CADA VEZ MAIS CONFUSO O PANORAMA DA ELEIÇÃO PARA PREFEITO DO RIO! COMEÇA TUDO DE NOVO!
1. Umas semanas atrás, quem pensava que o grid de largada da eleição para prefeito do Rio estava formado, se enganou redondamente. O apoio de Romário ao PMDB foi desfeito e ele saiu da secretaria municipal de esportes. Romário perdeu o controle da executiva do PSB. Noticiou-se que apoiaria Crivella, que entraria para o PSB. Ele diz que repensa ser candidato. Será que abre mão da imunidade parlamentar no caso de sucesso?
2. Agora, nos últimos dias antes do prazo de filiação, a hipótese de Crivella se filiar ao PSB está quase eliminada. Sairia candidato pelo mesmo PRB e buscaria apoio –e tempo de TV- de outros partidos, até do PSB. A certeza da candidatura do PMDB apoiada pelo prefeito já não tem o vigor de antes.
3. Cardeais do PMDB, instituto de pesquisa e marqueteiro de plantão, passaram a achar que não dá mais tempo para reverter o desgaste, pois as atenções até –pelo menos julho- estarão concentradas no processo de impeachment. O apoio do PMDB do Rio à Dilma terminou. Seu presidente informou que dos 12 delegados à reunião do Diretório nessa terça-feira, pelo menos 9 votarão pelo desembarque do PMDB do apoio à Dilma. E era o PMDB do Rio quem mais Dilma contava para dividir o PMDB e impedir o impeachment. O governador, o mais próximo a Dilma, perdeu mobilidade por sua doença.
4. O presidente do PT do Rio avisou que se é assim, o PT não dará mais seu tempo de TV ao candidato a prefeito do PMDB. Não é tão simples. O prefeito abriu uma vaga a deputado do PT para Lula contar em Brasília com Wadih Damous, ex-presidente da OAB, para dar a batalha jurídica. Se sai o PT da prefeitura, Lula perde seu “jurista” no parlamento. E não fica nisso. O PT, através do vice-prefeito, teria que entregar todos os inúmeros cargos e ongs de ampla capilaridade eleitoral da secretaria de desenvolvimento social. Desespero para os seus candidatos a vereador. E a alternativa seria o PT apoiar Jandira Feghali.
5. A hipótese extrema do presidente da ALERJ assumir o governo do Estado impediria a candidatura de seu filho a vice-prefeito pelo PMDB. Voltou-se a falar em Brasília num freio de arrumação nas candidaturas –já colocadas- a prefeito de oposição à Dilma, buscando-se um nome de aglutinação do PMDB, PSDB, PSD e SD. É possível?
6. Deputado Freixo, candidato do PSOL, exagerou no tom de apoio à Dilma e condenação do impeachment. Atacou até o judiciário, igualando-o em questões éticas ao legislativo e ao executivo. Qual será o prejuízo eleitoral dele? O prefeito de Niterói saiu do PT, pois suas pesquisas mostram que sua reeleição seria inviabilizada com a marca do PT. A pré-campanha de Freixo caminhava na planície. Mas o apoio nas ruas do Rio, nas redes sociais, nas escolas e faculdades e na sociedade ao impeachment de Dilma cria um vetor de forte comunicação contra ele. Passou a ser alvo.
7. A Rede, liderada por Marina Silva, a mais popular no Rio, apresentou seu candidato a prefeito, o deputado Molon. Fraco em pesquisas, contava com o embalo de Marina para a campanha. Mas a Rede resolveu subir em cima do muro: é a favor de novas eleições mas é contra o impeachment. Supondo ser favorita, foi para o “ou ela ou nada”. Sua bancada de dois deputados federais no Rio está dividida: Miro Teixeira disse que vota a favor do processo de impeachment a partir da Câmara de Deputados e Molon diz que vota contra o impeachment. Molon cria um vetor de comunicação negativa contra ele.
8. Bem, recolham as cartas, embaralhem e recomecem o jogo do zero.
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O ÚLTIMO TELEFONEMA DE LULA!
(Estado de S. Paulo, 26) 1. O ex-presidente Lula comparou-se ao general Giap, comandante do Exército do Povo do Vietnã. “É o seguinte, meu filho, eu tô com a seguinte tese: é guerra, é guerra, e quem tiver artilharia mais forte, ganha”, declara Lula, em conversa por telefone com o senador Lindbergh Faria (PT-RJ), monitorada com autorização da Justiça Federal, do Paraná. No telefonema, o parlamentar responde ser aliado nessa batalha. “Presidente, estamos nessa guerra também, não tenho nada a perder.”
2. “Napoleão Vermelho”. Nos telefonemas, Lula faz referência ao estrategista de guerra vietnamita: “Você pode me chamar até de general Giap. Nós já derrotamos os americanos, os chineses, os franceses e estamos para derrotar a Globo agora”. O ex-presidente e sua defesa têm criticado meios de comunicação, em especial a Rede Globo. Giap ficou conhecido como Napoleão Vermelho, situado abaixo, apenas, do ex-presidente Ho Chi Minh – o pai da independência vietnamita. Os dois se conheceram durante o exílio no sudeste da China. No Vietnã, recrutaram guerrilheiros para a insurgência vietcongue. Giap trabalhou como jornalista, antes de entrar para o Partido Comunista Indochinês. “Vamos levar essa luta”, responde o senador petista – também alvo de investigação da Lava Jato e com o nome citado por delatores.
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O RISCO-ESTADO SEGUNDO O MINISTÉRIO DA FAZENDA: MINAS GERAIS O PIOR DE TODOS!
(Folha de S. Paulo, 28) 1. Nenhum dos Estados do país está em situação fiscal “muito forte”, de acordo com um ranking de contas públicas criado pelo Ministério da Fazenda. Desde 2012, o governo federal analisa os dados fiscais para fazer uma espécie de classificação de risco de cada governo. Em 2015, governo algum conseguiu se aproximar das notas máximas. Em um índice que vai de A+ até D-, o melhor colocado foi o governo do Pará, com conceito B+.
2. O objetivo da nota é avaliar a viabilidade da concessão de novos empréstimos, que precisam ter aval do governo federal. Quem recebe conceitos A ou B é classificado em uma situação de risco “quase nulo” ou pequeno. O Estado que ganha o conceito C depende do aval do secretário do Tesouro para obter dinheiro emprestado.
3. O histórico desse ranking escancara a deterioração das contas dos Estados. Em 2009, de acordo com os cálculos do Ipea, oito Estados receberam notas A. Em 2013, dois ainda se mantinham no patamar mais elevado. No ranking de 2015, que levou em conta dados do período entre 2012 e 2014, 13 governos estaduais tiveram notas C ou D.
4. Estado mais rico do país, São Paulo ficou com o conceito C-, que significa “situação fiscal muito fraca”. A lanterna da lista é de Minas. Segundo os pesquisadores, Tocantins e Roraima não tinham informações disponíveis.