30 de abril de 2014

QUEDA DE DILMA EM PESQUISAS É UM CLARO PROBLEMA DE “IMAGEM FUTURA”!

 

1. As últimas pesquisas do Data-Folha , do Ibope e MDA, confirmaram a queda na avaliação de Dilma e em sua intenção de voto. A avaliação é um dado mais importante para análises: ela contra ela. Mas de qualquer forma as duas curvas declinantes são convergentes.

 

2. Em geral as análises procuram relacionar a queda a fatos mensuráveis”, como a recessão, a inflação, os escândalos,…. Essa é uma guerra de comunicação: enquanto os fatos “mesuráveis” são mostrados pelos opositores, críticos e pela imprensa, o governo responde com sua máquina publicitária,( segundo a Folha de SP foram mais de R$ 2 bilhões nos últimos 12 meses), e dando destaque aos programas que vai criando como Minha Casa, Pronatec, e os anteriores.

 

3. Essa batalha de fatos e propaganda não é novidade e já teve momentos mais fortes como o julgamento do mensalão e depois a condenação, antes com a saída de ministros,e sempre,com os dados econômicos. Então porque agora?

 

4. Uma razão é a opinião pública mais sensível após as manifestações de junho de 2013. Naquele momento a queda de avaliação dos políticos foi geral. Dilma caiu, subiu para um patamar intermediário, e agora caiu outra vez. Mas se caiu seus competidores não subiram nada em intenção de voto. E em todos os três há um empate quando se compara entre eles -numa mesma pergunta- o não votaria de jeito nenhum: no Data-Folha uma semana antes do Ibope foram 33% em todos e agora,no Ibope, 40%.

 

5. Praticamente toda a queda de Dilma ocorreu entre aquelas faixas do eleitorado em que sempre esteve mais abaixo. Ou seja: os com maiores níveis de instrução e de renda e no Sudeste,( o que de certa forma é tautológico, pela concentração econômica no Sudeste). Nos que tem menores níveis de renda e instrução e no Nordeste,(o que é tautológico), esta queda foi muito menor.  Se fosse por estas a mudança de Dilma ficaria no que se chama de margem de erro.

 

6.  Por isso tudo não há uma equação de causa,( fatos“mensuráveis”), e efeito,(queda de Dilma). O que há é algo mais complexo: a IMAGEM de Dilma foi atingida. Poder-se-ia dizer: foi atingida porque esses fatos “mensuráveis”, foram cumulativos. Não é tão simples. Se fosse por isso seria uma queda impulsionada pela dinâmica –passado-presente. Bem se for assim a tarefa dos publicitários e da máquina será facilitada.

 

7.  Mas se a IMAGEM afetada de Dilma se refere ao futuro, às expectativas? Sendo assim o caso é muito mais complexo e corrigir exigiria mais que um jantar com publicitário e uma reunião com Lula. Exigiria quase um seminário, acompanhado por uma bateria continuada de pesquisas quali-quantis, etc….

 

8. A reversão da IMAGEM FUTURA seria tarefa complexa com graves repercussões eleitorais. Dilma e o PT teriam que antecipar a propaganda negativa sobre seus adversários e multiplicá-la. Ou seja: dar um abraço de afogado e se segurar na boia.

 

 

ALGUNS DADOS DA PESQUISA MDA-CNT DE 20-25/04 !

 

1. Avaliação de Dilma Ótimo + Bom 32,9% e Ruim + Péssimo 30,6%. No IBOPE de abril foram 34% x 30% e no Data-Folha 36% x 25%. Para 22,3% Dilma é boa gerente, para 30,6% não é e para 44,8% é regular.

 

2. Intenção de voto: Dilma 36,4%, Demais 35,4%, apontando para o segundo turno. No segundo turno, em fevereiro Dilma livrava 23,2 pontos sobre Aécio e agora 10 pontos. Sobre Campos ela livrava 30,6% e agora 17,3%.

 

3. Os governadores tem avaliação O+B x R+P de 34,2% x 27,9% e os prefeitos 29,1% x 36,4%.

 

4. 58,2% não tem interesse na eleição ou tem muito pouco.  41,2% tem interesse grande ou médio.  68,7% querem mudar a forma de governar. 28,1% querem manter como está.

 

5. 74,8% apoiam o programa mais médicos.

 

6. Para 57,8% a Violência aumentou na sua cidade nesses últimos meses.  Para 27,5% aumentou um pouco e para 14,4% não aumentou. O tipo de violência que mais preocupa é o assalto a mão armada 41,7%. o assalto com morte 23,1%, estupro 15,8%. roubo a residência 10,9%.

 

7. 49,5% não tem acompanhado o noticiário envolvendo a Petrobrás. Para 33.4% Dilma tem responsabilidade no caso.

 

8.  60,4% utilizam a internet e 39,9% não utilizam.  Utilizam diariamente 39,4%. / Redes Sociais : 49,1% não utilizam. 48,4% sim. Desses 64,2% acham que ajuda no trabalho/estudo e 30,9% acham que atrapalha.  / Para 21,8% internet é importante para decidir o voto. Para 27,9% não é importante. 49,1% não usam.

 

9.  Mais importante para formar a sua opinião ?  Escolha múltipla.  TV 83%, Internet 35,7%, Jornais 24,6%, Rádios 18,7%, Conversas 10,8% e Revistas 2,2%.

 

 

 

RIO-2916, TEM OS PIORES PREPARATIVOS DA HISTÓRIA DA OLIMPÍADA!

 

(BBC-29) 1. O vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o australiano John Coates, afirmou nesta terça-feira que os preparativos para a Olímpíada de 2016 no Rio de Janeiro são os “piores” que ele já viu na história recente dos jogos.  Coates afirmou que o COI foi obrigado a tomar medidas “sem precedentes” para assegurar que a competição vai acontecer, como o envio de peritos ao comitê organizador local.

 

2.   “A situação é crítica”, definiu ele, durante participação em fórum olímpico em Sydney, na Austrália.   A declaração de Coates ocorre em um momento em que o Brasil corre contra o tempo para terminar as obras da Copa do Mundo, que começa daqui a 44 dias. “Ninguém é capaz de dar respostas neste momento”, acrescentou.

 

3. Coates, que acumula 40 anos de experiência em Jogos Olímpicos e foi chefe do comitê organizador local da Olimpíada de Sydney, em 2000, já fez seis viagens ao Rio como parte da comissão responsável pela supervisão dos preparativos.   “Acho que a situação é pior do que em Atenas (em 2004). Até agora, os preparativos da capital grega haviam sido os piores que eu já vi. Nós ficamos muito preocupados. Não podemos simplesmente ignorar essa situação”, acrescentou ele.

 

4. Ele acrescentou que o comitê organizador do Rio possui o mesmo número de funcionários – 600 – do que Londres (que sediu os Jogos de 2012), mas que, no entanto, não têm a mesma experiência.   “Quanto tempo levará entre os locais de competição?”, questionou. “Eles estão sendo iludidos. Ninguém é capaz de dar respostas neste momento”, disse.

 

 

 

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL NA COLÔMBIA EM MAIO CAMINHA PARA UM SEGUNDO TURNO! 

 

(El País-29) 

 

1. A intenção de voto do presidente Santos mostra uma tendência a estagnação e inclusive a perder votos.  De 28% em fevereiro agora tem 23% em abril. Os que o seguem tem tido crescimentos significativos. Zuluaga,( candidato de Uribe), está  em segundo lugar com 15 pontos. Dois meses atrás tinha 9%.  y es el que más subió (hace dos meses tenía 9 puntos). A seguir vem Peñalosa,(exitoso ex-prefeito de Bogotá com 11%, duplicando o que tinha em fevereiro. 

 

2. Essa pesquisa IPSOS divulgada domingo, mostra que o presidente Santos perde em Bogotá, para Peñalosa e Zuluaga.  Em outra pesquisa divulgada por El Tiempo, realizada pela Datexco, Santos lidera com 28%, seguido de Zuluaga com 16% e Peñalosa com 15,7%, indefinido o segundo turno. O que a cada dia fica mais claro é que tende a haver segundo turno, o que é reforçado pela candidata da esquerda Clara Lopez com 9,6%. 

 

29 de abril de 2014

A ESCOLHA DO CANDIDATO A VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA A PARTIR DE 1946!

 

1.  A escolha do candidato a vice-presidente da República não tem tido relação necessária com a questão regional. Nesse caso, imagina-se uma composição entre duas regiões do país, como se esta produzisse um efeito agregador. Não é isso o que necessariamente mostram os períodos 1946-1960 e 1989-2006. Para 1950, Getúlio desenhou sua chapa com Ademar de Barros, governador de São Paulo pelo PSP. Getúlio atraía Ademar. O vice, Café Filho, era deputado do Rio Grande do Norte, mas o foco não era o Nordeste: era S.Paulo via Ademar.

 

2. JK, de Minas, escolheu seu vice no Rio Grande do Sul, não por razões regionais nem pelos votos de Jango, que, apesar do impacto do suicídio de Getúlio, havia perdido a eleição para o Senado em outubro de 1954. O objetivo de JK era a composição do PSD com o PTB, que crescia nacionalmente. Para isso cedeu ao PTB a máquina integral dos ministérios de Trabalho-Previdência e Agricultura, o que levou, em 1962, à vitória parlamentar do PTB.

 

3. Jânio, que havia se filiado ao PDC, não teve como não ceder a vice a UDN, e esta, à afiada Banda de Música de Minas. O eleitor votava separado, e Jango venceu a eleição de vice, com Jânio estimulando a chapa Jan-Jan, na área popular. Na eleição de 1989, a primeira depois da democratização, Collor atraiu Itamar de Minas, pensando em agregação regional. Mas, antes e durante a campanha, não se entendia com seu vice, que ficou oculto no processo. Lula em 1989 deu um verniz à chapa com o jurista Bisol, do PSB. Brizola insistia que seu vice deveria, apenas, desestimular seu impedimento, se fosse eleito.

 

4. Em 1994 e 1998, FHC fechou a chapa com o PFL, tendo como vice Maciel, seu nome mais amplo. Afinal o Plano Real, primeiro, e a insegurança da descontinuidade, depois, foram os carros-chefe.  Em 1994 Lula optou por uma chapa petista e paulista e em 1998 com Brizola. O corte foi ideológico e não regional, nos dois casos. Em 2002, Serra atraiu o PMDB, dito autêntico, com Camata do Espírito Santo, sem nenhuma preocupação de densidade regional. O PMDB era o foco. Lula sinalizou para o empresariado suavidade no exercício do mandato com seu vice Alencar.

 

5. Portanto a questão regional, numa eleição presidencial, personalista e vertical, com ampla visibilidade dos candidatos à presidente, nunca foi no Brasil pós-46 uma questão fundamental na formação da chapa. Agrega-se, a partir de 1989, a questão do tempo de TV. E esta minimiza de uma vez a questão regional. Para 2014, tanto faz quem Michel Temer venha compor a chapa com o PT. O importante é o PMDB e o tempo de TV. Da mesma forma os demais, que vão negociando com partidos mais ou menos afins, de olho no tempo de TV, deixando a questão regional à parte.

 

6. Eduardo Campos aposta no carisma de Marina Silva, independente de ser ou não do Acre. Aécio ainda avalia qual a melhor chapa: o senador Aloysio Nunes do PSDB para unificar o PSDB ? Uma mulher pela presença de Dilma e Marina Silva?  Há riscos nas convenções de seus aliados/tempo de TV, por isso? Em maio saberemos a opção, e em junho como ficou o tempo de TV.

 

 

LULA, DILMA E 2014! 

 

(Gerson Camarotti-G1-29) 

 

1. A avaliação interna de dirigentes do partido é que o nome de Lula seria o único capaz de unir o PT e a base aliada em torno de uma candidatura.   A avaliação é de que hoje Dilma está isolada dentro do PT e até mesmo no governo. Com exceção do apoio explícito do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), da senadora Gleisi Hoffmann no Congresso e do presidente do PT, Rui Falcão, ela perdeu apoios no restante do partido.

 

2. Na Esplanada dos Ministérios, a principal articuladora do “Volta Lula” dentro do governo, a ministra Marta Suplicy (Cultura), tem conversado com frequência com parlamentares de São Paulo, defendendo a substituição.   Mas, entre os próprios petistas, há o reconhecimento de que só há duas chances de Lula vir a ser candidato: se a própria presidente fizer um gesto e abrir mão da candidatura ou numa eventual crise na base aliada que ela, Dilma, não consiga conter e venha a perder o apoio de partidos como PR, PP e PMDB.

 

 

MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DA ALEMANHA FAZ ALERTA SOBRE A COPA DO MUNDO NO BRASIL!

 

 

 (El Pais-27) 

1. O relatório fornecido pelo Ministério de Relações Exteriores da Alemanha, na seção “serviços ao cidadão”, e que é lido atentamente por todas as principais agências de turismo do país e turistas que compram pacotes de férias, oferece um quadro desolador do Brasil, gigante sul-americano, e que só é comparável a uma nação onde as leis não são respeitadas e onde o turista corre o risco de ser vítima de ladrões, sequestradores ou simplesmente estar envolvido em confrontos entre a polícia e grupos criminosos, como aconteceu recentemente no Rio de Janeiro.

 

2.   “Em princípio, devemos agir cautelosamente em regiões ou bairros de cidades que são considerados como seguros”, acrescentou o relatório. O Brasil tornou-se uma perigosa armadilha para turistas desavisados que não conhecem a realidade do país.  O Ministério recomenda que os turistas alemães não usem roupas chamativas e joias quando forem caminhar pelas ruas, que evitem levar grandes quantidades de dinheiro e que escondam em bolsas artigos eletrônicos, como telefones celulares e laptops. “Em caso de ataque não se deve resistir, porque os ladrões geralmente agem sob a influência de drogas, estão armados e não se deixam assustar com reações violentas”, aponta o “Sicherheitshinweise” (dicas de segurança) do Ministério.

 

 

RAFAEL CORRÊA PRESIDENTE DO EQUADOR,ESQUERDA, POREM A CADA DIA MAIS DISTANTE DO CHAVISMO!

 

 

(Trecho da entrevista a El Pais-28)  

” O desenvolvimento é um processo político. O problema do desenvolvimento é que muitas coisas são necessárias, mas nenhuma é suficiente por si só. É necessário talento humano, ciência, tecnologia. Avançamos muito no social, avançamos muito no campo político, mas um dos principais problemas do país é a baixa produtividade da sua economia, a concentração em poucas atividades econômicas. Temos que fazer coisas melhores, coisas novas. Isso é o que chamamos de diversificar a matriz de produção e por isso a ciência e a tecnologia são tão importantes como geradoras de riqueza. Estamos colocando muita ênfase nisso. É um direito, o direito humano à educação, mas também é um fator fundamental para a produtividade.”

 

 

 

PANAMÁ : CANDIDATO DA ESQUERDA EM PRIMEIRO!

 

 (Pesquisa Ipsos/Canal Telémetro-28) 

 

Com 1.500 entrevistas. Agora Navarro do PRD,(centro-esquerda),encabeça a disputa presidencial com 35% das intenções de voto! seguido por Árias -candidato do governo -Câmbio Democrático com 33,9%. Varela do Partido Panamenista e vice-presidente,  vem  depois com 29,1%.

28 de abril de 2014

O TEMPO, A CURVA DE DILMA E A OPOSIÇÃO! E LULA?

 

1. Contra quem corre o tempo daqui até o início da campanha presidencial? O governo quer que passe rápido e que Dilma não caia mais. Torce pela seleção brasileira como recurso para reversão da tendência atual. As boas notícias sobre a Copa do Mundo passaram a ser o mote principal de propaganda- seja por publicidade seja por fatos para  cobertura da mídia espontânea, aliás igualmente interessada no evento ao lado dos patrocinadores oficiais ou não.

 

 2.  A Copa como núcleo das esperanças de Dilma de interromper esse ciclo descendente, mostra fragilidade política e ao mesmo tempo é um risco. E nem se trata do sucesso do Brasil na competição, mas do que mostra a série das últimas  Copas do Mundo quando o futebol brasileiro passou a ter a “obrigação” de ganhar.

 

3. A oposição torce para que a tendência das pesquisas de março e abril prossiga, com a curva de aprovação de Dilma despencando. Torce por duas razões. Uma delas evidente: garante o segundo turno e aumenta muito a probabilidade de um dos candidatos da oposição vencer a eleição.

 

4.  Na segunda –não tão óbvia- a oposição torce para que tendência declinante seja intensa, e principalmente, seja rápida. É uma expectativa –digamos, tática- perigosa. O que sonha a oposição é que com isso, uns dois partidos possam se descolar da candidatura de Dilma, e alternativamente, não ter candidato, tirando tempo de TV de Dilma, ou até se agregar à oposição.

 

5. Essa segunda hipótese, traz embutido um risco enorme e amplia a imprevisibilidade. Se essa queda for realmente rápida e abrupta, a probabilidade de Lula substituir Dilma, cresce na mesmíssima proporção. A festa da oposição vira festa dos partidos que estão no governo e de seus candidatos a governador.

 

6. E há uma possibilidade: Dilma despenca e cresce o não-voto,(abstenção,brancos e nulos), dando a campanha eleitoral um colorido de caça ao voto dos descrentes.

 

7. Por isso –governo e oposição- fazem pesquisas praticamente semanais, alternando institutos de pesquisa,e trocando informações, de forma a poderem acompanhar –num ‘tracking’ semanal- que tendência é essa, e avaliar as suas repercussões. E, claro, ….o que fazer !  

 

JJOO-2016: DILMA SE ASSUSTA COM ROMBO IMPREVISTO DE US$ 1 BILHÃO !

 

(Veja-Radar Online-27) 

 

Está nas mãos de Dilma Rousseff e Eduardo Paes uma projeção de arrepiar: o Comitê Rio 2016 terminaria a organização da Olimpíada com um déficit de 1 bilhão de reais. A conta, como prevêem os contratos assinados lá atrás, cairia no colo do poder público. 

 

PESQUISA COM JOVENS NAS UPPs:  39% NÃO TEM RELIGIÃO  E 20% NEM ESTUDAM NEM TRABALHAM !

 

(Globo-27)  1. Pesquisa:  O Censo da Juventude das Áreas Pacificadas”, feita pelo Instituto Pereira Passos (IPP) e o Instituto TIM com 5.400 meninos e meninas, entre 14 e 24 anos, de dez áreas pacificadas,(UPPs), do Rio.   Dos entrevistados, 39,26% afirmaram não ter religião, contra 30,09% que responderam ser católicos e 26,62% evangélicos.

 

2.  Os dados foram coletados no fim do ano passado.  Do total, 89% deles acessam a internet, sendo 72,8% todos os dias. Grande parte, ou 67,2%, disse aos pesquisadores que acessa a web de casa. Os celulares são o meio de navegação para 21,4%, enquanto as lan houses, febre no passado, são usadas hoje apenas por 4,8%.

 

3.   Por outro lado, os chamados “Nem-Nem” — jovens que nem estudam, nem trabalham nem procuram emprego — preocupam: eles representam 20% do total entre 18 a 24 anos. O levantamento também perguntou qual é o nível de escolaridade do principal responsável dos jovens de 19 a 24 anos. Excluindo os 25% que não souberam responder a questão, o resultado foi que a maioria (36,2%) não completou o ensino médio. E somente 3,6% concluíram o ensino superior.

 

COPA:  NAS CIDADES-SEDE AINDA HÁ 40% DE VAGAS SOBRANDO NOS HOTÉIS !

 

(Jornal Nacional-26) 

 

1. Na Copa Do Mundo, vaga em hotel é quase tão importante quanto ingresso pro jogo. E quem decidir fazer a reserva hoje, ainda vai encontrar quartos sobrando em todas as capitais que vão sediar partidas do mundial.A rede hoteleira se preparou para receber uma multidão de torcedores, mas ainda há quase 40% das vagas sobrando.

 

2.  Em Cuiabá, Natal, Fortaleza, Porto Alegre, Manaus, Belo Horizonte e Brasília, restam 20% das vagas. No Recife, em Salvador, 30%. Curitiba, onde jogam seleções menos tradicionais, 41%.  E nos hotéis de São Paulo, mais da metade dos quartos ainda não foi reservada para os dias de jogos.  A exceção é o Rio de Janeiro. Nos hotéis cariocas, restam menos de 10% dos quartos. O levantamento foi feito em 600 hotéis de 26 redes hoteleiras do país.

 

UCRÂNIA : COMO A RÚSSIA CRIARÁ UM CORREDOR DE ACESSO A CRIMÉIA ? 

 

(MRE-Z1)  

 

1. Crimeia é estrategicamente fundamental para a Rússia, mas dela está isolada. A base de Sebastopol só pode ser abastecida pelo ar, Além disso, a península carece de água e  de eletricidade que provém da Ucrânia. 

 

2.  Assim, o corredor entre a Rússia e a Crimeia é urgente e ele só pode ser estabelecido pelo desligamento do Leste da Ucrânia do poder em Kiev. A guerra civil, com a separação das províncias orientais, seria para a Rússia a solução ideal, já que a guerra com a Ucrânia provocaria uma série de sanções do Ocidente. Essa é uma dinâmica provável.

 

25 de abril de 2014

“SEGUIDORES” DE ARTISTAS E POLÍTICOS!

1. As estatísticas de seguidores de twitters cometem um engano que ilude os políticos. Levantam simplesmente o número de seguidores e comparam. Por exemplo: no Globo de domingo analistas comparam os mais de 2 milhões de seguidores de Dilma com os mais de 2 milhões de seguidores de Juliana Paes.

2. São coisas completamente diferentes. Um seguidor de Juliana Paes é basicamente um fã, que a multiplica positivamente. Quer saber das coisas dela, das fofocas, de como pensa. Os seguidores de Dilma são de vários tipos, ou de uma forma simplificada: são apoiadores e críticos que querem multiplicar a opinião dela ou criticá-la.

3. Isso vale pra todos os políticos que tenham alguma significância no twitter. Postar e ganhar seguidores, pode ser multiplicar opiniões positivas ou multiplicar opiniões negativas. Só que a multiplicação de opiniões positivas dos políticos –da Dilma por exemplo- é basicamente horizontal, ou seja se dissolve rapidamente por não constituir novidade.

4. Mas a multiplicação negativa de opinião de um político –da Dilma por exemplo- tem expansão exponencial, muito diferente, pois em boa parte vem acompanhada pela desclassificação da opinião. Por analogia as pesquisas sobre consumidores mostram o mesmo. Um cliente sai satisfeito de um restaurante e fala a 10 pessoas. Um cliente sai muito insatisfeito de um restaurante e fala a 110 pessoas.

5. Exemplo: o caso Petrobrás/Pasadena. O apoiador repassa e agrega: -ela explicou tudo. O opositor repassa e agrega: -ela continua mentindo.

6. Ou seja: as empresas que analisam os seguidores deveriam pesquisar os desdobramentos das postagens para ver em que proporção o politico convenceu e em que proporção impulsionou as críticas.

“COPA ESTÁ A 50 DIAS E TEMOS O QUE TEMOS! OLIMPÍADA A 2 ANOS E É AQUELA HISTÓRIA DE DAR UM JEITO DEPOIS !”

(Entrevista Bernardinho- Folha de S.Paulo-25)
1. FSP- Você também é bem crítico ao esporte olímpico no Rio.
B- Sem dúvida. / FSP- Como você avalia a atual situação da cidade olímpica? B-A crítica é muito mais ampla do que à cidade olímpica ou o país da Olimpíada. É um país sem prioridades, sem planejamento, onde nada é respeitado. Orçamentos e os prazos não são respeitados. Meu dissabor e minha frustração são com o país. Temos coisas sérias e importantes a criticar e tentar mudar.

2. FSP- Como o quê? B- Primeiramente, a maior crise que a gente vive é de valores morais e éticos. Segundo, é preciso estabelecer prioridades e trabalhar por elas. Aqui, tudo é possível. A permissividade é absoluta. A Copa está a 50 dias e temos o que temos, a Olimpíada a dois anos e é aquela história de dar um jeito depois. Um projeto em que você tem todos os níveis de governos mais a iniciativa privada é algo que, no nosso país, é quase inadministrável. Difícil você conseguir organizar isso tudo, me preocupo com isso, mas me preocupo com o país. É um país que precisa dar uma guinada no que diz respeito ao seu futuro.

FINANCIAL TIMES: “PONTO DE INTERROGAÇÃO SOBRE A CAPACIDADE DO BRASIL ORGANIZAR EVENTOS COMPLEXOS COMO A COPA-2014 E OS JJOO-2016!

(Financial Times-20) “ A Copa do Mundo começa daqui a menos de dois meses, quando o Brasil enfrentará a Croácia em São Paulo, no dia 12 de junho. Isso considerando, é claro, que o estádio estará pronto – ele ainda está em obras. De qualquer forma, parece que a principal competição do futebol mundial irá definir outras coisas além de qual nação tem o melhor futebol do mundo. Ela também poderá exercer influência crucial nas eleições presidenciais brasileiras, marcadas para outubro”.

2. “O belo jogo expõe as falhas horríveis do Brasil” (The beautiful game exposes Brazil’s ugly flaws). A Copa do Mundo é uma nuvem negra no horizonte da presidente e candidata a reeleição, Dilma Rousseff.” “Grande parte dos problemas se anunciam no Rio de Janeiro, onde uma série de crises colocaram um grande ponto de interrogação sobre a pretensa capacidade do Brasil de organizar um evento tão complexo quanto uma Copa do Mundo, para não falar dos

3. “Centenas de milhares tomaram as ruas da nação e enfrentaram a polícia, exigindo o fim da corrupção que aflige todas as instituições”, afirma a reportagem, que afirma também que as manifestações foram mais intensas no Rio de Janeiro, onde há falta de infraestrutura e onde políticas de pacificação das favelas falharam. Roubos e assassinatos estão em alta, e confrontos armados entre traficantes e policiais estão de volta ao noticiário. A população está assustada”.

4. “Se o Brasil falhar na organização da Copa, Dilma talvez tenha que procurar outro emprego, e só poderá culpar a si mesma.

ESTADO DO RIO: EM DEZ ANOS 10 MIL MORTES EM ‘AUTOS DE RESISTÊNCIA’ SEGUNDO OAB!

(Coluna Monica Bergamo-Folha de SP-24) Os autos de resistência são considerados uma chaga por entidades de direitos humanos. Elas consideram que na prática eles funcionam muitas vezes como um salvo-conduto para a violência policial, que não é investigada nem punida. A OAB do Rio de Janeiro, por exemplo, afirma que 10 mil casos foram registrados como autos de resistência no Estado entre 2001 e 2011.

TAXA DE DESEMPREGO EFETIVA!

(Alexandre Schwartsman-Folha de SP-23)

1. Segundo o IBGE, o desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas mensalmente atingiu 5% em março, o nível mais baixo para o mês desde o início da pesquisa, em 2002. Um observador que estendesse seu foco para os dados mais completos provavelmente chegaria a conclusão bem distinta.

2. Por exemplo, de acordo com essa mesma pesquisa, a geração líquida de empregos foi próxima a zero, seja na comparação entre março de 2013 e março de 2014, seja com relação ao observado no primeiro trimestre de cada ano.Nota-se, ademais, que a PIA (População em Idade Ativa) não estagnou no período, mas segue crescendo entre 1% e 1,5% ao ano (1,3% no trimestre em questão), de modo que não se pode atribuir a redução do desemprego a fatores demográficos, como por vezes se ouve.

3. Em 10 dos últimos 12 meses a taxa de crescimento da PIA superou a expansão do emprego, o que, em tempos normais, teria provocado uma elevação visível da taxa de desemprego. Isso não ocorreu, contudo, porque parcela da PIA parece ter “desistido” do mercado de trabalho. De fato, 57% da PIA, em média, costuma se engajar no mercado, seja trabalhando, seja procurando emprego, constituindo aquilo que se convencionou chamar de PEA (População Economicamente Ativa). Essa grandeza, a relação entre PEA e PIA (a taxa de participação), não costuma ser fixa, porém; pelo contrário, flutua ao redor da média, revertendo a ela ao longo do tempo, processo geralmente rápido.

4. Caso, porém, a taxa de participação fosse igual à média, o desemprego se encontraria em 6,1% no primeiro trimestre de 2014 comparado a 4,9% no mesmo período do ano passado, segundo o mesmo critério. Seria ainda uma taxa historicamente baixa, mas não mais o recorde sugerido pela mera observação do dado oficial. Dado que a tendência da taxa de participação é voltar à média, o desemprego (ajustado à sazonalidade) deverá se elevar nos próximos trimestres, pois, o baixo crescimento esperado do PIB para 2014 não deve fazer com que o emprego aumente o suficiente para reverter esse fenômeno.

24 de Abril de 2014

QUEM ANTECIPA AMIGO É: ARENA DO PAN-07, E AGORA SERÁ DOS JJOO-2016!

1. Um equipamento do PAN-2007 que ficou imune as naturais polêmicas, foi a ARENA, que hoje tem o naming rights do HSBC. Foram dezenas e dezenas de eventos esportivos e shows sempre com a “casa cheia”. Uma concessão da prefeitura do Rio a uma empresa francesa, a GL, com expertise internacional em eventos e gestão de equipamentos –digamos- de entretenimento. Ela antes havia vencido a concessão do Rio-Centro. A GL antecipou no ato da concessão dois anos de pagamento de um valor mensal –na época- de uns 200 mil reais.

2. A concessão da Arena do PAN, agora Olímpica, foi feita para um prazo muito curto comparando com tantos outros equipamentos esportivos como estádios de futebol para a Copa do Mundo. É uma concessão de um pouco mais que oito anos. Termina em 2016 antes dos JJOO-2016, de forma a que o equipamento fique a disposição do COB e do COI para ajustes.

3. Faltam 2 anos. Pouco tempo para licitar a nova concessão com vistas a um evento complexo como os JJOO-2016. Pouco tempo ois a Arena terá que receber os equipamentos internos definidos pelas Federações Internacionais dos Esportes que ali serão realizados. E mais demandas do COB e do COI e da Imprensa Internacional.

4. Antecipar a licitação tem duas vantagens: a primeira é ter um projeto executivo dos gastos internos e incluí-los na licitação como responsabilidade do concessionário; a segunda é evitar que na conclusão do prazo de concessão não exista ainda responsável. Aí viria uma problemática prorrogação com todos os prejuízos advindos para a prefeitura e para os JJOO-2016.

5. A prefeitura do Rio deve entender esta nota do Ex-Blog como uma Notificação Extra Judicial para em 2016 não ter desculpas, e alegações. O COB e a comissão gestora dos JJOO-2016 devem entregar já a prefeitura o detalhamento dos ajustes requeridos pelas Federações, pelo COI , pela Imprensa, e pelo próprio COB.

EM MATÉRIA DE CAPA! CONCEITUADO JORNAL “EL PAÍS”,(24), DA ESPANHA E A VIOLÊNCIA NO RIO!

“As operações policiais nas favelas disparam distúrbios na cidade. No Estado do Rio se produzem 500 mortes violentas por mês. Dois meses do início do Mundial de Futebol do Brasil, crescem explosões de violência no Rio de Janeiro. As operações policiais para retirar os narcotraficantes das favelas desembocaram em batalhas campais com os habitantes de bairros marginalizados.”
Conheça a matéria completa.

ENGARRAFAMENTO NO RIO,AGORA, É A QUALQUER HORA!

(Panorama carioca – William Helal Filho- Globo-19)

1. “Gastar mais de uma hora para ir ao trabalho é contraproducente”. O professor Robert Cervero, da Universidade de Berkeley, nos EUA, veio ao Brasil para um congresso sobre desenvolvimento urbano em São Paulo e ficou impressionado com a falta de mobilidade das nossas cidades. Saiu-se com essa frase simples e precisa. No mesmo evento, foram divulgados números dando conta de que o carioca perde mais tempo que o paulistano no caminho do batente (quem diria?). Mas não é só na ida e volta do escritório que a gente amarga horas engarrafado. Eu tenho até saudades de quando a hora do rush se restringia ao início e ao começo do dia.

2. O problema generalizado da mobilidade no Rio desvalorizou o tempo das pessoas. O morador de Botafogo não “compra” mais um chope no Leblon ou um passeio no Jardim Botânico com duas horas livres, que serão em boa parte consumidas no trajeto de ida e volta. Em “meia horinha”, o sujeito que trabalha no Flamengo não chega mais à Gávea para uma reunião qualquer fora do escritório no miolo da tarde. Em “meia horinha”, aliás, não se vai muito longe. Nosso trânsito aposentou esses diminutivos levianos.

3.Para o morador da Zona Sul, onde a quinta marcha nos automóveis está a um passo de se tornar obsoleta, uma ida até a Barra da Tijuca virou empreendimento. A gente se programa para aproveitar a viagem e fazer compras no supermercado, pegar uma praia e ver aqueles amigos queridos com quem só tem conversado via Facebook e What-sApp. Os exagerados dizem que ir à Barra está igual a ir a Búzios, mas não é verdade. Até porque a cidade na Região dos Lagos também ficou mais longe. Num fim de semana qualquer, não precisa ser na alta temporada, gastam-se até cinco horas para cumprir os 180 quilômetros até lá. Muito caro.

4. Para Cervero, essa “poluição do tempo” é tão nefasta quanto a do ar. Em outras palavras, o trânsito caótico deduz parte da nossa cidadania. Sem falar que é capaz de fazer até uma pessoa educada cuspir os piores impropérios ao se deparar com outro ônibus fechando mais um cruzamento. Na megalópole paulistana, assim como no Rio, o dia de muitos de nós é regido pelas horas que vamos perder no caminho para nossos afazeres. Aqui, o tempo é protagonista.

NA ESPANHA WHATSAPP ULTRAPASSA E-MAILS !
(Via Facebook News -22)
1. Na Espanha usamos cadê vez menos o e-mail. Isso é demonstrado pelos dados do AIMC que indicam que os espanhóis usam mais o WhatsApp do que o correios eletrônico. O curioso é que esta é a primeira vez que um aplicativo supera o uso do e-mail na história da internet. Na verdade, o uso do e-mail em nosso país vem caindo desde o surgimento de mensagens instantâneas via dispositivos móveis. Tanto é assim que foram registrados os níveis mais baixos de uso nesse século.

2. O AIMC indica que o email já não é o preferido dos espanhóis, o WhatsApp foi escolhido por quase 80% dos entrevistados. Atrás do WhatsApp na pesquisa para envio de mensagens, estão as redes sociais, tais como o Facebook e o Twitter. No entanto, os índices das redes sociais continuam por volta dos 60% de um ano para cá.

SÍRIA: FAMILIA ASSAD, 42 ANOS NO PODER ! UMA DINASTIA “MONÁRQUICA”!

1. O regime de Bachar el Assad quer perpetuar-se através de eleições presidenciais convocadas para 3 de junho, enquanto a Síria entra no quarto ano de sua guerra civil em que morreram 150 mil pessoas. As eleições foram anunciadas pela TV estatal. O prazo de inscrição foi aberto dia 22 de abril. Com Isso El Assad além de ser franco favorito o mais provável é que seja candidato único.

2. Bachar El-Assad sucedeu a seu pai, Hafez al-Assad, que governou a Síria por 30 anos até sua morte, no comando do país. Assim, a família tenderá a ficar no poder por 42 anos, com essas absurdas eleições, em meio a uma cruenta guerra civil e em que os candidatos residentes no estrangeiro estarão impedidos de apresentar suas candidaturas.

22 de abril de 2014

A) DATA-FOLHA,(2-3/04) X IBOPE,(10-14/04)!
Comparando as pesquisas do Data-Folha,(quase uma semana antes), e do Ibope, no Data-Folha na intenção de voto com Marina essa tem 27% no Data-Folha, e tem 10% no Ibope. Um dado totalmente incongruente que os Institutos deveriam explicar.

 

B) IBOPE MOSTRA UM “PAÍS PARTIDO”!
1.  Votam em Dilma,(37%).  Até a 4.a Série 46% / Nível Superior 25% / Nordeste 51% / Renda até 1SM 45%. Mais de 5SM 26% /
2.  Ótimo+Bom de Dilma: 34% / Até 4.a Série 49%, Nível Superior 20% / Nordeste 43%, Sudeste 30% / Até 1 SM 51%, Mais de 5 SM 24% /
3.  Aprovam Dilma: Geral 47% / Até 4.a Série 59%, Nível Superior 33% / Nordeste 60%, Sudeste 39% / Até 1 SM 63%, Mais de 5 SM 36% / Brancos 40%, Pardos-Negros 55% /
4.  Confiam em Dilma: Geral 44% / Até 4.a Série 57%, Nível Superior 30% / Nordeste 56%, Sudeste 36% / Até 1 SM 62%, Mais de 5 SM 33% / Brancos 37%, Pardos-Negros 49% /

 

C) DADOS –INTERESSANTES- DA PESQUISA DO IBOPE!

 

1. 72%,-dos 37% que não marcaram nenhum candidato-, não tem nenhum ou quase nenhum interesse nessa eleição de 2014.  Entre os que marcaram Aécio são 44%, Dilma 43% e Campos 41%. Na pesquisa espontânea 56% não marcaram nenhum candidato. Na induzida 37%.
2. Entre os que marcaram Ruim+Péssimo na avaliação de Dilma,(30%),62% não votam em ninguém. O potencial de transferência de Marina para Campos é alto pois no cruzamento com Marina só 43% marcam Campos. / Comparando a pesquisa com todos os nomes, com a de apenas 3 nomes, Dilma cresce 6 pontos, Aécio 8 pontos e Campos 11 pontos.
3. Duas situações extremas: Com certeza votaria x Não votaria de jeito nenhum. Dilma 32% x 40% / Aécio 12% x 39% / Campos 5% x 39% / Marina 9% x 36% / Lula 31% x 31% / Na lista com todos os nomes juntos marcam Não votaria de jeito nenhum: Dilma 33%, Aécio 25%, Campos 21%, Marina 20%.
4.Querem mudar governo totalmente: 30% / Até 4.a Série 27%, Nível Superior 32% / Nordeste 25%, Sudeste 25% / Mais de 5 SM 34%, Até 1 SM 29% / Os que querem que fique tudo igual ou mude pouco: 28% / 4.a Série 34%, Nível Superior 21%, Nordeste 36%, Sudeste 24%, / Mais de 5 SM 27%, Até 1 SM 35%.
5. Querem fazer as mudanças com Dilma 25% / Até 4.a Série 30%, Nível Superior 15% / Nordeste 35%, Sudeste 22% / Mais de % SM 14%, Até 1SM 38% / Entre os que acham governo Dilma Ótimo+Bom 23% não querem as mudanças com ela como presidente. Entre os que acham seu governo Regular 63% não querem as mudança com ela.

6. 50% iriam votar sem voto obrigatório; 48% não iriam votar.

 

D) DATA-FOLHA: OS EXTREMOS DE DILMA NUM INTERVALO DE 4 MESES!
Comparando duas pesquisas recentes do Data-Folha no intervalo de 4 meses: final de novembro de 2013 e início de abril 2014: novembro X abril-
1. Dilma. Intenção de voto: 47% x 43% / Nível Fundamental 54% x 53% – Nível Superior 35% X 25% / Até 2 SM: 53% X 54% – Mais de 10 SM: 32% X 20% /  Sudeste: 36% X 34% ; Sul 43% x 38% ; Nordeste 61% X 59% ; NO/CO: 53% X 46%/
2. Não votaria de jeito nenhum com todos os nomes listados. Dilma: 25% X 33%; Aécio: 26% X 33%; Campos 24% X 33%/
3. Dilma. Não votaria de jeito nenhum. Fundamental: 17% X 22%; Superior: 34% X 50% / Até 2 SM: 19% X 24%; Mais de 10 SM: 40% X 54% / Sudeste 31% X 38% ;  Sul 24% X 32% ; Nordeste 17% X 22% ; NO-CO 22% X 34%.
FALTA UM MÊS ! ELEIÇÕES EUROPÉIAS DE 25 DE MAIO, INDEFINIDAS!

(El País-20) 1.1.  Pesquisa do Parlamento Europeu em colaboração com o instituto TNS Opinion. Apenas 4 deputados em uma Câmara de 751 seria a vantagem do PPE-partido popular europeu,( centro-direita, liderado pelo CDU da Alemanha, UMP da França e PP da Espanha), sobre os socialistas. O PPE teria hoje 28,36% dos votos frente aos socialistas,(socialdemocratas), que teriam 27,83% dos votos. Se confirmar essa pesquisa o PPE embora com a maioria simples, perderia 61 eurodeputados dos 274 que tem hoje, passaria a 213. Os socialdemocratas aumentariam a sua representação de 195 para 209 eurodeputados.
1.2. Outros partidos sem definição de quem apoiariam para compor maioria, tem 8,92%. 5% dizem que darão seu voto a um partido não alinhado, o que soma 14%. O  grupo Europa de Liberdade e Cidadania que esse ano inclui o britânico UKIP, teria 4,26% elegendo 31 eurodeputados. O grupo de eurocéticos elegeria 38 deputados.  Os partidos da esquerda euopéia cresceriam e passariam a ter 49 deputados. Os Liberais perderiam deputados, mas elegeriam 83 eurodeputados se mantendo como terceira força. Os Verdes cairiam perdendo 12 deputados e elegendo 42.

 
(Reuters-20) Pesquisa no Reino Unido. Trabalhistas 30%, UKIP,(nacionalistas), 27%, Conservadores 22% e Liberais 8%.

17 de abril de 2014

REUNIÃO DA UDI (UNIÃO DEMOCRATA INTERNACIONAL) EM MADRID (9-11/04)! PRIMEIRA PARTE: UCRÂNIA!

A UDI (IDU em inglês) é liderada pelo Partido Conservador britânico e Partido Republicano norte- americano. A seguir resumo das intervenções.

1.1. UCRÂNIA.  Lindington – Reino Unido: Essa é a maior crise de segurança europeia dos últimos 25 anos. Pretendente perigoso. Putin diz que tem direito de intervir para defender russos em outros países. Argumento de Hitler. É claro que Putin não improvisou: já tinha o caso Crimeia planejado com cuidado. Isso sugere que pode ter algo similar em outros lugares. Quer restaurar a “grandeza” da Rússia. Usa a energia como arma. Que fazer? Apoiar ao máximo o novo governo que sairá das urnas em maio; ações em relação à Rússia que mostre nosso rechaço e desanime novas ações; sanções estruturais duras se há escalada; OTAN tem que tomar mão do assunto antes que venham desdobramentos. Usar a segurança transatlântica: EUA cobre 3/4 dos gastos da OTAN. Energia é assunto prioritário para UE: criar mercado comum de energia e atenção com a Europa central e leste.

1.2. UCRÂNIA. Neymiria. Presidente da Batkiushchyma/Ucrânia: Ucrânia não é um caso isolado: é um ataque a estabilidade mundial. Esse deve ser o ponto de partida. Essa agressão da Rússia estava há muito planejada. Implicações: a) armas nucleares: há 25 anos Ucrânia tinha o terceiro arsenal nuclear do mundo; b) Rússia, para legitimar referendum, usa ações de partidos europeus de extrema direita. Veja a popularidade deles, aliados implícitos de Putin. Ucrânia NÃO é membro da OTAN (por minúcias, que erro!), nem do acordo russo de defesa. Comércio Rússia-EUA é pequeno perto do comércio Rússia-UE. Putin tem armas da energia além das militares, o que mostra limites do ocidente. Volta à doutrina Brejnev de Soberania Limitada. Putin quer mais influência mundial da Rússia. Nunca se viu um Império crescer com população diminuindo, por isso império russo precisa de mais áreas. Atenção: China se absteve no caso Crimeia. Desafios da Ucrânia: a) economia em crise com desequilíbrios estruturais e FMI não tem cultura política; preço do gás pode subir 50%; b) elementos de segurança; c) estamos a um mês das eleições, que tem que ser justas e democráticas para legitimar.

1.3. Barry Johnson, republicano que trabalhou no gabinete de Bush na Casa Branca: Dados de pesquisa realizada agora. Ucrânia não queria ceder Crimeia. Ucranianos não querem ver o país dividido, apesar das diferenças regionais e de visões (Oeste e Centro são pró-ocidental; Leste quer união aduaneira; Sul dividido sobre a OTAN. 37% tem EUA como referência, 46% tem UE). Timoshenko ainda tem 15% de apoio. Há muita divisão para as eleições. 50% não acham que as eleições serão livres e justas x 50%. Desafios são os mesmos: corrupção, gestão de governo…, 64% querem que seu país seja integrado territorialmente. Atenção, pois crescem os movimentos anti-democracia como Venezuela, além de Rússia e China. EUA têm que jogar esse papel de difundir democracia: direito universal ao sufrágio, liberdade de expressão, liberdade de organização… Nos casos da Coreia do Norte e Síria, foi Putin quem teve o voto decisivo. Obama não tem estatura: UE é que tem que assumir nesses dois anos.

1.4. Comentários/Debates. Áustria: modelo de neutralidade pode ajudar no caso Ucrânia./ Geórgia: recebi pesquisa regional em Conitz: 66% querem viver na Ucrânia, Erro quando se pinta Putin como um duro coronel da KGB. Ocidente tem que ter um conjunto de ações coordenadas para pressionar os cleptocratas russos. Setor energético é fundamental para Putin. Há que avançar  valores democráticos para o leste em direção à fronteira com a Rússia. / Eslovénia. Foi um erro não se responder quando da crise da Rússia com a Geórgia. Erro da reunião de Bucareste quando não se aceitou integrar a Ucrânia na OTAN porque não havia cumprido todos os requisitos. Esse foi o sinal verde para Putin./ Reino Unido. Semelhanças com 1938/39 quando do apaziguamento com a Alemanha. Europa deve ter postura comum e aplicar sanções econômicas. Se não for assim a situação vai se agravar.

1.5. Comentários/Debates. Canadá (Ministro da Fazenda):  nosso premiê foi enfático: visitou a Ucrânia, pós-anexação da Crimeia. Devem ser adotadas medidas práticas táticas, sem perder visão estratégica. Tiramos credenciamentos de pessoal da embaixada russa e cancelamos convênios. Manter esse diálogo direto, avançar acordo de livre comércio com a Ucrânia. Sanções de fato antes de se produzir consenso. Canadá, por isso, decidiu atuar unilateralmente.  / Howard, australiano, presidente da IDU: Difícil uma posição comum da UE: vide Alemanha, FMI não atua na esfera política. Partidos da UE tem que tomar essa posição em relação a apoio à Ucrânia, / Nemyria (Ucrânia): Em junho Ucrânia, Moldávia, e Geórgia se reúnem para avaliar acordo de comércio com a Rússia. Rússia analisa até vender gás pré-pago para a Ucrânia. Muito cuidado com a estratégia de Federalização para a Ucrânia. Em tese não somos contra, mas hoje é um risco e somos contra. Imaginar que o caso da Crimeia é isolado é um risco. Temo pela influência dos oligarcas da Ucrânia nessa eleição de um país enormemente corrupto. Agora temos 40 a 50 mil homens na fronteira russa. Apoio militar dos EUA ainda não foi sensível. Um apoio importante seria na área de inteligência, fornecer informações à Ucrânia. / Barry – EUA: O governo Obama diz que EUA não têm interesses estratégicos na Ucrânia e por isso iniciativa tem que vir da UE. Não devemos pensar que nossos interesses são maiores que as pessoas que queremos apoiar. Por isso as eleições de maio na Ucrânia são tão importantes. / Presidente Howard da IDU: Vamos torcer para Júlia Timoshenko ganhar as eleições, mas não podemos ter candidato.

* * *

REUNIÃO DA UDI (UNIÃO DEMOCRATA INTERNACIONAL) EM MADRID (9-11/04)! SEGUNDA PARTE: MARROCOS, ESLOVÊNIA E RÚSSIA!

A UDI (IDU em inglês) é liderada pelo Partido Conservador britânico e Partido Republicano norte-americano. A seguir resumo das intervenções.

1. MARROCOS. Partido Istiqlal (já participou de governos e já governou com maioria). Promover a tolerância contra os extremismos. Componente religioso impulsiona o terrorismo (ex.: Mali). Atenção ao tráfico de armamentos na região. Oriente Médio é a principal fonte dos conflitos em toda a região. Primavera Árabe ampliou os pontos de conflito na região. Imigração: desafios social, econômico e político. Nossos países sempre foram países de imigração. Não se consegue alcançar a solidariedade. Democracia e bom governo estão no coração dos desafios mediterrâneos. Sem democracia não haverá primavera árabe. Marrocos é um exemplo: um sistema multipartidário e um islamismo tolerante garantido pelo Rei. Formar líderes religiosos para equidade e moderação.

2. ESLOVÉNIA. O que afeta o país afeta também Bulgária, Romênia…, todos da UE e da OTAN. Eslovénia entende que se deve negociar com Rússia com moderação. Ameaças ao leste pós-anexação da Crimeia. Eslovénia pós-comunista em que forças internas não conseguiram romper os laços com o tipo de regime comunista. Falta esta reforma. 50% da economia ainda é estatal. Partidos resistem à privatização e criticam nossa coligação. Apoio do PPE é crucial. Eleições locais em Outubro 2014.

3. RÚSSIA. União de forças de direita. Há que entender a Rússia e não cometer agressões no caso Crimeia. Somos os responsáveis por nosso governo. Início da crise: há outros responsáveis além de Putin. Crimeia é pequena e atrasada. Rússia terá que pagar US$ 3 bi ao ano por ter anexado. São necessários investimentos anuais de US$ 5 bilhões. Sanções informais são até mais importantes. Várias empresas russas passaram a viver dificuldades. PIB vai cair 2% pós-anexação da Crimeia. 75% dos russos apoiam a anexação da Crimeia. Razões de Putin: sua legitimidade vinha caindo pelos conflitos internos. Putin quer passar à história como um czar que incorporou territórios. FUTURO. Povo vai requerer mais “drogas”: e depois da Crimeia? Partes da Ucrânia?  Que outras? Elites russas frustradas não têm alternativa. Putin maneja uma máquina de propaganda. Putin agora tem apoio de 80%. Bateu no teto. Não vai crescer mais por novas anexações. É fácil começar uma guerra; difícil é terminar. Situação econômica interna difícil: PIB médio em 2014 ficará em 0,5%. Ocidente deve ser solidário e ajudar de verdade. As manifestações de protesto crescem. Não confundir Putin com o povo russo. FAZER DIPLOMACIA CIVIL. Sem saída natural…, virá a violência.

REUNIÃO DA UDI (UNIÃO DEMOCRATA INTERNACIONAL) EM MADRID (9-11/04)! SEGUNDA PARTE: MARROCOS, ESLOVÊNIA E RÚSSIA!

A UDI (IDU em inglês) é liderada pelo Partido Conservador britânico e Partido Republicano norte-americano. A seguir resumo das intervenções.

1. MARROCOS. Partido Istiqlal (já participou de governos e já governou com maioria). Promover a tolerância contra os extremismos. Componente religioso impulsiona o terrorismo (ex.: Mali). Atenção ao tráfico de armamentos na região. Oriente Médio é a principal fonte dos conflitos em toda a região. Primavera Árabe ampliou os pontos de conflito na região. Imigração: desafios social, econômico e político. Nossos países sempre foram países de imigração. Não se consegue alcançar a solidariedade. Democracia e bom governo estão no coração dos desafios mediterrâneos. Sem democracia não haverá primavera árabe. Marrocos é um exemplo: um sistema multipartidário e um islamismo tolerante garantido pelo Rei. Formar líderes religiosos para equidade e moderação.

2. ESLOVÉNIA. O que afeta o país afeta também Bulgária, Romênia…, todos da UE e da OTAN. Eslovénia entende que se deve negociar com Rússia com moderação. Ameaças ao leste pós-anexação da Crimeia. Eslovénia pós-comunista em que forças internas não conseguiram romper os laços com o tipo de regime comunista. Falta esta reforma. 50% da economia ainda é estatal. Partidos resistem à privatização e criticam nossa coligação. Apoio do PPE é crucial. Eleições locais em Outubro 2014.

3. RÚSSIA. União de forças de direita. Há que entender a Rússia e não cometer agressões no caso Crimeia. Somos os responsáveis por nosso governo. Início da crise: há outros responsáveis além de Putin. Crimeia é pequena e atrasada. Rússia terá que pagar US$ 3 bi ao ano por ter anexado. São necessários investimentos anuais de US$ 5 bilhões. Sanções informais são até mais importantes. Várias empresas russas passaram a viver dificuldades. PIB vai cair 2% pós-anexação da Crimeia. 75% dos russos apoiam a anexação da Crimeia. Razões de Putin: sua legitimidade vinha caindo pelos conflitos internos. Putin quer passar à história como um czar que incorporou territórios. FUTURO. Povo vai requerer mais “drogas”: e depois da Crimeia? Partes da Ucrânia?  Que outras? Elites russas frustradas não têm alternativa. Putin maneja uma máquina de propaganda. Putin agora tem apoio de 80%. Bateu no teto. Não vai crescer mais por novas anexações. É fácil começar uma guerra; difícil é terminar. Situação econômica interna difícil: PIB médio em 2014 ficará em 0,5%. Ocidente deve ser solidário e ajudar de verdade. As manifestações de protesto crescem. Não confundir Putin com o povo russo. FAZER DIPLOMACIA CIVIL. Sem saída natural…, virá a violência.

REUNIÃO DA UDI (UNIÃO DEMOCRATA INTERNACIONAL) EM MADRID (9-11/04)! PRIMEIRA PARTE: UCRÂNIA!

A UDI (IDU em inglês) é liderada pelo Partido Conservador britânico e Partido Republicano norte- americano. A seguir resumo das intervenções.

1.1. UCRÂNIA.  Lindington – Reino Unido: Essa é a maior crise de segurança europeia dos últimos 25 anos. Pretendente perigoso. Putin diz que tem direito de intervir para defender russos em outros países. Argumento de Hitler. É claro que Putin não improvisou: já tinha o caso Crimeia planejado com cuidado. Isso sugere que pode ter algo similar em outros lugares. Quer restaurar a “grandeza” da Rússia. Usa a energia como arma. Que fazer? Apoiar ao máximo o novo governo que sairá das urnas em maio; ações em relação à Rússia que mostre nosso rechaço e desanime novas ações; sanções estruturais duras se há escalada; OTAN tem que tomar mão do assunto antes que venham desdobramentos. Usar a segurança transatlântica: EUA cobre 3/4 dos gastos da OTAN. Energia é assunto prioritário para UE: criar mercado comum de energia e atenção com a Europa central e leste.

1.2. UCRÂNIA. Neymiria. Presidente da Batkiushchyma/Ucrânia: Ucrânia não é um caso isolado: é um ataque a estabilidade mundial. Esse deve ser o ponto de partida. Essa agressão da Rússia estava há muito planejada. Implicações: a) armas nucleares: há 25 anos Ucrânia tinha o terceiro arsenal nuclear do mundo; b) Rússia, para legitimar referendum, usa ações de partidos europeus de extrema direita. Veja a popularidade deles, aliados implícitos de Putin. Ucrânia NÃO é membro da OTAN (por minúcias, que erro!), nem do acordo russo de defesa. Comércio Rússia-EUA é pequeno perto do comércio Rússia-UE. Putin tem armas da energia além das militares, o que mostra limites do ocidente. Volta à doutrina Brejnev de Soberania Limitada. Putin quer mais influência mundial da Rússia. Nunca se viu um Império crescer com população diminuindo, por isso império russo precisa de mais áreas. Atenção: China se absteve no caso Crimeia. Desafios da Ucrânia: a) economia em crise com desequilíbrios estruturais e FMI não tem cultura política; preço do gás pode subir 50%; b) elementos de segurança; c) estamos a um mês das eleições, que tem que ser justas e democráticas para legitimar.

1.3. Barry Johnson, republicano que trabalhou no gabinete de Bush na Casa Branca: Dados de pesquisa realizada agora. Ucrânia não queria ceder Crimeia. Ucranianos não querem ver o país dividido, apesar das diferenças regionais e de visões (Oeste e Centro são pró-ocidental; Leste quer união aduaneira; Sul dividido sobre a OTAN. 37% tem EUA como referência, 46% tem UE). Timoshenko ainda tem 15% de apoio. Há muita divisão para as eleições. 50% não acham que as eleições serão livres e justas x 50%. Desafios são os mesmos: corrupção, gestão de governo…, 64% querem que seu país seja integrado territorialmente. Atenção, pois crescem os movimentos anti-democracia como Venezuela, além de Rússia e China. EUA têm que jogar esse papel de difundir democracia: direito universal ao sufrágio, liberdade de expressão, liberdade de organização… Nos casos da Coreia do Norte e Síria, foi Putin quem teve o voto decisivo. Obama não tem estatura: UE é que tem que assumir nesses dois anos.

1.4. Comentários/Debates. Áustria: modelo de neutralidade pode ajudar no caso Ucrânia./ Geórgia: recebi pesquisa regional em Conitz: 66% querem viver na Ucrânia, Erro quando se pinta Putin como um duro coronel da KGB. Ocidente tem que ter um conjunto de ações coordenadas para pressionar os cleptocratas russos. Setor energético é fundamental para Putin. Há que avançar  valores democráticos para o leste em direção à fronteira com a Rússia. / Eslovénia. Foi um erro não se responder quando da crise da Rússia com a Geórgia. Erro da reunião de Bucareste quando não se aceitou integrar a Ucrânia na OTAN porque não havia cumprido todos os requisitos. Esse foi o sinal verde para Putin./ Reino Unido. Semelhanças com 1938/39 quando do apaziguamento com a Alemanha. Europa deve ter postura comum e aplicar sanções econômicas. Se não for assim a situação vai se agravar.

1.5. Comentários/Debates. Canadá (Ministro da Fazenda):  nosso premiê foi enfático: visitou a Ucrânia, pós-anexação da Crimeia. Devem ser adotadas medidas práticas táticas, sem perder visão estratégica. Tiramos credenciamentos de pessoal da embaixada russa e cancelamos convênios. Manter esse diálogo direto, avançar acordo de livre comércio com a Ucrânia. Sanções de fato antes de se produzir consenso. Canadá, por isso, decidiu atuar unilateralmente.  / Howard, australiano, presidente da IDU: Difícil uma posição comum da UE: vide Alemanha, FMI não atua na esfera política. Partidos da UE tem que tomar essa posição em relação a apoio à Ucrânia, / Nemyria (Ucrânia): Em junho Ucrânia, Moldávia, e Geórgia se reúnem para avaliar acordo de comércio com a Rússia. Rússia analisa até vender gás pré-pago para a Ucrânia. Muito cuidado com a estratégia de Federalização para a Ucrânia. Em tese não somos contra, mas hoje é um risco e somos contra. Imaginar que o caso da Crimeia é isolado é um risco. Temo pela influência dos oligarcas da Ucrânia nessa eleição de um país enormemente corrupto. Agora temos 40 a 50 mil homens na fronteira russa. Apoio militar dos EUA ainda não foi sensível. Um apoio importante seria na área de inteligência, fornecer informações à Ucrânia. / Barry – EUA: O governo Obama diz que EUA não têm interesses estratégicos na Ucrânia e por isso iniciativa tem que vir da UE. Não devemos pensar que nossos interesses são maiores que as pessoas que queremos apoiar. Por isso as eleições de maio na Ucrânia são tão importantes. / Presidente Howard da IDU: Vamos torcer para Júlia Timoshenko ganhar as eleições, mas não podemos ter candidato.

16 de abril de 2014

O QUE PASSA COM A PREPARAÇÃO DOS JJOO-2016? 2015: UM ANO CRÍTICO!

1. Primeiro foi a renúncia do ex-presidente do Banco Central –Henrique Meirelles- da coordenação geral das Olimpíadas 2016. Agora, mais recentemente, foi a renúncia de Maria Silvia Bastos, ex-secretária de fazenda municipal e alta executiva do setor privado. As razões são provavelmente as mesmas: a reversão das expectativas sobre a organização dos JJOO-2016 e os riscos de afetar a imagem desses executivos que têm prestígio no mercado.

2. Este Ex-Blog, há muitos meses, vem alertando sobre os problemas que viriam a ocorrer. O primeiro deles –e o mais evidente- é que, com a disputa da reeleição pela presidente Dilma, o ano de 2014 receberia toda a atenção, inclusive financeira para a Copa do Mundo. Um fracasso dessa a atingiria no meio do processo eleitoral. Ela só trataria dos JJOO-2016 a partir de 2015.

3. Isso já havia passado no PAN-2007. A vitória do Rio ocorreu em 2002, mas o presidente Lula –e sua ministra Dilma- só entraram para valer em 2006, quando a vitória eleitoral estava garantida. Com isso, o peso dos  investimentos –diretamente- relacionados com o PAN-2007 recaíram sobre a prefeitura do Rio, afetando sua capacidade de investimento diversificado e a própria conservação.

4. O atual prefeito -desde 2009- repete aonde vai que não repetiria o equívoco do prefeito anterior de assumir o PAN sacrificando sua gestão a partir de 2005. O governo do Estado, que praticamente não colocou um tostão de seus recursos no PAN, apenas aplicando recursos federais, decidiu repetir a dose. Concentrou-se naquilo que tinha que ver com a continuidade de seu grupo político: a Copa do Mundo em 2014 e o Maracanã, assim mesmo recebendo recursos federais. O Metrô, que ficou para 2016, anda na velocidade dos recursos federais e privados.

5. Por tudo isso, a comissão gestora dos JJOO-2016, tripartite (federal, estadual e municipal), e uma exigência do COI, não poderia funcionar. As críticas do COI foram crescendo e ao se aproximar os dois anos dos JJ00-2016, estressaram. Rigorosamente nenhum equipamento novo está ficando de pé, apenas aqueles que vêm do PAN-07, ou a praia e a baía, assim mesmo, essa com as críticas sobre a sujeira nas águas. A despoluição das lagoas da Barra da Tijuca foi esquecida.

6. A esse estresse se chamou “intervenção” do COI. O que traduzindo em miúdos significa que uma equipe do COI passará a fazer a checagem semanal do cronograma das obras. Sobre essa grave situação emerge outra mais. A crise e os desequilíbrios macroeconômicos brasileiros exigirão do próximo presidente –seja ele quem for- um forte freio de arrumação já no início do governo, atingindo o ano anterior aos JJOO-2016.

7. A atenção do presidente eleito estará focalizada nisso e não nos JJ00-2016. Portanto, é urgente que o COB convide os candidatos a presidente para reuniões reservadas, de forma a apresentar em detalhes as necessidades de hoje e especialmente a partir de 1 de janeiro de 2015. Reuniões sem coreografia ou entrevistas: apenas informações –efetivas e realistas- para que a assessoria do próximo presidente saiba desde já o que deve ser feito –física e financeiramente.

* * *

JJOO-2016: OS GOVERNOS NÃO SE ENTENDEM ENTRE SI E COM O COI!

(Folha de SP, 15) 1. Os governos federal, estadual e municipal ainda não definiram os responsáveis por assumir gastos olímpicos atribuídos ao comitê organizador à época da candidatura do Rio como cidade-sede.  Há indefinição sobre volume de recurso, quais serviços serão executados pelo poder público e entes que assumirão cada responsabilidade. Todos os gastos referem-se a serviços ligados diretamente à organização das competições, principal preocupação do Comitê Olímpico Internacional ao intervir no Rio.

2. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), ainda busca reduzir o repasse. A sugestão para trocar a Vila de Mídia e Árbitros da zona portuária para Curicica foi uma tentativa. A mudança geraria economia de até R$ 100 milhões. A indefinição gera preocupação no COI e gera apreensão. Teme-se a repetição do episódio da responsabilidade pela construção do Parque Olímpico de Deodoro, que passou de mão em mão, gerando o principal atraso na obra de arenas da Olimpíada. A Folha apurou que R$ 950 milhões em gastos a serem repassados já foram estimados e ainda há outros serviços a serem calculados.

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PESQUISA INFLUENCIA OPINIÃO PÚBLICA? PELO MENOS NO ANDAR DE CIMA, INFLUENCIA!

1. (Ruy Castro – Folha de SP, 16) Uma lambança em forma de pesquisa produzida há duas semanas pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) concluiu que, para 65% dos brasileiros, “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”. Dias depois, descobriu-se que os dados estavam errados, que essa era a opinião de “apenas” 26% –mas não antes que os entendidos, por acatá-los sem discutir, verberassem o nosso machismo e atraso. Éramos uma nação de estupradores e não sabíamos.

2. (Ex-Blog) A divulgação dessa pesquisa mobilizou a imprensa, especialistas, sociólogos, psicólogos, militantes sociais, ONGs de defesa das Mulheres… E quando se trata de outras pesquisas –inclusive eleitorais? Se elas erram ou são manipuladas não influenciam opinião pública? Pelo menos afetam os que leram. Em geral, o andar de cima, que lê jornal. E se vão para a TV…, muito mais.

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TAXA DE DESEMPREGO REGIONAL NA UE: NAS DEZ MAIORES, MÉDIA DE MAIS DE 30%!

(El País, 15) Segundo os dados publicados hoje (15), a região com maior desemprego de toda a União Europeia é Andaluzia na Espanha com uma taxa de desemprego de 36,3%. É seguida por outras regiões espanholas: Ceuta –35,6%-,  Melilla –34,4%-, Canárias –34,1%- e Extremadura com 33%. Após as regiões espanholas aparece a região grega de Macedônia Ocidental com 31,8%. Castilla-La Mancha, na Espanha com 30% e a também grega Macedônia Central com 30%. Fecham a lista das 10 regiões com o maior desemprego proporcional Murcia na Espanha com 29% e Reunión na França 28,9%.

Conheça a tabela das 10 regiões com maior taxa de desemprego na União Europeia.

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NOVA EXECUTIVA DA CBF: NÃO SOBROU LUGAR PARA RIO, MINAS E RIO GRANDE DO SUL!

1. (Folha de SP, 16) Marco Polo del Nero, 73, advogado e presidente da Federação Paulista de Futebol. Os vices serão José Maria Marin, Fernando Sarney, Gustavo Feijó, Delfim Peixoto e Marcus Antônio Vicente.

2. Del Nero de S. Paulo. Marin de S. Paulo. Sarney do Maranhão. Feijó de Alagoas. Delfim de Santa Catarina. Marcus do Espírito Santo.

NOVA EXECUTIVA DA CBF: NÃO SOBROU LUGAR PARA RIO, MINAS E RIO GRANDE DO SUL!

1. (Folha de SP, 16) Marco Polo del Nero, 73, advogado e presidente da Federação Paulista de Futebol. Os vices serão José Maria Marin, Fernando Sarney, Gustavo Feijó, Delfim Peixoto e Marcus Antônio Vicente.

2. Del Nero de S. Paulo. Marin de S. Paulo. Sarney do Maranhão. Feijó de Alagoas. Delfim de Santa Catarina. Marcus do Espírito Santo.

TAXA DE DESEMPREGO REGIONAL NA UE: NAS DEZ MAIORES, MÉDIA DE MAIS DE 30%!

(El País, 15) Segundo os dados publicados hoje (15), a região com maior desemprego de toda a União Europeia é Andaluzia na Espanha com uma taxa de desemprego de 36,3%. É seguida por outras regiões espanholas: Ceuta –35,6%-,  Melilla –34,4%-, Canárias –34,1%- e Extremadura com 33%. Após as regiões espanholas aparece a região grega de Macedônia Ocidental com 31,8%. Castilla-La Mancha, na Espanha com 30% e a também grega Macedônia Central com 30%. Fecham a lista das 10 regiões com o maior desemprego proporcional Murcia na Espanha com 29% e Reunión na França 28,9%.

Conheça a tabela das 10 regiões com maior taxa de desemprego na União Europeia.

PESQUISA INFLUENCIA OPINIÃO PÚBLICA? PELO MENOS NO ANDAR DE CIMA, INFLUENCIA!

1. (Ruy Castro – Folha de SP, 16) Uma lambança em forma de pesquisa produzida há duas semanas pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) concluiu que, para 65% dos brasileiros, “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”. Dias depois, descobriu-se que os dados estavam errados, que essa era a opinião de “apenas” 26% –mas não antes que os entendidos, por acatá-los sem discutir, verberassem o nosso machismo e atraso. Éramos uma nação de estupradores e não sabíamos.

2. (Ex-Blog) A divulgação dessa pesquisa mobilizou a imprensa, especialistas, sociólogos, psicólogos, militantes sociais, ONGs de defesa das Mulheres… E quando se trata de outras pesquisas –inclusive eleitorais? Se elas erram ou são manipuladas não influenciam opinião pública? Pelo menos afetam os que leram. Em geral, o andar de cima, que lê jornal. E se vão para a TV…, muito mais.

JJOO-2016: OS GOVERNOS NÃO SE ENTENDEM ENTRE SI E COM O COI!

(Folha de SP, 15) 1. Os governos federal, estadual e municipal ainda não definiram os responsáveis por assumir gastos olímpicos atribuídos ao comitê organizador à época da candidatura do Rio como cidade-sede.  Há indefinição sobre volume de recurso, quais serviços serão executados pelo poder público e entes que assumirão cada responsabilidade. Todos os gastos referem-se a serviços ligados diretamente à organização das competições, principal preocupação do Comitê Olímpico Internacional ao intervir no Rio.

2. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), ainda busca reduzir o repasse. A sugestão para trocar a Vila de Mídia e Árbitros da zona portuária para Curicica foi uma tentativa. A mudança geraria economia de até R$ 100 milhões. A indefinição gera preocupação no COI e gera apreensão. Teme-se a repetição do episódio da responsabilidade pela construção do Parque Olímpico de Deodoro, que passou de mão em mão, gerando o principal atraso na obra de arenas da Olimpíada. A Folha apurou que R$ 950 milhões em gastos a serem repassados já foram estimados e ainda há outros serviços a serem calculados.

O QUE PASSA COM A PREPARAÇÃO DOS JJOO-2016? 2015: UM ANO CRÍTICO!

1. Primeiro foi a renúncia do ex-presidente do Banco Central –Henrique Meirelles- da coordenação geral das Olimpíadas 2016. Agora, mais recentemente, foi a renúncia de Maria Silvia Bastos, ex-secretária de fazenda municipal e alta executiva do setor privado. As razões são provavelmente as mesmas: a reversão das expectativas sobre a organização dos JJOO-2016 e os riscos de afetar a imagem desses executivos que têm prestígio no mercado.

2. Este Ex-Blog, há muitos meses, vem alertando sobre os problemas que viriam a ocorrer. O primeiro deles –e o mais evidente- é que, com a disputa da reeleição pela presidente Dilma, o ano de 2014 receberia toda a atenção, inclusive financeira para a Copa do Mundo. Um fracasso dessa a atingiria no meio do processo eleitoral. Ela só trataria dos JJOO-2016 a partir de 2015.

3. Isso já havia passado no PAN-2007. A vitória do Rio ocorreu em 2002, mas o presidente Lula –e sua ministra Dilma- só entraram para valer em 2006, quando a vitória eleitoral estava garantida. Com isso, o peso dos  investimentos –diretamente- relacionados com o PAN-2007 recaíram sobre a prefeitura do Rio, afetando sua capacidade de investimento diversificado e a própria conservação.

4. O atual prefeito -desde 2009- repete aonde vai que não repetiria o equívoco do prefeito anterior de assumir o PAN sacrificando sua gestão a partir de 2005. O governo do Estado, que praticamente não colocou um tostão de seus recursos no PAN, apenas aplicando recursos federais, decidiu repetir a dose. Concentrou-se naquilo que tinha que ver com a continuidade de seu grupo político: a Copa do Mundo em 2014 e o Maracanã, assim mesmo recebendo recursos federais. O Metrô, que ficou para 2016, anda na velocidade dos recursos federais e privados.

5. Por tudo isso, a comissão gestora dos JJOO-2016, tripartite (federal, estadual e municipal), e uma exigência do COI, não poderia funcionar. As críticas do COI foram crescendo e ao se aproximar os dois anos dos JJ00-2016, estressaram. Rigorosamente nenhum equipamento novo está ficando de pé, apenas aqueles que vêm do PAN-07, ou a praia e a baía, assim mesmo, essa com as críticas sobre a sujeira nas águas. A despoluição das lagoas da Barra da Tijuca foi esquecida.

6. A esse estresse se chamou “intervenção” do COI. O que traduzindo em miúdos significa que uma equipe do COI passará a fazer a checagem semanal do cronograma das obras. Sobre essa grave situação emerge outra mais. A crise e os desequilíbrios macroeconômicos brasileiros exigirão do próximo presidente –seja ele quem for- um forte freio de arrumação já no início do governo, atingindo o ano anterior aos JJOO-2016.

7. A atenção do presidente eleito estará focalizada nisso e não nos JJ00-2016. Portanto, é urgente que o COB convide os candidatos a presidente para reuniões reservadas, de forma a apresentar em detalhes as necessidades de hoje e especialmente a partir de 1 de janeiro de 2015. Reuniões sem coreografia ou entrevistas: apenas informações –efetivas e realistas- para que a assessoria do próximo presidente saiba desde já o que deve ser feito –física e financeiramente.

15 de abril de 2014

PESQUISAS: CONHECIMENTO DO NOME, INTENÇÃO DE VOTO E REJEIÇÃO!

1. Um dos destaques dos analistas nas pesquisas eleitorais é correlacionar o potencial dos candidatos com o conhecimento de seus nomes e com a resposta “não votaria de jeito nenhum”.  A correlação pode existir, mas de jeito algum é uma simples regra de três ou projeção por extrapolação.

2. Comecemos pelo conhecimento do nome. A proporção dos que não conhecem um candidato é uma média nacional de coisas muito diferentes. Para entender, vejamos um exemplo limite, extremo. Campos é conhecido de 100% dos eleitores de Pernambuco e Aécio de 100% dos eleitores de Minas Gerais.

3. Dessa forma, haveria que fazer dois ajustes para projetar o potencial de voto. Um deles é o regional. É provável que o potencial de crescimento de Aécio no nordeste, ao ser conhecido, seja bem menor que no sudeste e no sul. O outro é o social. Exemplo: uma taxa de desconhecimento nos segmentos de baixa renda (onde Dilma lidera), quando for sendo reduzida pela exposição na campanha, terá impacto menor para Campos e Aécio do que uma simples projeção sobre a média.

4. O outro ponto é a taxa de rejeição. Em primeiro lugar, os que não conhecem um candidato tendem a dizer que não votariam nele de jeito nenhum. Em segundo lugar há os que marcam em todos o –não votaria de jeito nenhum- o que deve ser eliminado por não ter foco pessoal.

5. Finalmente há a rejeição comparada. O eleitor que rejeita, por exemplo, 2 candidatos (ou 3…), se os dois estiverem disputando o seu voto, tende a fazer o chamado voto útil, escolhendo um deles, o que menos rejeita. Outro fator a ser corrigido nas pesquisas.

6. Por isso, a rejeição nas pesquisas deve ser medida não um a um, mas colocando a lista dos candidatos, exatamente como nas intenções de voto e pedindo que escolham aquele que mais rejeita. Com isso, se tem a rejeição líquida, que é a mais importante numa campanha eleitoral.

7. Portanto, cabem as assessorias dos candidatos mergulhar nas múltiplas possibilidades de cruzamentos para analisar o potencial efetivo de voto hoje e ajudar a orientar as campanhas, de forma a antecipar –priorizando- os melhores vetores de potencial de crescimento, focalizando sua comunicação aí.

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DATAFOLHA CRIA O –IDC- E MOSTRA PESSIMISMO CRESCENTE!

(Folha de SP, 14) 1. Para calcular a evolução do humor geral da população, o instituto criou agora um novo indicador, o Índice Datafolha de Confiança (IDC), produto das avaliações de uma cesta selecionada de temas investigados com frequência em suas pesquisas. O IDC varia de zero a 200. Quanto mais alto for o IDC, portanto, maior é o grau de confiança e otimismo. Quanto mais baixo, pior a situação. Acima de 100, o sentimento é positivo. Abaixo desse patamar, negativo.

2. Em março de 2013, quando a presidente Dilma Rousseff batia seu recorde de popularidade (65% de aprovação), o IDC brasileiro era 148. Positivo, com larga margem. Com base nos dados da última pesquisa, realizada nos dias 2 e 3 de abril, o Datafolha apurou que o IDC dos brasileiros caiu para 109. Continua positivo, mas agora com uma margem estreita. O recuo de 39 pontos no intervalo de pouco mais de um ano equivale a uma queda de quase 20% no sentimento geral de confiança dos brasileiros no país.

3. Dos sete temas que compõem o índice, em quatro categorias, o IDC ficou abaixo de 100, o patamar médio. A pior delas é a expectativa de inflação, com índice 17.

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DISSIDÊNCIAS NA CENTRO-DIREITA CHILENA: EVÓPOLI E AMPLITUD!

Dois movimentos foram criados de dentro da Aliança (UDI e RN), centro-direita chilena. O Evópoli –evolucion política- (http://www.evopoli.cl/portal/) e o Amplitud. Evópoli surge de um grupo jovem que trabalhou no governo Piñera e Amplitud de uma clássica dissidência de dirigentes incluindo 3 deputados e uma senadora. Na medida em que o ex-presidente Piñera sinalizou seu descompromisso com a RN, o surgimento dos dois movimentos apontam para uma tendência piñeirista. Sinalizam um caminho mais próximo ao Centro que à direita e nova prática política interna, não autoritária. Pretendem se transformar em partidos políticos – isoladamente ou fundindo-se. Criticam as doutrinas econômicas e morais guzmanianas (Jayme Guzmán jurista, fundador da UDI, senador assassinado por um grupo de extrema-esquerda em 1991). E se dispõe a disputar em dois anos, as eleições municipais.

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CHINA E EUA: COMÉRCIO, GASTOS MILITARES E ESTRATÉGIAS! 

(Jorge Castro – Clarín, 06) 1. A sequência das exportações chinesas é a seguinte: eram 31% maiores do que dos EUA em 2009 cresceram para 62% em 2012 e irão dobrar em 2015. Enquanto isso, a China aumenta sistematicamente os gastos militares. Em 2013 totalizaram 114,5 bilhões de dólares (+10,7% em relação a 2012) e é o segundo gasto no mundo depois dos EUA. O gasto do setor de defesa nos EUA alcançou 577 bilhões de dólares no ano passado, mais do que a soma dos gastos militares dos 10 países que aparecem em seguida na lista.

2. A China destina um terço do seu orçamento militar ao desenvolvimento de uma frota naval para atuar em águas profundas, que já incursiona no Oceano Índico e Pacífico Sul, até chegar à costa americana.  A resposta dos EUA ao desafio chinês são duas iniciativas de caráter puramente estratégico: o acordo do Transpacífico, através do qual espera se integrar com 12 países da região, incluindo o Japão; e o tratado do Transatlântico, através do qual se integraria com 27 países europeus, liderados pela Alemanha.

3. A mais importante é a iniciativa do Transatlântico, porque congrega os protagonistas da “nova revolução industrial”. Os Estados Unidos e a China são aliados estratégicos (Annenberg, Califórnia, 3 a 5 de junho de 2013), e ao mesmo tempo adversários geopolíticos, que tem participação no mundo inteiro, mas especialmente na Ásia, nas águas Sul e do Leste do Pacífico. A integração não é o oposto do conflito, mas uma forma sublimada de fazê-lo. É uma disputa que em vez de parar a globalização, acelera e aprofunda. Tudo surge do conflito e graças a ele.

CHINA E EUA: COMÉRCIO, GASTOS MILITARES E ESTRATÉGIAS!

(Jorge Castro – Clarín, 06) 1. A sequência das exportações chinesas é a seguinte: eram 31% maiores do que dos EUA em 2009 cresceram para 62% em 2012 e irão dobrar em 2015. Enquanto isso, a China aumenta sistematicamente os gastos militares. Em 2013 totalizaram 114,5 bilhões de dólares (+10,7% em relação a 2012) e é o segundo gasto no mundo depois dos EUA. O gasto do setor de defesa nos EUA alcançou 577 bilhões de dólares no ano passado, mais do que a soma dos gastos militares dos 10 países que aparecem em seguida na lista.

2. A China destina um terço do seu orçamento militar ao desenvolvimento de uma frota naval para atuar em águas profundas, que já incursiona no Oceano Índico e Pacífico Sul, até chegar à costa americana.  A resposta dos EUA ao desafio chinês são duas iniciativas de caráter puramente estratégico: o acordo do Transpacífico, através do qual espera se integrar com 12 países da região, incluindo o Japão; e o tratado do Transatlântico, através do qual se integraria com 27 países europeus, liderados pela Alemanha.

3. A mais importante é a iniciativa do Transatlântico, porque congrega os protagonistas da “nova revolução industrial”. Os Estados Unidos e a China são aliados estratégicos (Annenberg, Califórnia, 3 a 5 de junho de 2013), e ao mesmo tempo adversários geopolíticos, que tem participação no mundo inteiro, mas especialmente na Ásia, nas águas Sul e do Leste do Pacífico. A integração não é o oposto do conflito, mas uma forma sublimada de fazê-lo. É uma disputa que em vez de parar a globalização, acelera e aprofunda. Tudo surge do conflito e graças a ele.

DISSIDÊNCIAS NA CENTRO-DIREITA CHILENA: EVÓPOLI E AMPLITUD!

Dois movimentos foram criados de dentro da Aliança (UDI e RN), centro-direita chilena. O Evópoli –evolucion política- (http://www.evopoli.cl/portal/) e o Amplitud. Evópoli surge de um grupo jovem que trabalhou no governo Piñera e Amplitud de uma clássica dissidência de dirigentes incluindo 3 deputados e uma senadora. Na medida em que o ex-presidente Piñera sinalizou seu descompromisso com a RN, o surgimento dos dois movimentos apontam para uma tendência piñeirista. Sinalizam um caminho mais próximo ao Centro que à direita e nova prática política interna, não autoritária. Pretendem se transformar em partidos políticos – isoladamente ou fundindo-se. Criticam as doutrinas econômicas e morais guzmanianas (Jayme Guzmán jurista, fundador da UDI, senador assassinado por um grupo de extrema-esquerda em 1991). E se dispõe a disputar em dois anos, as eleições municipais.

DATAFOLHA CRIA O –IDC- E MOSTRA PESSIMISMO CRESCENTE!

(Folha de SP, 14) 1. Para calcular a evolução do humor geral da população, o instituto criou agora um novo indicador, o Índice Datafolha de Confiança (IDC), produto das avaliações de uma cesta selecionada de temas investigados com frequência em suas pesquisas. O IDC varia de zero a 200. Quanto mais alto for o IDC, portanto, maior é o grau de confiança e otimismo. Quanto mais baixo, pior a situação. Acima de 100, o sentimento é positivo. Abaixo desse patamar, negativo.

2. Em março de 2013, quando a presidente Dilma Rousseff batia seu recorde de popularidade (65% de aprovação), o IDC brasileiro era 148. Positivo, com larga margem. Com base nos dados da última pesquisa, realizada nos dias 2 e 3 de abril, o Datafolha apurou que o IDC dos brasileiros caiu para 109. Continua positivo, mas agora com uma margem estreita. O recuo de 39 pontos no intervalo de pouco mais de um ano equivale a uma queda de quase 20% no sentimento geral de confiança dos brasileiros no país.

3. Dos sete temas que compõem o índice, em quatro categorias, o IDC ficou abaixo de 100, o patamar médio. A pior delas é a expectativa de inflação, com índice 17.

PESQUISAS: CONHECIMENTO DO NOME, INTENÇÃO DE VOTO E REJEIÇÃO!

1. Um dos destaques dos analistas nas pesquisas eleitorais é correlacionar o potencial dos candidatos com o conhecimento de seus nomes e com a resposta “não votaria de jeito nenhum”.  A correlação pode existir, mas de jeito algum é uma simples regra de três ou projeção por extrapolação.

2. Comecemos pelo conhecimento do nome. A proporção dos que não conhecem um candidato é uma média nacional de coisas muito diferentes. Para entender, vejamos um exemplo limite, extremo. Campos é conhecido de 100% dos eleitores de Pernambuco e Aécio de 100% dos eleitores de Minas Gerais.

3. Dessa forma, haveria que fazer dois ajustes para projetar o potencial de voto. Um deles é o regional. É provável que o potencial de crescimento de Aécio no nordeste, ao ser conhecido, seja bem menor que no sudeste e no sul. O outro é o social. Exemplo: uma taxa de desconhecimento nos segmentos de baixa renda (onde Dilma lidera), quando for sendo reduzida pela exposição na campanha, terá impacto menor para Campos e Aécio do que uma simples projeção sobre a média.

4. O outro ponto é a taxa de rejeição. Em primeiro lugar, os que não conhecem um candidato tendem a dizer que não votariam nele de jeito nenhum. Em segundo lugar há os que marcam em todos o –não votaria de jeito nenhum- o que deve ser eliminado por não ter foco pessoal.

5. Finalmente há a rejeição comparada. O eleitor que rejeita, por exemplo, 2 candidatos (ou 3…), se os dois estiverem disputando o seu voto, tende a fazer o chamado voto útil, escolhendo um deles, o que menos rejeita. Outro fator a ser corrigido nas pesquisas.

6. Por isso, a rejeição nas pesquisas deve ser medida não um a um, mas colocando a lista dos candidatos, exatamente como nas intenções de voto e pedindo que escolham aquele que mais rejeita. Com isso, se tem a rejeição líquida, que é a mais importante numa campanha eleitoral.

7. Portanto, cabem as assessorias dos candidatos mergulhar nas múltiplas possibilidades de cruzamentos para analisar o potencial efetivo de voto hoje e ajudar a orientar as campanhas, de forma a antecipar –priorizando- os melhores vetores de potencial de crescimento, focalizando sua comunicação aí.