08 de julho de 2013

O QUE NOS DIZEM AS PESQUISAS? O QUE FAZEM OS POLÍTICOS?

1. As pesquisas divulgadas, do Datafolha e do Ibope, pós início das manifestações nos dizem que o quadro eleitoral para 2014 -presidente e governadores- está aberto. Não há favoritos neste momento. Mesmo aqueles candidatos a governador que lideram as pesquisas com alguma folga sabem disso. Em geral, seus adversários não são conhecidos. Apenas isso.

2. As pesquisas dizem também que todos os governantes -sem exceção- entraram no liquidificador do desgaste. Uns mais e outros menos. Com eleições em 2014, um ano apenas antes das convenções partidárias, passaram a decidir de forma reativa, impulsiva, intuitiva, improvisada, açodada.

3. Sequer esperaram alguma sedimentação que os pudesse orientar. Em geral, não aprofundaram suas análises para que as novas pesquisas fossem além do óbvio: intenção de voto, avaliação dos governos e principais problemas. Os resultados de pesquisas assim só fazem deprimi-los mais. E saíram chutando para qualquer lado.

4. Reduziram tarifas de ônibus, passaram a xingar a “máfia dos ônibus” com quem conviviam tão bem antes, aproveitaram os projetos de lei em condição de votação e saíram aprovando aqueles que sinalizavam preocupação ética e institucional.

5. A mais aflita é a presidente Dilma. Já que o desgaste dos políticos é enorme, passou a soprar nesta direção. Mas será que reforma política -sistema eleitoral- é percebida pelo eleitor como a presidente imagina? Ela acha que plebiscito, dando a palavra ao povo, ela ficaria fora do jogo.

6. Mas e a frustração quando o eleitor descobrir que essa reforma nada tem a ver com o que ele imaginava? Façam uma pesquisa e, ao lado das perguntas sobre sistema eleitoral, coloquem o processo de recall dos eleitos (extinção de mandatos por decisão popular), a redução do número de deputados, a redução da remuneração dos parlamentares, da presidente e dos ministros, corte de mordomias, término de ajudinha a tantas empresas, por aí vai, e descobrirão que são essas alternativas que estão na cabeça do eleitor.

7. Mais de um mês depois do início das manifestações, nenhum partido mergulhou no que há de novo nelas, o que significam, qual a sua dinâmica, de que forma interagir com elas, etc. Nada. O que fizeram foi parlamentarizá-las. Em nada se avançou. Nada entenderam. Especialmente a presidente Dilma, que está aflita, improvisando, nervosa, plastificando o sorriso e a indignação.

8. Desse jeito, a crise não terá prazo para ser superada e tudo irá ficando pior.

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O VERDADEIRO INCHAÇO DA MAQUINA PÚBLICA SÃO AS TERCEIRIZAÇÕES!

1. (Globo, 07) O inchaço da máquina pública, evidenciado no governo federal pelo aumento no número de servidores e pelo excesso de ministérios, é prática recorrente também nas administrações estaduais. Levantamento feito pelo GLOBO mostra que alguns governos de estado também mantêm elevado número de secretarias, muitas com funções quase idênticas, para abrigar aliados. Além disso, dados de 22 unidades da Federação revelam que as despesas com pessoal avançam em ritmo mais acelerado do que a arrecadação, reduzindo a cada ano o fôlego para investimentos.

2. (Ex-Blog) Para se medir o número e o gasto com servidores, devem-se incluir os contratados por terceirização. É assim na contabilidade pública nos EUA e União Europeia. Aqui, a LRF -lei de responsabilidade fiscal- fez essa previsão, mas até hoje esse dispositivo não foi regulamentado e ainda está sem uso. Os governos, se aproveitando disso e para não ultrapassar o limite de gasto com pessoal, terceirizam à vontade. Com isso, enganam a imprensa, a contabilidade e os desatentos, mas desmontam o serviço público profissional via servidores concursados.

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“AS PESSOAS SENTEM QUE PODEM MUDAR O MUNDO”!

(Paolo Gerbaudo, sociólogo e jornalista, estuda novas manifestações – trechos da entrevista à Folha de SP, 08)

1. A ascensão das redes sociais permite que a sociedade se organize de forma mais difusa, especialmente as classes médias emergentes e a juventude das cidades. Isso desorientou os políticos e os velhos partidos, que estavam acostumados a buscar consensos através dos meios de comunicação de massa.

2. Os partidos têm pouco a fazer diante das novas formas de comunicação mediadas pelas redes sociais. A não ser que mudem completamente as suas práticas, baseadas no velho sistema de quadros e caciques locais, e se abram para novas formas de participação popular. Há um problema fundamental na democracia representativa como ela existe hoje. Ou os partidos encontram um caminho para reconquistar legitimidade, ou vão ser superados por novos partidos sintonizados com as demandas da sociedade pós-industrial de hoje.

3. A crítica à partidocracia é legítima. Por outro lado, às vezes parece haver nos movimentos uma crença quase religiosa de que é preciso eliminar todas as mediações. Eles parecem ter a ilusão de que a solução é eliminar os partidos, os sindicatos. A política é uma obra coletiva, não um agregado de indivíduos. São blocos diferentes que interagem. Para isso, você precisa dos partidos. Eles sempre existiram e sempre vão existir.

4. Mas, assim como aconteceu lá, é de se apostar que o outono brasileiro’ vai ressurgir em novas ondas e novas formas. Estamos vivendo tempos revolucionários, em que as pessoas voltaram a sentir que podem mudar o mundo. Veja o que está acontecendo agora no Egito.

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CRESCE A DESAPROVAÇÃO À CRISTINA KIRCHNER! 29,8% x 43,9%! 

(Clarín, 07) Un 60 por ciento de los consultados por Management & Fit dijo estar disconforme con la política que lleva adelante la Presidenta. La imagen personal de Cristina también desciende. 29,8%  dicen tener de ella una “muy buena” y  “buena” imagen Pero 43,9% tiene una imagen “mala” y un 16,8% “regular”.

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CHILE: 73% DAS GRANDES EMPRESAS NÃO TÊM POLÍTICAS PARA USO DAS REDES SOCIAIS!

(El Mercúrio, 07) 1. Estudo elaborado pela firma “head hunting humanitas” e a consultoria tomat em governos corporativos mostra que as grandes empresas usam de forma ampla as redes sociais, as entendem, mas não têm diretrizes ou políticas estabelecidas para seu uso pelos altos executivos. Foram entrevistados presidentes, diretores e gerentes gerais das grandes empresas chilenas.

2. 63% declaram que sim, usam as redes sociais para fins pessoais ou profissionais e 74% afirmam entender bem o impacto que podem ter para suas atividades. Porém 73% reconhecem que em suas empresas não existem diretrizes ou políticas direcionadas a seus dirigentes.

3. Se bem existe entendimento do impacto das redes sociais para a gestão das empresas, isso ainda não se traduz no desenvolvimento de estratégias para geri-las. Esse conhecimento não logra ainda, gerar ações concretas por parte das empresas e não estão na agenda das diretorias ou conselhos.

4. 22% usam mais frequentemente Twitter. 22% LinkedIn e 15% Facebook. / 31% acessam as redes desde seu “PC”, 20% desde seu smartphone e 16% desde seu tablet.

05 de julho de 2013

OS NENTs! O “OBSERVATÓRIO PARTICIPATIVO LENINISTA”! GOVERNO NÃO ENTENDE AS REDES SOCIAIS! NEM PARTE DA IMPRENSA!

1. A imprensa, na lógica do período industrial de que não há movimento de massa sem chefe, busca nas ruas aqueles que seriam os líderes e encontram os que respondem com a mesma linguagem dos que leem os jornais, ou seja, estudantes universitários. Assim chegam à conclusão –tautológica- que se trata de um movimento de classe média de nível universitário. Claro, sempre que se entra nas redes sociais para buscar os polos mais estruturados na comunicação, se encontra no canal jovens, ou não, de nível universitário.

2. A OCDE divulgou dados, semana passada, de jovens, acima de 16 anos, que nem estudam, nem trabalham –NENT. No Brasil são 19%. No Rio (capital), segundo matéria do Globo/IPP, são 16,8%. Algo como 170 mil. Quantos estão nas redes sociais? Quantos foram às ruas? Essa sim seria uma investigação importante, e não chegar ao que já se sabe, pelos próprios contatos horizontais entre jornalistas e classe média nas redes.

3. Dia 28/06, Dilma se reuniu com associações jovens controladas pelos partidos que se dizem de esquerda. Procurou confundir o distinto público de forma a parecer na imprensa que são esses os jovens os que mobilizam as ruas. Deu um gás para eles, atropelados que foram pelas redes sociais des-hierarquizadas. E convidou sua Secretária Nacional da Juventude para tentar construir nas redes um movimento que as possa manipular.

4. A secretária disse que vai criar um “Observatório Participativo”. É porque não entende nada de redes sociais. Nestas, os contatos são individuais e interativos e se multiplicam aleatoriamente. O sonho centralista de canalizar para um polo governamental é a certeza que em breve esse será alvo de críticas, chacotas e ataques nas redes. Inacreditavelmente foi isso o que decidiu o governo: Poderia ajustar o nome para “Observatório Participativo Leninista”.

5. (G1, 28) A Secretaria Nacional da Juventude, ligada à Presidência da República, informou nesta sexta-feira (28) que o governo vai lançar em duas semanas um canal de diálogo com jovens por meio das redes sociais. O anúncio foi feito após reunião da presidente Dilma Rousseff com representantes de movimentos sociais formados por jovens, no Palácio do Planalto. Segundo informou a Secretaria-Geral, o “observatório participativo” será uma espécie de rede social, na qual o visitante criará seu próprio usuário e poderá interagir com os demais. Estará à disposição dos internautas também um banco de dados com textos e informações dirigidas aos jovens com temas sobre mobilidade, educação e saúde.

6. Arghhhh!!!!!!!!!

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TOTAL DE PROPOSIÇÕES APRESENTADAS PELO GABINETE CESAR MAIA – 1° SEMESTRE 2013: 403 PROPOSIÇÕES!

PROJETOS DE LEI APRESENTADOS: 73 / REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÃO: 209 / PROJETOS DE LEI COMPLEMENTAR: 5 / PROJETOS DE EMENDA À LEI ORGÂNICA: 2 / PROJETOS DE RESOLUÇÃO: 6 / PROJETOS DE DECRETO LEGISLATIVO: 4 / INDICAÇÕES LEGISLATIVAS: 106 / MOÇÕES: 2

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COMLURB (EMPRESA DE LIMPEZA URBANA DA PREFEITURA DO RIO) VAI PAGAR 12 MILHÕES DE REAIS À POLÍCIA PARA FAZER SEGURANÇA NA APLICAÇÃO DAS MULTAS DE LIXO!  

1. Quando fiscais da Comlurb forem às ruas aplicando multas a quem jogar lixo no chão, eles terão um Guarda Municipal e um Policial Militar fazendo a segurança dos fiscais. Aliás, os bandidos, traficantes, delinquentes, devem estar exultando. Quanto mais policiais desviados de função, melhor para eles. É o primeiro programa da gestão WebJet na Comlurb.

2. Conheça os termos do processo onde a Comlurb se compromete a pagar 12 milhões de reais.

Proc. 01/502.167/13

01-Objeto: Celebração de Convênio referente ao Programa Estadual de Integração na Segurança – PROEIS.
02-Partes: COMLURB e PMERJ.
03-Fundamento: art. 25 caput, da Lei nº 8.666/93.
04-Valor: R$ 12.762.000,00 (doze milhões setecentos e sessenta e dois mil reais).
05-Autorização: Luciana Bonfante de Souza.
06-Ratificação: Carlos Vinicius de Sá Roriz.

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SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DO RIO NO CORAÇÃO DO RIO ABANDONADA: AGUARDEM MAIS UM LANÇAMENTO DA “ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA”! 

(Globo, 04) 1. O prédio onde funcionou o Banerj tem sinais de corrosão e de abandono.  É um gigante de 31 andares no concorrido coração financeiro da cidade. Mas o aspecto de abandono e decadência do edifício do Centro Administrativo do Estado do Rio (Caerj) — o popular Banerjão, na Rua da Ajuda 5 — pouco condiz com a valorização do entorno. O prédio, que exibe marcas da má conservação em todo canto, abriga dez órgãos do governo, como as secretarias estaduais de Obras, de Educação e de Cultura.

2. As promessas de reformas são antigas e, para alguns servidores, viraram lenda. A última foi no ano passado, quando se cogitou até a construção de um gabinete para o governador no edifício. Agora, no entanto, o governo diz que ainda estuda a destinação do imóvel. E, enquanto há incertezas sobre seu futuro — alvo recente de especulações de venda —, nos últimos anos pastas como a de Transportes deixaram o prédio, hoje com cinco pavimentos desativados.

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AS CIDADES MAIS VIOLENTAS DO MUNDO! MACEIÓ EM TERCEIRO LUGAR! 

(Lucas Mendes – BBC, 05) Entre as quarenta cidades mais violentas do mundo, quantas são brasileiras?  Entre elas, qual a campeã? Quantas mexicanas e quantas americanas estão entre as quarenta?  Resposta: O Brasil lidera com 13 cidades. O México vem em segundo com 10. Os Estados Unidos têm três e não estão entre as dez primeiras. San Pedro de Sulla, em Honduras, aparece em primeiro lugar. Juarez, no México em segundo, e Maceió, em terceiro.

04 de julho de 2013

PESQUISA MS-RCV, NO GLOBO (04), MOSTRA DETERIORAÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA, SAÚDE PÚBLICA E DO TRANSPORTE PÚBLICO! EFEITO DA PUBLICIDADE SE DESFAZ! MANIFESTAÇÕES TÊM CAUSAS REAIS! 

1. Pesquisa do M.Sense/Rio Como Vamos com 1.521 entrevistas, publicada no Globo (04), realizada em maio de 2013 e comparando com maio de 2011, mostra uma forte queda na avaliação do carioca em relação à educação pública e ao transporte publico.  O efeito da publicidade está se desfazendo.

2. No caso de Ensino Fundamental de responsabilidade da Prefeitura do Rio, em 2011, eram 63% os que davam notas acima de 7, considerada bom ou ótimo. Mas em 2013 esse número caiu para 47% ou menos da metade dos cariocas aprova. A queda de 18 pontos vale como uma avaliação do primeiro governo da atual prefeitura.

3. No caso do ensino médio, de responsabilidade do Governo do Estado, a queda foi de 60% em 2011 para 34% em 2013, uma queda de 26 pontos.

4. No caso do atendimento médico, as notas positivas de 7 a 10, em 2011, somavam 50% e em 2013 caíram para 20%, uma queda de 30 pontos.

5. Finalmente, no caso do Transporte Público, em 2011, os que o consideravam ótimo ou bom eram 49% em 2011 e agora, em 2013, apenas 26%. Um perda de 23 pontos.

6. Portanto, uma deterioração generalizada.  Importante notar que a pesquisa foi realizada antes das manifestações de junho-julho, reforçando a análise que as manifestações têm base efetiva na deterioração da qualidade dos serviços públicos na cidade do Rio de Janeiro.

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DEPUTADO FEDERAL APRESENTA PROJETO DE LEI OBRIGANDO AS EMPRESAS DE ÔNIBUS ABRIREM SUAS CONTAS!

(Globo, 04) O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) apresentou um projeto de lei nesta quarta-feira para dar mais transparência às contas de empresas de transporte público. O texto prevê que as empresas prestadoras de serviços de transporte público coletivo sejam obrigadas a se enquadrarem como sociedade anônima, o que as obrigaria a divulgarem demonstrativos contábeis.

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ELITISMO E GENTRIFICAÇÃO NA ÁREA PORTUÁRIA DO RIO!

1. Inacreditavelmente o prefeito do Rio, numa palestra sobre a área portuária do Rio, declarou com todas as letras: Se o projeto de revitalização da área portuária não incluir residências e moradores será um projeto sem alma.

2. Mas será que ele não sabe que é uma região com vários bairros residenciais, como Gamboa, Saúde, Santo Cristo e Caju? Bem, são bairros com população em geral de baixa renda, com seus morros da Providência, da Conceição…

3. Se ele acha que há esse risco -a futura área portuária não ter alma- é porque quem mora na região não é levado em conta e deve ser removido ou substituído (gentrificação) por novos moradores de classe média. É isso que ele chama -implicitamente- de “alma”: novos moradores de classe média, de renda maior e exclusão dos trabalhadores que hoje moram lá.

4. Essa era a crítica que vinha sendo feita ao projeto e engada. Agora fica claro que além de um bairro de escritórios, se pretende gentrificar a área portuária para ela ter “alma”.

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SUBSÍDIO DE CABRAL ÀS EMPRESAS DE ÔNIBUS: R$ 2 BILHÕES EM SEU SEGUNDO GOVERNO!

(Coluna Panorama Carioca – Gilberto Scofield Jr – Globo, 03) 1. No caso do Bilhete Único intermunicipal do Rio, há subsídio. E imenso. De fevereiro de 2010, quando o sistema foi implantado, a dezembro de 2012, o valor total gasto foi de R$ 1,004 bilhão, dos quais R$ 843 milhões com as empresas de ônibus, que hoje transportam 84% dos passageiros que usam BU. Em segundo lugar estão as vans, um tipo de transporte (chamado pelos especialistas de modal) que no Rio muitas vezes anda de braços dados com a bandidagem. Para este ano, o secretário-chefe da Casa Civil, Regis Fichtner, prevê um subsídio de R$ 500 milhões. Outros R$ 511 milhões serão gastos em 2014.

2. (Ex-Blog) No caso da atual Prefeitura do Rio, a “licitação” da concessão das mil linhas de ônibus para 40 anos valia mais de R$ 50 bilhões de reais ou, se licitasse as linhas, isso implicaria em uma redução de 30% no valor das passagens. “Ganharam” as mesmas empresas, não pagaram um centavo daqueles R$ 50 bilhões, as passagens de ônibus aumentaram e o ISS foi reduzido para 0,01%.

03 de julho de 2013

FINANCIAMENTO DE CAMPANHAS! HISTÓRIA ELEITORAL INDICA QUE, EM PLEBISCITO, FINANCIAMENTO PÚBLICO NÃO PASSA.

1. Na campanha presidencial de 1952, nos EUA, que elegeu Eisenhower, Richard Nixon era seu candidato a Vice-Presidente. Surgiu um “escândalo” na campanha. Nixon foi denunciado por receber recursos privados para a campanha e veio a desconfiança sobre sua aplicação. O Partido Republicano e Eisenhower deram 10 dias para ele se explicar ou renunciar a candidatura.

2. Nixon pediu a seu partido que pagasse todas as TVs e Rádios, pois faria uma entrada em rede nacional num dia determinado para explicar. Foi a primeira rede nacional da história. Na época não havia videoteipe e tinha que ser ao vivo. Nixon contratou, sem divulgar, a Price para auditar os recursos recebidos –origem e destinação.

3. Na noite marcada, falou sentado em cadeira, em uma mesa de escritório e sua esposa em poltrona afastada com seu cãozinho. Foram 15 minutos. Nixon lembrou o fato e apresentou o trabalho de auditoria da Price –a mais qualificada consultoria existente. Mostrou o que recebeu e onde foi aplicado.

4. Perguntou aos telespectadores (praticamente o país todo nas TVs e rádios): vocês acham que numa campanha se deveriam usar recursos públicos, tirando esse dinheiro da saúde, educação, obras, previdência…? Ou se deveria fazer o que eu fiz: pedir recursos às empresas? Eu pedi às empresas, e vocês? Pediu que as imagens da TV focalizassem seu cãozinho “Damas” e disse: Eu só não declarei o cãozinho que ganhei na campanha, pois minhas filhas o adoram.

5. Concluiu pedindo que quem estivesse com ele que se  comunicasse com a sede de seu partido e os que morassem ali que fossem para a frente do partido. Os telefones entupiram e uma multidão foi para frente do partido, consagrando Nixon. Ele ficou e foi eleito Vice-Presidente. Esse programa foi filmado e está disponível, sendo de fácil acesso. Uma aula.

6. Voltemos à nossa conjuntura: será que o eleitor vai querer financiamento público de campanha? Como será a resposta num plebiscito?  É viável uma decisão dessas fora de ato legislativo? Se for assim e vencer o financiamento privado, nunca mais se poderá mudar este critério, pois terá força constitucional.

7. Veja o vídeo da fala de Nixon em 1952 em rede nacional: partes 12.

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PIB DO ESTADO DO RIO PERDE PARTICIPAÇÃO EM RELAÇÃO A BRASIL E SUDESTE!

(Artigo ‘Ajustar Rumos’ de Adriana Fontes e Valéria Pero no Globo de 02/07/2013) 1. O Estado do Rio de Janeiro, após ter um desempenho econômico superior ao da economia brasileira entre 2003 e 2006, voltou a perder participação no PIB total e do Sudeste. Estudo foi feito pelo Observatório das Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio de Janeiro, uma parceria entre Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade e Sebrae/RJ.

2. O Rio de Janeiro reduziu menos a desigualdade de renda na última década, tornando-se o mais desigual entre os estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste em 2011. A renda domiciliar per capita, por sua vez, cresceu menos do que a média brasileira e do Sudeste. Esses dois movimentos levaram a avanços menores na redução da pobreza do que a maioria dos estados brasileiros.

3. As micro e pequenas empresas fluminenses absorvem, em termos relativos, menos trabalhadores formais e com salários médios mais baixos. Isso se deve à participação mais alta de comércio e serviços de baixa qualidade. Em resumo, o Rio de Janeiro avançou na última década, porém menos do que o Sudeste e do que a média brasileira, ficando próximo dos estados do Nordeste em alguns indicadores.

4. Para diminuir as enormes desigualdades no Rio, é necessária uma atuação efetiva, especialmente do setor público para geração de negócios que permitam diversificação da estrutura produtiva; a profissionalização das micro e pequenas empresas; formação e qualificação da mão de obra; mobilidade urbana na metrópole; e qualidade nos serviços públicos.

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TORCEDOR PADRÃO FIFA!

(Ruy Castro – Folha de SP, 03) 1. Pouco antes de Brasil x Espanha, a TV deu em close um torcedor que já nos habituáramos a ver nos jogos do Flamengo: um negro plástico e desdentado, famoso na antiga geral do Maracanã pela alegria com que contagiava o pessoal à sua volta. Seu próprio déficit dentário era uma marca –simbolizava o Brasil profundo. Só que, neste domingo, ele não estava no Maracanã. Estava a alguns quilômetros, no Terreirão do Samba, assistindo ao jogo pelo telão.

2. Torcedores como ele não tiveram vez na Copa das Confederações. Foi assim em todas as sedes, e houve jogos em que os únicos negros na “arena” eram os que estavam em campo. Ao cobrar ingressos de ópera para o futebol, a Fifa tentou transformar em suíça –nacionalidade de seu presidente Joseph Blatter– a torcida brasileira. Era como se todo mundo ali fosse leitor de Hermann Hesse e Friedrich Dürrenmatt, conterrâneos de Blatter.

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EIKE BATISTA E ANP: O QUE HOUVE, AFINAL?

(Coluna Miriam Leitão – Globo, 02) 1. Há muito a explicar neste caso do colapso do campo de Tubarão Azul, do grupo OGX. Em maio do ano passado, a empresa fez junto à Agência Nacional de Petróleo a “declaração de comercialidade” do campo. Se era comercial há um ano, como é possível que agora se descubra “que não há tecnologia capaz de viabilizar economicamente qualquer investimento adicional”?

2. O mais espantoso é que os poços de Tubarão Tigre, Tubarão Gato, Tubarão Areia tiveram suas declarações de comercialidade protocolada na ANP em março deste ano. E, subitamente, todos são inviáveis. Sobre Tubarão Azul, o único do qual estava extraindo petróleo, a empresa chegou a prever que ele iria produzir 50 mil barris/dia. Agora, de repente, “não há tecnologia capaz” e o campo pode parar de dar petróleo no ano que vem. Uma reviravolta espantosa.

3. Para se ter uma ideia, em junho de 2012, a empresa informou, segundo a Reuters, que estava confiante de que poderia extrair de 110 milhões a 150 milhões de barris do campo de Tubarão Azul. Em entrevista, o principal executivo da OGX disse que Tubarão Azul poderia extrair de 40 mil a 50 mil banis/dia. E isso tinha sido resultado de cinco meses de testes. Depois, foram feitas previsões de 20 mil. Quando as previsões encolheram para 5 mil barris/dia, foi trocado o presidente da empresa.

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FHC NO RODA VIVA – TV CULTURA CRITICA AUTORITARISMO DE DILMA!

(Globo, 02) 1. O ex-presidente FHC disse que a presidente Dilma decidiu tardiamente convidar a oposição para dialogar sobre as manifestações sociais nas ruas e a sugestão de um plebiscito para reforma política. – Ela devia ter chamado a oposição antes para conversar. Agora é tarde – afirmou FH, em entrevista, à noite, ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

2. Por mais de uma vez, FHC apontou como um erro da presidente neste momento a “falta de diálogo”.  – Acho que faltou conversar com o país e não, o que é a moda hoje, ler um texto de marqueteiro na televisão – disse o líder tucano, referindo-se ao pronunciamento de Dilma em rede nacional logo no início dos protestos.

3. O tema voltou a ser abordado por ele quando perguntado qual conselho daria para Dilma para enfrentar a atual crise. – Eu diria converse um pouco mais, porque o poder afasta. As pessoas não dizem com sinceridade o que pensam (a um presidente). Você é que tem que permitir isso. Eu diria ouça mais. As decisões são solitárias na vida de um presidente e têm que ser assim. Por isso, tem que ouvir muito antes.

4. O ex-presidente disse que não considera uma reforma política a solução para todas as reivindicações feitas por manifestantes nas últimas semanas. – O povo quer melhorias para vida cotidiana. Não vai se resolver a questão só com isso (reforma política).

02 de julho de 2013

A PARLAMENTARIZAÇÃO DA CRISE E SEUS RISCOS!

1. As manifestações de rua demonstraram que o poder de mobilização das redes sociais finalmente chegou ao Brasil. A imprensa abriu espaço para pesquisadores e estudiosos do tema escreverem, serem entrevistados…, de forma a que se pudesse entender o que há de novo nesse processo.

2. Por feliz coincidência, o professor catalão Manuel Castels dava palestras em Porto Alegre e S. Paulo no início dessas manifestações e comentou o que já tinha escrito em seus últimos livros sobre o caráter de ruptura na dinâmica das redes sociais. Ele e outros afirmaram e afirmam que a democracia vive uma etapa em que a representação popular terá que mudar de caráter.

3. As redes sociais são horizontais, não hierarquizadas, redes de indivíduos empoderados pela informação multiplicada, etc. E nesse sentido o sistema parlamentar tradicional terá que ser repensado de forma a que essa transição seja previsível. No início das mobilizações a questão da dinâmica das redes sociais ocupou a preocupação política. Mas progressivamente isso mudou.

4. Intelectuais de peso passaram a tratar a questão na lógica do movimento de massas de antes, que teria tido uma erupção espontânea que as redes multiplicaram como se fossem micro-mídias. Seria um esgotamento da paciência popular. Essa visão tomou conta do Congresso. Esse passou a reagir a esse movimento de massas de forma tradicional, legislando, como resposta.

5. As palavras de ordem lançadas foram transformadas em decisões políticas, da redução de tarifas de ônibus, a derrubada da PEC 37 que reduzia o poder de investigação do MP, a lei dando caráter de crime hediondo à corrupção, a lei de aplicação dos royalties, reforma política com ou sem plebiscito… A expectativa era e é, que com isso se abasteça de satisfação o movimento de massas e esse esmoreça.

6. Com isso, o sentido das manifestações foi parlamentarizado. A imprensa foi tabulando: demanda X, resposta Y do Congresso. E todo o debate sobre as características das manifestações, origem, lógica e dinâmica, das redes sociais, foi sendo abandonado. Agora se trata de saber se a reforma política será aprovada em plebiscito ou referendo, quais serão as perguntas…, e por aí vai.

7. Essa parlamentarização, ao não tratar da dialética das redes sociais, ao deixar de lado seu caráter inovador, ou de ruptura, será a fórmula garantida de que as manifestações se tornem menos e menos administráveis. Tratar as manifestações de massa de hoje como um ciclo que volta, das  grandes manifestações de massa de décadas anteriores é um equívoco grave, que será sentido de forma cada vez mais intensa. O tempo mostrará.

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ALGUNS DADOS DA PESQUISA DATAFOLHA NO ESTADO DO RIO!

1. A avaliação do governador Cabral geral foi de 25% de ótimo+bom e 36% de ruim+péssimo. Mas na Capital Cabral teve 20% de ótimo+bom e 40% de ruim+péssimo. Nos municípios de mais de 500 mil habitantes, Cabral teve 22% de ótimo+bom e 41% de ruim+péssimo. E entre aqueles cuja renda familiar é maior que 10 salários mínimos, Cabral teve 19% de ótimo+bom e 54% de ruim+péssimo.

2. A avaliação do prefeito Eduardo Paes foi de 30% de ótimo+bom e 33% de ruim+péssimo. Entre os que têm renda familiar de mais de 10 salários mínimos teve 26% de ótimo+bom e 46% de ruim+péssimo.

3. A avaliação do comportamento de Cabral nas manifestações foi de 15% de ótimo+bom e 49% de ruim+péssimo. Já a de Eduardo Paes foi de 17% de ótimo+bom e 45% de ruim+péssimo.

4. Dilma, no Estado do Rio, teve avaliação de 26% de ótimo+bom e 39% de ruim+péssimo.

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NÃO HÁ NENHUMA PROPOSTA ANTICAPITALISTA NOS PROTESTOS!

(Carlos Peña -1959-, doutor em Filosofia e reitor da Universidade Diego Portales – El País, 29) 1.  O que acontece, em minha opinião, e isso é o que foi dito nos últimos três anos, é que essas mudanças materiais produziram profundas mudanças culturais e subjetivas, em particular, um aumento das expectativas e o desejo que as ideias que legitimam a modernização capitalista – à igualdade de oportunidades e a meritocracia – realmente sejam realizadas. Há uma mudança na subjetividade com que se vive o processo de modernização – e as expectativas que são dirigidas a ele – mas nenhum projeto de modernização alternativa. Os partidos e seus líderes estão se acomodando a essa nova subjetividade, que não foram capazes, nem por um momento, de antecipar.

2. Os protestos, mais que alterar o tabuleiro político, mostraram a fragilidade da representação parlamentar de duas maneiras: intelectual, já que os parlamentares não foram capazes de discutir racionalmente com os jovens ou mostrar onde estavam errando (em vez disso, simplesmente os elogiaram ou juntaram-se as suas demandas); e institucional, porque o sistema mostrou que não é capaz de acolher uma representação mais precisa dos interesses sociais, racionalizá-los a tempo e conduzi-los.

3. Mais importante, colocaram o tema na agenda pública e, hoje, é um assunto que todos discutem. É um sinal de que os jovens valorizam a democracia e as instituições, e começam a acreditar que a mobilização social pode, além de ser um gesto para pressionar e denunciar, ajudar na deliberação pública. No Brasil e no Chile não se vive uma revolta anticapitalista, mas o contrário: as pessoas levaram a sério o capitalismo e suas promessas de bem-estar crescente e igualdade de oportunidades!

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“O PAPA CONSIDERA PROTESTOS NO BRASIL JUSTOS E ACORDES COM O EVANGELHO”!

(El País, 02) O Papa Francisco, que chegará ao Brasil no próximo dia 22, foi informado diretamente dos protestos em curso nas ruas do país, com uma participação majoritária e ativa de jovens que se confessam sem partido. No discurso que dirigirá a mais de um milhão de jovens que se concentrarão no Rio de Janeiro com motivo das Jornadas Mundiais da Juventude, o Pontífice aludirá às manifestações, segundo informações de fonte fidedigna recebidas pelo correspondente de El País.

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NOTAS DO MERCOSUL!

1. (El Cronista, 28) Uma hora com Pepe Mujica basta para entender o quanto falta para se vencer o desafio do Mercosul. Ele observa que o Uruguai tem leite, queijo e carne, mas não tem petróleo, o insumo dourado dos venezuelanos. Ele não consegue evitar as reclamações contra a Argentina. As restrições ao comércio e o dólar “azul” são obsessões argentinas que complicam a economia uruguaia. Ele ri quando lembra que os argentinos vêm para a cidade de Colônia com pequenos cartões para fazer dos dólares moeda de compra; que vão para Carmelo comprar hectares no valor de 40.000 dólares. Mujica fica preocupado que a Argentina e o Brasil, irmãos mais velhos e muitas vezes injustos com o Uruguai, não tenham nenhum progresso na criação de políticas fiscais e tarifas convergentes. Ele fica preocupado que não aproveitem esta década de soja, trigo, petróleo e tantas vantagens comerciais para a construção da infraestrutura necessária na região. Assume de forma realista, e até mesmo tristeza, as fragilidades do Mercosul.

2. (La Nacion, 28) 2.1. Uma visita às escondidas em Buenos Aires. Declarações que não deixam espaço para negociações e respostas inflexíveis de várias embaixadas. Todo esse coquetel explosivo foi misturado nas últimas 24 horas e a integridade do Mercosul voltou a ser colocada em sério risco com a possibilidade do Paraguai de não retornar ao bloco regional se a Venezuela assumir a presidência pro tempore no próximo dia 12 de julho, presidência essa que agora está nas mãos do Uruguai. O Presidente eleito do Paraguai, Horácio Cartes, deixou clara sua posição para a próxima conferência de presidentes do Mercosul a ser feita em Montevidéu. “O Paraguai quer a presidência do Mercosul, mas não pela presidência em si; essa é a forma mais simples para o Paraguai poder se restabelecer e, em seguida, formalizar a entrada da Venezuela”, disse antes de retornar a Assunção e passar rapidamente por Buenos Aires.

2.2. Fontes importantes da diplomacia paraguaia disseram que a decisão de Cartes, que assumirá a presidência do Paraguai em 15 de Agosto, é inflexível e não pode ser mudada: afirmou que seu país não voltará para o Mercosul se a Venezuela assumir a presidência rotativa, que atualmente está nas mãos do Uruguai. Defende que Assunção teria que ter assumido a titularidade do bloco no primeiro semestre deste ano, mas não pode porque foi suspensa no ano passado após a destituição do presidente Fernando Lugo. Diante disso, Cartes exige que lhe outorguem a presidência do bloco regional para ter “respaldo político” em seu país e avançar assim com a ratificação do Senado paraguaio na incorporação da Venezuela ao bloco.

01 de julho de 2013

ERÁ QUE DILMA APOSTA NUMA CRISE INSTITUCIONAL?

1. A priorização de uma Constituinte –que caiu por absurda 12 horas depois- e em seguida de uma Reforma Eleitoral/Política por plebiscito, desqualificando o Congresso, aproveitando o enorme desgaste dos partidos e dos políticos e as palavras de ordem dos protestos, é iniciativa de alto risco.

2. Há três hipóteses: a) Dilma quer jogar o desgaste para o Congresso e se separar do desgaste político; b) Dilma não controla mesmo o Congresso e quer produzir o seu “fechamento” de fato antes da campanha de 2014 em 12 meses mais; c) Dilma está perdida e não sabe o que fazer e quer ganhar tempo, pois o processo para o plebiscito levaria 3 meses.

3. Os desdobramentos são dois. i) Dilma se esquece da máxima democrática: “Pior que um Péssimo parlamento é não ter parlamento”; ii) A base parlamentar de Dilma estava sem controle e agora não existe mais. O Presidente do Senado – aposta em respostas populistas- devolvendo a Dilma o desgaste pela inviabilidade de suas propostas e o Presidente da Câmara se fortaleceu nessa crise junto aos deputados, inclusive do PT e vai apostar no confronto com Dilma, sempre modulando a retórica.

4. Esse quadro de crise institucional possível será agravado pelo STF, que também está se descolando de uma crise que não é sua, muito pelo contrário. A prisão de deputado federal apenas antecipa a confirmação em plenária da prisão dos “mensaleiros”. E como tradição da política em todo mundo, num regime democrático, lembrando outra máxima –em política não há vácuo- o STF mais que nunca arbitrará as decisões políticas –PECs, Leis e Decretos.

5. Apertem os cintos, pois há turbulência pela frente.

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RESULTADOS DO DATAFOLHA/FOLHA DE SP REFORÇAM SAÍDA DE DILMA E VOLTA DE LULA!

Pesquisa nacional dias 27-28/06 com 4.717 eleitores.

1. Voto para presidente: Dilma 30%, Marina 23%, Aécio 17%, Eduardo Campos 7%. Dilma caiu 21 pontos e os demais cresceram 11 pontos. Os que preferiram não votar neles cresceram de 12% para 24%. Dilma 30% e os demais 47%.

2. Com Joaquim Barbosa, este teria 15%. Dilma 29%, Marina 18%, Aécio 15%, Campos 5%. Os que não votariam diminuem 6 pontos. Dilma 29% e os demais 53%.

3. Com Lula, este teria 45% e os demais 43% com Barbosa. Sem Barbosa, Lula teria 46% e os demais 37%.

4. Oito em cada dez brasileiros (81%) apoiam as manifestações que tomaram as ruas do país nas últimas semanas, segundo pesquisa Datafolha. Apenas 15% dizem ser contrários aos protestos.

5. 81% apoiam as manifestações e 65% afirmam que elas trouxeram mais lucros que perdas ao país. 26% acham o contrário. 9% não opinaram.

6. Avaliação de Dilma cai 35 pontos em relação a março. Dilma: Ótimo+Bom 30%, Ruim+Péssimo 25%.
Sobre a postura em relação aos protestos, a resposta é igual observando a margem de erro. Dilma perdeu sempre 25 pontos ou mais em todas as regiões do país em relação a março e em todos os recortes de idade, renda e escolaridade.

7. 68% aprovam um plebiscito para reforma politica. A aprovação da gestão econômica caiu de 49% para 27%. A expectativa que o desemprego vai crescer subiu de36% para 44%. E os que acham que o poder de compra vai cair eram 27% e agora são 38%.

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PESQUISA DATAFOLHA 27/28-06 PARA GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO!

(Folha de SP, 01) 1. No primeiro cenário, o senador Lindbergh Farias (PT), com 17%, o deputado e ex-governador Anthony Garotinho (PR) e o vereador e ex-prefeito Cesar Maia (DEM), ambos com 15%, estão à frente, empatados tecnicamente. Candidato de Cabral, o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) aparece no segundo grupo com 8%, mesmo percentual do deputado federal Romário (PSB) e tecnicamente empatado com o também deputado federal Miro Teixeira (PDT), com 6%.

2. No cenário sem as candidaturas de Lindbergh e Romário, Garotinho e Maia lideram com 20%.  A posição de Pezão pouco se altera. O vice-governador segue no segundo bloco, com 12%, empatado tecnicamente com Miro (9%).

3. Gráfico da pesquisa.

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TAXA DE LUCRO DAS EMPRESAS DE ÔNIBUS!

(Folha de SP, 30) 1. O lucro líquido das empresas de ônibus de São Paulo é um terço superior à média nacional, segundo planilhas da SPTrans. Os valores foram comparados com dados da NTU que reúne 538 companhias do país. Lucro líquido é o recurso que o empresário ganha após pagar os investimentos, a operação e os impostos.

2. Empresas de ônibus terão um lucro líquido de 6,8% sobre os R$ 6 bilhões que devem receber este ano da prefeitura como remuneração, segundo a SPTrans. O lucro equivale a R$ 406,8 milhões. No restante do país, o lucro líquido das empresas é de 4,5%, segundo o presidente da associação das empresas, Otávio Cunha. Se esse índice fosse aplicado a São Paulo, o lucro líquido das empresas cairia para R$ 270 milhões.

3. A taxa de lucro de 6,8% é considerada alta por economistas e empresários porque no setor de transporte urbano as margens de lucro variam de 4% a 5% no país.

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GRAVE A SITUAÇÃO NO EGITO!

1. Há um ano, ao herdar um país contaminado pela corrupção e destruído economicamente, Mohammed Morsi e seus companheiros da Irmandade Muçulmana assumiram a liderança do Egito com a promessa de mudar a trajetória da nação em apenas 100 dias. Mas, passado um ano desde sua eleição, ele enfrenta a ira e a frustração de grande parte do país, em meio a uma crise econômica sem precedentes (em parte causada pela considerável redução das receitas do turismo), com suas consequências sociais (desemprego e subemprego sem precedentes também).

2. Semana passada, nas ruas do Cairo, em frente a uma mesquita no distrito de Nasr, apoiadores e oponentes do governo Morsi entraram em violento confronto. A tensão entre os dois grupos parece estar se espalhando por todo o país, com dezenas de feridos e pelo menos um morto em Alexandria (segundo a TV estatal egípcia, seria um jornalista norte-americano).  Estima-se que ao menos cinco pessoas tenham morrido durante os confrontos no norte do país, o que indica o retorno de um cenário de instabilidade política.

3. Diante dessa inquietante quadro, o Ministro de Defesa declarou, há alguns poucos dias, que as Forças Armadas não se furtarão à obrigação de manter a ordem e preservar o desenvolvimento do país. Uma ameaça de nova intervenção dos militares, que se mantiveram no poder desde a independência e até a derrubada de Mubarak.

4. Os jovens egípcios também parecem ter embarcado na campanha de oposição, com o movimento chamado Tamarud (Rebelde), e apoiam partidos e figuras opositoras como ElBaradei. Durante a campanha, eles afirmaram ter coletado mais de 15 milhões de assinaturas pedindo que Morsi deixe do poder.   Os islâmicos que apoiam o governo Morsi também passaram a organizar manifestações – e o encontro dos dois grupos pode resultar em um violento conflito.