08 de outubro de 2015

“RIO COMO VAMOS”! PESSIMISMO GENERALIZADO EM 2015!

1. A ONG “Rio como Vamos” segue um modelo de Bogotá e realiza pesquisas na cidade do Rio de Janeiro, na metade de cada ano, em geral de 2 em 2 anos (exceção 2008, último ano da prefeitura anterior). Seus patrocinadores não são públicos. Isso permite comparar os números em série e analisar tendências. De longe, o ano de 2015 é aquele em que a avaliação dos cariocas -acima de 16 anos- dos serviços públicos é a pior de todas. Foram entrevistadas 1.417 pessoas, uma amostra maior que a usada para as eleições.

2. A avaliação do prefeito Eduardo Paes é crítica, o que mostra que a queda generalizada nas avaliações afetou duramente a sua imagem em 2015.  Isso explica porque a prefeitura iniciou em setembro uma blitz publicitária buscando melhorar esta percepção. 44% acham que a gestão de Eduardo Paes neste segundo governo –entre 2013 e 2015- é Ruim+Péssima. Apenas 19% a qualificam como Bom+Ótimo.

3. Eram 64% os que tinham orgulho de ser Carioca. Agora em 2015 são 43%. São 56% os que querem sair do Rio e o motivo principal (53%) é a Violência. Em 2008 eram 49% os Cariocas otimistas com o futuro do Rio. Em 2015 são 25%. Em 2008 eram 42% os que achavam que a qualidade da Educação havia melhorado. Agora em 2015 são 34%. Em 2015, para 49% a Saúde Pública é Ruim+Péssima, e para 24% é Otima+Boa. 25% acham que melhorou e 38% que piorou.

4. Segurança Pública afundou na percepção dos Cariocas. Em 2008 eram 54% os que achavam que não havia nenhuma Segurança em seu bairro. 31% achavam que tinha segurança. Em 2015 são 64% os que acham que não há nenhuma Segurança em seu bairro e 24% acham que tem Segurança. Em 2015, para 71% a Segurança Pública piorou e para 11% melhorou. São 40% os que têm medo de ser assaltado e 23% os que têm medo de balas perdidas. Para 41% as UPPs são ruim+péssima e 21% boa+muito boa.

5. Em 2015 são 62% os que dizem que há acúmulo de lixo nas ruas de seu bairro e 33% dizem que não há. Apenas 17% dizem que a qualidade da água nas praias é boa+muito boa. Apenas 6% dizem que a qualidade da água nas lagoas é boa+muito boa.

6. Pontos de uso ou venda de drogas. Em 2015 são 71% que reclamam -ruim+péssimo- e 13% bom+muito bom. Moradores de rua 67% reclamam -ruim+péssimo e 12% não reclamam –bom+muito bom.

7. Transporte Público. 2008: eram 16% que achavam ruim+péssimo e 61% bom+muito bom. Em 2015 são 42% que acham ruim+péssimo e 25% ótimo+bom. Trânsito em 2015: são 10% os que acham ótimo+bom e 71% ruim+péssimo. Os Transportes em 2008 pioraram para 14% e melhoraram para 35%. Em 2015 pioraram para 42% e melhoraram para 25%.

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“NÃO ESTÁ HAVENDO AJUSTE FISCAL ALGUM”! DÍVIDA/PIB VAI A 75% EM 2017!

(Estado de SP, 05) 1. Ajuste fiscal. Na verdade, não está havendo ajuste fiscal algum, mas apenas uma contenção orçamentária impossível de ser mantida ao longo do tempo. As propostas enviadas ao Congresso, além de não combaterem as causas da deterioração das contas públicas, se aprovadas, apenas garantiriam que o superávit primário chegasse, em 2016, a 0,7% do PIB. Se assumirmos a hipótese otimista e irrealista de que nos dois anos seguintes esse superávit alcance 1,2% e 2,0% do PIB, dado o cenário de recessão e a projeção de juros com que trabalhamos, a dívida pública bruta atingiria 75% do PIB, em 2017 e 2018.

2. Era de 53%, no fim de 2013. Tal deterioração já seria suficiente para o Brasil perder o grau de investimento nas duas outras agências relevantes classificadoras de risco, a Moody’s e a Fitch. Mas a situação real é muito pior. O pacote fiscal enviado ao Congresso tem baixíssima chance de ser aprovado, pelo menos na sua integridade. Foi mal elaborado, mexeu com muitos interesses simultaneamente, irritou o Congresso ao propor a utilização das emendas parlamentares para bancar compromissos já constantes do Orçamento e, por fim, propôs a recriação, mediante emenda constitucional, de um tributo de péssima qualidade, que semanas antes havia sido veementemente rechaçado por lideranças empresariais.

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ÍNDICE EDUCACIONAL – IOEB!

1. O cálculo do índice envolve resultados do Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, taxa de matrícula e dados públicos de processos educacionais (escolaridade média dos pais, escolaridade dos professores com percentual de docentes com curso superior, experiência de diretores em anos de permanência na mesma escola, quantidade de horas de aula por dia e a taxa de atendimento de educação infantil).

2. Ranking dos Estados. S. Paulo em primeiro. Minas em segundo. Estado do Rio em décimo quinto

3. Ranking das Capitais. S. Paulo em primeiro. Belo Horizonte em terceiro. Rio de Janeiro em décimo primeiro