Cesar Maia defende correções nos vencimentos das merendeiras da Prefeitura do Rio

A vitória dos garis produziu, como consequência, a identificação de distorções em outras categorias que agora, naturalmente, reivindicam, por paridade, o mesmo tratamento. Por exemplo, o crescimento de 37% no vencimento dos garis terminou gerando ultrapassagem na própria Comlurb em categorias de pessoal administrativo, que agora reivindicam, por hierarquia dentro da própria empresa, um aumento semelhante para manter essa hierarquia para o pessoal de 2º grau. A comodidade é muito grande e, enfim, se inicia um processo interno na empresa que muitos chamam de operação tartaruga. Cumprir exatamente o que tem que ser feito sem transbordar esses limites.

No caso das merendeiras. O justo reajuste conquistado pelos garis alcançou também o pessoal de garis, não é? Que fazem o trabalho de alimentação nas escolas, que é um trabalho, rigorosamente, igual ao das merendeiras! Acho que com muito menos qualidade, pela condição de permanência da merendeira e a sua relação com as professoras, com as famílias. Às vezes, uma criança que precisa de uma alimentação especial…!

Mas, o que aconteceu? É que as merendeiras estão recebendo um piso de R$841,00. Ao seu lado, um Agente Preparador de Alimentação, enfim, merendeiro da Comlurb, que trabalha nas Escolas, nas mesmas Escolas, recebendo R$1.100,00, o que gera uma diferença de 30,7%. Claro que as merendeiras começam a reagir e pedir paridade, o que é justo, também.

Os tíquetes de alimentação das merendeiras, são 22 a R$12,00, e alcançam R$264,00. O tíquete dos merendeiros, vamos chamar assim, alcançam R$ 440,00, agora. Aí há uma diferença de 66,6%.

Então, não apenas a vitória dos garis produziu um justo reconhecimento do seu trabalho, ao qual homenageio com essa gravata laranja, da cor do uniforme deles, mas produziu um natural impacto para que aquelas categorias assemelhadas ou hierarquizadas, venham a ter as correções feitas, e eu diria, com uma certa rapidez.