09 de abril de 2014

OS GOVERNOS E AS ELEIÇÕES NO RIO: INFLUÊNCIA EM 2014! CAPÍTULO 2: AS PRESIDENCIAIS DE 2006 E 2010 NO RIO E 2014!

1. Nas eleições presidenciais de 2006, no Estado do Rio, Lula obteve 44% dos votos dos eleitores que foram às urnas. Alckmin 26%. Heloisa Helena 15% e os demais 5%. Brancos e Nulos 10%. / Nas eleições presidenciais de 2010, Dilma chegou a 39%, Serra a 20%, Marina a 28% e os demais a 2%. Brancos e Nulos 11%. A soma de Alckmin, Heloisa Helena e os demais chegou a 45%, um ponto a mais que Lula. A soma de Serra, Marina e os demais chegou a 50%, 11 pontos a mais que Dilma.

2. Em 2006, Alckmin venceu em 19 municípios dos 91, sendo os mais importantes Friburgo, Petrópolis e Teresópolis (Região Serrana), com mais ou menos 48% dos votos. Entre os grandes municípios se destacou com uns 40% dos votos em Resende, Cabo Frio e Itaperuna. No Rio, capital, Lula teve 43%, Alckmin 30% e Heloisa 20%. Em Niterói, Lula teve 39% dos votos, Alckmin 31% e Heloisa 20%. Na Baixada Fluminense e São Gonçalo, Lula venceu com uns 60% dos votos. No Sul, Lula teve 60% dos votos, exceção de Resende (Academia Militar), onde praticamente empatou com Alckmin. Heloisa manteve sua média de 15% na Baixada e Região dos Lagos.

3. Em 2010 Serra venceu em 21 municípios, basicamente os mesmos em que Alckmin venceu, outra vez com destaque para a Região Serrana, com média de 40% dos votos. No Rio-Capital, venceu Dilma com 43% dos votos, acima de sua média no Estado, seguida de Marina com 32% e Serra com 23%. Em Niterói, Marina venceu com 37% dos votos, seguida de Dilma com 35% e Serra com 24%. Outra vez Dilma venceu com destaque na Baixada e em São Gonçalo, agora com uma média um pouco menor que Lula, mais perto dos 55%. Isso ocorreu pela surpreendente votação de Marina nessas regiões onde, no total, passou dos 33%. Isso foi atribuído ao voto evangélico na fase final da eleição.

4. Marina venceu em oito municípios, com destaque para Niterói 37%, e Volta Redonda 40% e como Heloisa na Região dos Lagos, onde ficou no total próxima dos 40%.

5. Extrapolando para 2014, Eduardo Campos não reproduzirá a performance de Marina, pois faltam três fatores: o voto evangélico, a polêmica dos royalties do petróleo em que liderou contra a tese do Rio e a questão ambiental, que explica a Região dos Lagos. Aécio certamente vai alcançar uma votação superior a de Alckmin que, com os 26%, foi superior aos 20% de Serra. Em primeiro lugar porque Marina não transferirá os votos que conseguiu por seu perfil. Em segundo lugar porque Minas Gerais tem grande interação com o Norte do Estado e o corredor Juiz de Fora-Petrópolis. Da mesma forma, na capital e em Niterói tende a ir além dos 30% de Alckmin pelo seu perfil e inclusão na capital.

6. O ponto central para Dilma e o X da questão para Aécio e Campos será a Baixada Fluminense e São Gonçalo, onde Lula abriu, Dilma abriu e as razões do voto em Marina nessa região não convergem com o perfil de Aécio. Essa região tem pouco mais de 30% do eleitorado, aproximando-se da Capital, que tem 42%.

7. Em base as eleições de 2006 e 2010, Campos vai colar em Marina e tentar avançar. A transferência de votos sempre há, mas no caso tende a ser pequena pela diferença de perfis. E mais grave: Campos ainda vai enfrentar no Rio a questão dos royalties do petróleo, que liderou contra o Rio, decisiva para o Norte e a Região dos Lagos. Digamos que repita Heloisa Helena com 15%.

8. Em base as eleições de 2006 e 2010, Aécio empata na região capitalina (Rio e Niterói), que tem 46% dos eleitores. Perde na periferia metropolitana. Ganha no Interior com exceção do Sul Fluminense. Ficaria com 30%, ou mais.

9. Dilma, que em 2010 teve 39%, cairá para 35%, ou menos, ficando a distância de empate técnico de Aécio. Randolfe deve levar algum resíduo do voto de protesto, chegando a 5% ou algo mais. Esse algo mais tende a tirar de Dilma e da memória de Marina ambientalista.  Brancos e Nulos tendem a subir para uns 15%.

* * *

REUNIÃO DA UNIÃO DEMOCRATA INTERNACIONAL (UDI) DIAS 9/10/11 DE ABRIL!

1. A UDI é uma união internacional de partidos políticos liderada pelo Partido Conservador do Reino Unido e Republicano dos EUA. A reunião se realiza em Madrid, tendo o PP da Espanha como anfitrião. Conta com vários partidos também filiados a IDC (Internacional Democrata de Centro), como o CDU da Alemanha e o PP da Espanha, assim como o Democratas do Brasil.

2. Discursos de abertura / As palestras seguidas de debates serão: A agenda do crescimento e do emprego / A região do Mediterrâneo: desafios e oportunidades / O “socialismo do século 21”: desafios da centro-direita com foco na Amarica Latina / Ucrânia: implicações na segurança e o caminho futuro /

3. Informes dos Partidos / Reunião do Comitê Executivo / Reunião com o primeiro-ministro da Espanha Mariano Rajoy.

4. Estarão presentes o representante do Democratas junto a UDI, ex-deputado José Carlos Aleluia, e Cesar Maia a convite, na condição de vice-presidente da UPLA (União de Partidos Latino-Americanos), acompanhando o presidente, senador Jovino Novoa do Chile.

* * *

DESAPROPRIAÇÕES PARA A MÍDIA VER! 

(Blog Urbe Carioca, 08) 1. Ao caso da Bhering e da Estudantina, mais uma desapropriação anunciada. Agora foi a vez do Bar Luiz, situado na Rua da Carioca. O decreto de declaração de utilidade pública para fins de desapropriação foi publicado no Diário Oficial do Município de 30/03/2014.

2. Um decreto de desapropriação, conforme já explicamos neste Urbe CaRioca, representa uma intenção que pode ou não ser concretizada: o Município tem cinco anos para decidir.  Lembre-se dos casos da Bhering e da Gafieira Estudantina. Das desapropriações anunciadas nada mais se ouviu falar.

3. Resta saber por que não foi anunciada também a desapropriação de A Guitarra de Prata e de tantas outras lojas tradicionais do conjunto de prédios tombados na Rua da CaRioca. Enquanto isso os ocupantes da Bhering e da Estudantina continuam no mesmo lugar e pertencendo aos mesmos donos, que não podem usufruir os imóveis devido aos decretos demagógicos.

DESAPROPRIAÇÕES PARA A MÍDIA VER!

(Blog Urbe Carioca, 08) 1. Ao caso da Bhering e da Estudantina, mais uma desapropriação anunciada. Agora foi a vez do Bar Luiz, situado na Rua da Carioca. O decreto de declaração de utilidade pública para fins de desapropriação foi publicado no Diário Oficial do Município de 30/03/2014.

2. Um decreto de desapropriação, conforme já explicamos neste Urbe CaRioca, representa uma intenção que pode ou não ser concretizada: o Município tem cinco anos para decidir.  Lembre-se dos casos da Bhering e da Gafieira Estudantina. Das desapropriações anunciadas nada mais se ouviu falar.

3. Resta saber por que não foi anunciada também a desapropriação de A Guitarra de Prata e de tantas outras lojas tradicionais do conjunto de prédios tombados na Rua da CaRioca. Enquanto isso os ocupantes da Bhering e da Estudantina continuam no mesmo lugar e pertencendo aos mesmos donos, que não podem usufruir os imóveis devido aos decretos demagógicos.

REUNIÃO DA UNIÃO DEMOCRATA INTERNACIONAL (UDI) DIAS 9/10/11 DE ABRIL!

1. A UDI é uma união internacional de partidos políticos liderada pelo Partido Conservador do Reino Unido e Republicano dos EUA. A reunião se realiza em Madrid, tendo o PP da Espanha como anfitrião. Conta com vários partidos também filiados a IDC (Internacional Democrata de Centro), como o CDU da Alemanha e o PP da Espanha, assim como o Democratas do Brasil.

2. Discursos de abertura / As palestras seguidas de debates serão: A agenda do crescimento e do emprego / A região do Mediterrâneo: desafios e oportunidades / O “socialismo do século 21”: desafios da centro-direita com foco na Amarica Latina / Ucrânia: implicações na segurança e o caminho futuro /

3. Informes dos Partidos / Reunião do Comitê Executivo / Reunião com o primeiro-ministro da Espanha Mariano Rajoy.

4. Estarão presentes o representante do Democratas junto a UDI, ex-deputado José Carlos Aleluia, e Cesar Maia a convite, na condição de vice-presidente da UPLA (União de Partidos Latino-Americanos), acompanhando o presidente, senador Jovino Novoa do Chile.

OS GOVERNOS E AS ELEIÇÕES NO RIO: INFLUÊNCIA EM 2014! CAPÍTULO 2: AS PRESIDENCIAIS DE 2006 E 2010 NO RIO E 2014!

1. Nas eleições presidenciais de 2006, no Estado do Rio, Lula obteve 44% dos votos dos eleitores que foram às urnas. Alckmin 26%. Heloisa Helena 15% e os demais 5%. Brancos e Nulos 10%. / Nas eleições presidenciais de 2010, Dilma chegou a 39%, Serra a 20%, Marina a 28% e os demais a 2%. Brancos e Nulos 11%. A soma de Alckmin, Heloisa Helena e os demais chegou a 45%, um ponto a mais que Lula. A soma de Serra, Marina e os demais chegou a 50%, 11 pontos a mais que Dilma.

2. Em 2006, Alckmin venceu em 19 municípios dos 91, sendo os mais importantes Friburgo, Petrópolis e Teresópolis (Região Serrana), com mais ou menos 48% dos votos. Entre os grandes municípios se destacou com uns 40% dos votos em Resende, Cabo Frio e Itaperuna. No Rio, capital, Lula teve 43%, Alckmin 30% e Heloisa 20%. Em Niterói, Lula teve 39% dos votos, Alckmin 31% e Heloisa 20%. Na Baixada Fluminense e São Gonçalo, Lula venceu com uns 60% dos votos. No Sul, Lula teve 60% dos votos, exceção de Resende (Academia Militar), onde praticamente empatou com Alckmin. Heloisa manteve sua média de 15% na Baixada e Região dos Lagos.

3. Em 2010 Serra venceu em 21 municípios, basicamente os mesmos em que Alckmin venceu, outra vez com destaque para a Região Serrana, com média de 40% dos votos. No Rio-Capital, venceu Dilma com 43% dos votos, acima de sua média no Estado, seguida de Marina com 32% e Serra com 23%. Em Niterói, Marina venceu com 37% dos votos, seguida de Dilma com 35% e Serra com 24%. Outra vez Dilma venceu com destaque na Baixada e em São Gonçalo, agora com uma média um pouco menor que Lula, mais perto dos 55%. Isso ocorreu pela surpreendente votação de Marina nessas regiões onde, no total, passou dos 33%. Isso foi atribuído ao voto evangélico na fase final da eleição.

4. Marina venceu em oito municípios, com destaque para Niterói 37%, e Volta Redonda 40% e como Heloisa na Região dos Lagos, onde ficou no total próxima dos 40%.

5. Extrapolando para 2014, Eduardo Campos não reproduzirá a performance de Marina, pois faltam três fatores: o voto evangélico, a polêmica dos royalties do petróleo em que liderou contra a tese do Rio e a questão ambiental, que explica a Região dos Lagos. Aécio certamente vai alcançar uma votação superior a de Alckmin que, com os 26%, foi superior aos 20% de Serra. Em primeiro lugar porque Marina não transferirá os votos que conseguiu por seu perfil. Em segundo lugar porque Minas Gerais tem grande interação com o Norte do Estado e o corredor Juiz de Fora-Petrópolis. Da mesma forma, na capital e em Niterói tende a ir além dos 30% de Alckmin pelo seu perfil e inclusão na capital.

6. O ponto central para Dilma e o X da questão para Aécio e Campos será a Baixada Fluminense e São Gonçalo, onde Lula abriu, Dilma abriu e as razões do voto em Marina nessa região não convergem com o perfil de Aécio. Essa região tem pouco mais de 30% do eleitorado, aproximando-se da Capital, que tem 42%.

7. Em base as eleições de 2006 e 2010, Campos vai colar em Marina e tentar avançar. A transferência de votos sempre há, mas no caso tende a ser pequena pela diferença de perfis. E mais grave: Campos ainda vai enfrentar no Rio a questão dos royalties do petróleo, que liderou contra o Rio, decisiva para o Norte e a Região dos Lagos. Digamos que repita Heloisa Helena com 15%.

8. Em base as eleições de 2006 e 2010, Aécio empata na região capitalina (Rio e Niterói), que tem 46% dos eleitores. Perde na periferia metropolitana. Ganha no Interior com exceção do Sul Fluminense. Ficaria com 30%, ou mais.

9. Dilma, que em 2010 teve 39%, cairá para 35%, ou menos, ficando a distância de empate técnico de Aécio. Randolfe deve levar algum resíduo do voto de protesto, chegando a 5% ou algo mais. Esse algo mais tende a tirar de Dilma e da memória de Marina ambientalista.  Brancos e Nulos tendem a subir para uns 15%.

08 de abril de 2014

OS GOVERNOS E AS ELEIÇÕES NO RIO: INFLUÊNCIA EM 2014! CAPÍTULO I: OS GOVERNADORES!

1. Os três últimos anos finais de governos estaduais no Estado do Rio mostram avaliações negativas de todos os três governadores: Marcello Alencar em 1998, Rosinha em 2006 e Sergio Cabral em 2014. Mas de longe Cabral é o que tem a pior avaliação. Vamos usar os dados do Datafolha para se ter uma série metodologicamente coerente e comparável.

2. Em 5 de janeiro de 1998 foi divulgada pesquisa com avaliação dos governadores. Naquele momento o governador Marcello Alencar havia caído 5 posições no ranking dos governadores e estava em último lugar entre os 12 avaliados. Isso o levou a desistir da reeleição. Os que consideravam seu governo Ótimo+Bom eram 23%. Sua avaliação Ruim+Péssimo havia subido para 25%. 47% marcaram Regular.  O Saldo entre Ótimo+Bom e Ruim+Péssimo era de menos –2%.

3. Em 25 de maio de 2006 a avaliação da governadora Rosinha acusava 30% de Ótimo+Bom e 34% de Ruim+Péssimo. Regular 34%. Dessa forma, a rejeição medida da governadora Rosinha era 9 pontos maior que a de Marcello Alencar. O Saldo entre Ótimo+Bom e Ruim+Péssimo era de menos –4%.

4. Em 2 de dezembro de 2013 Cabral havia chegado na pior avaliação dos governadores no último ano de governo, desde sempre. 20% achavam seu governo Ótimo+Bom. 39% Ruim+Péssimo e Regular 38%. Isso lhe dá um Saldo negativo de menos –19%, muito maior que seus antecessores. Em março de 2014 o Ibope divulgou pesquisa onde sua avaliação era ainda pior. Tem 16% de Ótimo+Bom e 42% de Ruim+Péssimo. Ou seja, um Saldo negativo de menos –26%.

5. As avaliações de último ano de Marcello Alencar e Rosinha eram neutras em relação aos candidatos que apoiavam. Tanto é assim que Cabral venceu com folga em 2006, mas no segundo turno, abandonou Alckmin, que apoiara no primeiro turno e adotou Lula, favorito no segundo turno. E Marcello Alencar lançou seu vice –que partiu de 2% ou 3%- e que chegou aos 13% no primeiro turno (ou 16% em relação aos votos válidos), numa eleição polarizada de partida entre Garotinho e Cesar Maia.

6. Os 19% ou 26% de Saldo negativo de Cabral são mortais para seu vice-governador e candidato a governador. Analistas dizem que se ele desaparecer, talvez seu candidato possa tentar diferenciar-se. Mas se insistir em candidatura a Senador, será como um iceberg batendo de frente na candidatura de quem apoia. O tempo –ao contrário do que imagina- conspira contra ele, pois a oposição continuará batendo e agora o colando a Pezão e este e seu entorno não poderão -de público- fazer a defesa. E menos ainda fazê-lo na TV. Assim, sua avaliação, na melhor hipótese, ficará onde está.

* * *

35% DIZEM QUE NÃO VOTAM EM CANDIDATO DE LULA!

1. (Datafolha – UOL, 06) Os que votariam num candidato apoiado por Lula somam 37%. O índice dos que talvez votassem em algum candidato apontado pelo petista, são 23%. 35% não votariam de jeito nenhum em um candidato apoiado pelo ex-presidente Lula.

2. Resumindo: Sim 37%. Não 35%.

* * *

BRASILEIROS ESTÃO PESSIMISTAS COM A COPA DO MUNDO!

(Datafolha, 08 / Folha de SP) 1. Mais da metade da população brasileira acredita que a Copa do Mundo trará mais prejuízos do que benefícios ao país, revela pesquisa realizada pelo Datafolha. Para 55% dos entrevistados, a competição vai resultar em problemas para a população em geral, contra 36% que estão otimistas com melhorias que a Copa deixará para o Brasil (9% não souberam responder a pergunta).  Em junho de 2013, havia equilíbrio: 44% afirmavam que o prejuízo seria maior, mas 48% dos brasileiros diziam que a Copa do Mundo traria mais benefícios.

2. O Datafolha também perguntou aos entrevistados sobre benefícios e prejuízos pessoais: 49% acham que terão mais dificuldades no seu dia-a-dia enquanto 31% disseram que haverá vantagens.

* * *

ANTIPOLÍTICA? COMUNICADOR DA TV TEM 20 PONTOS A MAIS NAS INTENÇÕES DE VOTO QUE O SENADOR PEDRO SIMON! 

1. (G1, 07) Ibope (27 -31/03) Lasier Martins lidera intenção de voto para o Senado. Disputa pela vaga do Rio Grande do Sul ao Senado: pesquisa estimulada, em que os eleitores respondiam em quem votariam se os candidatos fossem os relacionados. – Lasier Martins: 38% / – Pedro Simon: 18% / – Emília Fernandes: 10% / – Germano Bonow: 6% / – Julio Flores: 3% / – Branco/nulo: 13% / – Não sabe/não respondeu: 12%.

2. (Wikipedia) Lasier Costa Martins (General Câmara, 14 de abril de 1942) é um jornalista e comunicador de televisão. Brasileiro, advogado de formação, trabalhou nas emissoras do Grupo RBS, uma das maiores empresas de comunicação do Brasil, onde foi comentarista, especialmente, por cerca de 27 anos no programa Jornal do Almoço da emissora RBS TV, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul. Em 07 de Outubro de 2013, anunciou seu desligamento do Grupo RBS para concorrer a uma vaga no Senado Federal nas eleições de 2014.

ANTIPOLÍTICA? COMUNICADOR DA TV TEM 20 PONTOS A MAIS NAS INTENÇÕES DE VOTO QUE O SENADOR PEDRO SIMON!

1. (G1, 07) Ibope (27 -31/03) Lasier Martins lidera intenção de voto para o Senado. Disputa pela vaga do Rio Grande do Sul ao Senado: pesquisa estimulada, em que os eleitores respondiam em quem votariam se os candidatos fossem os relacionados. – Lasier Martins: 38% / – Pedro Simon: 18% / – Emília Fernandes: 10% / – Germano Bonow: 6% / – Julio Flores: 3% / – Branco/nulo: 13% / – Não sabe/não respondeu: 12%.

2. (Wikipedia) Lasier Costa Martins (General Câmara, 14 de abril de 1942) é um jornalista e comunicador de televisão. Brasileiro, advogado de formação, trabalhou nas emissoras do Grupo RBS, uma das maiores empresas de comunicação do Brasil, onde foi comentarista, especialmente, por cerca de 27 anos no programa Jornal do Almoço da emissora RBS TV, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul. Em 07 de Outubro de 2013, anunciou seu desligamento do Grupo RBS para concorrer a uma vaga no Senado Federal nas eleições de 2014.

BRASILEIROS ESTÃO PESSIMISTAS COM A COPA DO MUNDO!

(Datafolha, 08 / Folha de SP) 1. Mais da metade da população brasileira acredita que a Copa do Mundo trará mais prejuízos do que benefícios ao país, revela pesquisa realizada pelo Datafolha. Para 55% dos entrevistados, a competição vai resultar em problemas para a população em geral, contra 36% que estão otimistas com melhorias que a Copa deixará para o Brasil (9% não souberam responder a pergunta).  Em junho de 2013, havia equilíbrio: 44% afirmavam que o prejuízo seria maior, mas 48% dos brasileiros diziam que a Copa do Mundo traria mais benefícios.

2. O Datafolha também perguntou aos entrevistados sobre benefícios e prejuízos pessoais: 49% acham que terão mais dificuldades no seu dia-a-dia enquanto 31% disseram que haverá vantagens.

OS GOVERNOS E AS ELEIÇÕES NO RIO: INFLUÊNCIA EM 2014! CAPÍTULO I: OS GOVERNADORES!

1. Os três últimos anos finais de governos estaduais no Estado do Rio mostram avaliações negativas de todos os três governadores: Marcello Alencar em 1998, Rosinha em 2006 e Sergio Cabral em 2014. Mas de longe Cabral é o que tem a pior avaliação. Vamos usar os dados do Datafolha para se ter uma série metodologicamente coerente e comparável.

2. Em 5 de janeiro de 1998 foi divulgada pesquisa com avaliação dos governadores. Naquele momento o governador Marcello Alencar havia caído 5 posições no ranking dos governadores e estava em último lugar entre os 12 avaliados. Isso o levou a desistir da reeleição. Os que consideravam seu governo Ótimo+Bom eram 23%. Sua avaliação Ruim+Péssimo havia subido para 25%. 47% marcaram Regular.  O Saldo entre Ótimo+Bom e Ruim+Péssimo era de menos –2%.

3. Em 25 de maio de 2006 a avaliação da governadora Rosinha acusava 30% de Ótimo+Bom e 34% de Ruim+Péssimo. Regular 34%. Dessa forma, a rejeição medida da governadora Rosinha era 9 pontos maior que a de Marcello Alencar. O Saldo entre Ótimo+Bom e Ruim+Péssimo era de menos –4%.

4. Em 2 de dezembro de 2013 Cabral havia chegado na pior avaliação dos governadores no último ano de governo, desde sempre. 20% achavam seu governo Ótimo+Bom. 39% Ruim+Péssimo e Regular 38%. Isso lhe dá um Saldo negativo de menos –19%, muito maior que seus antecessores. Em março de 2014 o Ibope divulgou pesquisa onde sua avaliação era ainda pior. Tem 16% de Ótimo+Bom e 42% de Ruim+Péssimo. Ou seja, um Saldo negativo de menos –26%.

5. As avaliações de último ano de Marcello Alencar e Rosinha eram neutras em relação aos candidatos que apoiavam. Tanto é assim que Cabral venceu com folga em 2006, mas no segundo turno, abandonou Alckmin, que apoiara no primeiro turno e adotou Lula, favorito no segundo turno. E Marcello Alencar lançou seu vice –que partiu de 2% ou 3%- e que chegou aos 13% no primeiro turno (ou 16% em relação aos votos válidos), numa eleição polarizada de partida entre Garotinho e Cesar Maia.

6. Os 19% ou 26% de Saldo negativo de Cabral são mortais para seu vice-governador e candidato a governador. Analistas dizem que se ele desaparecer, talvez seu candidato possa tentar diferenciar-se. Mas se insistir em candidatura a Senador, será como um iceberg batendo de frente na candidatura de quem apoia. O tempo –ao contrário do que imagina- conspira contra ele, pois a oposição continuará batendo e agora o colando a Pezão e este e seu entorno não poderão -de público- fazer a defesa. E menos ainda fazê-lo na TV. Assim, sua avaliação, na melhor hipótese, ficará onde está.

07 de abril de 2014

ENTREVISTA DE CESAR MAIA A FERNANDO RODRIGUES NA TV UOL, DIA 27/03! VI – A MUDANÇA DE NOME DO DEM E A ELEIÇÃO NO RIO!

1. (Mudança de nome do DEM) Péssimo, péssimo. Isso foi uma ideia do Lavareda. Era “Partido Democrata”, copiando o americano, e aí inventaram que se podia fazer blague com P D, aí eles refluíram e improvisaram o Democratas. Um erro da maior gravidade. O Democratas não tem marca ainda não é nada –veja as pesquisa. O PFL tinha lá 4%, 5% colado ao PSDB. Um erro grave. Eu acho que dentro dessa linha que eu falei, vamos eleger 43 deputados, como elegemos em 2010, e vamos fazer um gabinete de crise, e vamos buscar que estratégia é essa que nos vamos adotar. Voltar ao nome PFL, não, não dá mais. Nós perdemos uma grande oportunidade lá atrás, que foi antes do PRB virar PP, que era nós adotarmos a denominação europeia PP. Nós perdemos essa oportunidade, enfim, muito grave.

2. Enfim, atrasamos. Aí entra o Lavareda que com o Bornhausen quase foi presidente do partido. Ele fazia as pesquisas nacionais, ele orientava, reunia, dizia. Mas pera aí. O marqueteiro é para dizer como que expõe as ideias dos políticos. E não para o marqueteiro dizer quais são suas ideias e os políticos seguirem. Tem sido assim com todos os partidos.  Ninguém foi contra porque afinal de contas o Bornhausen foi um excelente presidente do partido, fez o congresso da refundação, e parecia que as coisas estavam bem pensadas. Estavam, para Partido Democrata. Mas nunca para um Democratas genérico, que não dá nem para pronomizar.  Você tem que botar “o” Democratas, e a pessoa acha que você tem um erro de conjugação. Agora tem que esperar a eleição, e depois da eleição pensar direito se vale a pena insistir…

3. (Eleição para governador do Rio). Não, nenhuma chance de recuar. Hoje o DEM tem 10%.  Quem está na frente tem 17%, 18%: Crivella, Garotinho. Quem está lá atrás, que é o Pezão e o Miro, tem 5%, 4%. Todos sabem, pois todos são profissionais, que quem passar de 15% tem chance de ir para o segundo turno. Eu já fu para o segundo turno em 1992 com 16%. Eu já fui para o segundo turno em 2000 com 20%. Fôlego para ir para o segundo turno, passando de 15%, todos tem e eu posso ter. Principalmente que a situação do Rio de Janeiro é uma situação da maior gravidade em matéria de descontrole administrativo e de segurança pública. No primeiro turno o próprio Garotinho ou Crivella tem vantagem. No segundo turno os dois perdem. Aí ficam todos ansiosos para ver quem vai para o segundo turno com um deles. Essa é a ansiedade dos outros.

4. A grande surpresa que a gente está tendo é essa performance pré-eleitoral do Lindbergh. O Lindbergh foi eleito senador com uma votação espetacular, o Lindbergh talvez seja o político que melhor faz campanha na rua, vai bem na televisão. Como é que Lindbergh pode estar nesse momento em patamar tão baixo? O que que aconteceu, para ter 11%, 10%, como deu o último Ibope? Como é que pode? O Crivella tem uma explicação. Ele diz que o problema é que há uma fatia grande da população que acha que essas manifestações assaram do ponto e há um ‘bagunção’ nisso tudo. E como ele tem essa origem, colaram ele nisso, e ele tem que fazer um descolamento. Qual é a expectativa hoje dele? É que o Lula venha com a mão salvadora, que ele sente no colo do Lula. Só que como é que o Lula faz isso numa campanha com tantos candidatos no Rio de Janeiro da chamada base aliada. Você sabe que a Dilma não engole o Lindbergh. Você sabe que o Crivella é o mais confiável de todos eles para Dilma. Confiável é aquele que faz campanha onde você não tem voto. O Crivella fará isso daí. Então como é que o Lula vai se movimentar numa campanha como essa? A Dilma é muito próxima do Pezão, estabeleceu uma linha de amizade quando era ministra ainda. Então, enfim, é uma situação difícil para eles mexerem. Eu tenho que falar de pré-candidatura, porque eu só posso falar de candidatura em junho. Vai ser mantida, não tenho dúvida nenhuma.

* * *

O QUE NOS DIZ O DATAFOLHA SOBRE 2014: CRESCE O PESSIMISMO!

1. Uma nova pesquisa do Datafolha, 2 e 3 de abril.  Assim como no IBOPE, a avaliação ótimo+bom de Dilma caiu para 36%. O Datafolha nos diz que a intenção de voto em Dilma caiu para 38%. Somando os que não marcam nenhum candidato e os que marcaram os candidatos “menores”, são 35%. Sem eles, os que não marcaram nenhum, caem de 29% para 25%, como se uma lista grande confundisse o eleitor. Dilma passa a 43%, Aécio de 16% vai a 18% e Eduardo Campos de 10% vai a 14%.

2. O mais importante da pesquisa Datafolha é a reversão geral da opinião pública. Dilma cai. Todas as funções de governo têm sua desaprovação com forte aumento. A proporção daqueles que estão de acordo com as manifestações nas ruas, que havia diminuído, voltou a crescer passando de 52% para 57%.

3. Marina -que de certa forma sinaliza a antipolítica- e que havia caído nas últimas pesquisas, volta a subir, chegando a 27% e, com isso, provocando segundo turno. Pode ser que ela tenha se beneficiado dos comerciais e do programa do PSB. Mas o principal ator neles -Eduardo Campos- não teve nenhum ganho com a visibilidade. Registre-se que a pesquisa foi realizada logo após o programa e os comerciais do PSB.

4. Os segmentos onde a rejeição a Dilma eram maiores acentuaram essa rejeição. Ou seja: sudeste (29%) e níveis mais altos de renda (20%) e instrução (22%). Mas nos segmentos em que Dilma tem as maiores taxas de aprovação, ela mantém esse apoio: nordeste (54%) e níveis menos de renda e instrução. É aí que está ancorada.

5. São 63% os que acham que Dilma faz pelo país menos do que eles esperavam. Há cerca de um ano, essa taxa era de 34% /72% querem que o próximo presidente atue de maneira diferente da de Dilma.

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FAVELA-BAIRRO MUDOU DE NOME, MAS FOI SÓ ISSO: PAROU!

(Veja Rio, 05) 1. O Programa Morar Carioca (obs.: era o Favela-Bairro) foi anunciado com pompa e circunstância, em 2010, como um dos carros-chefes do governo municipal. A ideia era avançar em relação às iniciativas do passado e promover uma integração profunda entre as favelas e o entorno. Na ocasião do lançamento, a previsão era de que, até a Copa do Mundo, quarenta intervenções planejadas por escritórios de arquitetura escolhidos por concurso seriam implantadas em morros e complexos agrupados por região. Três anos depois e a dois meses da Copa, apenas duas tiveram obras iniciadas, e nenhuma deve ficar pronta até a final no Maracanã.

2. Tal demora azedou o humor dos arquitetos participantes, que reclamam não apenas do atraso, mas da indefinição que cerca os projetos. Nos bastidores, a revolta é tal que a empreitada já ganhou os apelidos de Demorar Carioca e Desmoronar Carioca. “É uma pena que um programa tão bem desenhado, com potencial para melhorar a vida de tanta gente, tenha perdido a prioridade”, lamenta Sérgio Magalhães, presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), instituição que organizou o concurso.

* * *

REFLEXOS DA REJEIÇÃO À POLÍTICA EM 2014!

(Blog do Magno Martins, 06) Uma pesquisa qualitativa que circula no diretório nacional do PT tem tirado o sono da cúpula partidária, segundo informa Denise Rothenburg, em sua coluna no Correio Brasiliense. E explica a colunista do jornal do Distrito Federal: ”Tudo porque leva a crer que a despolitização emergente nos movimentos de rua do ano passado permeia as classes favorecidas pelas políticas públicas. A maioria daqueles que ascenderam nas asas do Bolsa Família e da distribuição de renda dos últimos anos atribui o sucesso ao próprio esforço pessoal e familiar. As políticas governamentais não são vistas como responsáveis pela melhoria de vida. É isso que a campanha de Dilma tentará mostrar.

* * *

ELEIÇÕES PARLAMENTARES NA HUNGRIA!

Presidente Viktor Orbán -centro-direita- consolidou seu poder na Hungria nas eleições legislativas deste domingo (06). Poderá continuar com as reformas que iniciou em 2010 quando venceu com uma enorme maioria de 2/3 do parlamento: aprovou 800 leis em 4 anos e uma nova Constituição, reformando o poder judiciário e o controle sobre a mídia. Orbán tem um perfil populista e uma marca nacionalista. Seu partido –Fidesz, com aliados- alcança 44,5% dos votos. A UNION, coligação de esquerda obtém 25,5%; a extrema direita Jobbik, 21,1%; os Verdes 5,1%; e os demais 3,7%.

A Esquerda somada aos Verdes cresceu de 26,7% em 2010 para 30,6%, agora. A direita agregada passou de 69,4% pra 65,7%.

Veja o gráfico.

ELEIÇÕES PARLAMENTARES NA HUNGRIA!

Presidente Viktor Orbán -centro-direita- consolidou seu poder na Hungria nas eleições legislativas deste domingo (06). Poderá continuar com as reformas que iniciou em 2010 quando venceu com uma enorme maioria de 2/3 do parlamento: aprovou 800 leis em 4 anos e uma nova Constituição, reformando o poder judiciário e o controle sobre a mídia. Orbán tem um perfil populista e uma marca nacionalista. Seu partido –Fidesz, com aliados- alcança 44,5% dos votos. A UNION, coligação de esquerda obtém 25,5%; a extrema direita Jobbik, 21,1%; os Verdes 5,1%; e os demais 3,7%.

A Esquerda somada aos Verdes cresceu de 26,7% em 2010 para 30,6%, agora. A direita agregada passou de 69,4% pra 65,7%.

Veja o gráfico.

REFLEXOS DA REJEIÇÃO À POLÍTICA EM 2014!

(Blog do Magno Martins, 06) Uma pesquisa qualitativa que circula no diretório nacional do PT tem tirado o sono da cúpula partidária, segundo informa Denise Rothenburg, em sua coluna no Correio Brasiliense. E explica a colunista do jornal do Distrito Federal: ”Tudo porque leva a crer que a despolitização emergente nos movimentos de rua do ano passado permeia as classes favorecidas pelas políticas públicas. A maioria daqueles que ascenderam nas asas do Bolsa Família e da distribuição de renda dos últimos anos atribui o sucesso ao próprio esforço pessoal e familiar. As políticas governamentais não são vistas como responsáveis pela melhoria de vida. É isso que a campanha de Dilma tentará mostrar.

FAVELA-BAIRRO MUDOU DE NOME, MAS FOI SÓ ISSO: PAROU!

(Veja Rio, 05) 1. O Programa Morar Carioca (obs.: era o Favela-Bairro) foi anunciado com pompa e circunstância, em 2010, como um dos carros-chefes do governo municipal. A ideia era avançar em relação às iniciativas do passado e promover uma integração profunda entre as favelas e o entorno. Na ocasião do lançamento, a previsão era de que, até a Copa do Mundo, quarenta intervenções planejadas por escritórios de arquitetura escolhidos por concurso seriam implantadas em morros e complexos agrupados por região. Três anos depois e a dois meses da Copa, apenas duas tiveram obras iniciadas, e nenhuma deve ficar pronta até a final no Maracanã.

2. Tal demora azedou o humor dos arquitetos participantes, que reclamam não apenas do atraso, mas da indefinição que cerca os projetos. Nos bastidores, a revolta é tal que a empreitada já ganhou os apelidos de Demorar Carioca e Desmoronar Carioca. “É uma pena que um programa tão bem desenhado, com potencial para melhorar a vida de tanta gente, tenha perdido a prioridade”, lamenta Sérgio Magalhães, presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), instituição que organizou o concurso.

O QUE NOS DIZ O DATAFOLHA SOBRE 2014: CRESCE O PESSIMISMO!

1. Uma nova pesquisa do Datafolha, 2 e 3 de abril.  Assim como no IBOPE, a avaliação ótimo+bom de Dilma caiu para 36%. O Datafolha nos diz que a intenção de voto em Dilma caiu para 38%. Somando os que não marcam nenhum candidato e os que marcaram os candidatos “menores”, são 35%. Sem eles, os que não marcaram nenhum, caem de 29% para 25%, como se uma lista grande confundisse o eleitor. Dilma passa a 43%, Aécio de 16% vai a 18% e Eduardo Campos de 10% vai a 14%.

2. O mais importante da pesquisa Datafolha é a reversão geral da opinião pública. Dilma cai. Todas as funções de governo têm sua desaprovação com forte aumento. A proporção daqueles que estão de acordo com as manifestações nas ruas, que havia diminuído, voltou a crescer passando de 52% para 57%.

3. Marina -que de certa forma sinaliza a antipolítica- e que havia caído nas últimas pesquisas, volta a subir, chegando a 27% e, com isso, provocando segundo turno. Pode ser que ela tenha se beneficiado dos comerciais e do programa do PSB. Mas o principal ator neles -Eduardo Campos- não teve nenhum ganho com a visibilidade. Registre-se que a pesquisa foi realizada logo após o programa e os comerciais do PSB.

4. Os segmentos onde a rejeição a Dilma eram maiores acentuaram essa rejeição. Ou seja: sudeste (29%) e níveis mais altos de renda (20%) e instrução (22%). Mas nos segmentos em que Dilma tem as maiores taxas de aprovação, ela mantém esse apoio: nordeste (54%) e níveis menos de renda e instrução. É aí que está ancorada.

5. São 63% os que acham que Dilma faz pelo país menos do que eles esperavam. Há cerca de um ano, essa taxa era de 34% /72% querem que o próximo presidente atue de maneira diferente da de Dilma.

ENTREVISTA DE CESAR MAIA A FERNANDO RODRIGUES NA TV UOL, DIA 27/03! VI – A MUDANÇA DE NOME DO DEM E A ELEIÇÃO NO RIO!

1. (Mudança de nome do DEM) Péssimo, péssimo. Isso foi uma ideia do Lavareda. Era “Partido Democrata”, copiando o americano, e aí inventaram que se podia fazer blague com P D, aí eles refluíram e improvisaram o Democratas. Um erro da maior gravidade. O Democratas não tem marca ainda não é nada –veja as pesquisa. O PFL tinha lá 4%, 5% colado ao PSDB. Um erro grave. Eu acho que dentro dessa linha que eu falei, vamos eleger 43 deputados, como elegemos em 2010, e vamos fazer um gabinete de crise, e vamos buscar que estratégia é essa que nos vamos adotar. Voltar ao nome PFL, não, não dá mais. Nós perdemos uma grande oportunidade lá atrás, que foi antes do PRB virar PP, que era nós adotarmos a denominação europeia PP. Nós perdemos essa oportunidade, enfim, muito grave.

2. Enfim, atrasamos. Aí entra o Lavareda que com o Bornhausen quase foi presidente do partido. Ele fazia as pesquisas nacionais, ele orientava, reunia, dizia. Mas pera aí. O marqueteiro é para dizer como que expõe as ideias dos políticos. E não para o marqueteiro dizer quais são suas ideias e os políticos seguirem. Tem sido assim com todos os partidos.  Ninguém foi contra porque afinal de contas o Bornhausen foi um excelente presidente do partido, fez o congresso da refundação, e parecia que as coisas estavam bem pensadas. Estavam, para Partido Democrata. Mas nunca para um Democratas genérico, que não dá nem para pronomizar.  Você tem que botar “o” Democratas, e a pessoa acha que você tem um erro de conjugação. Agora tem que esperar a eleição, e depois da eleição pensar direito se vale a pena insistir…

3. (Eleição para governador do Rio). Não, nenhuma chance de recuar. Hoje o DEM tem 10%.  Quem está na frente tem 17%, 18%: Crivella, Garotinho. Quem está lá atrás, que é o Pezão e o Miro, tem 5%, 4%. Todos sabem, pois todos são profissionais, que quem passar de 15% tem chance de ir para o segundo turno. Eu já fu para o segundo turno em 1992 com 16%. Eu já fui para o segundo turno em 2000 com 20%. Fôlego para ir para o segundo turno, passando de 15%, todos tem e eu posso ter. Principalmente que a situação do Rio de Janeiro é uma situação da maior gravidade em matéria de descontrole administrativo e de segurança pública. No primeiro turno o próprio Garotinho ou Crivella tem vantagem. No segundo turno os dois perdem. Aí ficam todos ansiosos para ver quem vai para o segundo turno com um deles. Essa é a ansiedade dos outros.

4. A grande surpresa que a gente está tendo é essa performance pré-eleitoral do Lindbergh. O Lindbergh foi eleito senador com uma votação espetacular, o Lindbergh talvez seja o político que melhor faz campanha na rua, vai bem na televisão. Como é que Lindbergh pode estar nesse momento em patamar tão baixo? O que que aconteceu, para ter 11%, 10%, como deu o último Ibope? Como é que pode? O Crivella tem uma explicação. Ele diz que o problema é que há uma fatia grande da população que acha que essas manifestações assaram do ponto e há um ‘bagunção’ nisso tudo. E como ele tem essa origem, colaram ele nisso, e ele tem que fazer um descolamento. Qual é a expectativa hoje dele? É que o Lula venha com a mão salvadora, que ele sente no colo do Lula. Só que como é que o Lula faz isso numa campanha com tantos candidatos no Rio de Janeiro da chamada base aliada. Você sabe que a Dilma não engole o Lindbergh. Você sabe que o Crivella é o mais confiável de todos eles para Dilma. Confiável é aquele que faz campanha onde você não tem voto. O Crivella fará isso daí. Então como é que o Lula vai se movimentar numa campanha como essa? A Dilma é muito próxima do Pezão, estabeleceu uma linha de amizade quando era ministra ainda. Então, enfim, é uma situação difícil para eles mexerem. Eu tenho que falar de pré-candidatura, porque eu só posso falar de candidatura em junho. Vai ser mantida, não tenho dúvida nenhuma.

04 de abril de 2014

ENTREVISTA DE CESAR MAIA A FERNANDO RODRIGUES NA TV UOL DIA 27/03! V – IBOPE E CAMPANHA ELEITORAL!

1. (Pesquisa do IBOPE com Dilma caindo) Depende da ação da oposição. Agora, é uma chance. Os primeiros números divulgados mostram que a diferença naqueles seguimentos de renda maior, de maior instrução aumentou. A segunda informação se tem que trabalhar ela com atenção… Jovens. E quando se fala em jovens, a gente fala em três coisas: primeiro no voto evangélico, que os evangélicos cresceram excepcionalmente entre os jovens e essa é uma questão que tem que se ficar atento, e com militância, com organização, com participação, com mobilização. Segundo, redes sociais, segundo elemento. O terceiro elemento é essa antipolítica, a reação, a rejeição à corrupção, que também marca muito o jovem, e que também combina com redes sociais. Eu acho que há uma razão, uma lógica. Todo esse noticiário, enfim, de Petrobras etc., são bem compreendidos por aqueles que leem jornal todos os dias, uns 20%.

2. Isso daí pega nesse segmento, tira dela nesse segmento que ela já vinha perdendo bem para o Aécio e aumenta a diferença. Esse aumento da diferença é natural que sensibilize dois, três, quatro pontos. Essa história se caiu sete, caiu seis, eu diria, mudou de patamar. Se ela estava em um patamar acima de 40%, ela está no patamar de 40%. Se esse patamar são 38%, 36%, 42% ou 43%, isso é indiferente. Nós estamos muito longe de ter o eleitor respondendo a pesquisa afirmando uma opinião madura. Se essa pesquisa fosse feita para a eleição, nós teríamos um dado adicional, para onde foi essa queda dela. Eu não estou mais trabalhando nas pesquisas Aécio Neves e Eduardo Campos, eu trabalho a soma dos dois. Eu somo os dois e boto Dilma, os outros e não voto onde somo tudo, não sabe, branco, nulo etc., é assim que estou acompanhando. Fiquei preocupado –foi isso que eu disse para o Aécio no domingo– dos dois terem caído até 2 pontos, 1 ponto, quando se tinha a expectativa de ter crescido 2, 3, 4 pontos, que fosse, para dizer que há uma tendência. Não há nenhuma tendência do crescimento da soma.

3. Os dois estão priorizando a conversa com as elites. É um erro.  Você vê fotografia deles em vários lugares. Não vê em nenhuma favela, por exemplo. Por que não? Ele é um senador da República, um governador do Estado de Pernambuco, ele não pode subir uma favela e verificar o que está acontecendo como esse descontrole de segurança pública no Rio? Uma situação gravíssima, gravíssima. Os números estão mostrando isso há um ano, ou mais. Então vai lá, vai lá com o Exército. Quer ter uma posição? Vai lá na [Favela da] Maré, o Exército vai entrar, não tem risco nenhum. Que política é essa das UPPs? Conhecer, ver de perto, conversar com as pessoas, entrar em um barraco. A gente não vê essa marca em nenhum deles. Se vê com a Fiesp, com a Firjan, com a Associação dos Bancos, com a não sei das quanta e tal, e com o agronegócio e o empresário tal convidou o governador Eduardo Campos ou o senador Aécio Neves e ali estavam presente esse e aquele. Vamos ser pragmáticos Esse tipo de reunião obriga eles a fazer afirmações que tiram voto em campanha.

4. Aqui na nossa América Latina o pensamento liberal tira voto. O pensamento conservador dá voto. O pensamento liberal tira voto. O pensamento daqueles vão com um discurso liberal e o candidato vai fazer aquele discurso e vai perder voto. Se não fizer, “pô, devia ter feito”. Se fizer o discurso contrário, isso é claro. Aqui nós temos três vetores. Um vetor populista, que continua muito forte. Um vetor de voto conservador que é forte e não tem representação majoritária porque não foi testado ainda, mas terá 20%, uma boa representação majoritária, e tem o voto social, enfim, um discurso mais aberto socialdemocrata, ou socialista, ou centro-esquerda. O PSDB fica com uma calça justa, porque ele quer ser socialdemocrata. Essa franja está ocupada. Essa franja o PT ocupou bem porque o PT ocupou não apenas trazendo essas teses, como trazendo o populismo e o social-liberalismo através de sindicatos e multinacionais. Por onde entra o PSDB aí? Ele caminha para a direita. Por que não afirma esse caminho aonde tem voto, que é o eleitor conservador? É por aí que tem que caminhar, porque se deixar o eleitor conservador solto, ele vai caminhar para o voto do populismo evangélico.

5. Essas reuniões com as elites são prazerosas, elas são bem servidas, elas geram para o candidato uma alegria muito grande. Mas agora, precisa ter a marca em outras áreas. Precisa ir lá. Hoje a política tem, além da imprensa, que faz essa cobertura, tem também a internet. Você botar a foto ali, imagens, colocar… O site do PSDB o blog do PSDB agrega um voto?  Eu me mobilizaria em função daquelas informações que eu recebo? Zero, nada. E o partido que tem governador de Minas, do Paraná, de São Paulo, que tem grandes quadros, que tem presença nacional, como é que ele pode ficar confortável, patinando ali naquela centro-elite brasileira, do Sudeste. Sudestina. Em primeiro lugar, nós no Rio de Janeiro. Eu, pessoalmente, não sou um amigo íntimo, mas me considero amigo do Aécio Neves. Rodrigo [Maia] teve uns probleminhas com ele, enfim, depois não mais. Enfim, todos nós aqui queremos fazer a campanha. A nossa aflição é que ele ganhe a eleição, porque a gente pode estar errado. Ah não. Assim não tem maioria. Mas, enfim, o tempo vai levando a gente ter razão ou não ter razão. Se a gente não tiver razão, e ele tiver razão e ganhar, nós vamos ser os primeiros a ficar debaixo do palanque, aplaudindo. Nenhuma dificuldade quanto a isso. Agora, a ansiedade, eu tenho 68 anos vou fazer 69. Eu não tenho mais idade de entrar numa eleição achando que algumas coisas estão erradas e ficar calado, boca calada.

6. Três erros dele. Primeiro essa insistência na exposição das reuniões com as elites. Esse segundo eles estão entrando agora. Que é entrar na Dilma, derrubar a Dilma. Em terceiro eu diria, não se iludir com o PMDB. Não achar que essa dissidência do PMDB é alguma coisa que produz resultado eleitoral para o Aécio ou para quem for. É entender que essa é a natureza do PMDB. Essas dissidências fortalecem o PMDB, que é um partido confederado. A gente sente isso, principalmente no Rio, a proximidade, o Eduardo Cunha fez declarações, o Picciani, presidente do partido no Rio, fez declarações. Eu acho que é um equivoco. O PMDB no final vai fazer a campanha que fortaleça o PMDB. Com que condições o Aécio pode, ou o Eduardo Campos, pode aumentar a bancada de deputados federais do PMDB? Neste momento o Eduardo Campos acelerou o discurso, intensificou a marca do discurso. Eu ainda não tenho convicção que ele tenha fôlego para crescer. Se eu tiver razão eu acho que aí favorece a Dilma no primeiro turno.  Poderia ganhar, e por isso tem que se tomar muito cuidado.

7. Há uma probabilidade do “não voto” crescer nessa eleição. Quando eu chamo de não voto, é abstenção, branco, nulo, não sabe, não respondeu. Eu somo isso tudo. Há uma probabilidade desse não voto se aproximar de 40%. Quem perde? Quem perde?  A Dilma, que tem o voto do Nordeste, do interior, o voto que nós tínhamos antigamente isso trocou, eles têm uma máquina grande, uma máquina de gente? Eu acho que a Dilma não perde com o “não voto”. Dilma perde menos. Isso pode gerar um primeiro turno para ela. Porque o primeiro turno, em condições normais de temperatura e pressão, ela precisaria ter 47% para ganhar no primeiro turno. Mas as últimas eleições mostraram que com 43%, que ela teve, que o Lula teve, isso produz segundo turno. Então eu fico pensando, se essa massa de não voto crescer, ela pode ganhar no primeiro turno com 40%? Pode, pode. Eu estou com viés construtivo. É muito diferente. Se eu estivesse em setembro, eu diria que estou com viés pessimista. Não estou. Nós estamos no mês de março, nós estamos ainda entrando… Há, tempo total, total. Eu sou tardiano, Gabriel Tarde, então eu acredito piamente nas leis de imitação. Fiz na minha vida tudo isso. Deu certo muito tempo. Há que fazer o trabalho de proximidade.  O trabalho que o Gushiken fez foi espetacular para o PT. Esqueceu que só existe TV Globo, Folha de S.Paulo, etc., e foi botar recursos em meios de comunicação, rádio, jornal, de pequeno porte. Você anda por aí, liga a rádio e tem lá, Banco do Brasil, Caixa Econômica, e vai ver o que a rádio fala bem deles… Trabalho do Gushiken. E o presidente Fernando Henrique, que é, vamos dizer, o mentor do Aécio Neves… Eles tinham que ter coragem de meter uma pesquisa na rua para saber se a impopularidade dele continua a mesma. Se ele dá voto ou se ele tira. Porque eu nunca vi o Fernando Henrique em uma situação de exposição como hoje. Faz palestra em tudo quanto é lugar, e sempre inteligente, sempre respostas espetaculares. Isso tem que se saber, tem que se colocar. Se votaria num candidato apoiado ostensivamente pelo presidente Fernando Henrique, tem que saber, para saber se o Aécio tem que ter um mentor guardado, oculto, ou se tem que ter um mentor na linha de frente.

* * *

O ÍNDICE DE GINI DA COPA DO MUNDO É IGUAL A 0,9!

(Rogerio Gentile – Folha de SP, 03) A Copa terá 64 partidas, 32 seleções e capacidade para 3,334 milhões de espectadores. Aos torcedores comuns a entidade destinou 45% dos ingressos. Patrocinadores, autoridades (e seus parentes, é claro), convidados VIPs, dirigentes e amigos de dirigentes terão à disposição uma cota de 35% das entradas. Outros 13% são para torcedores de luxo que, instalados em camarotes com preço cotado em dólar, terão direito a drinques, serviço de buffet, suvenires e vaga em estacionamento. A semifinal em Belo Horizonte, por exemplo, ainda está à venda por US$ 6.350 (R$ 14.414,50). O resto vai para emissoras de televisão, jornalistas e operários que trabalharam nas obras dos estádios (7%).

O ÍNDICE DE GINI DA COPA DO MUNDO É IGUAL A 0,9!

(Rogerio Gentile – Folha de SP, 03) A Copa terá 64 partidas, 32 seleções e capacidade para 3,334 milhões de espectadores. Aos torcedores comuns a entidade destinou 45% dos ingressos. Patrocinadores, autoridades (e seus parentes, é claro), convidados VIPs, dirigentes e amigos de dirigentes terão à disposição uma cota de 35% das entradas. Outros 13% são para torcedores de luxo que, instalados em camarotes com preço cotado em dólar, terão direito a drinques, serviço de buffet, suvenires e vaga em estacionamento. A semifinal em Belo Horizonte, por exemplo, ainda está à venda por US$ 6.350 (R$ 14.414,50). O resto vai para emissoras de televisão, jornalistas e operários que trabalharam nas obras dos estádios (7%).

ENTREVISTA DE CESAR MAIA A FERNANDO RODRIGUES NA TV UOL DIA 27/03! V – IBOPE E CAMPANHA ELEITORAL!

1. (Pesquisa do IBOPE com Dilma caindo) Depende da ação da oposição. Agora, é uma chance. Os primeiros números divulgados mostram que a diferença naqueles seguimentos de renda maior, de maior instrução aumentou. A segunda informação se tem que trabalhar ela com atenção… Jovens. E quando se fala em jovens, a gente fala em três coisas: primeiro no voto evangélico, que os evangélicos cresceram excepcionalmente entre os jovens e essa é uma questão que tem que se ficar atento, e com militância, com organização, com participação, com mobilização. Segundo, redes sociais, segundo elemento. O terceiro elemento é essa antipolítica, a reação, a rejeição à corrupção, que também marca muito o jovem, e que também combina com redes sociais. Eu acho que há uma razão, uma lógica. Todo esse noticiário, enfim, de Petrobras etc., são bem compreendidos por aqueles que leem jornal todos os dias, uns 20%.

2. Isso daí pega nesse segmento, tira dela nesse segmento que ela já vinha perdendo bem para o Aécio e aumenta a diferença. Esse aumento da diferença é natural que sensibilize dois, três, quatro pontos. Essa história se caiu sete, caiu seis, eu diria, mudou de patamar. Se ela estava em um patamar acima de 40%, ela está no patamar de 40%. Se esse patamar são 38%, 36%, 42% ou 43%, isso é indiferente. Nós estamos muito longe de ter o eleitor respondendo a pesquisa afirmando uma opinião madura. Se essa pesquisa fosse feita para a eleição, nós teríamos um dado adicional, para onde foi essa queda dela. Eu não estou mais trabalhando nas pesquisas Aécio Neves e Eduardo Campos, eu trabalho a soma dos dois. Eu somo os dois e boto Dilma, os outros e não voto onde somo tudo, não sabe, branco, nulo etc., é assim que estou acompanhando. Fiquei preocupado –foi isso que eu disse para o Aécio no domingo– dos dois terem caído até 2 pontos, 1 ponto, quando se tinha a expectativa de ter crescido 2, 3, 4 pontos, que fosse, para dizer que há uma tendência. Não há nenhuma tendência do crescimento da soma.

3. Os dois estão priorizando a conversa com as elites. É um erro.  Você vê fotografia deles em vários lugares. Não vê em nenhuma favela, por exemplo. Por que não? Ele é um senador da República, um governador do Estado de Pernambuco, ele não pode subir uma favela e verificar o que está acontecendo como esse descontrole de segurança pública no Rio? Uma situação gravíssima, gravíssima. Os números estão mostrando isso há um ano, ou mais. Então vai lá, vai lá com o Exército. Quer ter uma posição? Vai lá na [Favela da] Maré, o Exército vai entrar, não tem risco nenhum. Que política é essa das UPPs? Conhecer, ver de perto, conversar com as pessoas, entrar em um barraco. A gente não vê essa marca em nenhum deles. Se vê com a Fiesp, com a Firjan, com a Associação dos Bancos, com a não sei das quanta e tal, e com o agronegócio e o empresário tal convidou o governador Eduardo Campos ou o senador Aécio Neves e ali estavam presente esse e aquele. Vamos ser pragmáticos Esse tipo de reunião obriga eles a fazer afirmações que tiram voto em campanha.

4. Aqui na nossa América Latina o pensamento liberal tira voto. O pensamento conservador dá voto. O pensamento liberal tira voto. O pensamento daqueles vão com um discurso liberal e o candidato vai fazer aquele discurso e vai perder voto. Se não fizer, “pô, devia ter feito”. Se fizer o discurso contrário, isso é claro. Aqui nós temos três vetores. Um vetor populista, que continua muito forte. Um vetor de voto conservador que é forte e não tem representação majoritária porque não foi testado ainda, mas terá 20%, uma boa representação majoritária, e tem o voto social, enfim, um discurso mais aberto socialdemocrata, ou socialista, ou centro-esquerda. O PSDB fica com uma calça justa, porque ele quer ser socialdemocrata. Essa franja está ocupada. Essa franja o PT ocupou bem porque o PT ocupou não apenas trazendo essas teses, como trazendo o populismo e o social-liberalismo através de sindicatos e multinacionais. Por onde entra o PSDB aí? Ele caminha para a direita. Por que não afirma esse caminho aonde tem voto, que é o eleitor conservador? É por aí que tem que caminhar, porque se deixar o eleitor conservador solto, ele vai caminhar para o voto do populismo evangélico.

5. Essas reuniões com as elites são prazerosas, elas são bem servidas, elas geram para o candidato uma alegria muito grande. Mas agora, precisa ter a marca em outras áreas. Precisa ir lá. Hoje a política tem, além da imprensa, que faz essa cobertura, tem também a internet. Você botar a foto ali, imagens, colocar… O site do PSDB o blog do PSDB agrega um voto?  Eu me mobilizaria em função daquelas informações que eu recebo? Zero, nada. E o partido que tem governador de Minas, do Paraná, de São Paulo, que tem grandes quadros, que tem presença nacional, como é que ele pode ficar confortável, patinando ali naquela centro-elite brasileira, do Sudeste. Sudestina. Em primeiro lugar, nós no Rio de Janeiro. Eu, pessoalmente, não sou um amigo íntimo, mas me considero amigo do Aécio Neves. Rodrigo [Maia] teve uns probleminhas com ele, enfim, depois não mais. Enfim, todos nós aqui queremos fazer a campanha. A nossa aflição é que ele ganhe a eleição, porque a gente pode estar errado. Ah não. Assim não tem maioria. Mas, enfim, o tempo vai levando a gente ter razão ou não ter razão. Se a gente não tiver razão, e ele tiver razão e ganhar, nós vamos ser os primeiros a ficar debaixo do palanque, aplaudindo. Nenhuma dificuldade quanto a isso. Agora, a ansiedade, eu tenho 68 anos vou fazer 69. Eu não tenho mais idade de entrar numa eleição achando que algumas coisas estão erradas e ficar calado, boca calada.

6. Três erros dele. Primeiro essa insistência na exposição das reuniões com as elites. Esse segundo eles estão entrando agora. Que é entrar na Dilma, derrubar a Dilma. Em terceiro eu diria, não se iludir com o PMDB. Não achar que essa dissidência do PMDB é alguma coisa que produz resultado eleitoral para o Aécio ou para quem for. É entender que essa é a natureza do PMDB. Essas dissidências fortalecem o PMDB, que é um partido confederado. A gente sente isso, principalmente no Rio, a proximidade, o Eduardo Cunha fez declarações, o Picciani, presidente do partido no Rio, fez declarações. Eu acho que é um equivoco. O PMDB no final vai fazer a campanha que fortaleça o PMDB. Com que condições o Aécio pode, ou o Eduardo Campos, pode aumentar a bancada de deputados federais do PMDB? Neste momento o Eduardo Campos acelerou o discurso, intensificou a marca do discurso. Eu ainda não tenho convicção que ele tenha fôlego para crescer. Se eu tiver razão eu acho que aí favorece a Dilma no primeiro turno.  Poderia ganhar, e por isso tem que se tomar muito cuidado.

7. Há uma probabilidade do “não voto” crescer nessa eleição. Quando eu chamo de não voto, é abstenção, branco, nulo, não sabe, não respondeu. Eu somo isso tudo. Há uma probabilidade desse não voto se aproximar de 40%. Quem perde? Quem perde?  A Dilma, que tem o voto do Nordeste, do interior, o voto que nós tínhamos antigamente isso trocou, eles têm uma máquina grande, uma máquina de gente? Eu acho que a Dilma não perde com o “não voto”. Dilma perde menos. Isso pode gerar um primeiro turno para ela. Porque o primeiro turno, em condições normais de temperatura e pressão, ela precisaria ter 47% para ganhar no primeiro turno. Mas as últimas eleições mostraram que com 43%, que ela teve, que o Lula teve, isso produz segundo turno. Então eu fico pensando, se essa massa de não voto crescer, ela pode ganhar no primeiro turno com 40%? Pode, pode. Eu estou com viés construtivo. É muito diferente. Se eu estivesse em setembro, eu diria que estou com viés pessimista. Não estou. Nós estamos no mês de março, nós estamos ainda entrando… Há, tempo total, total. Eu sou tardiano, Gabriel Tarde, então eu acredito piamente nas leis de imitação. Fiz na minha vida tudo isso. Deu certo muito tempo. Há que fazer o trabalho de proximidade.  O trabalho que o Gushiken fez foi espetacular para o PT. Esqueceu que só existe TV Globo, Folha de S.Paulo, etc., e foi botar recursos em meios de comunicação, rádio, jornal, de pequeno porte. Você anda por aí, liga a rádio e tem lá, Banco do Brasil, Caixa Econômica, e vai ver o que a rádio fala bem deles… Trabalho do Gushiken. E o presidente Fernando Henrique, que é, vamos dizer, o mentor do Aécio Neves… Eles tinham que ter coragem de meter uma pesquisa na rua para saber se a impopularidade dele continua a mesma. Se ele dá voto ou se ele tira. Porque eu nunca vi o Fernando Henrique em uma situação de exposição como hoje. Faz palestra em tudo quanto é lugar, e sempre inteligente, sempre respostas espetaculares. Isso tem que se saber, tem que se colocar. Se votaria num candidato apoiado ostensivamente pelo presidente Fernando Henrique, tem que saber, para saber se o Aécio tem que ter um mentor guardado, oculto, ou se tem que ter um mentor na linha de frente.

03 de abril de 2014

ENTREVISTA DE CESAR MAIA A FERNANDO RODRIGUES NA TV UOL, DIA 27/03! IV – O PMDB E O DEM!

1. O PMDB é uma confederação. Repare bem, o que está por trás da briga do PMDB com o PT? É óbvio que é regionalmente eleger mais deputados federais que o PT quer fazer o presidente da Câmara e o PMDB quer também. Repare que toda a movimentação do Eduardo Cunha é absolutamente funcional para esse desenho confederado do PMDB porque mostra que o PMDB não tem uma posição unitária e isso atende ao PMDB nacionalmente. -Nós não temos uma posição unitária, dirão. No Rio Grande do Sul pensam de uma maneira, em São Paulo de outra… Vejam: O nosso líder tem uma posição independente. Esse quadro dos conflitos do líder do PMDB, e essa disputa PT-PMDB mostram que o PMDB tem essa consciência dos problemas. E ele não pode se permitir que, nessa eleição, desça mais dois degraus. O que eles querem é afirmar a sua natureza confederada, querem sinalizar ao Brasil todo que eles estarão no governo no caso da vitória do Aécio Neves. Imagine, o grande nome do parlamento hoje do PMDB é o deputado Eduardo Cunha, inquestionavelmente. Se ele afirmou que está com Aécio Neves, estará, porque essa é uma marca da política que ele faz. Então, já tem uma ponte para o governo se o Aécio ganhar. Isso gera um certo conforto no PMDB pelo DNA do PMDB, pela natureza dele.

2. O PFL era um partido muito forte no Nordeste. O presidente Jorge Bornhausen, que está, enfim, aposentado, segundo ele, mas que foi um dos mentores do PSD, o presidente Jorge Bornhausen me procura em 1995, procura Jaime Lerner e diz que para ter uma opção de poder o PFL precisa caminhar para o Sudeste, para o Sul. E nos convida, com total liberdade no Rio de Janeiro: você pode ser de direita, alto, esquerda, eu não quero saber. Essa marca precisa ser forte no Rio de Janeiro. Pediu para eu ajudar, em relação a Jaime Lerner nós dois fomos do PDT e o Jaime Lerner entrou também. Resultado: o PFL elegeu, várias vezes, quatro vezes, o prefeito do Rio de Janeiro (uma via PTB). Elegemos duas vezes o prefeito de São Paulo. Essa era a estratégia do PFL se tornar um partido nacional e essa estratégia é desmontada por quem construiu essa estratégia. Se o PP da Espanha nos influencia para que a gente caminhe para o centro usando a marca no Sudeste e no Sul. E é exatamente aí em que há o desmonte em que o Colombo, governador de Santa Catarina, sai, em que o prefeito de São Paulo Kassab, sai, e ele tem uma marca de bom articulador de muitos anos.

3. Então é claro: se aplica uma estratégia e desmonta essa estratégia pelos mentores da mesma estratégia. Não é simples a recuperação. É preciso recuperar a nossa bancada, aí em torno de 40 deputados. Parar, criar um gabinete de crise para tratar desse assunto pós 2014. Em janeiro de 2013 todos votaram contra a ideia de gabinete de crise. Eu acredito que seja possível, seja viável, uma bancada em torno de 40 deputados e em seguida, sem esperar uma semana, construirmos um gabinete de crise nesse sentido, de como se reconstrói um partido que tem ideologia, um partido que tem uma marca, em um país em que ninguém quer ser conservador e de direita. Esse é um vetor que ocupa 20% do eleitorado, no mínimo.  Fusão no Brasil é muito difícil pelas diferenças regionais. Já se pensou nisso muito. Organicamente aquele que seria o nosso associado era aquele que já foi: o PP. Nós éramos um partido só. Mas também não é simples, porque o PP está de cabeça no governo. Porém, há o caso da senadora ao governo do Rio Grande do Sul, Ana Amélia. Essa candidatura da Ana Amélia impossibilita que a Dilma esteja flutuando nessa candidatura. Tarso Genro é candidato à reeleição e Ana Amélia tem sido uma crítica muito dura ao governo federal, até porque a sua origem, enfim, de mídia, etc., ela vai manter essa linha, que é uma linha de fácil exposição nessa conjuntura. Pode ser, depois disso, que se possa fazer um mapeamento e se possa construir uma fusão. Não houve conversa com o PP. Houve conversas, enfim, não importa quais. E no PSDB havia uma disposição, mas aí vem o problema de que espaço que eu ocupo.

4. O Democratas é o único partido no Brasil, além do PT, que faz política internacional. Nós temos um setor de política internacional, do qual eu faço parte, que faz política. Eu sou vice-presidente da ODCA, na América Latina, sou vice-presidente da UPLA na América Latina, sou vice-presidente da poderosíssima Internacional Democrata de Centro, que tem como núcleo o Partido Popular Europeu, que tem maioria no Parlamento Europeu. Agora mesmo tivemos, semana passada, uma reunião em Bruxelas. Nós fazemos política internacional e nós temos o nosso vetor desse tipo de trabalho que resulta muito bem, que começou com o próprio Bornhausen. O PSDB não tem secretário de Relações Internacionais, nesse mundo globalizado. O último foi Arthur Virgílio. Não tem. Como é que pode um partido como o PSDB não ter uma área de Relações Internacionais. Nós temos. Agora, como você faz para ter esse reconhecimento se o Fernando Henrique Cardoso, o relacionamento pessoal dele é com a socialdemocracia europeia, e o nosso é com a centro-direita europeia. O melhor para nós, nesse quadro inorgânico de pluripartidarismo no Brasil, o melhor para nós é voltar a ter uma bancada, repetir 2010, ter uma atenção desdobrada para a estratégia e não pragmática, e ver que partido é esse e para onde que nós vamos.

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AVALIAÇÃO E PROBABILIDADES DE DILMA VENCER/PERDER!

(Cristiano Romero – Valor, 02) 1. Nos Estados Unidos, são comuns as pesquisas que procuram verificar as chances de ocupantes de cargos executivos a partir da avaliação de seus governos. No Brasil, quem está fazendo isso pela primeira vez é o cientista político Alberto Carlos de Almeida, fundador do Instituto Análise.

2. Num trabalho exaustivo sobre 104 eleições para governador ocorridas entre 1998 e 2010, Almeida constatou que, em 100% dos casos, os governadores que disputaram a reeleição e que, na última pesquisa antes do primeiro turno, tinham 46% ou mais de aprovação (soma de ótimo e bom) saíram vitoriosos. Descobriu também que 100% daqueles que tinham 34% ou menos de ótimo e bom foram derrotados.

3. Os números mostram, ainda, que 40% a 43% dos governadores que possuíam avaliação de ótimo e bom entre 35% e 45% foram reeleitos. “A derrota é um pouco mais frequente nesta faixa de avaliação”, explica Almeida.   Nos 104 pleitos analisados por Almeida, registraram-se 46 casos de reeleição “clássica”, 22 de reeleição “manca” e 35 de não reeleição.

4. Uma transposição da experiência dos governadores para a situação da presidente Dilma mostra que seu patamar de ótimo e bom neste momento – 36%, de acordo com a pesquisa CNI/Ibope – a coloca com aproximadamente 40% a 43% de chances de vitória em outubro. É pouco para quem já teve o governo aprovado por 63% da população (em março de 2013).

5. No início da campanha eleitoral de 1998, Fernando Henrique tinha seu governo avaliado como ótimo e bom por 38% da população. Durante a campanha, a avaliação melhorou, subindo cinco pontos percentuais (para 43%). O presidente liquidou a fatura no primeiro turno da eleição.   Em 2006, Lula começou a campanha com sua gestão avaliada como ótima e boa igualmente por 38% da população. A avaliação ao longo da campanha cresceu mais que a de FHC em 1998, chegando a 47% dos entrevistados na pesquisa realizada antes do primeiro turno da eleição. Lula venceu a disputa, mas, curiosamente, apenas no segundo turno.

6. “Tenho dito para todos que a avaliação da presidente está no limbo: se piora um pouco é o inferno, se melhora um pouco é o céu. Só depende dela”, diz Almeida, lembrando que limbo vem da palavra em latim que significa beira, borda.  É importante observar que, neste momento, as pesquisas de avaliação do governo são mais relevantes que as de intenção de voto. A razão é simples: afora a presidente, os contendores – até aqui, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) – ainda são desconhecidos da população, nada que uma campanha não possa mudar ao longo do tempo.

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NOTAS ECONÔMICAS BRASILEIRAS!

1. (Miriam Leitão – Globo, 03) Em pouco mais de dois anos, sumiram US$ 30 bilhões do saldo comercial brasileiro. A queda foi expressiva e rápida: de novembro de 2011 a março de 2014, redução de US$ 31,4 bilhões para US$ 1,6 bi, no acumulado em 12 meses. A corrente de comércio está estagnada há três anos.

2. (Folha de SP, 03) Governo teme impacto de preços, e BC eleva juros básicos para 11%. Selic, que em abril de 2013 estava em 7,25%, agora já supera o nível do final do governo Lula.

3. (G1, 03) No ano, a produção da indústria brasileira acumula expansão de 1,3% e, em 12 meses, de 1,1%.

NOTAS ECONÔMICAS BRASILEIRAS!

1. (Miriam Leitão – Globo, 03) Em pouco mais de dois anos, sumiram US$ 30 bilhões do saldo comercial brasileiro. A queda foi expressiva e rápida: de novembro de 2011 a março de 2014, redução de US$ 31,4 bilhões para US$ 1,6 bi, no acumulado em 12 meses. A corrente de comércio está estagnada há três anos.

2. (Folha de SP, 03) Governo teme impacto de preços, e BC eleva juros básicos para 11%. Selic, que em abril de 2013 estava em 7,25%, agora já supera o nível do final do governo Lula.

3. (G1, 03) No ano, a produção da indústria brasileira acumula expansão de 1,3% e, em 12 meses, de 1,1%.