29 de setembro de 2017

ELEIÇÕES NA ALEMANHA E NA FRANÇA EM 24/09/2017! NOTAS!
1. ALEMANHA:
1.1. Os resultados -amplamente divulgados e comentados- mostraram a vitória de CDU de Merkel com 33% dos deputados. Ficou 4 pontos aquém do que previa. Em geral, os analistas apresentaram esse resultado como queda da centro-direita. Mas não foi exatamente assim. Os Liberais do FDP -parceiros tradicionais do CDU na formação de maioria parlamentar- retornaram ao parlamento. A soma das cadeiras do CDU/CSU e FDP superou o resultado do CDU/CSU de 2013.
1.2. Queda mesmo -no quadro político/ideológico- foi dos socialistas (SPD), que mergulharam para 20%, de seu piso tradicional de 30%. Dessa forma, o SPD seguiu a trajetória de declínio dos socialdemocratas europeus. Os Verdes e a Esquerda ficaram no patamar dos 10%, um pouco acima dos resultados que vêm tendo.
1.3. A ascensão do AfP -nacionalistas de direita- foi avaliada por muitos como um reaparecimento da direita alemã (nazi) dos anos 20/30. Para isso, destacam uma ou outra declaração e cartazes de seus militantes. Este é um equívoco. É um ascenso que tem ocorrido em toda a Europa -um populismo que oscila entre o nacionalismo e a antipolítica. Assim foi e está sendo no Reino Unido, Espanha, França, Norte da Europa, Itália, Grécia, Hungria, Polônia…, e agora Alemanha.
1.4. Importante sublinhar que o nacionalismo e a antipolítica na Alemanha, atingindo um patamar dos 13% ficam bem abaixo do que MV5 e Marine Le Pen e Podemos atingiram na Itália, na França e na Espanha, assim como os nacionalistas britânicos nas eleições europeias, onde o voto é proporcional. Ou seja, o Alternativa alemão é parte de uma tendência política europeia e por razões semelhantes.
2. FRANÇA:
2.1. Renovação de quase 50% do Senado francês, que possui 348 assentos no total. Foram renovados 171. Eleição indireta, onde 76.000 conselheiros municipais e regionais votam. Como partido de Macron é novo, tem poucos conselheiros / eleitores, mas atingiram uma votação muito aquém do que supunham, após ter atraído senadores.
2.2. Republicanos de Sarkozy sobem de 141 para 149. Socialistas: Caem de 86 para 76. / União Centrista: Sobe de 42 para 48. / República em Marcha (Macron): Elegeu 24. Tinha 29 (senadores migrados de outros partidos, pois na última eleição partido não existia). Partido Comunista: Cai de 18 para 12. RDSE (esquerda): Cai de 16 para 11. Outros: Caiem de 14 para 9.
2.3. Senado a partir de 02/10/17: Republicanos 149 / Socialista 76 / União Centrista (próxima a Macron) 48 / Em Marcha 24 / Comunista 12 / RDSE 11 / Outros 9.