31 de março de 2014

FORÇAS ARMADAS NA FAVELA DA MARÉ: PALESTRA DO GENERAL MOSTRA QUE É INTERVENÇÃO E QUE A POLÍCIA MILITAR FICA SOB O COMANDO DO EXÉRCITO!

1. A entrada do Exército na ocupação da favela da Maré no Rio é a demonstração do fracasso da segurança pública do Rio. É a declaração, explícita, feita para toda a imprensa pelo governador Cabral de que o governo do Estado não tem mais condições de manter a lei e a ordem em seu território. E 3 dias depois, Cabral renuncia, abandona seu cargo e seu fracasso, e entrega o grave problema ao Exército e a seu plácido vice-governador.

2. Todos aqueles –como este Ex-Blog- que defendem as UPPs, devem aceitar a intervenção, dada a situação de descontrole com policiais das UPPs servindo de alvo para narcotraficantes e a incapacidade do Estado declarada ao vivo pelo governador nos jornais noturnos das TVs.

3. Na capa do Globo de domingo (30), foto do general Lundgren em palestra semana passada, mostra um slide onde ele cita o art. 144 da Constituição como justificativa para agir. O artigo 144 (“A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I – polícia federal; / II – polícia rodoviária federal; / III – polícia ferroviária federal; / IV – polícias civis; / V – polícias militares e corpos de bombeiros militares)”. Atenção! Não cita as Forças Armadas. Por isso ele complementa com os artigos 3, 4 e 5 do decreto 3.897 de 24/08/2001.

4. O decreto 3.897 foi baixado pelo presidente FHC durante o governo de Rosinha. Ou seja, as razões são as mesmas que daquele momento e 13 anos depois. Vejamos: Art. 3º Na hipótese de emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem, objetivando a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, porque esgotados os instrumentos a isso previstos no art. 144 da Constituição, lhes incumbirá, sempre que se faça necessário, desenvolver as ações de polícia ostensiva, como as demais, de natureza preventiva ou repressiva, que se incluem na competência, constitucional e legal, das Polícias Militares, observados os termos e limites impostos, a estas últimas, pelo ordenamento jurídico. /  “Art. 4º  Na situação de emprego das Forças Armadas objeto do art. 3o, caso estejam disponíveis meios, conquanto insuficientes, da respectiva Polícia Militar, esta, com a anuência do Governador do Estado, atuará, parcial ou totalmente, sob o controle operacional do comando militar responsável pelas operações, sempre que assim o exijam, ou recomendem, as situações a serem enfrentadas e   § 1º  Tem-se como controle operacional a autoridade que é conferida, a um comandante ou chefe militar, para atribuir e coordenar missões ou tarefas específicas a serem desempenhadas por efetivos policiais que se encontrem sob esse grau de controle, em tal autoridade não se incluindo, em princípio, assuntos disciplinares e logísticos. § 2º  Aplica-se às Forças Armadas, na atuação de que trata este artigo, o disposto no caput do art. 3o anterior quanto ao exercício da competência, constitucional e legal, das Polícias Militares.”

5. Ou seja, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro passa a ficar sob o comando do Exército na área de intervenção. Realmente, área de intervenção. O Estado naquela região está sob intervenção e, nessa condição, o governador Cabral estimulador da intervenção, pede o boné e entrega o cargo. Grave! Muito Grave! Mas transformar esse triste momento de desintegração da autoridade estadual em vitória, midiatização e coreografia para as câmeras é alegórico, se não macabro.

* * *

ENTREVISTA DE CESAR MAIA A FERNANDO RODRIGUES NA TV UOL, DIA 27/03! I – POLÍTICA E INTERNET!

1. (PT tem sindicatos, associações…) Hoje é outro tempo.  Hoje nós estamos em um mundo da democracia direta eletrônica que esvaziou essa representação associativa. O grande perdedor com as redes, etc., são os sindicatos, as associações… Se os partidos parlamentares, que é o nosso caso e o de todos os outros partidos, souberem trabalhar adequadamente essa nova democracia diretíssima de rede e combinar ela com a democracia representativa pode-se recuperar representação. Acho que isso é possível. Agora tem que trabalhar bem. Eu vi no Painel da Folha, que o Aécio está contratando 9 mil militantes. Aquilo ali é antirrede social, porque as redes sociais são horizontais. Desierarquizadas. Cada indivíduo se sente empoderado. Cada vez que na rede social você tenta dizer “aquele cara é um líder de uma ideia”, esvazia. As organizações não têm força. Tem até a rejeição das redes sociais. As redes sociais são de indivíduos anônimos. Quando você tem um grupo grande de indivíduos anônimos que pensa como você, você cresce por sinergia na opinião pública. Você está dizendo uma coisa que está sendo dita nas redes e vocês se encontram nas ruas, se encontram na eleição. Então essa forçação de agências, de marketing de guerrilha, etc. e tal e internet, isso é um fracasso completo. O que ele tinha que fazer nesses últimos anos, um levantamento dos militantes, simpatizantes que já estão na rede. Colocar turista na rede não leva a lugar nenhum. Quem está na rede? Você quer vir aqui? Vamos conversar? Vamos trocar ideias? E você passar para eles.  É um equívoco imaginar que as redes sociais vão eleger deputado. Os deputados não devem estar nela? Claro. Agora, se as ideias que as redes vão multiplicando coincidirem com as ideias que dão marca a você isso gera uma sinergia de opinião pública, mas não é dizendo “vote no fulano de tal”. Colocou “você, fulano de tal” é razão da ironia, da brincadeira, do não multiplicador. Espero que eles não se equivoquem.

2. 95% dos parlamentares pensam que estão nas redes e não estão nas redes: eles pegam a mala direta deles antiga, transforma em uma newsletter, de 15 em 15 dias dispara no cadastro deles. A lógica da internet é interativa e eles não têm paciência para receber contato nas redes de um cidadão anônimo que eles não dão tanto valor assim, e responder, e dizer, e explicar. Eles acham que não é importante. O importante são eles como líder e as pessoas mais embaixo. Então, eles fogem da lógica da internet. Aquelas pessoas que estão no gabinete, que tratam com a internet estão empolgadas, estão motivadas, mobilizadas, mas o político quer é fazer estatística e essas estatísticas na internet são perigosas.  É geral. O deputado usa internet para tornar a mala direta barata mandando diretamente para o seu eleitor, bonita, diagramada de 15 em 15 dias. Portanto, ele não vive a internet. Não vive a interação. Não gostam de receber xingamentos e não respondem a eles, um pedido simples. Mas se o cidadão acha que isso é importante, ele tem que se envolver naquilo que chega a ele. A lógica da internet é essa. Essa lógica de pulverização, de pessoas.  Imagine que você vai mandar alguma coisa para algum famoso. O famoso se sente iniciador de redes ou de opiniões. Ele não multiplica. Quem multiplica são as pessoas, os cidadãos anônimos. É nesse conjunto que você tem que entrar. Tem que acreditar nisso e tem que gostar.

* * *

DATAFOLHA/FOLHA DE SP (30, 31/03) E OS MILITARES!

1. 62% dos brasileiros dizem acreditar que a democracia “é sempre melhor que qualquer outra forma de governo”. O dado mais eloquente é o da corrupção. Para 68%, ela está pior nos dias de hoje do que na época dos generais. Só 8% acham o contrário. No tema segurança pública, 51% acham que o Brasil é pior hoje que na ditadura. A maioria é contra a tortura sob qualquer pretexto (73%), entende que os direitos humanos devem valer para todos (64%), é a favor do voto de analfabetos (77%) e por mais participação dos cidadãos e menos tecnocracia, entre outros resultados. A tendência autoritária prevaleceu num único ponto. Para 56%, quando mais as pessoas estiverem vigiadas pelo governo, melhor.

2. Lei da Anistia: 46% defendem castigo a torturadores, 41% contra e 13% não responderam. 54% acham que militantes que fizeram atentados contra a ditadura devem ser julgado. 80% acham que todos –torturadores e militantes que fizeram atentados deveriam ser julgados. 46% acham que Lei de Anistia deve se revista. 37% contra. 17% não responderam.

* * *

CIRCULAÇÃO FÍSICA E DIGITAL DOS JORNAIS!

(Folha de SP, 30) 1. Em fevereiro, segundo o IVC (Instituto Verificador de Circulação), a circulação média da Folha foi de 341.553 edições, das quais 117.721 eram digitais. O total representa 7,7% dos 4,4 milhões de jornais pagos diariamente no país, em média, em fevereiro. Segundo colocado, “O Globo” registrou 311 mil exemplares, dos quais 93,7 mil eram digitais. Já o “O Estado de S. Paulo” teve em média 233,8 mil edições lidas, com 58,8 mil delas digitais.

2. As assinaturas digitais da Folha equivalem a 35% da circulação total do jornal, segundo os dados finais do IVC para fevereiro. Visitantes únicos mensais. Foram 24,7 milhões os aparelhos identificados pelo Adobe Analytics (antiga Omniture), serviço de métricas digitais que contabiliza os acessos do jornal. Em média, os leitores da Folha visualizam cerca de 250 milhões de páginas por mês no site do jornal.

3. No Facebook, principal rede social presente no país, a Folha também detém a liderança entre os jornais. Conta com 3,4 milhões de seguidores, contra 2,3 milhões de “O Globo” e 1,7 milhão de “O Estado de S. Paulo”.  O “Agora São Paulo”, jornal popular do mesmo grupo que edita a Folha, é o mais vendido em sua categoria. Em fevereiro, foram 112,2 mil exemplares.

* * *

NESTE DOMINGO (30), ELEIÇÕES MUNICIPAIS NA FRANÇA E NA TURQUIA!

1. FRANÇA: UMP e aliados (centro/centro-direita) 46% / PS e aliados (Socialistas, Verdes e Esquerda) 40,5% / FN (extrema-direita de Marine Le Pen) 7%, tornando-se a terceira força do país.  Em Paris o PS manteve a prefeitura por 53% a 44% da UMP.

2. TURQUIA. Apesar de todos os confrontos dos últimos meses, da repressão nas ruas e da tentativa de intervir na internet peias acusações de corrupção, o primeiro-ministro ERDOGAN e seu partido AKP (islâmico) venceram as eleições com 47% dos votos a nível nacional. O CHP socialdemocrata obteve 28%. O MHP (conservador religioso) 15%. O BDP 4%.  Erdogan e  seu partido AKP venceram em Istambul com 47,8% e Ankara com 44,4%.

NESTE DOMINGO (30), ELEIÇÕES MUNICIPAIS NA FRANÇA E NA TURQUIA!

1. FRANÇA: UMP e aliados (centro/centro-direita) 46% / PS e aliados (Socialistas, Verdes e Esquerda) 40,5% / FN (extrema-direita de Marine Le Pen) 7%, tornando-se a terceira força do país.  Em Paris o PS manteve a prefeitura por 53% a 44% da UMP.

2. TURQUIA. Apesar de todos os confrontos dos últimos meses, da repressão nas ruas e da tentativa de intervir na internet peias acusações de corrupção, o primeiro-ministro ERDOGAN e seu partido AKP (islâmico) venceram as eleições com 47% dos votos a nível nacional. O CHP socialdemocrata obteve 28%. O MHP (conservador religioso) 15%. O BDP 4%.  Erdogan e  seu partido AKP venceram em Istambul com 47,8% e Ankara com 44,4%.

CIRCULAÇÃO FÍSICA E DIGITAL DOS JORNAIS!

(Folha de SP, 30) 1. Em fevereiro, segundo o IVC (Instituto Verificador de Circulação), a circulação média da Folha foi de 341.553 edições, das quais 117.721 eram digitais. O total representa 7,7% dos 4,4 milhões de jornais pagos diariamente no país, em média, em fevereiro. Segundo colocado, “O Globo” registrou 311 mil exemplares, dos quais 93,7 mil eram digitais. Já o “O Estado de S. Paulo” teve em média 233,8 mil edições lidas, com 58,8 mil delas digitais.

2. As assinaturas digitais da Folha equivalem a 35% da circulação total do jornal, segundo os dados finais do IVC para fevereiro. Visitantes únicos mensais. Foram 24,7 milhões os aparelhos identificados pelo Adobe Analytics (antiga Omniture), serviço de métricas digitais que contabiliza os acessos do jornal. Em média, os leitores da Folha visualizam cerca de 250 milhões de páginas por mês no site do jornal.

3. No Facebook, principal rede social presente no país, a Folha também detém a liderança entre os jornais. Conta com 3,4 milhões de seguidores, contra 2,3 milhões de “O Globo” e 1,7 milhão de “O Estado de S. Paulo”.  O “Agora São Paulo”, jornal popular do mesmo grupo que edita a Folha, é o mais vendido em sua categoria. Em fevereiro, foram 112,2 mil exemplares.

DATAFOLHA/FOLHA DE SP (30, 31/03) E OS MILITARES!

1. 62% dos brasileiros dizem acreditar que a democracia “é sempre melhor que qualquer outra forma de governo”. O dado mais eloquente é o da corrupção. Para 68%, ela está pior nos dias de hoje do que na época dos generais. Só 8% acham o contrário. No tema segurança pública, 51% acham que o Brasil é pior hoje que na ditadura. A maioria é contra a tortura sob qualquer pretexto (73%), entende que os direitos humanos devem valer para todos (64%), é a favor do voto de analfabetos (77%) e por mais participação dos cidadãos e menos tecnocracia, entre outros resultados. A tendência autoritária prevaleceu num único ponto. Para 56%, quando mais as pessoas estiverem vigiadas pelo governo, melhor.

2. Lei da Anistia: 46% defendem castigo a torturadores, 41% contra e 13% não responderam. 54% acham que militantes que fizeram atentados contra a ditadura devem ser julgado. 80% acham que todos –torturadores e militantes que fizeram atentados deveriam ser julgados. 46% acham que Lei de Anistia deve se revista. 37% contra. 17% não responderam.

ENTREVISTA DE CESAR MAIA A FERNANDO RODRIGUES NA TV UOL, DIA 27/03! I – POLÍTICA E INTERNET!

1. (PT tem sindicatos, associações…) Hoje é outro tempo.  Hoje nós estamos em um mundo da democracia direta eletrônica que esvaziou essa representação associativa. O grande perdedor com as redes, etc., são os sindicatos, as associações… Se os partidos parlamentares, que é o nosso caso e o de todos os outros partidos, souberem trabalhar adequadamente essa nova democracia diretíssima de rede e combinar ela com a democracia representativa pode-se recuperar representação. Acho que isso é possível. Agora tem que trabalhar bem. Eu vi no Painel da Folha, que o Aécio está contratando 9 mil militantes. Aquilo ali é antirrede social, porque as redes sociais são horizontais. Desierarquizadas. Cada indivíduo se sente empoderado. Cada vez que na rede social você tenta dizer “aquele cara é um líder de uma ideia”, esvazia. As organizações não têm força. Tem até a rejeição das redes sociais. As redes sociais são de indivíduos anônimos. Quando você tem um grupo grande de indivíduos anônimos que pensa como você, você cresce por sinergia na opinião pública. Você está dizendo uma coisa que está sendo dita nas redes e vocês se encontram nas ruas, se encontram na eleição. Então essa forçação de agências, de marketing de guerrilha, etc. e tal e internet, isso é um fracasso completo. O que ele tinha que fazer nesses últimos anos, um levantamento dos militantes, simpatizantes que já estão na rede. Colocar turista na rede não leva a lugar nenhum. Quem está na rede? Você quer vir aqui? Vamos conversar? Vamos trocar ideias? E você passar para eles.  É um equívoco imaginar que as redes sociais vão eleger deputado. Os deputados não devem estar nela? Claro. Agora, se as ideias que as redes vão multiplicando coincidirem com as ideias que dão marca a você isso gera uma sinergia de opinião pública, mas não é dizendo “vote no fulano de tal”. Colocou “você, fulano de tal” é razão da ironia, da brincadeira, do não multiplicador. Espero que eles não se equivoquem.

2. 95% dos parlamentares pensam que estão nas redes e não estão nas redes: eles pegam a mala direta deles antiga, transforma em uma newsletter, de 15 em 15 dias dispara no cadastro deles. A lógica da internet é interativa e eles não têm paciência para receber contato nas redes de um cidadão anônimo que eles não dão tanto valor assim, e responder, e dizer, e explicar. Eles acham que não é importante. O importante são eles como líder e as pessoas mais embaixo. Então, eles fogem da lógica da internet. Aquelas pessoas que estão no gabinete, que tratam com a internet estão empolgadas, estão motivadas, mobilizadas, mas o político quer é fazer estatística e essas estatísticas na internet são perigosas.  É geral. O deputado usa internet para tornar a mala direta barata mandando diretamente para o seu eleitor, bonita, diagramada de 15 em 15 dias. Portanto, ele não vive a internet. Não vive a interação. Não gostam de receber xingamentos e não respondem a eles, um pedido simples. Mas se o cidadão acha que isso é importante, ele tem que se envolver naquilo que chega a ele. A lógica da internet é essa. Essa lógica de pulverização, de pessoas.  Imagine que você vai mandar alguma coisa para algum famoso. O famoso se sente iniciador de redes ou de opiniões. Ele não multiplica. Quem multiplica são as pessoas, os cidadãos anônimos. É nesse conjunto que você tem que entrar. Tem que acreditar nisso e tem que gostar.

FORÇAS ARMADAS NA FAVELA DA MARÉ: PALESTRA DO GENERAL MOSTRA QUE É INTERVENÇÃO E QUE A POLÍCIA MILITAR FICA SOB O COMANDO DO EXÉRCITO!

1. A entrada do Exército na ocupação da favela da Maré no Rio é a demonstração do fracasso da segurança pública do Rio. É a declaração, explícita, feita para toda a imprensa pelo governador Cabral de que o governo do Estado não tem mais condições de manter a lei e a ordem em seu território. E 3 dias depois, Cabral renuncia, abandona seu cargo e seu fracasso, e entrega o grave problema ao Exército e a seu plácido vice-governador.

2. Todos aqueles –como este Ex-Blog- que defendem as UPPs, devem aceitar a intervenção, dada a situação de descontrole com policiais das UPPs servindo de alvo para narcotraficantes e a incapacidade do Estado declarada ao vivo pelo governador nos jornais noturnos das TVs.

3. Na capa do Globo de domingo (30), foto do general Lundgren em palestra semana passada, mostra um slide onde ele cita o art. 144 da Constituição como justificativa para agir. O artigo 144 (“A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I – polícia federal; / II – polícia rodoviária federal; / III – polícia ferroviária federal; / IV – polícias civis; / V – polícias militares e corpos de bombeiros militares)”. Atenção! Não cita as Forças Armadas. Por isso ele complementa com os artigos 3, 4 e 5 do decreto 3.897 de 24/08/2001.

4. O decreto 3.897 foi baixado pelo presidente FHC durante o governo de Rosinha. Ou seja, as razões são as mesmas que daquele momento e 13 anos depois. Vejamos: Art. 3º Na hipótese de emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem, objetivando a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, porque esgotados os instrumentos a isso previstos no art. 144 da Constituição, lhes incumbirá, sempre que se faça necessário, desenvolver as ações de polícia ostensiva, como as demais, de natureza preventiva ou repressiva, que se incluem na competência, constitucional e legal, das Polícias Militares, observados os termos e limites impostos, a estas últimas, pelo ordenamento jurídico. /  “Art. 4º  Na situação de emprego das Forças Armadas objeto do art. 3o, caso estejam disponíveis meios, conquanto insuficientes, da respectiva Polícia Militar, esta, com a anuência do Governador do Estado, atuará, parcial ou totalmente, sob o controle operacional do comando militar responsável pelas operações, sempre que assim o exijam, ou recomendem, as situações a serem enfrentadas e   § 1º  Tem-se como controle operacional a autoridade que é conferida, a um comandante ou chefe militar, para atribuir e coordenar missões ou tarefas específicas a serem desempenhadas por efetivos policiais que se encontrem sob esse grau de controle, em tal autoridade não se incluindo, em princípio, assuntos disciplinares e logísticos. § 2º  Aplica-se às Forças Armadas, na atuação de que trata este artigo, o disposto no caput do art. 3o anterior quanto ao exercício da competência, constitucional e legal, das Polícias Militares.”

5. Ou seja, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro passa a ficar sob o comando do Exército na área de intervenção. Realmente, área de intervenção. O Estado naquela região está sob intervenção e, nessa condição, o governador Cabral estimulador da intervenção, pede o boné e entrega o cargo. Grave! Muito Grave! Mas transformar esse triste momento de desintegração da autoridade estadual em vitória, midiatização e coreografia para as câmeras é alegórico, se não macabro.

28 de março de 2014

IBOPE NO RIO DE JANEIRO: AVALIAÇÃO DOS GOVERNOS, INTENÇÕES DE VOTO!

1. Eduardo Paes (só na Capital): Ruim+Péssimo 45%, Ótimo+Bom 18% / Desaprovam 64%.

2. Sérgio Cabral: Ruim+Péssimo 42%, Ótimo+Bom 16% / Desaprovam 59%.

3. Dilma Rousseff: Ruim+Péssimo 32%, Ótimo+Bom 30% / Desaprovam 46%.

4. Quem votaria para Presidente: Dilma 37%, Aécio 13%, Campos 7%, Randolfe 1%, Ninguém 42%.

5. 83% não têm de memória candidato ao senado. 78% não têm de memória candidato a governador. 71% não têm de cabeça candidato a presidente.

6. Quem votaria para governador?  Garotinho 18%, Crivella 16%, Lindbergh 10%, Cesar Maia 8%, Pezão 5%, Jandira 4%, Bernardinho 3%, Miro 1%, Sírkis 1%. Ninguém 32%.

7. Quem votaria para governador? Só na Capital.  Garotinho 12%, Crivella 11%, Cesar Maia 10%, Lindbergh 7%, Jandira 6%, Pezão 4%, Bernardinho 4%, Miro 2%, Sirkis 2%.

8. Com menos nomes: só Garotinho, Crivella, Lindbergh, Pezão e Sirkis: 43% não marcam ninguém // No caso de dois nomes no segundo turno, não marcam ninguém entre 48% e 52% conforme a dupla.

9. Entre os candidatos a governador quem mais rejeita? Garotinho 26%, Cesar Maia 17%, Pezão 10%, Lindbergh 7%, Crivella 4%, Miro 4%, Bernardinho 2%, Sirkis 2%.

10. Quem votaria para senador? Wagner Montes 18%, Benedita 12%, Cabral 12%, Romário 11%, Jandira 7%, Dornelles 6%.

* * *

IBOPE E DILMA!

1. Máximos e Mínimos. ÓTIMO+BOM. 16 a 24 anos: 27%; mais de 55 anos: 40% // Até 4ª Série: 48%; Nível Superior: 26%. // Nordeste 45%; Sudeste 29% // Nas Capitais 31%; No Interior 39% // Cidades até 20 mil habitantes 44%; Mais de 100 mil 31% // Renda até 1 salário mínimo 48%; Renda mais de 10 salários mínimos: 23%.

2. Máximos e Mínimos. NÃO CONFIA. 16 a 24 anos: 56%; Mais de 55 anos: 40% // Até 4ª série 35%; Nível Superior: 58% // Nordeste 34%; Sudeste: 57% // Capitais: 51%; Interior 44% // Cidades até 20 mil habitantes: 41%; mais de 100 mil: 54% // Até 1 salário mínimo: 33% // mais de 10 salários mínimos: 64%.

3. DESAPROVA no governo Dilma. Saúde 77%, Impostos 77%, Segurança Pública 76%, Juros 73%, Inflação 71%, Educação 65%, Combate ao Desemprego 57%, Meio Ambiente 54%, Combate a Fome e a Pobreza: 49% (pela primeira vez maior que os que aprovam de 48%).

4. Que duas notícias você se lembra sobre o governo Dilma: 31% Nenhum+Não Sabe+ Não Respondeu.

* * *

EDITORIAL (28) DO ESTADO DE S.PAULO:  AS UPPs E O EXÉRCITO!

1. “Os ataques de bandidos contra policiais das UPPs em favelas do Rio nos últimos dias mostram que a “pacificação” desses aglomerados urbanos, cantada em prosa e verso pelos governos estadual e federal, só se realiza enquanto o crime organizado permite. A impotência do Estado fluminense ante a força dos narcotraficantes, a despeito de toda a propaganda em torno das UPPs, fica ainda mais patente quando a saída encontrada é, mais uma vez, o despropositado apelo às Forças Armadas.

2. Quase seis anos depois da instalação das primeiras UPPs, tidas pelo governo estadual como a solução definitiva para a segurança pública do Rio, tal escalada de violência deveria pertencer ao passado. O fato, porém, é que a indecisão do Estado em agir efetivamente contra o narcotráfico, preferindo atitudes cosméticas, transformou a política de “pacificação” no equivalente a enxugar gelo: funciona somente o tempo necessário para que os criminosos se reorganizem. E então recomeça o ciclo de violência, repressão militar e ocupação dos morros, o que rende boas fotos – e eventualmente votos -, mas não efeitos duradouros.

3. A entrada dos militares nos morros e nas favelas, como a história já demonstrou exaustivamente, é tão inútil quanto perigosa. Pode-se imaginar o escândalo que surgirá quando tombar o primeiro civil morto por um soldado do Exército, ainda que este tenha agido em legítima defesa. Não há prevenção que mude o fato de que as Forças Armadas são treinadas para agir em ambientes em que não se costuma dar voz de prisão ao inimigo. Em razão disso, para atacar os narcotraficantes, as Forças Armadas teriam de estar amparadas por decreto de intervenção federal, instrumento que lhe daria a chefia da missão. Sabe-se, porém, que o Exército será apenas força auxiliar nessa tentativa de ocupar momentaneamente um território hostil – como se as favelas fossem meros encraves estrangeiros que incomodam, de tempos em tempos, a pax carioca.”

* * *

INADIMPLÊNCIA CRESCE: 40% ENTRARAM NO CHEQUE ESPECIAL EM 2013!

(Folha de SP, 28) Quatro em dez brasileiros entraram no cheque especial no ano passado, segundo pesquisa sobre consumo realizada pelo portal Meu Bolso Feliz, iniciativa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). “As pessoas estão gastando mais do que podem”, disse Flávio Borges, gerente do SPC Brasil.

EDITORIAL (28) DO ESTADO DE S.PAULO: AS UPPs E O EXÉRCITO!

1. “Os ataques de bandidos contra policiais das UPPs em favelas do Rio nos últimos dias mostram que a “pacificação” desses aglomerados urbanos, cantada em prosa e verso pelos governos estadual e federal, só se realiza enquanto o crime organizado permite. A impotência do Estado fluminense ante a força dos narcotraficantes, a despeito de toda a propaganda em torno das UPPs, fica ainda mais patente quando a saída encontrada é, mais uma vez, o despropositado apelo às Forças Armadas.

2. Quase seis anos depois da instalação das primeiras UPPs, tidas pelo governo estadual como a solução definitiva para a segurança pública do Rio, tal escalada de violência deveria pertencer ao passado. O fato, porém, é que a indecisão do Estado em agir efetivamente contra o narcotráfico, preferindo atitudes cosméticas, transformou a política de “pacificação” no equivalente a enxugar gelo: funciona somente o tempo necessário para que os criminosos se reorganizem. E então recomeça o ciclo de violência, repressão militar e ocupação dos morros, o que rende boas fotos – e eventualmente votos -, mas não efeitos duradouros.

3. A entrada dos militares nos morros e nas favelas, como a história já demonstrou exaustivamente, é tão inútil quanto perigosa. Pode-se imaginar o escândalo que surgirá quando tombar o primeiro civil morto por um soldado do Exército, ainda que este tenha agido em legítima defesa. Não há prevenção que mude o fato de que as Forças Armadas são treinadas para agir em ambientes em que não se costuma dar voz de prisão ao inimigo. Em razão disso, para atacar os narcotraficantes, as Forças Armadas teriam de estar amparadas por decreto de intervenção federal, instrumento que lhe daria a chefia da missão. Sabe-se, porém, que o Exército será apenas força auxiliar nessa tentativa de ocupar momentaneamente um território hostil – como se as favelas fossem meros encraves estrangeiros que incomodam, de tempos em tempos, a pax carioca.”

IBOPE E DILMA!

1. Máximos e Mínimos. ÓTIMO+BOM. 16 a 24 anos: 27%; mais de 55 anos: 40% // Até 4ª Série: 48%; Nível Superior: 26%. // Nordeste 45%; Sudeste 29% // Nas Capitais 31%; No Interior 39% // Cidades até 20 mil habitantes 44%; Mais de 100 mil 31% // Renda até 1 salário mínimo 48%; Renda mais de 10 salários mínimos: 23%.

2. Máximos e Mínimos. NÃO CONFIA. 16 a 24 anos: 56%; Mais de 55 anos: 40% // Até 4ª série 35%; Nível Superior: 58% // Nordeste 34%; Sudeste: 57% // Capitais: 51%; Interior 44% // Cidades até 20 mil habitantes: 41%; mais de 100 mil: 54% // Até 1 salário mínimo: 33% // mais de 10 salários mínimos: 64%.

3. DESAPROVA no governo Dilma. Saúde 77%, Impostos 77%, Segurança Pública 76%, Juros 73%, Inflação 71%, Educação 65%, Combate ao Desemprego 57%, Meio Ambiente 54%, Combate a Fome e a Pobreza: 49% (pela primeira vez maior que os que aprovam de 48%).

4. Que duas notícias você se lembra sobre o governo Dilma: 31% Nenhum+Não Sabe+ Não Respondeu.

IBOPE NO RIO DE JANEIRO: AVALIAÇÃO DOS GOVERNOS, INTENÇÕES DE VOTO!

1. Eduardo Paes (só na Capital): Ruim+Péssimo 45%, Ótimo+Bom 18% / Desaprovam 64%.

2. Sérgio Cabral: Ruim+Péssimo 42%, Ótimo+Bom 16% / Desaprovam 59%.

3. Dilma Rousseff: Ruim+Péssimo 32%, Ótimo+Bom 30% / Desaprovam 46%.

4. Quem votaria para Presidente: Dilma 37%, Aécio 13%, Campos 7%, Randolfe 1%, Ninguém 42%.

5. 83% não têm de memória candidato ao senado. 78% não têm de memória candidato a governador. 71% não têm de cabeça candidato a presidente.

6. Quem votaria para governador?  Garotinho 18%, Crivella 16%, Lindbergh 10%, Cesar Maia 8%, Pezão 5%, Jandira 4%, Bernardinho 3%, Miro 1%, Sírkis 1%. Ninguém 32%.

7. Quem votaria para governador? Só na Capital.  Garotinho 12%, Crivella 11%, Cesar Maia 10%, Lindbergh 7%, Jandira 6%, Pezão 4%, Bernardinho 4%, Miro 2%, Sirkis 2%.

8. Com menos nomes: só Garotinho, Crivella, Lindbergh, Pezão e Sirkis: 43% não marcam ninguém // No caso de dois nomes no segundo turno, não marcam ninguém entre 48% e 52% conforme a dupla.

9. Entre os candidatos a governador quem mais rejeita? Garotinho 26%, Cesar Maia 17%, Pezão 10%, Lindbergh 7%, Crivella 4%, Miro 4%, Bernardinho 2%, Sirkis 2%.

10. Quem votaria para senador? Wagner Montes 18%, Benedita 12%, Cabral 12%, Romário 11%, Jandira 7%, Dornelles 6%.

27 de março de 2014

CIRCULAÇÃO/AUDIÊNCIA DE MÍDIA EM SITES É MUITO, MUITO DIFERENTE DE AUDIÊNCIA DIRETA!

1. A imprensa –jornais, rádios e TVs- tem como núcleo de sua sobrevivência a venda de publicidade. É diferente da venda de um produto de consumo como refrigerante, carro, etc. Nesses casos, a publicidade estimula diretamente a compra do produto. É meio. É custo.

2. Na imprensa, a publicidade é resultado da “audiência” do veículo e o perfil dessa audiência. E essa audiência é função das notícias divulgadas. Ou seja: o consumidor, ao consumir notícias, está gerando “audiência” (circulação, etc..) e essa atrai as agências e empresas para comprar espaços de publicidade, aproveitando o consumo de notícias.

3. Como qualquer empresa de qualquer ramo, as vendas de seus produtos e serviços definem suas capacidades econômica e financeira. Num produto ou serviço de consumo -como refrigerante, carro…- é essa a venda que define a viabilidade do negócio.

4. Na imprensa é diferente: a venda de um jornal ou revista é meio para o que é importante, ou seja, a publicidade, que é seu faturamento. E no caso das rádios, sempre abertas, e nas TVs abertas, isso fica claro, pois o serviço de notícias não é sequer vendido. A audiência –quantitativa e qualitativa- que os veículos conquistam é que vão influenciar as agências e empresas anunciarem, fazerem publicidade do que querem vender, buscando influenciar os que consumem notícias.

5. Todo o dito acima é evidente e estudado há muitas décadas.

6. A novidade hoje é a audiência dos meios de comunicação através de sites na web. Hoje, as pesquisas além de mostrarem a circulação dos jornais, etc., mostram o número de acessos a seus sites. Com isso, a leitura das notícias não leva o consumidor diretamente à publicidade. Na maior parte das vezes a nenhuma publicidade. Os banners que entram nos sites não têm –nem de longe- o mesmo efeito da publicidade direta.

7. É crescente o consumo de notícias através dos sites. Os meios de comunicação somam o consumo físico ao consumo virtual para mostrarem suas audiências. Mas do ponto de vista de seu faturamento, ou seja, da publicidade, o impacto nas vendas, ou seja, da publicidade, é muito, muito diferente.

8. Num caso limite em que um meio de comunicação que tenha uma circulação ou audiência de 100 milhões de consumidores em seu veículo tradicional, se esta circulação/audiência dobrar e passar a ser de 200 milhões na web e ao mesmo tempo for zerada no suporte tradicional, o veículo que conquistou esta proeza estará quebrado em pouco tempo, pois perderá a atratividade para as agências e empresas que anunciam seus produtos.

9. Um paradoxo do mundo eletrônico.

* * *

IMPRENSA INTERNACIONAL E O BRASIL! MATÉRIAS NEGATIVAS: 19% (2010), 23,78% (2012) E 35,22% (2013)!

(Estado de SP, 26) 1. A imprensa internacional ficou mais crítica com o Brasil no ano passado. O levantamento Boletim Brasil – elaborado pela agência de comunicação Imagem Corporativa – mostrou que o porcentual de reportagens negativas com relação ao País subiu para 35,22%, do total de 23,78% registrados em 2012. O estudo também mostrou que a imprensa falou menos sobre o Brasil. O número de textos foi de 4.332, abaixo das 5.109 publicadas em 2012. O mau humor da imprensa acompanhou o crescente pessimismo do mercado com a economia brasileira e com o mercado financeiro ao longo do ano passado.

2. “Esse resultado reflete uma leitura mais pessimista da imprensa internacional sobre a desaceleração econômica, e traz algumas referências mais negativas em termos de fundamentos econômicos, além da questão das manifestações”, afirmou Ciro Dias Reis, presidente da Imagem Corporativa. “O número de matérias positivas ainda é maior, mas, diante dos últimos acontecimentos, existe uma tendência de a imprensa internacional se manter num nível mais cauteloso na comparação com uma euforia do passado.” Em 2010, o porcentual de reportagens positivas chegou a 81%.

3. O Boletim Brasil é elaborado desde 2009, e analisa 15 veículos internacionais, entre eles China Daily (China), El País (Espanha), Financial Times e The Economist (Reino Unido), The New York Times e Washington Post (Estados Unidos).

* * *

DOMINGO, ELEIÇÃO PARA PREFEITA DE PARIS: OS TEMAS EM DEBATE NA TV!

São duas mulheres que passaram para o segundo turno. Hidalgo do PS (centro-esquerda) e NKM do UMP (centro-direita).

(1) poluição (Hidalgo pretende aumentar os espaços verdes, enquanto NKM é favorável à interdição de veículos mais poluidores no centro da capital e promete por fim ao uso do diesel;

(2) transporte (metrô em particular, com automatização ou prolongamento da linha 13);

(3) segurança (NKM pretende ser “uma Prefeita na frente de combate, com uma polícia de proximidade” e Anne Hidalgo se opõe a uma polícia municipal, mas dobrando o número de câmeras de segurança);

(4) habitação e creches (ampliação da disponibilidade de vagas);

(5) remuneração do Prefeito (redução dos salários e demais vantagens).

DOMINGO, ELEIÇÃO PARA PREFEITA DE PARIS: OS TEMAS EM DEBATE NA TV!

São duas mulheres que passaram para o segundo turno. Hidalgo do PS (centro-esquerda) e NKM do UMP (centro-direita).

(1) poluição (Hidalgo pretende aumentar os espaços verdes, enquanto NKM é favorável à interdição de veículos mais poluidores no centro da capital e promete por fim ao uso do diesel;

(2) transporte (metrô em particular, com automatização ou prolongamento da linha 13);

(3) segurança (NKM pretende ser “uma Prefeita na frente de combate, com uma polícia de proximidade” e Anne Hidalgo se opõe a uma polícia municipal, mas dobrando o número de câmeras de segurança);

(4) habitação e creches (ampliação da disponibilidade de vagas);

(5) remuneração do Prefeito (redução dos salários e demais vantagens).

IMPRENSA INTERNACIONAL E O BRASIL! MATÉRIAS NEGATIVAS: 19% (2010), 23,78% (2012) E 35,22% (2013)!

(Estado de SP, 26) 1. A imprensa internacional ficou mais crítica com o Brasil no ano passado. O levantamento Boletim Brasil – elaborado pela agência de comunicação Imagem Corporativa – mostrou que o porcentual de reportagens negativas com relação ao País subiu para 35,22%, do total de 23,78% registrados em 2012. O estudo também mostrou que a imprensa falou menos sobre o Brasil. O número de textos foi de 4.332, abaixo das 5.109 publicadas em 2012. O mau humor da imprensa acompanhou o crescente pessimismo do mercado com a economia brasileira e com o mercado financeiro ao longo do ano passado.

2. “Esse resultado reflete uma leitura mais pessimista da imprensa internacional sobre a desaceleração econômica, e traz algumas referências mais negativas em termos de fundamentos econômicos, além da questão das manifestações”, afirmou Ciro Dias Reis, presidente da Imagem Corporativa. “O número de matérias positivas ainda é maior, mas, diante dos últimos acontecimentos, existe uma tendência de a imprensa internacional se manter num nível mais cauteloso na comparação com uma euforia do passado.” Em 2010, o porcentual de reportagens positivas chegou a 81%.

3. O Boletim Brasil é elaborado desde 2009, e analisa 15 veículos internacionais, entre eles China Daily (China), El País (Espanha), Financial Times e The Economist (Reino Unido), The New York Times e Washington Post (Estados Unidos).

CIRCULAÇÃO/AUDIÊNCIA DE MÍDIA EM SITES É MUITO, MUITO DIFERENTE DE AUDIÊNCIA DIRETA!

1. A imprensa –jornais, rádios e TVs- tem como núcleo de sua sobrevivência a venda de publicidade. É diferente da venda de um produto de consumo como refrigerante, carro, etc. Nesses casos, a publicidade estimula diretamente a compra do produto. É meio. É custo.

2. Na imprensa, a publicidade é resultado da “audiência” do veículo e o perfil dessa audiência. E essa audiência é função das notícias divulgadas. Ou seja: o consumidor, ao consumir notícias, está gerando “audiência” (circulação, etc..) e essa atrai as agências e empresas para comprar espaços de publicidade, aproveitando o consumo de notícias.

3. Como qualquer empresa de qualquer ramo, as vendas de seus produtos e serviços definem suas capacidades econômica e financeira. Num produto ou serviço de consumo -como refrigerante, carro…- é essa a venda que define a viabilidade do negócio.

4. Na imprensa é diferente: a venda de um jornal ou revista é meio para o que é importante, ou seja, a publicidade, que é seu faturamento. E no caso das rádios, sempre abertas, e nas TVs abertas, isso fica claro, pois o serviço de notícias não é sequer vendido. A audiência –quantitativa e qualitativa- que os veículos conquistam é que vão influenciar as agências e empresas anunciarem, fazerem publicidade do que querem vender, buscando influenciar os que consumem notícias.

5. Todo o dito acima é evidente e estudado há muitas décadas.

6. A novidade hoje é a audiência dos meios de comunicação através de sites na web. Hoje, as pesquisas além de mostrarem a circulação dos jornais, etc., mostram o número de acessos a seus sites. Com isso, a leitura das notícias não leva o consumidor diretamente à publicidade. Na maior parte das vezes a nenhuma publicidade. Os banners que entram nos sites não têm –nem de longe- o mesmo efeito da publicidade direta.

7. É crescente o consumo de notícias através dos sites. Os meios de comunicação somam o consumo físico ao consumo virtual para mostrarem suas audiências. Mas do ponto de vista de seu faturamento, ou seja, da publicidade, o impacto nas vendas, ou seja, da publicidade, é muito, muito diferente.

8. Num caso limite em que um meio de comunicação que tenha uma circulação ou audiência de 100 milhões de consumidores em seu veículo tradicional, se esta circulação/audiência dobrar e passar a ser de 200 milhões na web e ao mesmo tempo for zerada no suporte tradicional, o veículo que conquistou esta proeza estará quebrado em pouco tempo, pois perderá a atratividade para as agências e empresas que anunciam seus produtos.

9. Um paradoxo do mundo eletrônico.

Cesar Maia comenta a saída da secretária municipal de educação

Na Folha Dirigida, há uma discussão a respeito da performance da Sra. Cláudia Costin, enfim, que caiu pelos seus defeitos. Quem está realizando um processo revolucionário na Educação pública não vai entregar o cargo porque arranjou emprego melhor no Banco Mundial. Fracassou. O Professor Gaudêncio Frigotto, professor adjunto no programa de pós-graduação em Políticas Públicas e Formação Humana, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, escreve hoje um texto na Folha Dirigida: “A Sra. Cláudia Costin sai da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e deixa como herança o que de pior presenciei em termos de desmanche do que seja uma concepção de educação e escolas públicas, nos quarenta anos em que atuo como docente e pesquisador no Estado do Rio de Janeiro.

Com efeito, quando aqui cheguei para fazer o mestrado em Educação no Instituto de Estudos Avançados em Educação (IESAE), na Fundação Getúlio Vargas, a professora Circe Navarro Rivas coordenava o Laboratório de Currículo, uma referência nacional no sentido de afirmar o professor e o aluno como sujeitos e autores e a educação pública como um direito social e subjetivo.

A gestão Costin, dentro de uma postura de subordinação e subserviência às agências do mercado do capital, estandardizou o processo educativo na mesma lógica da reprodução mercantil. Uma filosofia que anula e desrespeita a função docente e nega o aluno como sujeito. Como tal, ignora a desigualdade de classe e as particularidades culturais dos alunos.”

Enfim, ele segue com uma declaração do Professor Belluzo.

Eu vivi um conflito na área da educação a respeito do sistema de ciclos, um sistema que permanece e que foi generalizado para o Brasil, a nível do 1º ciclo. Reconheço que talvez, devido ao fato de o Governo estar terminando, acabei introduzindo de forma apressada, em 2007, o 2º e 3º ciclos que nem sequer chegaram a ser complementados, ou seja, inspiração de Darcy Ribeiro e Paulo Freire. No entanto, erros que, cometidos, geram, com uma enorme facilidade, a gestões seguintes, a correção dos mesmos. Não se trata disso, a privatização produziu e produz consequências da maior gravidade! A primeira delas foi indignar o magistério, transformando os professores em operadores de kits do Instituto Sangari, que agora tem outro nome, da Abril Cultural, da Fundação Roberto Marinho, do Instituto Ayrton Senna. O professor deixou de ser o gestor da sua sala de aula, o que é um princípio básico da educação! A sala é o universo da educação!

26 de março de 2014

O USO EQUIVOCADO DAS REDES SOCIAIS EM CAMPANHAS ELEITORAIS!

1. No Painel da Folha de SP (24), Vera Magalhães destaca o planejamento do PSDB para uso das redes sociais na campanha presidencial de 2014. Diz assim: O comando da campanha de Aécio Neves (PSDB) ao Palácio do Planalto montou uma força-tarefa para formar 9 mil militantes em todo o Brasil para atuar nas redes sociais a favor da candidatura do tucano. Até o fim de maio, serão 300 sessões de treinamento. Os militantes são orientados a difundir noticiário positivo de Aécio e críticas ao governo Dilma Rousseff. O PSDB bancará os custos com salas e equipamento. O PT fará evento semelhante, em abril, em São José dos Campos (SP). Segundo um dirigente tucano, a maior parte dos militantes é jovem e quase todos são voluntários. Reservadamente, o partido admite pagar uma ajuda de custo para incentivar a adesão ao programa.

2. Este Ex-Blog, em notas anteriores, sublinhou que os “turistas” nas redes sociais, acionados por interesse eleitoral, vendidos por agências que se dizem especializadas em marketing na internet têm muito pouca ou nenhuma eficácia. As notas postadas nas redes têm um potencial efetivo de multiplicação quando são de iniciativa daqueles que já estão nas redes e, portanto, conhecem a sua rotina e avançaram em circunferências interativas de atenção.

3. Muito mais ainda. A lógica das redes parte da iniciativa dos indivíduos e não de máquinas partidárias ou organizações específicas. Quando essas são identificadas, a credibilidade dos repasses desmorona. E principalmente quando se trata de ação política orquestrada e verticalizada. Imagine notícias pasteurizadas e distribuídas para postagem dos 9 mil “contratados”.

4. Há um vetor correto na proposta: não fazer campanha explícita do candidato, mas multiplicar ideias que produzam convergência espontânea e sinergia com as ideias do candidato –a favor dele e contra seus adversários.

5. O que se deve fazer e já deveriam ter feito há muito tempo, é identificar os militantes e simpatizantes que já estão nas redes, cotidiana e sistematicamente e buscar com eles criar canais de informações que estes multiplicariam ou não, ajustando da forma que entenderem seus textos. O estímulo central não pode nunca tirar o caráter espontâneo das iniciativas individuais. Lembre-se que uma só pessoa na rede pode ter um multiplicador maior que os 9 mil. Identificar essas pessoas –militantes/simpatizante teria um valor agregado potencial milhares de vezes maior.

6. A publicidade na internet nos ensina isso. Empresas pagam para postar seus banners nos tipos de comunicação em rede, de pessoas que já partem de um volume sensível de acessos.

* * *

RIO É A CIDADE-SEDE DA COPA COM HOTÉIS COM A MENOR TRANSPARÊNCIA!

(Globo, 26) 1. A secretária Nacional do Consumidor, Juliana Pereira, do Ministério da Justiça, afirmou ontem (25) que o Rio é a cidade-sede da Copa do Mundo que apresenta maiores problemas na relação entre o setor hoteleiro e consumidores. A secretária reuniu-se com dirigentes de Procons do país inteiro e disse também que esse segmento perdeu a oportunidade de ser transparente. O setor, segundo Juliana Pereira, omitiu dados dos preços dos hotéis para os órgãos de defesa do consumidor e da sociedade.

2.  – A situação mais grave que tem nos chegado é a do Rio, que, de fato desperdiçou uma oportunidade de construir uma relação de transparência e apresentar, não só para os órgãos de defesa do consumidor como para toda a sociedade as tarifas que estão sendo cobradas — disse Juliana, que insistiu com esse setor do Rio.

3. Juliana mostrou como exemplo de falta de transparência no setor pesquisas feitas sobre o carnaval e o réveillon. — Nós pedimos para mostrar a média tarifária da alta temporada, que ocorre no Carnaval e no réveillon. E, assim, se criar um ambiente de escolha, de transparência, mas isso foi desperdiçado. Houve uma reunião com hotéis do Rio, onde surgiu a proposta da transparência, mas, infelizmente, o setor não correspondeu. Não houve acordo firmado.

* * *

PESQUISAS ELEITORAIS: PARLAMENTO EUROPEU (25/05) E PANAMÁ (04/05)!

1. (El País, 24) UE: PPE –centro-direita- 29% (cai 16% em relação ao parlamento atual), Socialistas: 27% (crescem 4,6%),  Antipolítica/Populistas 14% / Liberais 8% / Esquerda Unida 7%.

2. (Dichter & Meira, 23) Panamá- José Domingo Arias (50 anos), 39%-  do CD (oficialista-centro-direita), Vice Ministro do Comércio Exterior (2009-2011) e Ministro da Habitação e do Ordenamento Territorial (2011-2013), /  Juan Carlos Navarro (52 anos), 32%- do PRD, Prefeito do Distrito do Panamá (1999-2009) e Secretário Geraldo Partido Revolucionário Democrático (desde 2012)  /  Juan Carlos Varela (50 anos), 24%- do Panameñista, centro, Vice Presidente da República (2009-2014) e Ministro das Relações Exteriores (2009-2011).

* * *

VENEZUELA CRIA O “SISTEMA ALTERNATIVO DE DIVISAS II”!

(El País, 25) O valor do bolívar na Venezuela desintegra. O que era uma realidade nas ruas no mercado paralelo muito longe do câmbio oficial, passou a funcionar também nas operações do Banco Central da Venezuela. O primeiro leilão do novo “Sistema Cambial Alternativo de Divisas” (SICAD II), fixou ontem (24) um tipo de câmbio médio de 51,86 bolívares por dólar. O câmbio oficial básico, continua artificialmente fixado em 6,3 bolívares por dólar e 11,36 bolívares por dólar no Sistema Complementar de Administração de Divisas (SICAD), realizado em 15 de janeiro.

VENEZUELA CRIA O “SISTEMA ALTERNATIVO DE DIVISAS II”!

(El País, 25) O valor do bolívar na Venezuela desintegra. O que era uma realidade nas ruas no mercado paralelo muito longe do câmbio oficial, passou a funcionar também nas operações do Banco Central da Venezuela. O primeiro leilão do novo “Sistema Cambial Alternativo de Divisas” (SICAD II), fixou ontem (24) um tipo de câmbio médio de 51,86 bolívares por dólar. O câmbio oficial básico, continua artificialmente fixado em 6,3 bolívares por dólar e 11,36 bolívares por dólar no Sistema Complementar de Administração de Divisas (SICAD), realizado em 15 de janeiro.

PESQUISAS ELEITORAIS: PARLAMENTO EUROPEU (25/05) E PANAMÁ (04/05)!

1. (El País, 24) UE: PPE –centro-direita- 29% (cai 16% em relação ao parlamento atual), Socialistas: 27% (crescem 4,6%),  Antipolítica/Populistas 14% / Liberais 8% / Esquerda Unida 7%.

2. (Dichter & Meira, 23) Panamá- José Domingo Arias (50 anos), 39%-  do CD (oficialista-centro-direita), Vice Ministro do Comércio Exterior (2009-2011) e Ministro da Habitação e do Ordenamento Territorial (2011-2013), /  Juan Carlos Navarro (52 anos), 32%- do PRD, Prefeito do Distrito do Panamá (1999-2009) e Secretário Geraldo Partido Revolucionário Democrático (desde 2012)  /  Juan Carlos Varela (50 anos), 24%- do Panameñista, centro, Vice Presidente da República (2009-2014) e Ministro das Relações Exteriores (2009-2011).