INDEC –instituto oficial de estatísticas- projeta uma inflação de 27%. Para 2015 o Bank of America prevê uma inflação de 37%, o Goldman Sachs e Oxford de 36%, e Citi de 35%.

EXERCÍCIO PARA PROJETAR OS RESULTADOS E NECESSIDADES ELEITORAIS PARA PRESIDENTE!

1. Muito mais simples e efetivo para projetar as necessidades eleitorais dos candidatos é trabalhar com porcentagens nas regiões estratégicas. Vejamos projetando os números atuais de pesquisas de Dilma x Aécio no primeiro turno. Uma hipótese apenas.

2. O Nordeste tem 27,7% dos eleitores. Se Dilma abrir sobre Aécio 30 pontos, livra uma vantagem de 8,3 pontos em nível nacional. Minas Gerais tem 10,2% dos eleitores.  Se Aécio abrir 30 pontos sobre Dilma, livra 3 pontos. S. Paulo tem 21,7% dos eleitores. Se Aécio abrir 10 pontos sobre Dilma, terá 2,2 pontos de vantagem, arredondando.

3. Isolando estas 3 regiões, Dilma ainda tem a vantagem de 8,3 – (3 + 2,2) = 3,1 pontos.

4. Suponha que no restante do Sudeste a eleição fique empatada. Suponha que no Sul Aécio livre 10 pontos sobre Dilma. O Sul tem 14,3% dos eleitores o que daria para Aécio 1,4 pontos de vantagem.

5. Com isso, Dilma ainda teria vantagem de 1,7 pontos.  O Norte tem 8,4% dos eleitores. Suponha que Dilma tenha vantagem de 20 pontos. São 1,6 pontos de vantagem. O saldo seria favorável a Dilma em 3 pontos.

6. O Centro-Oeste tem 7,5% dos eleitores. Suponha que Aécio ganhe de Dilma aqui por 20 pontos. São 1,5 pontos de vantagem. Saldo geral 1,5 pontos a favor de Dilma.

7. São apenas hipóteses usadas como exemplo. Cada um, em especial a assessoria próxima dos candidatos, deveria usar as porcentagens objetivas do eleitorado por região e grandes estados e aplicar suas próprias hipóteses em cada pesquisa confiável que receber.

8. E assim definir a concentração de esforços regionais dos candidatos de forma a reduzir a diferença ou ampliar a diferença conforme cada caso, cada região.

25 de junho de 2014

QUAL O PISO DE DILMA? DADOS DO IBOPE-BRASIL: PESQUISA ENTRE 13-15/06!

1. As pesquisas que se sucedem mostram uma curva declinante na avaliação da presidente Dilma. Em relação à intenção de voto, há uma certa estabilidade dos candidatos nesses últimos 2 meses. Nessa do Ibope, Dilma teve 39%, Aécio 21%, Eduardo Campos 10%, Demais 9% e Nenhum deles 21%.

2. A curva declinante da avaliação de Dilma levanta a pergunta sobre qual o piso de Dilma na decisão de voto do eleitor.  Para isso, se recorta nas respostas favoráveis a menor porcentagem obtida por Dilma. Vejamos.

3. Na intenção de voto espontânea Dilma teve 25%. Entre os com nível superior 26%. Os que ganham mais de 10 SM: 24%. No Sul 30%. Nas Capitais 32%. Em cidades com mais de 100 mil habitantes 33%. Entre aqueles que dizem que votariam com certeza nela são 32%.

4. Entre os que acham o governo de Dilma ótimo+bom, as piores somas foram: Sudeste e Sul 27%. Capitais 23%. Cidades com mais de 100 mil habitantes 24%. Pessoas com renda maior que 10 SM: 26%. Com nível superior 22%.

5. Entre os que aprovam Dilma os piores resultados são: Nível Superior 30%, Mais de 10 SM 29%. / Entre os que confiam em Dilma os piores resultados são: Nível Superior 28%, Sudeste e Sul 34%. Mais de 10 SM: 22%.

6. Finalmente, aqueles que aprovam as ações de governo relativas a: Taxa de Juros são 21%, Desemprego 37%, Segurança 21%, Inflação 21%, Fome-Pobreza 41%, Impostos 15%, Saúde 19% e Educação 30%.

OBS.: A última pergunta sobre memória do noticiário da imprensa, 50% se lembravam das noticias sobre manifestações de todo tipo, desde as iniciais, às violentas, às graves.

* * *

IMAGEM DO BRASIL DEPRECIA!

(Andrés Oppenheimer – LA NACION, 24) 1. Simon Anholt, consultor britânico que publica um ranking anual a respeito da imagem dos países no mundo, me disse que o Brasil tem uma boa imagem internacional, mas “branda”. “É um país considerado decorativo, que não serve para nada”, disse Anholt. “Isso é ruim porque limita o seu potencial econômico.”

2. O último índice Marca Nacion Anholt-GFK Roper mostra que o Brasil, a sexta economia mundial, ficou em 20º lugar entre 50 países no ranking geral. Ocupa o 10º lugar em cultura, mas está abaixo do 20º quando se pergunta aos entrevistados se comprariam um carro brasileiro.

3. Isso faz com que o Brasil possa vender pacote de férias ou música, mas vai ser mais difícil exportar software de computador. A Embraer é uma exceção à regra, porque não vende suas aeronaves para consumidores privados, disse Anholt.

* * *

COMÉRCIO DO RIO PERDE MUITO COM A COPA! 

(blog do Ancelmo, 24) 1. A estimativa é do Clube dos Diretores Lojistas. Se o Brasil permanecer até o final da Copa (e quase todo mundo quer), a perda do comércio no Rio de Janeiro está calculada em R$ 1 bilhão 900 milhões. Isso equivale a até 70% de prejuízo, com base no faturamento médio do comércio do Rio, que gira em torno de R$ 370 milhões por dia. A informação foi dada ao nosso blog pelo presidente do CDL, Aldo Gonçalves.

2.  O presidente do CDL observa ainda que os turistas estrangeiros que vieram para o Mundial não estão comprando nada além de alimentos por causa da carga de impostos dos nossos produtos.  — São turistas com menor poder aquisitivo, que vão ao supermercado fazer compras para comer no quarto — disse Aldo.

COMÉRCIO DO RIO PERDE MUITO COM A COPA!

(blog do Ancelmo, 24) 1. A estimativa é do Clube dos Diretores Lojistas. Se o Brasil permanecer até o final da Copa (e quase todo mundo quer), a perda do comércio no Rio de Janeiro está calculada em R$ 1 bilhão 900 milhões. Isso equivale a até 70% de prejuízo, com base no faturamento médio do comércio do Rio, que gira em torno de R$ 370 milhões por dia. A informação foi dada ao nosso blog pelo presidente do CDL, Aldo Gonçalves.

2.  O presidente do CDL observa ainda que os turistas estrangeiros que vieram para o Mundial não estão comprando nada além de alimentos por causa da carga de impostos dos nossos produtos.  — São turistas com menor poder aquisitivo, que vão ao supermercado fazer compras para comer no quarto — disse Aldo.

IMAGEM DO BRASIL DEPRECIA!

(Andrés Oppenheimer – LA NACION, 24) 1. Simon Anholt, consultor britânico que publica um ranking anual a respeito da imagem dos países no mundo, me disse que o Brasil tem uma boa imagem internacional, mas “branda”. “É um país considerado decorativo, que não serve para nada”, disse Anholt. “Isso é ruim porque limita o seu potencial econômico.”

2. O último índice Marca Nacion Anholt-GFK Roper mostra que o Brasil, a sexta economia mundial, ficou em 20º lugar entre 50 países no ranking geral. Ocupa o 10º lugar em cultura, mas está abaixo do 20º quando se pergunta aos entrevistados se comprariam um carro brasileiro.

3. Isso faz com que o Brasil possa vender pacote de férias ou música, mas vai ser mais difícil exportar software de computador. A Embraer é uma exceção à regra, porque não vende suas aeronaves para consumidores privados, disse Anholt.

QUAL O PISO DE DILMA? DADOS DO IBOPE-BRASIL: PESQUISA ENTRE 13-15/06!

1. As pesquisas que se sucedem mostram uma curva declinante na avaliação da presidente Dilma. Em relação à intenção de voto, há uma certa estabilidade dos candidatos nesses últimos 2 meses. Nessa do Ibope, Dilma teve 39%, Aécio 21%, Eduardo Campos 10%, Demais 9% e Nenhum deles 21%.

2. A curva declinante da avaliação de Dilma levanta a pergunta sobre qual o piso de Dilma na decisão de voto do eleitor.  Para isso, se recorta nas respostas favoráveis a menor porcentagem obtida por Dilma. Vejamos.

3. Na intenção de voto espontânea Dilma teve 25%. Entre os com nível superior 26%. Os que ganham mais de 10 SM: 24%. No Sul 30%. Nas Capitais 32%. Em cidades com mais de 100 mil habitantes 33%. Entre aqueles que dizem que votariam com certeza nela são 32%.

4. Entre os que acham o governo de Dilma ótimo+bom, as piores somas foram: Sudeste e Sul 27%. Capitais 23%. Cidades com mais de 100 mil habitantes 24%. Pessoas com renda maior que 10 SM: 26%. Com nível superior 22%.

5. Entre os que aprovam Dilma os piores resultados são: Nível Superior 30%, Mais de 10 SM 29%. / Entre os que confiam em Dilma os piores resultados são: Nível Superior 28%, Sudeste e Sul 34%. Mais de 10 SM: 22%.

6. Finalmente, aqueles que aprovam as ações de governo relativas a: Taxa de Juros são 21%, Desemprego 37%, Segurança 21%, Inflação 21%, Fome-Pobreza 41%, Impostos 15%, Saúde 19% e Educação 30%.

OBS.: A última pergunta sobre memória do noticiário da imprensa, 50% se lembravam das noticias sobre manifestações de todo tipo, desde as iniciais, às violentas, às graves.

24 de junho de 2014

SUN TZU E A CAMPANHA ELEITORAL!

1. Sun Tsu (500 aC) é sempre atual, com seus ensinamentos em A Arte da Guerra. As analogias funcionam até hoje, no campo político, empresarial, social e pessoal. Numa campanha eleitoral –e a expressão campanha é uma expressão de guerra- a analogia é direta.

2. Os destaques em A Arte da Guerra passam pelo conhecimento do adversário e seu próprio, pelos fatores espaço e tempo, pela unidade de comando, pelos objetivos e –principalmente- pela Estratégia. Sun Tsu lembra que a guerra não é um objetivo em si mesmo. Que o ideal seria vencer sem lutar, sem perdas humanas e sem custo.

3. Conhecer o adversário e a si mesmo é ponto fundamental para saber que estocadas produzem dano eleitoral progressivo e que afirmações/ações produzem ganho. Sun Tsu não tinha pesquisas a sua disposição: contava com sua experiência, intuição e genialidade. Mas agora há. Um candidato que conhece de fato –com pesquisas de sustentação- seu adversário, e –claro- a si mesmo, não deve se preocupar com as batalhas –pesquisa de intenção de voto- durante a campanha. Deve avaliar se sua campanha está produzindo dano eleitoral em seu adversário e reforçando seus próprios pontos fortes –temáticos, sociais e locais.

4. Num quadro de reeleição com visibilidades distintas entre candidatos, num quadro continua/não continua no primeiro turno, ter paciência. A opinião pública se forma por proximidade e por ondas –antípodas- que chegam e partem primeiro dos que têm mais informação. A onda começa a chegar aos setores de menor renda, em tempo bem maior. A propaganda pode acelerar ou atrasar, não mudar tendências cristalizadas.

5. A ação da oposição –e os erros do governo, consequência da arrogância e sensação de ter todo o poder- produzem danos políticos.  As estratégias em uma campanha eleitoral têm dois focos gerais: no processo eleitoral –tática- e na política -estratégica. Mas deve prevalecer sempre a política/estratégia. Ela conduzirá a vitória.

6. O History Channel, num documentário sobre A Arte da Guerra de Sun Tzu, destacou dois exemplos. Num primeiro –A Ofensiva do TET no Vietnam- em múltiplos locais: todos os confrontos/batalhas foram militarmente vencidos pelo exército americano. Mas os danos na auto-percepção do exército dos EUA, na percepção politica internacional, especialmente nos EUA e na moral dos vietnamitas, conformaram um ponto de inflexão.

7. Em outro –e esse é um caso “suntzuano”- fundamental, o coronel “Summers” vai a Hanói negociar a retirada do exército dos EUA. Sentam frente a frente –o representante do governo do Vietnam e o coronel dos EUA. O coronel abriu a conversa dizendo: Bem, de qualquer forma nós, nessa guerra, não perdemos uma batalha sequer. E de bate pronto o vietnamita respondeu: E isso é absolutamente IRRELEVANTE. Por isso estamos aqui.

8. Perder em pesquisas de intenção de voto é totalmente IRRELEVANTE, desde que a estratégia esteja avançando, produzindo danos progressivos no adversário e reforçando os próprios pontos vitais. E pesquisas feitas com um lastro na estratégia, que mensurem danos progressivos x afirmação dos pontos fortes permitem acentuar as tendências e aguardar com paciência os dias finais da campanha, com a certeza de um segundo turno inexorável.

* * *

A PROFISSIONALIZAÇÃO DA POLÍTICA!

(Leôncio Martins Rodrigues, cientista político – Folha de SP, 22) O recrutamento para a classe política está se fazendo cada vez mais na classe média e, em menor medida, nas classes trabalhadoras. Observei isso em pesquisas sobre a composição social da Câmara. A proporção de deputados vindos das classes altas, ricas ou proprietárias tem diminuído. Em 1998, deputados empresários ocupavam 45% das cadeiras. Em 2010, baixaram para 37%. A queda foi maior entre os empresários rurais, de 12% para 8%. Os urbanos mantiveram sua participação, mas entre eles há muitos pequenos empresários, nem sempre ricos.

* * *

ASFIXIA FINANCEIRA DE APOSENTADOS E PENSIONISTAS PELO CRÉDITO CONSIGNADO!

(Folha de SP, 22) Nos últimos três anos, o saldo das dívidas de aposentados e pensionistas na modalidade de crédito consignado cresceu 27% (descontada a inflação), de R$ 52,5 bilhões para R$ 66,8 bilhões, segundo dados do Banco Central. O aumento é quatro vezes maior que o reajuste real de 5,2% dos benefícios pagos pela Previdência a esse grupo e quase três vezes superior ao crescimento de 7% no número de aposentados e pensionistas, para 42,2 milhões. Também ultrapassa, de longe, a expansão de 3,7% dos empréstimos consignados a funcionários públicos.

* * *

QUEM OUVE RÁDIO SABE DO GOL ANTES DE QUEM VÊ NA TV OU INTERNET!

(Folha de SP, 24) 1. Em tempos de Copa do Mundo, poucas coisas são tão irritantes como ver o atacante armando uma jogada fulminante na sua televisão enquanto o chato do vizinho já está se esgoelando com o gol. O problema acontece em razão das diferentes formas de transmissão disponíveis hoje –antigamente todos torciam unidos pelo sinal analógico e o bombril na antena que supostamente o turbinava. As transmissões digitais, mais lentas, acabaram com a sincronia da gritaria.

2. Os atrasos acontecem porque o sinal digital passa por um processo de codificação, compressão e decodificação, fazendo com que leve mais tempo para chegar às casas. No analógico, as imagens e o áudio dos jogos são entregues quase diretamente ao telespectador. Entre os meios digitais, também há diferenças. Imagens em HD, por exemplo, são mais “pesadas”, por isso demoram mais para chegar.

QUEM OUVE RÁDIO SABE DO GOL ANTES DE QUEM VÊ NA TV OU INTERNET!

(Folha de SP, 24) 1. Em tempos de Copa do Mundo, poucas coisas são tão irritantes como ver o atacante armando uma jogada fulminante na sua televisão enquanto o chato do vizinho já está se esgoelando com o gol. O problema acontece em razão das diferentes formas de transmissão disponíveis hoje –antigamente todos torciam unidos pelo sinal analógico e o bombril na antena que supostamente o turbinava. As transmissões digitais, mais lentas, acabaram com a sincronia da gritaria.

2. Os atrasos acontecem porque o sinal digital passa por um processo de codificação, compressão e decodificação, fazendo com que leve mais tempo para chegar às casas. No analógico, as imagens e o áudio dos jogos são entregues quase diretamente ao telespectador. Entre os meios digitais, também há diferenças. Imagens em HD, por exemplo, são mais “pesadas”, por isso demoram mais para chegar.

ASFIXIA FINANCEIRA DE APOSENTADOS E PENSIONISTAS PELO CRÉDITO CONSIGNADO!

(Folha de SP, 22) Nos últimos três anos, o saldo das dívidas de aposentados e pensionistas na modalidade de crédito consignado cresceu 27% (descontada a inflação), de R$ 52,5 bilhões para R$ 66,8 bilhões, segundo dados do Banco Central. O aumento é quatro vezes maior que o reajuste real de 5,2% dos benefícios pagos pela Previdência a esse grupo e quase três vezes superior ao crescimento de 7% no número de aposentados e pensionistas, para 42,2 milhões. Também ultrapassa, de longe, a expansão de 3,7% dos empréstimos consignados a funcionários públicos.

A PROFISSIONALIZAÇÃO DA POLÍTICA!

(Leôncio Martins Rodrigues, cientista político – Folha de SP, 22) O recrutamento para a classe política está se fazendo cada vez mais na classe média e, em menor medida, nas classes trabalhadoras. Observei isso em pesquisas sobre a composição social da Câmara. A proporção de deputados vindos das classes altas, ricas ou proprietárias tem diminuído. Em 1998, deputados empresários ocupavam 45% das cadeiras. Em 2010, baixaram para 37%. A queda foi maior entre os empresários rurais, de 12% para 8%. Os urbanos mantiveram sua participação, mas entre eles há muitos pequenos empresários, nem sempre ricos.

SUN TZU E A CAMPANHA ELEITORAL!

1. Sun Tsu (500 aC) é sempre atual, com seus ensinamentos em A Arte da Guerra. As analogias funcionam até hoje, no campo político, empresarial, social e pessoal. Numa campanha eleitoral –e a expressão campanha é uma expressão de guerra- a analogia é direta.

2. Os destaques em A Arte da Guerra passam pelo conhecimento do adversário e seu próprio, pelos fatores espaço e tempo, pela unidade de comando, pelos objetivos e –principalmente- pela Estratégia. Sun Tsu lembra que a guerra não é um objetivo em si mesmo. Que o ideal seria vencer sem lutar, sem perdas humanas e sem custo.

3. Conhecer o adversário e a si mesmo é ponto fundamental para saber que estocadas produzem dano eleitoral progressivo e que afirmações/ações produzem ganho. Sun Tsu não tinha pesquisas a sua disposição: contava com sua experiência, intuição e genialidade. Mas agora há. Um candidato que conhece de fato –com pesquisas de sustentação- seu adversário, e –claro- a si mesmo, não deve se preocupar com as batalhas –pesquisa de intenção de voto- durante a campanha. Deve avaliar se sua campanha está produzindo dano eleitoral em seu adversário e reforçando seus próprios pontos fortes –temáticos, sociais e locais.

4. Num quadro de reeleição com visibilidades distintas entre candidatos, num quadro continua/não continua no primeiro turno, ter paciência. A opinião pública se forma por proximidade e por ondas –antípodas- que chegam e partem primeiro dos que têm mais informação. A onda começa a chegar aos setores de menor renda, em tempo bem maior. A propaganda pode acelerar ou atrasar, não mudar tendências cristalizadas.

5. A ação da oposição –e os erros do governo, consequência da arrogância e sensação de ter todo o poder- produzem danos políticos.  As estratégias em uma campanha eleitoral têm dois focos gerais: no processo eleitoral –tática- e na política -estratégica. Mas deve prevalecer sempre a política/estratégia. Ela conduzirá a vitória.

6. O History Channel, num documentário sobre A Arte da Guerra de Sun Tzu, destacou dois exemplos. Num primeiro –A Ofensiva do TET no Vietnam- em múltiplos locais: todos os confrontos/batalhas foram militarmente vencidos pelo exército americano. Mas os danos na auto-percepção do exército dos EUA, na percepção politica internacional, especialmente nos EUA e na moral dos vietnamitas, conformaram um ponto de inflexão.

7. Em outro –e esse é um caso “suntzuano”- fundamental, o coronel “Summers” vai a Hanói negociar a retirada do exército dos EUA. Sentam frente a frente –o representante do governo do Vietnam e o coronel dos EUA. O coronel abriu a conversa dizendo: Bem, de qualquer forma nós, nessa guerra, não perdemos uma batalha sequer. E de bate pronto o vietnamita respondeu: E isso é absolutamente IRRELEVANTE. Por isso estamos aqui.

8. Perder em pesquisas de intenção de voto é totalmente IRRELEVANTE, desde que a estratégia esteja avançando, produzindo danos progressivos no adversário e reforçando os próprios pontos vitais. E pesquisas feitas com um lastro na estratégia, que mensurem danos progressivos x afirmação dos pontos fortes permitem acentuar as tendências e aguardar com paciência os dias finais da campanha, com a certeza de um segundo turno inexorável.