27 de setembro de 2013

IBOPE MOSTRA A SOMA DOS OPOSITORES CAINDO MAIS DE 9 PONTOS! CRESCEM OS QUE NÃO ESCOLHEM NENHUM CANDIDATO! 

O quadro abaixo elaborado por Maurício Romão mostra todas as pesquisas nacionais de intenção de voto entre agosto e setembro.  Dilma basicamente se manteve no mesmo nível com leve oscilação sobre a média desses dois meses: 38% x 36,6%. Os demais regridem. A soma de Marina, Aécio e Campos que na média desses dois meses alcançou 40,6%, na pesquisa do Ibope de 12-16/09 essa soma alcança 31%. Os que não marcam nenhum nome crescem da média de 22,8% para 31%.

Conheça tabela com a série se pesquisas.

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‘DEMOCRACIA DE PÚBLICO’: RESULTADOS ELEITORAIS PASSAM A VARIAR MUITO!

(Aline Burni – Universidade Federal de Minas Gerais, 2013) 1. A política contemporânea é marcada pela crise dos partidos políticos e pela centralidade do personalismo nas campanhas, em que a atuação da liderança política na mídia torna-se extremamente relevante para sua estratégia eleitoral e conquista de votos, em detrimento da importância dos partidos como meio de mobilização dos cidadãos e canalização de seus interesses.

2. Bernard Manin (1995) classifica este momento do governo representativo como a “democracia de público”, em que a relação entre representantes e representados pauta-se de forma substancialmente diferente da anterior, concebida como a “democracia de partidos”. De acordo com este autor, os partidos e candidatos criam imagens vagas que projetam a personalidade do líder, a expressão das preferências políticas ocorre através de pesquisas de opinião e a arena política é dominada por fatores técnicos, daí a importância do marketing político e das sondagens eleitorais.

3. O poder adquire um caráter personalista, porque os partidos já não exercem a mesma disciplina em seus membros e já não pautam a atuação dos eleitos por critérios estritamente programáticos. Na “democracia de público”, os resultados eleitorais passam a variar muito e as pessoas votam de modo diferente de uma eleição para a outra, em função da personalidade dos candidatos. O voto é orientado com base na pessoa do candidato e não mais em função do partido.

4. Os partidos políticos ainda possuem papel importante na democracia, mas tornam-se frequentemente instrumento do líder. A relação de representação adquire caráter essencialmente pessoal, porque os canais de comunicação política, com destaque para o rádio e a televisão, realçam qualidades pessoais e a desenvoltura do candidato. Assim, o comportamento dos eleitores varia de acordo com os termos da escolha eleitoral, em que as decisões levam em conta o que está em jogo em uma eleição específica.

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PERU SUPERA COLÔMBIA EM ÁREA CULTIVADA DE COCA! AUMENTA CULTIVO NA FRONTEIRA COM BRASIL!

(El País, 25) 1. Apesar da área de plantio ter diminuído 3,4% no ano passado, o Peru tem a mais que a Colômbia 12.400 hectares de plantação e tornou-se o principal produtor da região. Cerca de 86% da produção é destinada para o tráfico de drogas. A grama de cocaína mais barata do mundo está no Peru. O preço da produção dos derivados da coca é menor neste país, em comparação com a Colômbia e Bolívia, por causa de seus processos artesanais e a produção local de insumos químicos, revelou Flavio Mirella, representante no Peru e no Equador para o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), na apresentação do relatório de 2012 de monitoramento de cultivos de coca realizado por aquela instituição.

2. De acordo com o relatório, o Peru registrou até dezembro do ano passado, 60.400 hectares de coca cultivada, dos quais 9.000, (15%), são destinados ao consumo tradicional (para “chacchar” – ou mascar – ou tomar como chá) e os 51.400, restantes são destinados ao tráfico de drogas, ou seja, 85% da produção. Tirando os 9.000 hectares de coca para usos tradicionais, o Peru supera a Colômbia em 3.400 hectares plantados, e considerando-se o total, ultrapassa em 12.400 acres.

3. O relatório do Escritório das Nações Unidas registra um aumento de cultivo de coca no Baixo Amazonas, na fronteira com a Colômbia e o Brasil. “Essa situação reflete, em princípio, à sua localização fronteiriça e proximidade com as cidades de Letícia, na Colômbia e Tabatinga, no Brasil, o que garante e facilita o abastecimento de insumos químicos necessários e o comércio externo dos derivados obtidos”, explica documento.

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THE ECONOMIST: “HAS BRAZIL BLOWN IT”?

(Globo online, 26) 1. Na segunda metade dos anos 2000, o Brasil decolava e recebia elogios mundo afora. Com economia estável, o país sofreu pouco durante a crise econômica mundial – registrando crescimento de 7,5% no ano de 2010, enquanto grande parte dos países estava em recessão. Porém, ao que tudo indica, o crescimento está minguando, afirma a nova edição da revista britânica “The Economist”. A reportagem de 14 páginas intitulada “Has Brazil Blown it?” (O Brasil estragou tudo?, em tradução livre), da edição distribuída para a América Latina e que chega às bancas neste fim de semana, questiona se a presidente Dilma Rousseff vai conseguir reiniciar os motores do crescimento econômico.

2. Em 2009, a economia do Brasil também foi matéria de capa. A ascensão econômica foi seguida de um elogioso editorial e de especial de (também) 14 páginas, apontando que a inclusão do Brasil, em 2003, no grupo de emergentes Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) havia surpreendido muitos, mas que havia se mostrado acertada, já que o país apresentava desempenho econômico invejável.  Na ocasião, a “The Economist” exaltava o desempenho do país, pois as taxas brasileiras superavam as registradas pelos irmãos do Bric.

3. Enquanto, em 2009, a escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica em 2016 marcou simbolicamente a entrada do país no cenário mundial, hoje a pergunta da nova edição é outra: Será que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de recuperação ajudarão o país ou simplesmente vão trazer mais dívida?

4. The Economist: Capas de 2009 e de agora setembro de 2013.

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AS RAZÕES DA IMPOPULARIDADE DE CABRAL!

1. Segundo se conta, o Palácio Guanabara é amaldiçoado. Um dos escravos que trabalhou na primeira reforma da casa durante a monarquia foi torturado por um feitor e, antes de morrer, lançou uma maldição: “Nenhum morador da mansão da Rua Guanabara terá tranquilidade enquanto lá viver”.

2. A Princesa Isabel, primeira governante a ocupar o Palácio, foi expulsa do lugar após a proclamação da República em 1889. Orsina da Fonseca, esposa do Marechal Hermes da Fonseca, depois de o marido tomar posse e se mudar para a mansão, morreu. O presidente Washington Luiz foi deposto, em 1930. Getulio. Na década de 50, o Guanabara tornou-se sede da prefeitura. Oito prefeitos não concluíram o seu mandato. Em 1960, o Palácio virou sede do governo estadual.

3.  … Moreira, Brizola, Marcello, Garotinho, Benedita, Rosinha, CABRAL, CABRAL! (Lira Neto em Getulio 2)

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KARL MARX: JORNALISTA!

(Marcelo Burello – Revista Ñ – Clarín, 20) 1. Somente no jornal New York Tribune, Karl Marx contribuiu com cerca de quatrocentos artigos, e é interessante vê-lo transpor sua batalha europeia para solo norte americano, em um consistente gesto internacionalista.  “As relações de Karl Marx com os meios de comunicação nunca foram fáceis”, começa dizendo o responsável por esta seleção cuidadosa de artigos que representam a máxima do pensamento de esquerda . E, de fato, essas dificuldades (na sua maioria, a censura tenaz e as clausuras permanentes) fizeram com que Marx desenvolvesse um enorme trabalho e quase de vanguarda em termos de clareza analítica e de persuasão retórica, como que ele fez no resto da sua produção.

2. Este trabalho em jornais e revistas é exibido em um belo volume, cujo maior mérito é trazer a tona o aspecto menos conhecido deste que foi, certamente, o teórico político mais polêmico da história. E esse desconhecimento é parcialista, não só porque envolve colocar o filósofo sempre à frente do ativista, mas também porque ignora a relação direta entre um aspecto e outro. Basta lembrar que um dos textos mais citados do grande revolucionário alemão, o 18 Brumário de Louis Bonaparte, trata puramente de jornalismo, apesar de toda sua aparência de análise acadêmica.

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DOMINGO: ELEIÇÕES NA ÁUSTRIA!

1. (Estado de SP, 26) O Partido da Liberdade (FPO), da extrema direita austríaca, pode ganhar espaço nas eleições de domingo. Uma pesquisa mostra que a legenda tem 21% das intenções de voto, 2 pontos porcentuais atrás do Partido Popular Austríaco (OVP), um aumento de 18% em relação à votação de 2008. Se eleito, o FPO promete aumentar as pensões e definir um salário mínimo. Países da zona do euro que precisam de auxílio financeiro e pessoas que pretendiam pedir asilo ao país já se mostram preocupados com a popularidade do partido.

2. Pesquisa Gallup/Neos –23/09- (SOP) Socialdemocratas 27%. (OVP) Partido Popular de Centro-Direita 23%. FPO –partido da liberdade- extrema-direita 21%. Verdes 14%. Demais (5) 15%.

3. Atualmente o país é governador pelos Socialdemocratas.