15 de outubro de 2013

POR QUE A CONFLITIVIDADE EXPLODIU NO RIO APÓS ESSES 3 ANOS? CAPÍTULO 1!

1. As intervenções urbanas podem ser agrupadas em dois tipos. Aqueles que entendem que a cidade é um organismo vivo, com sua história e sua cultura e que as intervenções dos governos devem ser convergentes com  elas, ou então corrigir eventuais desvios que estejam afetando aquela dinâmica. O outro grupo é o daqueles que pensam a cidade da forma que querem e as intervenções são feitas sem qualquer preocupação com a história e a cultura da cidade, como se o passado fosse um deserto.

2. É desse segundo tipo que fazem parte o atual prefeito e sua equipe. Para eles, os principais problemas do Rio são os cidadãos, são os cariocas. E a prioridade de seu governo é reprimi-los e discipliná-los, pois só assim se terá uma cidade higienizada. Por isso, tudo se trata com “choque”, como num sanatório quando se usava o choque elétrico para controlar os pacientes.

3. O “ambiente urbano-cultural” dos bairros não importa. Um bom projeto de um arquiteto criativo, na lógica das construções nos desertos dos países petroleiros, e leis aprovadas a fórceps pela maioria cultivada a sementes de clientela, bastam para o interesse imobiliário prevalecer sobre a história e a cultura da cidade. O vetor imobiliário é o mais expressivo vetor de poder no Rio desde a demolição da “cabeça de porco” há exatos 120 anos. 120 toneladas de vigas despareceram na CTI da Perimetral para os túmulos dos funerais dos bairros históricos do entorno e construção do monumento de exaltação a um novo bairro de espigões de escritórios envidraçados.

4. Da mesma forma, o vetor de transportes públicos, onde do bonde ao ônibus prevaleceram sempre seus interesses. O transporte complementar cresce no Rio à sombra do abandono do sistema de ônibus das regiões periféricas, onde a taxa de lucro é menor. Em 2009, os mesmos ônibus de sempre receberam uma concessão de 30 anos sem pagar um tostão, mas cujo valor seria uns 50 bilhões de reais. Isso, sob uma mal disfarçada licitação. E essa hegemonia dos ônibus é garantida na base do porrete sob o transporte complementar, usando a eventual ilegalidade existente como pretexto.

5. A população de rua -cuja diversidade vai da pobreza, a doenças, a vícios e ao delito- é pasteurizada e criminalizada. Formam-se grupos de choque para reprimir. Desloca-se o centro de alocação deles, em função daquela diversidade, para um local bem distante dos bairros, cujo alto valor do solo “exige” uma permanente higiene social.

6. As favelas –em grande maioria consolidadas e assim entendidas na constituição municipal- voltam a ser criminalizadas e a remoção, como afirmação politico-higiênica, volta à ordem do dia. As águas do Guandu têm memória. Divulgam metas de exclusão, em milhares de pessoas, e chamam as câmeras da mídia para registrar os desmontes e os sofrimentos ocorrendo. As câmeras pegam também os risos sádicos dos grupos de assalto responsáveis.

7. Até para o lixo se usa o mesmo método. São criados grupos de blitzes, reunindo garis, fiscais, GMs e PMs para reprimir, multar e claro fotografar para a máxima exposição das vítimas. Isso agora no lixo sólido, porque no lixo líquido (o caso dos mijões), a guerra com prisões e remoções para delegacias, esse processo já tem uns 3 anos.

8. Tentam expulsar os cariocas da sua cidade, da história e da cultura dela, mas esse processo começa a sentir resistência: os cariocas se reuniram nas redes sociais. E, no limite do estresse urbano, retornaram massivamente às ruas, às greves, aos protestos… Isso começou em várias cidades brasileiras. Mas no Rio, ocorreu, foi potencializado e não parou mais. Quem imaginou que a golpes de violência uma outra cidade seria parida, agora se oculta tentando explicar tudo por conta de grupelhos ativistas.

9. Um slogan de uma só palavra conta tudo: Basta!

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AVALIAÇÃO ÓTIMO+BOM DE DILMA NO MESMO LUGAR ENTRE AGOSTO E OUTUBRO!

(Blog de Maurício Costa Romão, 14/10) 1. O gráfico com link no final registra as informações sobre a avaliação da gestão de Dilma Rousseff captadas nas últimas seis pesquisas nacionais publicadas na mídia (Datafolha, Ibope, Vox Populi, MDA, Ibope e Datafolha, nesta sequência). O desempenho da gestão da presidente é mensurado pela soma dos percentuais de “ótimo e bom” aferida nas respectivas pesquisas.

2. Os levantamentos que foram realizados em agosto, setembro e primeira quinzena de outubro, estão colocados em ordem cronológica dos respectivos trabalhos de campo.  Desde então, a governante não consegue avançar além do patamar médio de 37%, conforme atestam os números mostrados no gráfico, onde a maior distância entre um resultado e outro difere de apenas três pontos percentuais.

3. Conheça o gráfico.
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PRÊMIO NOBEL DE ECONOMIA ACHA QUE HÁ UMA BOLHA IMOBILIÁRIA NO BRASIL!

(G1, 14) Em agosto deste ano, Robert Shiller, professor da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e um dos ganhadores do prêmio Nobel de Economia de 2013 – anunciado nesta segunda-feira (14) -, falou sobre a possibilidade de haver uma bolha imobiliária em algumas cidades do Brasil. “Não é possível saber com certeza, mas suspeito que exista uma bolha imobiliária nas maiores cidades do Brasil”, disse o economista, durante breve passagem pelo país. Shiller, cocriador do índice de preço de imóveis S&P/Case-Shiller, ficou conhecido por ter previsto a bolha imobiliária dos Estados Unidos.

14 de outubro de 2013

CURIOSIDADES DA PESQUISA DATAFOLHA!

1. Em agosto Dilma tinha 35% com Marina, Aécio e Campos. Agora tem 42% sem Marina. Levou 7 de Marina numa fase em que o eleitorado ainda não tem a informação completa da adesão de Marina a Campos. Aécio tinha 13% e agora tem 21% sem Marina. Levou 8 pontos. E Campos passou de 8% para 15%, crescendo 7 pontos.

2. Ou seja: Dilma cresceu 7 pontos sem Marina e os 2 demais cresceram 15 pontos. 4 pontos foram para o não-voto. Isso com uma informação ainda “verde” sobre as razões de Marina.

3. Em agosto, Dilma tinha 16% na pesquisa espontânea. Lula tinha 11%. Um total de 27%. Agora Dilma tem 17 e Lula 6, num total de 23%. Uma perda de 4 pontos. Aécio tinha 3 e agora tem 4 e Campos tinha nada e agora tem 2. Na soma de ambos passam de 3 para 6, dobrando na pesquisa espontânea.

4. O que se pode garantir é que apesar dos fatos e notícias desses 2 meses, Dilma continua basicamente no mesmo lugar e a saída de Marina, ainda sem estar digerida pela média do eleitorado, leva para Dilma apenas 27% dos que marcavam Marina.

5. E para aqueles que gastam milhões em comerciais/programas partidários na TV, é bom saber que cada dia impactam menos e nem são vistos. Entra o mute. O Datafolha, Informa Fernando Rodrigues, perguntou quem tinha visto mesmo que parcialmente o programa do PSB/Campos/Marina, na quinta-feira. Só 14% disseram sim. Se subtrairmos os distraídos que reduziram o som e não apertaram o mute, ou foram ao banheiro, quando muito uns 5% prestaram atenção. Melhor guardar o dinheiro para a campanha e tocar um realejo nos comerciais/programas partidários.

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LÍDERES DO AGRONEGÓCIO CRITICAM MARINA!

(Folha de SP, 12) A Sociedade Rural Brasileira afirmou “não entender a intolerância e hostilidade da ex-ministra com os produtores rurais e seus representantes políticos”. A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu chamou a ex-senadora de “injusta” com as causas defendidas pelo setor. Já a Associação Brasileira dos Produtores de Soja sustentou que a declaração de Marina Silva denota visão míope e atrasada da realidade do campo, e a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil declarou que “entristecem declarações sem motivos contra o agronegócio”.

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49% DOS ELEITORES TÊM IDEIAS DE DIREITA E 30% DE ESQUERDA!

(Folha de SP, 14) 1. É a primeira que o Datafolha classificou os entrevistados numa escala da esquerda à direita. Antes, as denominações eram diferentes. A escala ia de extremo liberal (o equivalente à esquerda agora) a extremo conservador (direita). A mudança ocorreu para evitar confusão com o termo liberal. Para identificar e fazer os agrupamentos ideológicos dos eleitores, o Datafolha faz um conjunto de perguntas envolvendo valores sociais, políticos e culturais, como a influência da religião na formação do caráter das pessoas e o entendimento sobre as causas da criminalidade.

2. No Brasil, há uma quantidade bem maior de eleitores identificados com valores de direita do que de esquerda. O primeiro grupo reúne 49% da população, enquanto os esquerdistas são 30%. Apesar de a pesquisa mostrar que a direita é maior que a esquerda no Brasil, pelo menos na cabeça dos eleitores, é raro encontrar um político que se declare abertamente de direita no país.

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UMA AUDITORIA NOS PROCESSOS QUE PASSARAM PELO SUBSECRETÁRIO DA RF AJUDARIA A ESCLARECER!

(Elio Gaspari – Globo/Folha de SP, 13) 1. Não há lembrança de um subsecretário de Fiscalização da Receita Federal, o segundo homem da instituição, que tenha pedido o chapéu informando aos colegas que “há algum tempo estava incomodado com a influência externa em algumas decisões” envolvendo “posições menos técnicas e divorciadas do melhor interesse”.

2. O subsecretário Caio Cândido pediu demissão porque incomodou-se com a “influência externa”. Não foi específico, mas foi claro.   Em 2009 a secretária Lina Vieira foi demitida pelo ministro Guido Mantega num episódio que passava pelo Palácio do Planalto. A Receita fizera autuações bilionárias contra a Ford e o Banco Santander. A secretária foi substituída.

3. O comissariado petista e o ministro Guido Mantega conseguiram ter uma secretária e um subsecretário de Fiscalização denunciando aquilo que, no mínimo, são pressões “divorciadas do melhor interesse” da Viúva.

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INTERNACIONAL SOCIALISTA VIVE UMA CRISE!

1. O partido mais importante da IS (Internacional Socialista), o SPD (Partido Socialista-Democrático da Alemanha), critica a burocratização da IS, se afirma como dissidência e propõe criar a Aliança Progressista, onde caberiam partidos como o Partido Democrata dos EUA.

2. “Em vésperas do seu aniversário, o SPD voltou costas à Internacional Socialista (IS), criando uma estrutura paralela, a Progressive Alliance. O nome em inglês não é casual nem expressão de modernismo, responde sim ao desejo de incluir também formações sem passado socialista como o partido democrático dos EUA. Qualificam a IS de «corrupta e pouco democrática». O presidente da IS, o grego Giorgos Papandreu, e o seu secretário-geral, o chileno Luís Ayala, acusaram os alemães de «difamação» e de «querer dividir o movimento mundial de forças progressivas.”

3. Conheça o link da Progressive Alliance.

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RECALL EM VARSÓVIA: PLEBISCITO, ONTEM, NÃO ATINGIU QUÓRUM E PREFEITA PERMANECE!

1. Plataforma Cívica (PO) poderá manter-se à frente da Prefeitura de Varsóvia.  O comparecimento às urnas foi de 25,66%, abaixo do limite de 29,1% necessários para revogar o mandato da Prefeita Beata Hanna Gronkiewicz – Waltz. O referendo decorreu de os políticos da principal oposição Lei e Justiça (PiS) e os partidos Movimento do Palikot liberal terem acusado  Gronkiewicz – Waltz de má administração da capital polonesa e recolhido assinaturas suficientes a favor da votação do público.

2. Hanna Gronkiewicz assumira o cargo de prefeito em dezembro de 2006. Ela, então, garantira a reeleição em 2010, depois de ganhar quase 54 % dos votos no primeiro turno. Para o referendo ser válido, três quintos do número de pessoas que votaram nas eleições para prefeito em 2010 devem participar. O resultado do referendo é visto como um teste-chave da popularidade dos governantes do partido PO, de Tusk, que ficara atrás a Lei Oposição e Justiça (PiS) nas mais recentes pesquisas de opinião.

3. Gazeta de Varsóvia de hoje.

11 de outubro de 2013

NOVIDADES ELEITORAIS À ESQUERDA E À DIREITA!

1. Caro “Ex-Blog”. Repassar ao Cesar Maia. Peço não usar meu nome, pois trabalho num instituto de pesquisa. Essa mensagem que lhe envio informei antes a meus chefes que não se opuseram desde que a fonte fosse resguardada.

2. Após a surpreendente adesão de Marina a Eduardo Campos, realizamos algumas simulações telefônicas projetando cenários para o eleitor escolher. Fizemos isso nos últimos 3 dias, num corte nacional. Com isso já incluímos os conflitos pós anúncio de Marina.

3. Essa simulação nos trouxe duas informações que acho importantes para você avaliar e se quiser postar no Ex-Blog. Insisto: sem sequer insinuar a fonte.

4. Na primeira, numa espécie de quali-quanti com foto, verificamos que quem herda os votos de Marina se for candidato, é o senador Randolfe Rodrigues. Todo aquele subconjunto da Marina do voto ético, voto anti-política, e coisas assim, vai para o Senador. Se seu nome for lançado, já em 2 meses estará na frente de Aécio e Campos e esse terá a candidatura esvaziada. Ou seja: o PT ficou igual aos demais e há um vácuo à esquerda.

5. Na segunda, também numa espécie de quali-quanti, colocamos as fotos de dois líderes do agro: a senadora Katia Abreu e o deputado federal Ronaldo Caiado. No caso do Randolfe não nos surpreendemos, mas nos casos de Katia e Caiado sim. Não sabemos se se trata de uma onda de direita que ocorre na Europa e na América Latina. Ou uma onda de autoridade em função das manifestações com uso de violência.

6. O fato é que há um vetor claramente disponível à direita, um vácuo como no caso da esquerda. Lembro que qualquer georreferenciamento das eleições de 2006 e 2010 mostra que no corredor do agronegócio venceram Alckmin e Serra.

7. Da mesma forma que no caso de Randolfe e talvez com um tempo a mais, em, digamos, uns 3 ou 4 meses, Katia ou Caiado, estarão na frente de Aécio e Campos. Você sabe bem como desenhar cenários e fazer quali-quantis. Arranje um patrocinador e faça uma pesquisa nacional incluindo os dois vetores à esquerda e à direita e quando receber o resultado tome um lexotan e desfrute.

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NOTA OFICIAL DO DEMOCRATAS!

NOTA OFICIAL

O Democratas reafirma suas convicções programáticas em defesa da livre iniciativa, com destaque especial para as questões da terra e do setor primário, carro-chefe da economia nacional. O DEM entende ter no deputado Ronaldo Caiado, líder da bancada na Câmara dos Deputados, um honrado intérprete de suas ideias voltadas para a produção e a consequente geração de empregos no campo. Repudia qualquer manifestação de demérito ao seu líder, competente e bem intencionado, cuja ação objetiva, só e somente só, o interesse nacional.

José Agripino Maia
Presidente Nacional do Democratas

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BRASIL: CLASSE MÉDIA CAMBALEANTE!

(The Wall Street Journal, 09) 1. No Brasil, muitos dos novos compradores estão sofrendo com o uso excessivo do cartão de crédito. Alguns estão atrasando os pagamentos dos cartões, que chegam a cobrar 80% de juros anuais ou mais. Diante da inadimplência crescente, os bancos agora hesitam em emprestar.  Como resultado, o índice de aumento do consumo é o menor desde 2004. Isso está se juntando a outros problemas, incluindo exportações mais fracas para a China e uma queda na produção industrial causada pela valorização do real, fatores que já estavam desacelerando a economia brasileira. Com a confiança do consumidor em declínio, o PIB brasileiro deve crescer 2,4% este ano, após atingir 7,5% em 2010.

2. Para complicar as coisas, a explosão do consumo no Brasil provocou uma inflação de 6% ao ano, com a demanda pelos bens superando a capacidade da economia de fornecê-los. Isso colocou o Banco Central na incômoda posição de ter que aumentar os juros para controlar a inflação em meio a uma economia já lenta — iniciativa que pode desacelerar ainda mais o crescimento. Os economistas esperam que o BC eleve a taxa de juros básica, a Selic, que já está em elevados 9% ao ano, em meio ponto percentual na reunião de hoje.

3. Quadro comparativo.

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PREFEITURA DO RIO VAIADA -SEMPRE- NO FESTIVAL DE CINEMA!

(Marco Aurélio Canônico – Folha de SP, 11) Nunca se ouviram tantas vaias em uma edição do Festival do Rio como na atual, cuja premiação aconteceu ontem à noite. Os alvos, no entanto, não foram filmes ruins (e havia muitos candidatos para isso), mas as propagandas da RioFilme e da Prefeitura do Rio que antecediam cada sessão, anunciando uma cidade idílica, que em tudo diferia do caos que os espectadores testemunhavam fora das salas.

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MIAMI HOMENAGEIA CRISTINA KIRCHNER!

(Andrés Oppenheimer, 08) 1. Os funcionários de Miami deveriam erguer uma estátua em honra de Cristina Kirchner: graças às suas políticas econômicas desastrosas, os argentinos estão investindo pesadamente na cidade: empreendedores argentinos constroem alguns dos mais espetaculares projetos imobiliários. De acordo com resultados preliminares de um estudo da Associação de Corretores de Imóveis em Miami, que será publicado no próximo mês, este ano os argentinos somente serão superados pelos venezuelanos como o principal grupo de compradores estrangeiros na área de Miami. Em 2011, estavam em terceiro lugar, atrás dos venezuelanos e dos brasileiros.

2. No fim de semana, o principal artigo de capa do Miami Herald falava sobre hotéis e edifícios de luxo construídos por Alan Faena perto de South Beach. De acordo com o artigo do jornal Herald, Faena está tornando uma área morta de Miami Beach no “novo e brilhante epicentro da cidade”. O preço da cobertura do edifício Faena House, quando estiver pronto, será de 50 milhões de dólares. Outro artigo recente do Miami Herald se refere à família Melo, da Argentina, um grupo de empreendedores que está modernizando a área de Edgwater, perto do centro de Miami.

3. Outro argentino, Eduardo Costantini, está terminando um condomínio em Key Biscayne – o primeiro novo projeto ali em 13 anos – e construiu um enorme projeto de luxo em Bal Harbour. Outros empresários argentinos, uruguaios e chilenos estão construindo apartamentos de luxo, muitos dos quais são vendidos antecipadamente para ansiosos compradores argentinos.

4. Segundo me disse um agente imobiliário: “Eu posso resumir em uma palavra os motivos pelos quais meus clientes argentinos vêm para cá: pânico”. Enquanto isso, os outrora bons níveis de educação do país entraram em colapso, a infraestrutura balança e os investidores argentinos fogem para comprar apartamentos no exterior. Ninguém deve se surpreender se os funcionários de Miami forem para a cama toda as noites pensando: “Obrigado, Cristina!”.

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CIDADE LÍDER EM HOMICÍDIOS NA AMÉRICA LATINA É PRINCIPAL FORNECEDORA DAS MARCAS CALVIN KLEIN E VICTORIA’S SECRET PARA OS EUA!

1. (Ex-Blog) San Pedro Sula no norte de Honduras, quase caribenha, tem um importantíssimo e sofisticado distrito industrial, com alta taxa de robotização, que fica na área do Porto Hernán Cortés. Produz –entre outras- as marcas Calvin Klein e Victoria’s Secret. Com acordo de livre comércio com os EUA, mão de obra concorrente com a da China e transporte em navios de contêineres muito mais próximo do mercado americano, coloca na porta dos shoppings americanos uma camisa de homem com apenas 5% de acréscimo pelo custo de transporte carga contêiner-navio-mesmo contêiner-shopping –porta a porta.

2. (Folha de SP, 06) 2.1. Há uma intensa guerra entre gangues por território, do narcotráfico internacional e da ineficácia tanto da polícia como do sistema judiciário para prender e julgar criminosos. Com uma população de cerca de 750 mil, San Pedro Sula registrou 174 assassinatos para cada 100 mil habitantes, o dobro da média do país. Quase todos os carros circulam com vidros escuros, a classe média se refugia em condomínios e os bairros mais pobres são controlados por gangues, que disputam territórios entre si e extorquem dinheiro –o “impuesto de guerra”– de moradores e comerciantes.  As maras’ (gangues) estão aumentando incrivelmente.

2.2. Antes só havia duas. Agora, cada bairro tem os salvatracha, os MS-18, os patos locos, os azules, os ultra e por aí vai. Nas áreas mais nobres, onde poucos andam a pé, chama a atenção a presença ostensiva de seguranças privados, a maioria portando longas escopetas calibre 12. Segundo levantamento da ONU, Honduras tem 70 mil guardas privados, muitos clandestinos, o dobro da soma de todos os policiais e soldados do Exército.  Em San Pedro, a vítima mais recente foi o conhecido âncora da TV “Globo” (sem relação com a brasileira) Aníbal Barrow, sequestrado e assassinado em junho. O corpo foi mutilado –cabeça, braços e pernas desmembrados.

2.3. Para a socióloga Julieta Castellanos, reitora da Universidade Nacional Autonôma de Honduras, embora o país seja rota para o narcotráfico (42% da cocaína rumo aos EUA passam por ali, segundo o Departamento de Estado americano), as gangues disputam principalmente o controle do mercado interno. A industrializada região de San Pedro seria a mais disputada, por concentrar dois terços do PIB no país.

3. (Ex-Blog) Honduras tem no centro do país uma base aérea norte-americana, o que explica que na década das guerrilhas na América Central, Honduras não tenha enfrentado nenhuma guerra civil.

4. Mapa de Honduras na América Central.

10 de outubro de 2013

A ELEIÇÃO DE PREFEITO-1988 EM S. PAULO! A ESTRANHA ELEIÇÃO DE 1985!

1. Faleceu, dia 4, o ex-prefeito de SP Miguel Colasuonno. Colasuonno foi da coordenação da campanha de Paulo Maluf a prefeito de SP em 1988. O então deputado federal Cesar Maia foi chamado na parte final da campanha pelo então ex-governador do Rio Leonel Brizola para que fosse a S. Paulo assessorar a candidata Luiza Erundina do PT no processo de apuração, pois o PT achava que poderia haver “problemas”.

2. Assim foi. Ao se apresentar ao PT ele foi conhecer o processo de apuração paralela montado pelo PT. Com a experiência de ter montado a apuração paralela para o PDT em 1982, Cesar Maia conversou com a equipe da candidata e opinou que estava tudo errado. O PT organizou um processo de apuração como se fosse um meio de comunicação: anotação nas mesas, telefone e um conjunto de microcomputadores.

3. Esse processo pode chegar ao resultado, mas não tem como provar nada. Cesar Maia pediu que fosse levado ao juiz coordenador da apuração. Conversou com ele e disse que o PT, com a organização que tinha, iria recolher todos os mapas oficiais, trazê-los para uma central e somar um a um, listando mesa a mesa, com o documento respectivo anexo.

4. Pediu que o PT usasse o esquema que montou como fantasia para a imprensa, mas que recolhesse os mapas um a um. Se houvesse desvio ele teria como provar mesmo que dias depois. Assim foi feito.

5. No dia da eleição, no final da tarde, Cesar Maia foi convidado para as entrevistas da rede Bandeirantes. Encontrou um coordenador da campanha de Maluf, Miguel Colasuonno, que lhe disse: Ouvi no comitê que você salvou a eleição da Erundina. Ficou a informação. Com o falecimento de Colasuonno, o ex-deputado lembrou o fato a este Ex-Blog.

6. Erundina pediu que Cesar Maia a acompanhasse ao programa do Jô Soares, onde gentilmente o colocou entre Jô e ela para que ele falasse da apuração. No final os três terminaram o programa dançando ao som da “banda do Jô”.

7. Apenas para reflexão. Em 1985, Jânio venceu FHC para prefeito de SP. As pesquisas davam FHC. Venceu Jânio. O que não se questionou na época foi o estranho porcentual de votos brancos, 0,9% ou 37.582. Muito baixo. Mesmo os votos nulos, de 154.318 ou 3,68%, foram baixos. Total de eleitores, 4,2 milhões. Diferença Jânio-FHC foi de 141 mil votos. O voto na época ainda era no papel, o que aumentava os votos brancos+nulos. No Rio, em 1985, para 2,7 milhões de eleitores, foram 59.711 (2,2%) votos brancos e 161.134 (5,9%) votos nulos.

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COMITÊ EXECUTIVO DA INTERNACIONAL DEMOCRATA DE CENTRO (IDC) SE REÚNE DIAS 10 E 11 DE OUTUBRO EM BUDAPESTE!

1. A Internacional Democrata de Centro (IDC) é hoje a Internacional mais importante. Tem como base o PPE (Partido Popular Europeu) que tem maioria no Parlamento Europeu. Tem o governo de vários países europeus, entre eles Alemanha, Espanha e Hungria, onde será realizada a reunião do Comitê Executivo.

2. A reunião em Budapeste terá três momentos: a) o jantar de abertura oferecido pelo primeiro-ministro Viktor Orbán do Fidesz (centro-direita), no histórico Parlamento, com seu pronunciamento sobre o quadro político mundial e o do presidente da IDC, senador italiano Pier Casini. b) reunião da executiva com votação sobre mudança de estatutos, flexibilizando o ingresso de novos partidos; c) apresentação e debate de três temas: Estados Unidos da Europa? Uma política externa e de segurança comuns. Economia social de mercado.

3. Um de seus Vice-Presidentes -Cesar Maia, do Democratas do Brasil- participará oficialmente das reuniões.

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148 DEPUTADOS ESTADUAIS ENTRARAM NO TROCA-TROCA!

(G1, 09) Ao menos 148 deputados estaduais e distritais, ou 14% dos 1.059 em exercício, mudaram de partido para disputar as eleições de 2014, segundo informações repassadas pelos partidos e assembleias legislativas nos estados e Distrito Federal.

Tabela dos partidos que ganharam e que perderam deputados estaduais.

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PARTIDO DEMOCRATA VOLTA AO PODER EM NOVA YORK COM UM “ORIUNDI” CASADO COM NEGRA!

(UOL, 09) 1. Cinquenta  pontos percentuais nas pesquisas de intenção de voto. Essa é a distância que separa o democrata Bill de Blasio de seu concorrente, o republicano Joseph Lhota, na corrida para a Prefeitura de Nova York que elegerá, em 5 de novembro, o sucessor de Michael Bloomberg.  Blasio tem 71%, e Lhota 21%, segundo levantamento da Quinnipiac University divulgado na semana passada.

2. Após 12 anos no City Hall, sede do governo municipal, o baixinho e divorciado Bloomberg, bilionário do mercado financeiro, pode deixar a vaga para o pretendente mais anti-Bloomberg, no discurso e no perfil.   Defensor público cujos avós vieram da Itália, Blasio é um homem de quase 2 m de altura e deve boa parte da vantagem na disputa ao carisma de sua família birracial (sua mulher é negra).

3. O texto de apresentação no site do candidato não dedica uma só palavra aos anos de ativismo, mas os resíduos dessa influência estão na ideologia da campanha.  Hoje, ele se define como um progressista que quer combater a desigualdade social, elevando os impostos sobre os mais ricos para investir na educação. Em entrevista recente, contou que a experiência da juventude reforçou sua percepção de que é obrigação do governo proteger os pobres.

09 de outubro de 2013

O GOVERNADOR, O PREFEITO DO RIO, A POLÍCIA E AS RESPONSABILIDADES PELA REPRESSÃO!

1. A repressão aos professores, na terça-feira passada (02/10), foi um ponto numa série de conflitos com os que protestam, que vem desde junho. Teve o mesmo desdobramento por parte das autoridades: silêncio e denúncia dos violentos, na verdade uns poucos. Num mundo em que cada celular é uma câmera, em seguida vêm os vídeos e as fotos, mostrando que a violência organizada de fato, ou o que está se chamando de “vandalismo de estado”, vem de quem reprime.

2. Mas nenhuma autoridade –seja governador, prefeito ou secretário de segurança- abre uma coletiva de imprensa para tratar do tema, explicar… Claro, quando vêm os flagrantes, mandam deter os policiais responsáveis como se a ponta da linha das ações pudesse caracterizar a responsabilidade efetiva pelos fatos.

3. Sempre que há uma manifestação com previsão de aglomeração e risco de enfrentamento, as autoridades policiais reúnem-se com o governador e/ou com o prefeito para definir de que forma enfrentarão os protestos. É sempre assim. Para não falar da Guarda Municipal. O prefeito tem poder de convocar a polícia para garantir o patrimônio e a ordem públicos. Tanto é assim que a PM foi convocada pelo presidente da Câmara para retirada dos ocupantes. As ações dentro da Câmara, com vídeo conhecido, foram de responsabilidade assumida através da PM. Diga-se de passagem, tiveram uma taxa de excessos muitíssimo menor do que ocorreu fora da Câmara.

4. A polícia não atua de forma autônoma nem o secretário de segurança o faz. Pode-se admitir que na primeira vez a supressa pudesse ter levado a uma mobilização autônoma da polícia. Mas isso foi há mais de três meses. Daí para frente o comando da polícia e o secretário de segurança têm –e certamente o fizeram- que decidir com o governador e o prefeito de que forma atuarão na manifestação. O cerco militar à Câmara Municipal no dia da votação da lei de educação de interesse do prefeito certamente teve a participação deste na definição do mesmo: escolha do dia e a forma de realizar a votação com o plenário vazio e o entorno militarizado com quase mil homens. E o governador certamente foi ouvido sobre a decisão a ser tomada.

5. Quando a prefeitura faz blitz que chama de choque de ordem não convoca a PM? Até para cobrar multa do lixo o faz.

6. O silêncio posterior e a transferência de responsabilidades apenas para a polícia, ou é omissão ou é covardia…, ou é mentira.

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AGORA SIM HAVERÁ FIDELIDADE PARTIDÁRIA NO BRASIL!

(G1, 08) O Senado aprovou nesta terça-feira (08), projeto de lei que inibe a criação de novos partidos. A proposta havia sido aprovada pela Câmara em abril e chegou a ter a tramitação no Senado suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A matéria seguirá agora para sanção presidencial.  A proposta impede que parlamentares que mudem de partido no meio do mandato transfiram para a nova agremiação parte do fundo partidário e do tempo no rádio e na TV da sigla de origem.

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AS CINCO MAIS CARAS E MAIS BARATAS TARIFAS DE CELULAR NO MUNDO!

(Estado de SP, 08) 1. O Brasil tem a tarifa de chamadas de celular mais cara do mundo em termos absolutos. A constatação é da União Internacional de Telecomunicações, que hoje publica seu informe anual sobre o setor. Em termos gerais e contando também tarifas de telefonia fixa e internet, o Brasil também não tem um bom desempenho. Entre 161 países avaliados, o Brasil ocupa apenas a 93 posição. Em média, um minuto no celular em horário de pico custaria US$ 0,71 entre chamadas pelo mesmo operador no Brasil. A taxa sobe para US$ 0,74 por minuto em caso de chamadas entre operadores diferentes. Para fazer a comparação, a UIT usou a taxa média praticada em São Paulo. O custo é três vezes o que um americano paga para falar ao celular ou Portugal, de onde vem uma parte importante dos investidores. Na Espanha, sede da Telefonica, um cidadão paga cinco vezes menos pelo celular que no Brasil.

2. Tarifas por minuto em horário de pico. As 5 mais caras: Brasil 0,71 / Bélgica 0,70 / Nova Zelândia 0,70 / Suíça 0,68 / Grécia 0,58. // As 5 mais baratas: Índia 0,01 / Geórgia 0,01 / Bangladesh 0,02 / Paquistão 0,03 / China 0,04.

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TV: RANKING NAS PRINCIPAIS CAPITAIS!

(Keila Jimenez – Outro Canal – Folha de SP, 08) 1. Painel Nacional de Audiência (PNT), medição do Ibope no país, em setembro. Na média diária (das 7h à meia-noite), a Globo registrou 15,9 pontos de audiência nacional. Cada ponto no PNT corresponde a 204 mil domicílios no Brasil. Mas são muitas as regiões com aferição de ibope em que a rede está abaixo dessa média. Entre elas estão: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Distrito Federal, Vitória e Campinas.

2. A pior audiência da Globo no país é em Goiânia: 10,7 pontos. As melhores médias do canal estão em Florianópolis e Porto Alegre, que registram médias acima de 20 pontos. Já a praça mais forte da Record é Belém, seguida por Rio de Janeiro. No sul do país, a Record tem menos público do que em outras regiões. Florianópolis e Curitiba registram as piores médias do canal. O SBT vai muito bem em Goiânia e Manaus, mas tem as suas piores audiências em Fortaleza e Florianópolis. A região onde a Band é mais forte é Fortaleza, onde a rede está em terceiro lugar em ibope, na frente do SBT. A pior média do canal no país é a de Brasília.

Cesar Maia fala sobre a Assembleia Constituinte de 1988

CM entrevista link

Ex-Blog: Você tem sublinhado a importância de contextualizar a Constituinte de 87/88 (AC-88). Por quê?

Cesar Maia: Há que se levar em conta 3 fatores. O primeiro foi a previsibilidade. As etapas do processo de redemocratização foram geridas pelo próprio regime militar, especialmente pela emenda constitucional 11/78, que revogou o AI-5, da lavra do ministro Petrônio Portela (que faleceu jovem, 55 anos, em seguida). Portanto, a participação do partido do regime na eleição de 1986 foi contínua, sem constrangimentos.

Ex-Blog: E os outros 2 fatores? 

CM: O segundo foi o plano cruzado, quando o PMDB elegeu 22 entre 23 governadores. 38 de 47 senadores e 260 de 487 deputados. Mas a força do PMDB-SP com Ulysses Guimarães levou o PMDB a se dividir ao meio, do ponto de vista ideológico na AC-88, diluindo sua expressão eleitoral. E, durante a AC-88, com a proximidade da queda do Muro de Berlim um ano depois, as teses em superação, da esquerda, ainda estavam vivas e explicam dispositivos que depois foram chamados de atraso, mas que na verdade foram a expressão daquele momento.

Ex-Blog: O que destacaria no processo constituinte? 

CM: Claro, a sua dinâmica. Todas as Constituintes têm como preliminar uma comissão que elabora o documento-base. E, a partir daí, a AC se organiza por temas que fazem emendas e depois todo o conjunto vai ser votado e –se for o caso- reemendado em plenário. Mas a AC-88 foi um caso único. O presidente Sarney criou a Comissão Arinos. Quando chegamos em fevereiro de 1987 recebemos o documento. Houve uma rejeição majoritária por três questões mais importantes: o parlamentarismo, a centralização federal do ICM (ganhou um S na AC-88) e a criação do ministério da defesa (aliás, criado anos depois).

Ex-Blog: E o processo em si? 

CM: Sem documento básico decidiu-se criar comissões temáticas e estas, subcomissões que escreveriam os respectivos capítulos da constituição. Seriam documentos básicos desarticulados. Por isso –após esse trabalho- criou-se uma Comissão de Sistematização, com sessões plenárias e votação para consolidar o texto básico. E esse foi submetido ao Plenário Geral para receber emendas e ser votado dispositivo por dispositivo sem limitações. Um processo de baixo para cima, que explica tanto o alto grau democrático conseguido, como os acertos para votação que culminaram em uma grande quantidade de dispositivos que teriam que ser regulamentados posteriormente por leis complementares, até hoje não finalizadas.

Ex-Blog: Como foi a divisão de força na AC-88? 

CM: Formou-se um “partido/frente parlamentar” para dar base ao governo: o Centrão. A esquerda teve hegemonia na oposição, bem articulada e com uma forte presença dos movimentos sociais. E os independentes. Com isso, quase todas as votações eram imprevisíveis. A ideia do parlamentarismo cresceu e o texto –no final- reduziu os poderes do executivo, o que levou à previsão de um plebiscito sobre sistema/regime de governo uns anos depois, que reafirmou o presidencialismo. E se criou a Medida Provisória para substituir o Decreto Lei, um desvio que minimizou o legislativo posteriormente.

Ex-Blog: E as críticas do governo que aquela Constituição quebraria o governo?

CM: O deputado Nelson Jobim (sub-relator geral) dizia que o Brasil não tinha uma Assembleia do Povo, mas uma Câmara dos Estados, com voto por distrito (estados) e dentro de cada um, voto proporcional aberto. Com isso, o bolo tributário depois de distribuído ficou em 40% para o Governo Federal/Previdência Social, 40% para os Estados e 20% para os Municípios. Com aquele argumento, o Governo Federal passou a usar o artificio de Contribuições, driblando a Constituição e alterando em dois anos a distribuição aprovada. Hoje são mais ou menos 50% para a esfera federal, 18% para a municipal e 32% para a estadual.

Ex-Blog: E o Estado do Rio? 

CM: Perdemos a votação de cobrança do ICM sobre operações interestaduais de petróleo. Mas a negociação sobre as compensações terminou ampliando bastante as receitas do Estado e da Capital. Os 3 impostos Únicos sobre Combustíveis, Energia Elétrica e Telecomunicações, que eram federais e repassados em uma pequena fração a Estados e Municípios, foram extintos e transformados em ICM –e por isso o S: ICMS. Um ganho importante para os Estados e o nosso em particular. Basta ver hoje o quanto representam da arrecadação. E –claro- a inclusão dos Royalties do Petróleo na Constituição. Antes havia uma lei que alocava ainda modestamente estes recursos.

Ex-Blog: Mais alguma coisa? 

CM: O mais importante da AC-88 é que deu ao país estabilidade e previsibilidade institucionais e esse é um elemento básico para o desenvolvimento. Lembro a normalidade no afastamento de Collor e, apesar dos constituintes do PT não terem assinado a Constituição de 1988, a eleição de Lula se deu neste novo marco institucional, o que não permitiu que os radicais do partido prevalecessem.

08 de outubro de 2013

EX-BLOG ENTREVISTA O DEPUTADO CONSTITUINTE DE 87/88, CESAR MAIA!

1. Ex-Blog: Você tem sublinhado a importância de contextualizar a Constituinte de 87/88 (AC-88). Por quê? Cesar Maia: Há que se levar em conta 3 fatores. O primeiro foi a previsibilidade. As etapas do processo de redemocratização foram geridas pelo próprio regime militar, especialmente pela emenda constitucional 11/78, que revogou o AI-5, da lavra do ministro Petrônio Portela (que faleceu jovem, 55 anos, em seguida). Portanto, a participação do partido do regime na eleição de 1986 foi contínua, sem constrangimentos.

2. Ex-Blog: E os outros 2 fatores? CM: O segundo foi o plano cruzado, quando o PMDB elegeu 22 entre 23 governadores. 38 de 47 senadores e 260 de 487 deputados. Mas a força do PMDB-SP com Ulysses Guimarães levou o PMDB a se dividir ao meio, do ponto de vista ideológico na AC-88, diluindo sua expressão eleitoral. E, durante a AC-88, com a proximidade da queda do Muro de Berlim um ano depois, as teses em superação, da esquerda, ainda estavam vivas e explicam dispositivos que depois foram chamados de atraso, mas que na verdade foram a expressão daquele momento.

3. Ex-Blog: O que destacaria no processo constituinte? CM: Claro, a sua dinâmica. Todas as Constituintes têm como preliminar uma comissão que elabora o documento-base. E, a partir daí, a AC se organiza por temas que fazem emendas e depois todo o conjunto vai ser votado e –se for o caso- reemendado em plenário. Mas a AC-88 foi um caso único. O presidente Sarney criou a Comissão Arinos. Quando chegamos em fevereiro de 1987 recebemos o documento. Houve uma rejeição majoritária por três questões mais importantes: o parlamentarismo, a centralização federal do ICM (ganhou um S na AC-88) e a criação do ministério da defesa (aliás, criado anos depois).

4. Ex-Blog: E o processo em si? CM: Sem documento básico decidiu-se criar comissões temáticas e estas, subcomissões que escreveriam os respectivos capítulos da constituição. Seriam documentos básicos desarticulados. Por isso –após esse trabalho- criou-se uma Comissão de Sistematização, com sessões plenárias e votação para consolidar o texto básico. E esse foi submetido ao Plenário Geral para receber emendas e ser votado dispositivo por dispositivo sem limitações. Um processo de baixo para cima, que explica tanto o alto grau democrático conseguido, como os acertos para votação que culminaram em uma grande quantidade de dispositivos que teriam que ser regulamentados posteriormente por leis complementares, até hoje não finalizadas.

5. Ex-Blog: Como foi a divisão de força na AC-88? CM: Formou-se um “partido/frente parlamentar” para dar base ao governo: o Centrão. A esquerda teve hegemonia na oposição, bem articulada e com uma forte presença dos movimentos sociais. E os independentes. Com isso, quase todas as votações eram imprevisíveis. A ideia do parlamentarismo cresceu e o texto –no final- reduziu os poderes do executivo, o que levou à previsão de um plebiscito sobre sistema/regime de governo uns anos depois, que reafirmou o presidencialismo. E se criou a Medida Provisória para substituir o Decreto Lei, um desvio que minimizou o legislativo posteriormente.

6. Ex-Blog: E as críticas do governo que aquela Constituição quebraria o governo? CM: O deputado Nelson Jobim (sub-relator geral) dizia que o Brasil não tinha uma Assembleia do Povo, mas uma Câmara dos Estados, com voto por distrito (estados) e dentro de cada um, voto proporcional aberto. Com isso, o bolo tributário depois de distribuído ficou em 40% para o Governo Federal/Previdência Social, 40% para os Estados e 20% para os Municípios. Com aquele argumento, o Governo Federal passou a usar o artificio de Contribuições, driblando a Constituição e alterando em dois anos a distribuição aprovada. Hoje são mais ou menos 50% para a esfera federal, 18% para a municipal e 32% para a estadual.

7. Ex-Blog: E o Estado do Rio? CM: Perdemos a votação de cobrança do ICM sobre operações interestaduais de petróleo. Mas a negociação sobre as compensações terminou ampliando bastante as receitas do Estado e da Capital. Os 3 impostos Únicos sobre Combustíveis, Energia Elétrica e Telecomunicações, que eram federais e repassados em uma pequena fração a Estados e Municípios, foram extintos e transformados em ICM –e por isso o S: ICMS. Um ganho importante para os Estados e o nosso em particular. Basta ver hoje o quanto representam da arrecadação. E –claro- a inclusão dos Royalties do Petróleo na Constituição. Antes havia uma lei que alocava ainda modestamente estes recursos.

8. Ex-Blog: Mais alguma coisa? CM: O mais importante da AC-88 é que deu ao país estabilidade e previsibilidade institucionais e esse é um elemento básico para o desenvolvimento. Lembro a normalidade no afastamento de Collor e, apesar dos constituintes do PT não terem assinado a Constituição de 1988, a eleição de Lula se deu neste novo marco institucional, o que não permitiu que os radicais do partido prevalecessem.

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JOSIAS DE SOUZA ENTREVISTA O LÍDER DO DEM, RONALDO CAIADO!

(blog do Josias de Souza – UOL, 07) — O que achou da aliança firmada entre Eduardo Campos e Marina Silva?  Numa eleição majoritária, é preciso aglutinar os diferentes. O Eduardo Campos está sabendo fazer isso. A democracia pressupõe a convivência das diferenças. O PT prega no Brasil a gestão de cemitério, que não contempla o contraditório. Mas isso não é o desejável. Democracia é o convívio de ideias. Faz-se o livre debate. Prevalece quem maneja melhor os neurônios, quem apresenta as melhores propostas.

— A eventual presença de Marina como vice na chapa de Eduardo Campos lhe causaria desconforto?   A presença de Marina Silva no projeto não me causa nenhum desconforto. Nunca tive nenhum tipo de preconceito. Trago a lição do meu pai: ‘As pessoas só serão boas se tiverem os melhores do seu lado. Não é uma estrela no firmamento. Tem que ter o espírito de constelação, cercando-se dos melhores, tenham a cabeça que tiverem. É preciso dar espaço aos neurônios. Esse é o jogo.

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RANKING DOS PARTIDOS NA CÂMARA DE DEPUTADOS EM 07/10/2013!

PT 86 deputados / PMDB 77 / PSDB 46 / PP 43 / PSD 41 / PR 36 / DEM 25 / PSB 22 / SSD 21 / PDT e PTB 18 / PROS e PSC 14 / PCdoB 13 / PRB 11 / PPS e PV 8 / PSOL e PMN 3 / PEN 1.

21 Partidos.

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O ESCRITOR PAULO COELHO E O GOVERNO!

(Blog do Noblat, 07) “Para mim, o atual governo é um desastre. Não importa onde estou, sou sempre perguntado sobre o que está acontecendo de errado no meu país. O governo prometeu mundos e fundos e não cumpriu nada. Isso é o que está errado.”. De Paulo Coelho, que desistiu de comparecer à Feira do Livro de Frankfurt por discordar do processo se seleção dos escritores representantes do Brasil.

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E O PORTO DO RIO DE JANEIRO?

(André de Seixas – www.uprj.com.br) 1. Recentemente, a Prefeitura fez o novo acesso ao porto pela Rua Carlos Seixas. Contudo, precisamos ter em mente que o novo acesso não foi construído para viabilizar a logística do porto do Rio de Janeiro, como tenta vender o Prefeito do Rio. A verdade, é que o novo acesso foi construído em função do INTO, para reduzir o numero de veículos que contornava na frente do hospital para acessar o porto através do portão 24 e/ou do bairro do Caju.

2.  Bem, quem conhece o novo acesso ao porto do Rio sabe que estamos falando de uma pista que, atualmente, está abandonada, cheia de entulhos nas margens, que não tem manutenção e que vai desembocar no bairro do Caju para acessar o porto. Ou seja, por mais que tenha sido construído um novo acesso, o resultado dessa obra é um funil, o antigo funil que é o bairro do Caju. Se um caminhão enguiçar no bairro do Caju, por exemplo, o novo acesso vira um caos.

3. Se o quadro atual é péssimo, a coisa vai piorar ainda mais e, em breve, poderemos assistir o que podemos considerar o declínio do Porto do Rio de Janeiro. Isso porque, diante da falta de atitude do prefeito a obra de demolição do viaduto da perimetral e a construção do BRT TransBrasil na Avenida Brasil inviabilizará a logística no nosso porto.

4. Prevista para começar a acontecer ainda em 2013, a demolição da Perimetral causará um grande transtorno ao transito da cidade. Diante disso, a prefeitura está estudando limitar o tráfego de carretas na Avenida Brasil, o que seria extremamente prejudicial às logísticas das empresas através do porto do Rio. Ora, qualquer limitação de tráfego de caminhões que seja feita na Avenida Brasil trará o caos ao porto do Rio, ainda que seja nos horários de pico, pois não há estacionamento de veículos suficiente dentro do porto e o bairro do Caju não tem espaço para tal.

5. Obra do BRT Transbrasil será o tiro de misericórdia no nosso porto. Essa obra impedirá o acesso ao porto pelo portão 24 e todos os veículos deverão acessar o porto pelo viaduto de Benfica para pegar o novo acesso pela Rua Carlos Seixas. O viaduto de Benfica é estreito, com curvas extremamente fechadas e, definitivamente, não tem condições de acesso para veículos grandes e cargas de excesso. Imaginem caminhões cegonhas, ou bitrens fazendo a curva no viaduto! Além do mais, como dito acima, o novo acesso ao porto termina no funil do Bairro do Caju, que não tem condições de receber todo esse trafego de carretas. Essa obra vai parar o porto, parar a Avenida Brasil, o bairro do Caju e o Rio de Janeiro. Isso é certo!

07 de outubro de 2013

EFEITO DA SAÍDA DE MARINA NAS PESQUISAS!

1. É verdade que só o tempo e o efeito progressivo da informação irão produzir novas avaliações de pesquisas. São duas situações polares: Marina não leva seus eleitores pela heterodoxia da opção. Marina leva seus eleitores pois Campos dirá que ela definirá os Ministérios de Meio Ambiente, Agricultura, Reforma Agrária e Direitos Humanos.

2. Mas até que se conheça os efeitos e compromissos, pode-se usar as pesquisas atuais comparando primeiro turno –Dilma, Marina, Aécio e Campos- e segundo turno Dilma/Aécio e Dilma/Campos.

3. Para isso, usamos as duas pesquisas MDA e IBOPE de setembro. Pelo MDA, Dilma passa de 36,4% para 44% com Aécio e para 46,7% com Campos. Estes passam (Aécio) de 15,2% para 24,5% e (Campos) de 5,2% para 16,8%. Pelo Ibope  -Dilma, Marina, Aécio e Campos- Dilma vai de 38% para 45% e 46%. Aécio vai de 11% para 21% e Campos de 4% para 14%.

4. Elas por elas. Tanto Dilma como Aécio e Campos crescem praticamente os mesmos 10 pontos em valores absolutos retirando Marina. Ou seja, de partida, a saída de Marina do jogo presidencial é neutra. Será a pré-campanha que informará ao eleitor que Marina apoia Campos: a conservadora nos valores, ou a ambientalista-humanista. Só com esta informação as pesquisas poderão projetar o novo cenário. E Dilma e Aécio farão o seu jogo entre valores liberais e demandas ruralistas.

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MARINA E CAMPOS:  O TEMPO E A POLÍTICA!

1. São inúmeras as assertivas tratando do fator tempo na política. Mais uma vez os que imaginavam que as pedras estavam jogadas a partir da certeza que o partido de Marina não seria registrado após os votos dos ministros no registro do Solidariedade se enganaram. Até alguns daqueles que participaram da reunião madrugada afora com Marina –políticos experimentados- erraram. Um exemplo foi Marina não cumprimentar Sirkis no ato da assinatura com Campos, certamente pelas entrevistas que ele deu para os jornais de sábado. E Miro Teixeira que se filiou açodadamente ao PROS.

2. Errou Aécio que, depois de pentear-se mutuamente com Eduardo Campos nos últimos meses, no dia D estava em NY fazendo palestra para empresários, como se fosse ele a única alternativa. Erraram os irmãos Gomes imaginando que não havia caminho para Campos, pois estavam esvaziando o PSB.

3. Nos dois longos discursos -de Marina e Campos, fora os lugares comuns e as declarações de princípio tão comuns aos políticos nos grandes momentos,- ficou claro que o candidato é Eduardo Campos, dito de forma clara por Marina. E ficou ainda mais claro que tal decisão pretende isolar o PSDB quando Campos sublinhou que ali estavam quebrando a falsa polarização (PT x PSDB).

4. Os novos partidos estão sentindo o golpe. O PROS, que passa a ser um depósito de políticos de apoio a Dilma. O Solidariedade que deixou de ser uma novidade ou um voto de Minerva para um lado ou outro. E o PSD que terá que decidir entre ser um acessório fantasia de Dilma ou aderir rapidamente a Aécio. Deixou de ser a noiva disputada.

5. A decisão de Marina –segundo ela no discurso- foi solitária, no velho estilo dos caudilhos. Quando falava, e citou líder carismático, ela apontou ostensivamente para ela mesma. Mostrou, na decisão, uma habilidade que não se conhecia e que Campos realçou: uma rasteira nos politicões.

6. Muda o quadro eleitoral? Depende. Campos está nas mãos de Marina. Se amanhã, por uma razão qualquer (menor ou maior), ela se retira da candidatura Campos, essa desinflará com mais força que inflou. Paradoxalmente, a candidatura Dilma se fortalece, pois aumenta sua força de atratividade por falta de alternativas para os partidos que formam a base aliada.

7. O quadro eleitoral se afunila em três candidaturas. Melhor teria sido estimular Serra ser candidato pelo PPS. Se ele pudesse prever isso, provavelmente estaria no PPS. Agora a soma das intenções de votos de Aécio e Campos tem que subir para 40% de forma a ficar claro que o segundo turno continua de pé. Isso significa intensificar a pré-campanha.

8. Apesar da boa vontade de Campos, a REDE não tem capilaridade, é apenas o símbolo Marina com sua inegável atratividade. Mesmo que aceite ser vice –e ela vai ganhar tempo para tomar essa decisão-, vice é vice e em eleições de personalidades sequer conseguirá trazer seu potencial de votos. E as críticas do PT sobre os novos aliados dela poderão ter força.

9. Agora é avaliar como ficará o campo eleitoral nos Estados. O grid de largada nacional está finalmente constituído e num sábado, como na Fórmula 1. Mas o campo efetivo da disputa dependerá de como serão desenhadas as candidaturas majoritárias em cada Estado e com que sinergia com as presidenciais.

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A “CAIXA” E OS RISCOS DOS SUBSÍDIOS DO PROGRAMA “MINHA CASA MELHOR”!

(Estado de SP, 06) 1. A Caixa ignorou análises feitas pela própria área técnica ao bancar o programa Minha Casa Melhor, uma linha de crédito para a compra de móveis, computadores e eletrodomésticos. Da forma como foi feito, o programa, considerado uma vitrine eleitoral da presidente Dilma Rousseff, pode representar riscos para a saúde financeira do banco, segundo documentos obtidos pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.

2. Os documentos mostram que a possibilidade de calote nessa linha, que é direcionada para os mutuários do Minha Casa, Minha Vida, chega a 50,73% na faixa das famílias mais pobres da população, a 30,31% nas intermediárias e a 28,52% na faixa de maior renda atendida pelo programa. Com esses níveis potenciais de perda, apontam os documentos, a necessidade de compensação pelo Tesouro é de R$ 2,9 bilhões até 2016.

3. O parecer técnico da Caixa, produzido poucas semanas antes do lançamento do programa, adverte que a decisão do Tesouro, prevista na então Medida Provisória 620, de dispensar a Caixa do recolhimento de parte dos dividendos para a cobertura do risco de crédito dos financiamento dos bens de consumo, faz, “contabilmente, com que a operação seja deficitária desde o começo”.

4. Segundo a nota técnica, a falta dessa cobertura poderá ser questionada pelo Tribunal de Contas da União, por caracterizar que a Caixa está subsidiando um programa de governo, o que é vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O entendimento técnico é de que a proposta de dispensar o recolhimento de parte dos dividendos para cobrir o risco de crédito vai contra o estatuto da Caixa.

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PAULO COELHO DIZ QUE DA DELEGAÇÃO BRASILEIRA DE 70 ESCRITORES ELE SÓ CONHECE 20! OS DEMAIS SÃO AMIGOS DOS AMIGOS! 

(UOL, 06) 1. Em entrevista publicada neste domingo (6) pelo jornal alemão “Welt am Sonntag”, o escritor Paulo Coelho fez graves acusações ao governo brasileiro e disse que não vai à Feira do Livro de Frankfurt. O evento literário, onde o Brasil é país convidado, se realiza da próxima quarta-feira até domingo.

2. Coelho citou, como motivo do boicote, sua discordância em relação à lista dos convidados para integrar a delegação oficial brasileira de autores, de responsabilidade do Ministério da Cultura, e da qual ele faz parte. “Duvido que todos sejam escritores profissionais”, afirmou.

3. “Dos 70 convidados, só conheço 20, nunca ouvi falar dos outros 50. São, presumivelmente, amigos dos amigos dos amigos. Um nepotismo. O que mais me aborrece: existe uma nova e excitante cena literária no Brasil. Muitos desses jovens autores não estão na lista”, acusou.

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“NADA VAI ACONTECER NESTES DOIS ANOS QUE FALTAM PARA OS JJOO-2016”! “NÃO SE ESTÁ FAZENDO NADA EM RELAÇÃO ÀS INSTALAÇÕES”!

(Sonia Racy entrevista Torben Grael – Estado de SP, 07) 1. Estamos sediando os Jogos e agora há um impasse muito grande em relação às instalações da competição. / Todos nós queremos mais medalhas… Afinal, quem não quer? Mas está tarde demais para isso agora. Nada vai acontecer nestes pouco mais de dois anos que faltam para os Jogos. O investimento pesado tem de ser feito na base, no esporte escolar, juvenil, e isso não vem acontecendo. Sem esse tipo de trabalho, acho muito difícil mudar o patamar em que se encontra o esporte nacional.

2. (Marina da Glória, raia olímpica suja) O problema é que foi estabelecido um compromisso de melhorar em 80% a qualidade da Baía de Guanabara e isso não vem sendo cumprido. Outro ponto: não se está fazendo nada em relação às instalações, e elas deveriam ficar prontas dois anos antes da Olimpíada. É praxe, até porque a cidade-sede recebe, antes dos Jogos, dois eventos internacionais – para que as equipes possam conhecer as condições locais. Ou seja, ano que vem as instalações deveriam estar prontas, mas, no ritmo em que se está trabalhando, pode-se garantir que isso é impossível.

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ARGENTINA: EXPLORAÇÃO DE GÁS DE XISTO! 3  MILHÕES DE M³ POR DIA!

YPF e Dow Argentina anunciaram a celebração de acordo para exploração de gás de xisto no bloco “El Orejano” da área de Vaca Muerta. A empresa Dow realizará desembolso de US$ 120 milhões, em um prazo de 12 meses, com contrapartida da YPF da ordem de US$ 68 milhões. Pelo acordo, a YPF será a operadora do bloco, onde deverão ser perfurados 16 poços. Estima-se que o pico da produção do empreendimento alcance 3 milhões de metros cúbicos de gás por dia.

Cesar Maia discursa sobre os 60 anos da Petrobras e os 25 anos da Constituinte

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores, hoje, 3 de outubro, faz 60 anos a lei assinada pelo Presidente Getúlio Vargas, que criou o monopólio do petróleo. Entrando no Youtube, pode-se buscar uma imagem da época, curta, um minuto e meio, na qual Getúlio Vargas, com o carro presidencial aberto, sobe a rampa da Câmara de Deputados, hoje Assembleia Legislativa, para assinar um ato com a expressão que teve o monopólio estatal do petróleo. Cinco anos antes, um forte movimento de juventude, de estudantes, iniciou o movimento O Petróleo é Nosso. É bom registrar que um dos principais líderes do movimento O Petróleo é Nosso foi o, depois Vereador desta Casa, Wilson Leite Passos. Como o movimento O Petróleo é Nosso somava todas as forças políticas, à esquerda e à direita, e o Vereador Wilson Leite Passos era uma pessoa muito próxima do Brigadeiro Eduardo Gomes, ele foi um dos líderes desse movimento. É bom se registrar, para se saber que um Vereador teve essa importância. O processo seguiu 5 anos e, finalmente, chegou-se àquele ato que faz memória sempre e permanentemente a todos nós. Todos nós temos orgulho da Petrobras, uma empresa dessa grandiosidade. Por que Getúlio escolheu a data de 3 de outubro? Porque 3 de outubro é a data que caracterizou a Revolução de 30. É a data em que Getúlio sai do Rio Grande do Sul, liderando as forças que viriam em direção ao Rio de Janeiro. Um processo bem brasileiro. Ali, na fronteira do Paraná com São Paulo, os dois grandes exércitos se confrontaram, e aconteceu o que veio a ser conhecido como a Batalha de Itararé, que se dizia que seria a maior batalha civil da história da América Latina, mas que foi a batalha que não houve. As forças se confraternizaram, e Getúlio desceu em direção ao Rio de Janeiro, já para tomar o poder. O Presidente Washington Luís tinha saído para um acordo com o Cardeal, um acordo com o Exército, e o Presidente em exercício era o General Tasso Fragoso. Essa data, 3 de outubro, marca muito a consciência nacional e, por isso, Getúlio Vargas escolheu essa data para assinar a lei do monopólio estatal do petróleo.
Amanhã, estaremos cumprindo 25 anos da Constituinte de 1988. Eu fui Deputado constituinte, eleito em 1986, e tive a honra de ser o Deputado federal mais votado do PDT, no Brasil todo. Eu vivi uma Constituinte num momento que não se repete mais. Por quê? O processo de democratização do Brasil foi conduzido pelo governo militar a partir de Golbery de Couto e Silva, principalmente sob a batuta de um político que morreu cedo, infelizmente, pois teria sido Presidente da República – o Petrônio Portela -, que morreu com 54 anos de um ataque do coração, em Florianópolis. Esse processo vem de 1974, um acesso da oposição à televisão, onde se ganham, praticamente, todas as eleições para o Senado. Depois, vem o Senador biônico, uma maneira de conter e garantir a maioria para o governo no Congresso Nacional. Isso foi em 1976; em 1978, vem a Emenda Constitucional nº 11, quando Petrônio Portela desenha todo o processo de democratização: anistia, eleição para governadores direta e livre, abertura para criação de partidos políticos. Foram criados 5 partidos políticos e, finalmente, a Constituinte, eleição para governadores e, em 1985, um ano antes, eleição para as capitais e municípios de segurança nacional. É importante que a Constituinte ter sido realizada nos anos de 1987 e 1988, às vésperas da queda do Muro de Berlim. Essa contextualização muitas vezes, explica pontos, alguns deles superados, que mostram por que havia um viés mais de caráter nacional, de caráter estatizante na Constituição de 88. Era o momento que se vivia, era o entorno internacional que se vivia. Provavelmente, se a Constituinte fosse em 91, 90, o ambiente já seria diferente. Mais ainda, o Plano Cruzado… Olha que coisa paradoxal e interessante, no Plano Cruzado o governo PMDB elegeu mais de 60% (sessenta por cento) dos Deputados constituintes – 315 ou 316 Deputados constituintes. Mas o ambiente, naquele momento, inclusive o ambiente do PMDB, o ambiente da conjuntura econômica, da dificuldade, do sucesso inicial do Plano Cruzado, levou da direita para a esquerda o perfil da bancada do PMDB. Esse perfil deu garantias de que a Constituinte não teria uma maioria avassaladora, como não teve. Depois veio o corte, a ruptura, o PSDB, uma série de Constituintes que votaram mais à esquerda do PMDB do que com a linha de seu Partido. O PMDB passou a ter dois líderes. Um líder do governo, o deputado Luis Roberto Ponte, de grande habilidade negociadora, que era presidente da Associação de Empreiteiros do Rio Grande do Sul e, depois, foi Ministro da Casa Civil do Presidente Sarney. E o líder do PMDB, Ulysses Guimarães, que foi Presidente da Constituinte e Presidente da Câmara ao mesmo tempo. E também o Deputado Ibsen Pinheiro, gaúcho, um orador habilidoso, que poucas vezes vi igual. Esse homem sofreu uma enorme injustiça: numa campanha eleitoral, usaram sua conta, e não a conta política, mas conta do candidato para depositar uma ajuda, que seria, hoje, vinte mil reais. E ele acabou sendo cassado, sendo excluído, porque havia uma prova clara de que havia recebido ajuda eleitoral na sua conta particular. Esse foi um momento muito importante, Presidente.

Quando perguntam se essa Constituição precisa, ainda, ser emendada aqui e ali, ela já o foi várias vezes. Claro que sempre precisará, porque ela ocorreu naquele momento de transição e, mais ainda, ocorreu num Congresso disperso, num momento de crise econômica grave, uma inflação enorme.

Dos Constituintes do Rio de Janeiro, os que ainda hoje têm mandato são quatro ou cinco: o Noel, deputado estadual; eu mesmo; o Arolde; o Miro; o Simon; o Dornelles, que era deputado naquela época. Se a Constituinte não foi aquela árvore montada com seus frutos que todos nós idealizamos, a Constituinte foi um tronco sólido e poderoso, a partir do qual esses e novos galhos e frutos renderam um País que, mal ou bem, tem uma democracia que nos permite aquilo que é o mais importante para o desenvolvimento econômico, inclusive – é um País que tem previsibilidade institucional. Falhas e defeitos, como vimos, aqui, nessa votação na lei de Educação, atropelo do poder executivo, acontece também a nível nacional e a nível estadual. Mas o País tem raízes institucionais, o País tem previsibilidade institucional.

Os teóricos, os cientistas políticos, os politólogos costumam se referir a uma democracia madura como democracia institucional. O Brasil tem uma democracia institucional, tem. E se a legislação não é suficiente para o seu exercício, que se mude a legislação, e não se questione o regime democrático brasileiro, que é alguma coisa que serve a todos nós, que temos de buscar os votos, temos de buscar o apoio e temos de tomar decisões com base no aparato institucional de que o Brasil dispõe. Foi uma grande Constituinte, uma Constituinte única, porque , normalmente, as constituições são montadas a partir de um grupo de juristas que escrevem o texto básico, e esse texto é emendado na constituinte. Em qualquer lugar do mundo, aqui, não, porque o texto básico foi da Comissão Arinos, constituída pelo Presidente Sarney, que previa parlamentarismo, previa centralização do ICM e do Ministério da Defesa. Gerou uma reação muito grande por parte das elites políticas, e se fez uma constituição de baixo para cima. Os constituintes – Deputados e Senadores se igualavam na constituinte – eram distribuídos por comissões temáticas e subtemáticas. Escreviam textos, esses textos eram votados na base e, depois, eram consolidados numa comissão central. E, aí, sim, passou-se a ter um texto consolidado, que foi para o Plenário, onde todos os constituintes tinham igual direito de emendar, de discutir, de debater. Ficávamos, às vezes, três semanas direto, ali no Congresso. As reuniões eram na cúpula da Câmara de Deputados. Eu sinto orgulho de ter sido constituinte, e acho que o Brasil deve muito àquele momento, àquela transição, até àqueles que, no regime anterior, entenderam a necessidade de transição, como tantos políticos do PDS, que migraram, criando o PFL e deram maioria a Tancredo Neves para se eleger Presidente da República.

Enfim, eram esses os dois fatos que queria comentar: os sessenta anos da Petrobras e, também, os vinte e cinco anos da constituinte.

04 de outubro de 2013

A INSÂNIA E A BARBARIDADE INSTALADAS PELOS GESTORES DA EDUCAÇÃO PÚBLICA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO! 

1. (Professora Regina de Assis, ex-secretária de educação do Rio) Caros Amigos e Amigas, vale conhecer e divulgar a carta desta verdadeira Professora carioca, para conhecer, de perto, a insânia e a barbárie instaladas aqui, pelos gestores da Educação Pública, da Cidade e do Estado do Rio de Janeiro. Não é mais possível aceitar ou justificar a atitude destas autoridades tão despreparadas, incapazes e mal intencionadas, em radical contradição com o que, quem, como a Professora Janete Trajano e nós, dedicamos a vida profissional ao trabalho com Crianças, Adolescentes, Jovens e seus Professores nas Escolas Públicas, visando igualdade de direitos, justiça, dignidade, e democracia plena. Regina de Assis.

2. Conheça o texto completo da carta-manifesto da Professora Janete Trajano, da Rede Municipal Pública do Rio de Janeiro.

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A VERDADE SOBRE A FUGA DO SENADOR BOLIVIANO PARA O BRASIL!

(MRE, 09/13) 1. A situação está complicada porque ficaram evidenciados, na comissão de sindicância, os seguintes fatos: (a) Evo Morales autorizara a retirada discreta (sub-reptícia) do Senador Pinto na direção da fronteira com o Brasil, desde que isso não o envolvesse; (b) Dilma teve conhecimento da proposta, mas insistiu no salvo-conduto, debaixo do protesto de não querer expor o asilado a qualquer risco;

2. (c) Eduardo Saboia, não tendo a “luz verde” do Itamaraty, recorreu a seu padrinho de batismo, o Embaixador Celso Amorim; e (d) este lhe recomendou que, com a ajuda de dois fuzileiros navais, fizesse a longa viagem de 2.200 km até a fronteira brasileira. Eduardo Saboia não terá promoção neste Governo. Mas não sofrerá nenhuma punição grave – senão a casa cai… Ele não é bobo. Guardou todos os documentos.

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AMÉRICA LATINA: NO RANKING DE DEMOCRACIA, BRASIL É O OITAVO!

(BBC, 03) 1. O Brasil permaneceu na oitava posição entre 18 países da América Latina analisados em um Índice de Desenvolvimento Democrático da região em 2013. O ranking, organizado pela Polilat, uma empresa de consultoria política da Argentina, e pela Fundação Konrad Adenauer, da Alemanha, apontou que o índice de democracia na região como um todo caiu. O índice foi compilado levando em conta 80 indicadores de órgãos internacionais relacionados à democracia. Como em 2012, o Brasil tenha permanecido na oitava posição – na última entre os países considerados de desenvolvimento democrático médio -, sua pontuação no índice subiu, passando de 4,907 no ano passado para 5,023 neste ano.

2. Índice de Desenvolvimento Democrático 2013 – América Latina.  1-Uruguai – Alto desenvolvimento /  2-Costa Rica – Alto desenvolvimento / 3-Chile – Alto desenvolvimento / 4-Peru – Médio desenvolvimento / 5-Argentina- Médio desenvolvimento / 6-Panamá – Médio desenvolvimento / 7-México – Médio desenvolvimento / 8- Brasil – Médio desenvolvimento. // Últimos colocados: 16. Paraguai – Mínimo desenvolvimento / 17. Guatemala – Mínimo desenvolvimento / 18. Venezuela – Mínimo desenvolvimento.

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RESERVAS INTERNACIONAIS DIMINUEM US$ 50 BILHÕES COM VENDA DE CÂMBIO FUTURO!

Folha de SP (04) entrevista um dos economistas mais conectados com o dia a dia das empresas:  José Roberto Mendonça de Barros.

1. FSP- O senhor está preocupado com o déficit comercial? JCMB- Sim, porque é o principal motivo para a piora na conta-corrente. Em 2012, tivemos déficit em conta-corrente de US$ 49 bilhões. O BC projeta US$ 75 bilhões neste ano e 80% dessa piora é a balança. É o déficit em conta-corrente que pressiona o real e evidencia a nossa fragilidade externa.

2. FSP- Mas o país tem grandes reservas internacionais, que amenizam esse problema. JCMB- É verdade, no curto prazo. Mas o BC já vendeu US$ 50 bilhões de câmbio futuro. Se tiver que repetir a dose no ano que vem, serão US$ 100 bilhões. O argumento do governo é que não vendeu reservas, mas câmbio futuro. Sim, mas é um compromisso e terá que ser entregue. Reserva é bom ter, mas não é bom reduzir, porque demonstra fragilidade.

3. FSP- Qual é hoje o maior desequilíbrio da economia brasileira? JCMB-  É exatamente o setor externo. Nos próximos anos, o crescimento será puxado pelos países desenvolvidos e os juros internacionais vão subir, o que significa que o capital será atraído pelo mundo rico. Não estou prevendo crise cambial, mas é forçoso reconhecer que tivemos uma mudança importante. Saímos de superávits em 2007 para déficits modestos em 2010, chegando a um crescimento perigoso e persistente do rombo agora. E isso lembra uma frase de Mario Henrique Simonsen: a inflação incomoda, mas o câmbio mata.

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CONHEÇA O RANKING DAS 200 MELHORES UNIVERSIDADES DO MUNDO!

Nenhuma da América Latina. Conheça a lista, uma a uma.

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FRANÇA: CRESCE A POPULARIDADE DA DIREITA!

Pela primeira vez nos levantamentos de TNS Sofres, Marine Le Pen ascende ao terceiro lugar, dentre as personalidades que os franceses gostariam de ver desempenhar um papel importante nos próximos meses. Ela ficou quase empatada com François Fillon, Alain Juppé e Christine Lagarde, depois de Nicolas Sarkozy.  François Hollande bateu seu recorde de impopularidade, devido em particular à sua falta de autoridade.

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A ÁFRICA SE TRANSFORMA NUM ARMAZÉM PARA OS NARCOS!

(El País, 02) 1. A África Ocidental se converteu, na última década, na nova rota de cocaína produzida na América Latina para chegar à Europa.  Essa é a principal conclusão de um informe apresentado em Bogotá pela Comunidade de Policias da América Latina em colaboração com a União Europeia. Diversas fontes de inteligência citadas no estudo consideram que pela rota africana passam 30% do total da cocaína com destino à Europa.

2. O informe define o ocidente africano como “o armazém para os narcotraficantes”. A “zona quente” de entrada da droga na África é composta por: Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo, entre outros.

3. No caso dos narcos colombianos, Ameripol estabelece que tenham cinco rotas para introduzir sua coca à Europa. Duas delas são novas: uma é o Canal de Suez via África do Sul e a cocaína entra pela Romênia.  A outra são os Balcãs, que dá toda a volta, também pelo Canal de Suez e passa pela Turquia, Romênia, Bulgária e Itália.

4. As outras três rotas, tradicionais, e que seguem sendo importantes são as que passam pelo Caribe, Portugal e por último na Espanha e que compõe 40% do consumo de drogas. Outra é a que faz escala em Cabo Verde e Canárias e daí se distribui a toda a Europa. A última é a rota africana que utiliza como ponte os países da África ocidental.

5. Entre os dados mais reveladores está que a Argentina, Venezuela e Brasil são a primeira ponte que usam os narcos para distribuir a droga para África e Europa. América Central e as ilhas do Caribe são utilizadas como centros de acoplo e pontos de distribuição para chegar aos EUA.

6. Esses fatos demonstram o que a Ameripol chama de “comportamento de globalização das organizações delitivas”. A Ameripol conclui que é muito difícil quantificar quanta droga passa pela África e se vai a Europa. Mas tem segurança de que “cada vez mais mercados, novas rotas, novas organizações delitivas que buscam novos sócios. E sem a cooperação policial internacional conjunta, não se poderá dar uma resposta adequada e firme a este fenômeno delitivo”.

Cesar Maia critica a privatização da educação pela Prefeitura do Rio

Cesar Maia, vereador afiliado ao Democratas (DEM), foi um dos três que votaram contra a aprovação. Segundo ele, o Plano privatiza a educação pública do Rio de Janeiro em, pelo menos, quatro frentes. Para o vereador, a exigência de 40 horas semanais para cada professor não faz sentido, já que eles serão “meros aplicadores de kits de institutos, fundações e empresas”. A privatização também é resultado, segundo Cesar Maia, do concurso público feito por etapas, da escolha de diretores por meio de um grupo selecionado pela Secretaria e de um único professor poder dar aula de qualquer matéria.

Fonte: SRZD

03 de outubro de 2013

DILMA CAI NA REDE! E QUEM CAI NA REDE…!

1. Dilma anunciou que está entrando nas redes sociais, Facebook, Instagram e Twitter. Ela segue o receituário de seus publicitários. Eles deveriam dizer a ela que está entrando em uma rede horizontal e desierarquizada e que exige interação. De outra forma é mala direta.

2. Com certeza terá uma equipe para operar, que fará uma filtragem de uns poucos posts por semana para ela responder pessoalmente. Sua equipe terá que saber como tratar e interagir com as críticas, às vezes fortes. A proporção dos fluxos que criticam nas redes é naturalmente maior do que os que elogiam.

3. Entrar nas redes é entrar no jogo. Entrar nas redes e pensar que é presidente e que tem hierarquia por sua condição é cometer um erro grave e que voltará sobre ela como bumerangue. Fazer cadastro e apenas disparar postagens como mala direta é cometer outro erro, pois estando –de fato- nas redes, estará aberta.

4. Um corte nos internautas sistemáticos, aqueles que habitam as redes, mostra que mais de 70% rejeitam Dilma. Será esse fluxo que estará interagindo com ela e sua equipe. E pedir aos militantes que entrem nas redes dela, é se enganar.

5. Os publicitários de Dilma mostraram sua ingenuidade ao convocar a imprensa –imagens especialmente- para dar divulgação a sua entrada nas redes. Ela deveria ter entrado suave e discretamente e deixar a imprensa “descobrir” em um tempo mais à frente, depois que ela e sua equipe treinassem e testassem sua inserção. Um tiro que tem tudo para sair pela culatra.

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FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL – CAPITAL HUMANO: BRASIL É O 57º EM 122 PAÍSES! EM EDUCAÇÃO É O 88º!

(Globo, 02) 1. O Brasil aparece na 57ª posição no ranking global de capital humano divulgado  pelo Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum). O ranking faz parte do Relatório sobre Capital Humano (Human Capital Report), um estudo inédito que avalia as condições para o desenvolvimento pessoal e profissional em 122 países, e a importância do desenvolvimento dessas habilidades no desempenho de suas economias. Os Estados Unidos ficaram em 16º lugar e o Canadá, em 10º.

2. O estudo apresenta o Índice de Capital Humano (ICH), medida do grau de desenvolvimento nesta área usada para a classificação dos países no ranking. O ICH baseia-se em quatro pilares: três deles considerados fundamentais (educação, saúde e bem estar e emprego/força de trabalho), e um quarto, denominado ambiente de oportunidade, que leva em conta fatores como o arcabouço legal, a disponibilidade de infraestrutura entre outros fatores que propiciam retorno sobre o capital humano.

3. Entre os dez países que ocupam o topo do ranking de capital humano do WEF, oito são europeus. A Suíça lidera a lista, com elevado desempenho em todos os quatro pilares. A Finlândia (2ª), a Holanda (4ª), Suécia (5ª), Alemanha (6ª), Noruega (7ª), Reino Unido (8ª) e a Dinamarca (9ª) vêm em seguida. Singapura, terceiro lugar no ranking, destaca-se entre os asiáticos, que têm o Japão na 15ª posição e a China na 43ª.

4. O Chile, 36º da lista, é o país latino americano mais bem colocado no ranking. O Uruguai, em 48º lugar, também supera o Brasil. O México é o 58º.  Considerando os quatro pilares usados na avaliação, o Brasil fica em 88º lugar em educação, em 49º em saúde e bem estar da população, em 45º quanto à força de trabalho e emprego, e em 52º no ambiente econômico e social.

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CRESCE O TEMOR DE SER ASSALTADO NO RIO: DE 23% PARA 34% OU 48% EM 4 ANOS!

1. Pesquisa do “Rio Como Vamos” publicada no Globo (02), realizada antes das manifestações de junho na cidade do Rio de Janeiro com 1.500 pessoas, mostra um crescimento de 48% entre 2009 e 2013. O crescimento do temor de ser assaltado após junho deve ampliar bastante esta porcentagem. Matérias, inclusive de capa, no Globo têm mostrado esse crescimento dos assaltos nos últimos meses.

2. Em 2009 eram 23% os cariocas que temiam ser assaltados. Em 2011 eram 27% e em 2013 no início de junho, 34%.

3. (Globo, 02) O temor de ser assaltado cresceu de 23% para 34% nesse período (2009-2013). Foram citadas a falta de policiamento nas ruas (41%) e a circulação de drogas na cidade (33%).

Cesar Maia critica a falta de detalhamento do Projeto de Lei Orçamentária

A Constituição Brasileira, Sr. Presidente, define o dia em que se apresenta o orçamento a nível federal, estadual ou municipal. A nosso nível, o orçamento é apresentado no dia 1º. A capa do Diário Oficial nem traz a questão do orçamento, mas traz a lei internamente.

Sr. Presidente, a lei apresentada a esta Casa é uma burla, é um insulto. De orçamento, eu diria, na melhor hipótese, é um texto de introdução ao orçamento. Não há uma tabela de despesas com educação, não há detalhamento de, rigorosamente, nada! Há uma apresentação genérica, um efeito, que o PIB cresceu, que deixou de crescer, tabela de receitas e despesas gerais de 2011, 2012 e 2013, tabelas de despesas gerais, de receitas e nenhum detalhamento.

Ora, sei que amanhã, depois, 2a. ou 5a. feira é que virá o orçamento de verdade, mas a data formal de apresentação do orçamento não foi cumprida, Sr. Presidente. No mínimo, no mínimo, por uma questão de altivez, de identidade do Poder Legislativo, o Presidente da Casa, o Vereador Jorge Felippe, deveria hoje mesmo encaminhar ao Poder Executivo um questionamento. Os Vereadores não receberam a Lei de Orçamento no dia 1º de outubro. Isso não é nada. Essas três ou quatro páginas não significam nada, nada, rigorosamente nada. Não há detalhamento para se analisar. Eu queria me preparar para vir aqui, hoje, mostrar convergências, divergências, contradições, antagonismos entre aquilo que se votou ontem e aquilo que está escrito aqui. Não pude. Não pude porque, infelizmente, a data de 1º de outubro serviu para que o Poder Executivo, como tem feito tantas vezes, fizesse uma burla com o Poder Legislativo. Esta Casa está no dia 2 de outubro e o Orçamento do Município do Rio de Janeiro não foi apresentado. Na Europa, cai o governo. Imediatamente o gabinete cai, mas cai automaticamente, automaticamente. E nem quero falar de uma legislação que regulamenta o orçamento no Brasil, em que o Poder Executivo pode tudo, em que o Legislativo não tem alcance para mexer em receita, para tomar iniciativa de matéria de pessoal. Ontem, esteve aqui o Líder do Governo, perguntando por que é que a oposição, por que é que o SEPE não apresentou um substitutivo. Mas será que eles não sabem que, segundo a Procuradoria, o substitutivo à lei de pessoal é considerado inconstitucional, não se pode apresentar? Pode-se apresentar emendas, e nada mais do que emendas? O Legislativo, no Brasil, pouco poder tem sobre orçamento.

Nos Estados Unidos, Sr. Presidente, o Poder Legislativo aprova o orçamento. O Executivo não pode tocar no orçamento. Quem tem a despesa do orçamento, quem empenha é uma Comissão mista de Deputados e Senadores. E o que faz o Secretário do orçamento do Executivo? Executa! E mais ainda: tem que executar milimetricamente. Vamos admitir que o preço do arroz tenha diminuído e que vai se gastar menos em merenda escolar: o Executivo, para gastar menos, tem que pedir licença ao Poder Legislativo. Nem preciso falar para gastar mais… Eu não vou falar de regime parlamentar, porque, aí, é direto. Nós estamos vendo agora a situação nos Estados Unidos. Não importam razões, importa que o Legislativo não cumpriu a data, por razões de questionamento do plano de saúde do Sr. Obama, e parou a administração. Aqui não para. Aqui se tem uma legislação que respalda, e o orçamento do ano anterior passa a ser o orçamento a ser executado.

E, com todas essas facilidades, o Poder Legislativo, no meu tempo, no tempo de antes, no tempo de agora, vota sempre aquela flexibilidade de 30%, 20%. Tudo bem… Com todas essas facilidades, Sr. Presidente, no dia 1º de outubro, não foi apresentada a Lei de Orçamento, no detalhamento que a Lei de Orçamento precisa ser apresentada. Isso daqui é um farrapo, é uma introdução, qualquer pessoa escreve. Eu lembro a V. Exa., Sr. Presidente, que o Presidente Jorge Felippe tem a obrigação, de uma forma vertical, de perguntar ao Executivo onde está o Orçamento de 2014.

Cesar Maia vota contra a lei que privatiza a educação no Rio

No recente Festival de Gramado, a Argentina participou com um filme sobre o exílio de Perón. Vi passagens em que, no seu entorno, procurava precipitar o retorno de Perón à Argentina. Perón disse uma frase que cabe muito nesse momento: “As grandes batalhas políticas se vencem com a força ou com o tempo.” Nesse momento, a força está com quem tem poder.

O tempo, Sr. Presidente, está com quem tem razão. Essa Secretaria Municipal de Educação viveu dois momentos de gigantesca dificuldade. Um deles foi em 35, quando a direita católica exigiu, de Getúlio Vargas, que fizesse uma intervenção na Secretaria Municipal de Educação e demitisse o Secretário, referência em educação para todos nós, Anísio Teixeira. Pedro Ernesto já tinha um mandato eleito, na primeira pelo voto indireto, mas eleito conforme a Constituição de 34. Pedro Ernesto aceitou a demissão de Anísio Teixeira. Getúlio trouxe, em acordo com Alceu de Amoroso Lima, com o Cardeal Paes Leme, para a Secretaria Municipal de Educação, o seu Ministro da Justiça – Francisco Campos, que dois anos depois, seria autor da Polaca, que foi a constituição do golpe de 37. Foi um momento difícil para a educação municipal, que é matriz desde as escolas do imperador, em 1870, no governo do Visconde do Rio Branco. Com a queda da ditadura, esse processo foi superado. Aquilo que Anísio Teixeira implantou no Brasil, o ensino laico voltou. Voltou como parâmetro constitucional. O tempo terminou dando razão e vitória àqueles que defendiam uma escola pública laica.

Nós estamos vivendo, Sr. Presidente, um momento semelhante. Eu diria, mais grave, porque não se trata apenas de um mandamento constitucional que vai corrigir o que está se fazendo hoje aqui nesta Casa, ou seja, a privatização da educação pública, pela primeira vez no Brasil, quando se pasteuriza o magistério em 40 horas. Se observarmos o que dispõe a legislação nacional a respeito dos 30%, de 1/3, de tempo de correção de prova e preparação de aula, é transformar prazo a prazo, o professor num aplicador de fórmulas e de kits, como já vinha acontecendo no caso do ensino de ciências, na Prefeitura do Rio de Janeiro. Porém, isso exige tempo e o tempo corre contra eles! Fica criado o cargo de professor de educação fundamental; fica criado, não é uma extensão! Isso vai cair! Vai cair porque não vai dar tempo para preencher aqueles 93%, não vão ter tempo, não querem, e vão resistir a aderir a essa alternativa.

Como se diz, um professor de licenciatura plena, na educação fundamental – inclusive melhoraram porque tiraram o “infantil” – pode dar aula de Português e de Matemática? Onde já se viu isso? Quando o Sr. Boechat perguntou para o Prefeito Eduardo se os filhos dele poderiam ter aula com um professor de Matemática dando aula de Português, ele disse: Não, de jeito nenhum! Mas, está aqui!

Esse projeto de lei está acabando com o concurso público! Agora, não é mais concurso público, mas uma prova objetiva que é sucedida por etapas em que vale o dobro daqueles que mandam. A superação do chaguismo na escola pública municipal, anos atrás, bem antes de eu ser Prefeito, através do voto da escolha do diretor, termina agora. Agora, quem vai escolher o diretor é um grupo e o artigo delega ao Poder Executivo e, portanto, à Secretaria de Educação, os critérios para a escolha desse grupo.

Ora, pode-se dizer: Mas, aquela Secretária ou aquele Secretário são pessoas capacitadas, sérias… Mas, a vida continua! A vida continua e o chaguismo volta, seja o i-chaguismo, como agora, seja o chaguismo em sua plenitude. Disse o Vereador Messina que haviam “se esquecido” dos aposentados e pensionistas na primeira versão. Depois, houve a correção.

Mas, Sr. Presidente, vamos ler o artigo 50: “Os proventos de aposentadoria e os valores das pensões serão revistos no mesmo percentual e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade”.

A paridade atinge também quando um professor especificamente ou uma categoria é incrementada através de um projeto de lei que beneficia, que estende aos aposentados, mesmo que haja a mudança de denominação que tinham, quando se aposentaram, desse que sofre a vantagem, o incremento. Portanto, está mal redigida. Se a intenção foi essa, está mal redigida.

Por isso, Sr. Presidente, o Democratas e, inclusive, se disse aqui atrás, a coligação Democratas-Solidariedade – o nosso Vereador Tio Carlos está indo para o Partido da Solidariedade, uma opção positiva, discutida conosco intensamente, nesses últimos meses, enfim, a coligação Democratas-Solidariedade votou NÃO! E vai continuar votando NÃO, até porque as emendas que preparamos, já disse a V.Exa., não tivemos o direito de ter apoiamento para colocar da tribuna e tentar convencer as Sras. e os Srs. vereadores. Ficamos com esse direito tolido, cerceado, castrado porque há uma ordem superior de que ninguém deve assinar nenhuma emenda que não seja aquela que o prefeito publicou.

02 de outubro de 2013

VAMOS ENTENDER O IBOPE DE SETEMBRO SOBRE O GOVERNO DILMA!

1. O Ibope mostrou que Dilma melhorou em relação a junho (e se manteve no mesmo patamar de agosto). Os demais candidatos caíram mais de 8 pontos. Quem cresceu foi o “não voto”.

2. Essa melhoria em relação a junho se deveu ao uso do caso da espionagem. 21% dos eleitores se lembram do fato (governo + Petrobras).

3. O Ibope pediu que o eleitor avaliasse todas as funções do governo: saúde, educação, segurança, juros, impostos, inflação, combate a pobreza…

4. O Ibope, nesse relatório de setembro, apresentou gráficos para cada uma dessas funções. Esses gráficos mostram as respostas para as últimas NOVE pesquisas.  Perguntou sobre como o eleitor avalia o governo DILMA para cada uma dessas funções.

5. Vai ser exatamente em setembro que todas as curvas de desaprovação (em vermelho), que TODAS as curvas, empinam fortemente. TODAS!

6. Dessa forma a melhoria de Dilma é meramente virtual, produto do uso publicitário do caso da espionagem. Tanto que sobre as NOTÍCIAS mais desfavoráveis ao governo Dilma essas caem de 55% para 31%, comprovando o que foi dito.

7. Veja cada um dos gráficos copiados das páginas do Ibope, com sua marca.

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PREFEITURA DO RIO:  LEI DE PRIVATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO PASSA! DEM VOTA CONTRA!

1. (Estado de SP, 02) Após uma tumultuada sessão, que durou quase cinco horas, a Câmara de Vereadores do Rio aprovou em segunda votação o projeto de lei 442, de 2013, que institui o Plano de Carreira e Salários dos professores da rede municipal. Votaram a favor 36 parlamentares, e contra apenas 3, todos do DEM: Cesar Maia, Carlo Caiado e Tio Carlos.

2. Nos comerciais na TV, o DEM tem mostrado a dicotomia entre “governo público e governo privado”.

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CENTRALIZAÇÃO NO GOOGLE FACILITA MUITO OS SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO! 

Evgeny Morozov é professor visitante na Universidade de Stanford e professor na New America Foundation – El País 30.

1. Pesquisar sem o Google na Internet é como a socializar sem o Facebook: algo inimaginável. Mas magníficos algoritmos patenteados e alguns funcionários extremamente talentosos, apenas explicam parcialmente a razão por que ambos os campos são dominados por uma única empresa. A verdadeira razão é que tanto o Google como o Facebook entraram nesses territórios rapidamente, acumularam um “tesouro” de dados sobre seus usuários e, agora, estão explorando agressivamente esses dados para fornecer um serviço excepcional que seus concorrentes simplesmente não podem igualar, por mais inovadores que sejam seus modelos de negócio.

2. Em outras palavras, a escolha que temos diante de nós está entre um futuro em que o Google e o Facebook continuem dominando seus principais mercados, acumulando mais e mais dados de seus usuários, e um futuro no qual o poder dessas empresas seja controlado pela concorrência. Por enquanto, os usuários têm pouca escolha a não ser ficar com o Google e com o Facebook, já que os dados de usuários que eles possuem realmente produzem melhores resultados de pesquisa e conexões sociais mais valiosas.

3. O obstáculo mais importante é convencer as NSA deste mundo que é para seu próprio interesse, o que claramente não acontece. Os agentes secretos estão encantados com a atual centralização das telecomunicações, que permite que alguns poucos canais sigam absorvendo dados de usuários e organizando gentilmente os dados para sua captura pela NSA. Um mercado realmente competitivo de busca e de redes sociais seria uma verdadeira dor de cabeça para os serviços de inteligência.

4. Além disso, se os dados mais íntimos ficassem em poder de outra agência pública devidamente supervisionada – que se dedicaria a protegê-los contra o abuso desnecessário e que possuísse autoridade legal suficiente para negar o acesso a eles diante das descabidas exigências da NSA – realmente poderia ajudar a proteger a privacidade do usuário e também domar a propagação do aparato de segurança nacional. Uma proposta pouco modesta? Talvez. Mas com tantos limões com a marca NSA, bem que poderíamos fazer uma limonada.

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CONSUMIDORES INADIMPLENTES REINCIDENTES: 56,4%!

(Estado de SP, 01) 1. A reincidência do calote é elevada. Mais da metade (56,4%) dos consumidores que limparam o nome voltou a ficar inadimplente um ano após ter renegociado a dívida, segundo estudo feito entre setembro de 2011 e maio deste ano pela Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).

2. Num prazo mais curto, de três meses, três em cada dez consumidores que renegociaram suas dívidas ficaram novamente inadimplentes. O trabalho foi realizado na base de dados da companhia, que reúne 350 milhões d e informações comerciais sobre consumidores e empresas, a maioria de CPFs.

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EXPORTAÇÕES PARAGUAIAS EM 2013 ATÉ AGOSTO!

(ABC, 30) Centro de Análisis y Difusión de la Economia Paraguaya (Cadep). Para a União Europeia (UE, 27): 25% do total / Para os membros plenos do Mercosul: 19% / Para a Rússia 13% / Para os países associados ao Mercosul (Bolívia, Venezuela, Equador, Peru e Chile): 10% / Nafta (EUA, México e Canadá): 8,5% / Demais 24,5%.

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MÉXICO: 105 MIL SEQUESTROS EM 2012!

(El País, 02) No México em 2012, foram cometidos 105 mil sequestros, de acordo com estimativa do Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI), um número cem vezes maior que os dados informados pelo governo (1.000 sequestros no ano). O dado revela que o problema é muito maior do que se pensava. O mesmo estudo informa que foram cometidos 21,6 milhões de delitos no ano passado, mas que 92% deles não foram registrados.

01 de outubro de 2013

TRÊS NOTAS POLÍTICAS ÀS VÉSPERAS DO LIMITE PARA O DOMICÍLIO PARTIDÁRIO, ELEITORAL E CRIAÇÃO DE PARTIDOS!

1. De 1955 até 2010 em todas as eleições presidenciais diretas havia sempre um candidato de S. Paulo. Ademar de Barros (1955), Janio Quadros (1960), Ulysses/Covas (1989), Fernando Henrique Cardoso (1994 e 1998), José Serra (2002), Geraldo Alckmin (2006), José Serra (2010). Se Serra ficar no PSDB, 2014 será a primeira eleição presidencial em 60 anos que S. Paulo não terá candidato.

2. Na Itália desde Prodi e na Grã-Bretanha desde Blair, os partidos passaram a convidar líderes temáticos e sociais, intelectuais…, para se candidatar a deputado federal, garantindo a vaga, o que é possível em voto distrital e em lista. Esses têm autonomia para defender no parlamento as teses que defendem em suas atividades. Aqui no Brasil os partidos convidam nomes famosos do esporte, da cultura e da TV para agregar legendas a suas chapas. Não há qualquer tipo de formalidade programática. Com a Copa e as Olimpíadas cresceram os nomes de esportistas famosos convidados para engrossar a legenda dos partidos.

3. Os ministros do TSE que aprovaram o novo partido Solidariedade foram explícitos: vale o boletim dos TREs acusando o número de eleitores que apoiam o novo partido. E sublinharam que não têm como julgar fatos específicos. Tem que ser coerentes com a lei e resoluções do TSE em outros casos. Os cartórios eleitorais analisam, enviam aos TREs, estes emitem o boletim ao TSE que é basicamente quantitativo. E é isso que vale. Se Marina não conseguir o número de apoiamentos, seu partido Rede não será aprovado.

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PESQUISA IBOPE/RBS NO RIO GRANDE DO SUL, 24-27/09 – 1008 ENTREVISTAS!

1. Governador –Tarso Genro PT 27%, Ana Amélia PP 26%, Demais 10%. “Não voto” 37% / Segundo Turno: Ana Amélia 38%, Tarso Genro 23%, “Não Voto” 39%.

2. Presidente- Dilma 34%, Marina 16%, Aécio 15%, Eduardo Campos 3%, “Não Voto” 31%.

3. Presidente- Lula 26% (!!!!), Marina 19%, Aécio 15%, Eduardo Campos 4%, “Não Voto” 37%.

4. Sem Marina: Dilma 34%, Aécio 18%, Eduardo Campos 5%, “Não Voto” 43%.

5. Avaliação Governador Tarso Genro: Ótimo+Bom 34%, Ruim+Péssimo 22%.

6. Avaliação Presidente Dilma: Ótimo+Bom 41%, Ruim+Péssimo 21%.

7. Maiores problemas do RS: Saúde 33%, Educação 17%, Estradas 8%, Segurança Pública 7%, Corrupção 6%…

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VOLTA REDONDA: PESQUISA DO INSTITUTO ORBITAL – AGOSTO 2013! 400 ENTREVISTAS!

1. Volta Redonda é o município polo do sul fluminense que desde os anos 50 até os anos 90 teve a maior siderúrgica do Brasil e foi indutor da industrialização na região.

2. Avaliação do Prefeito Neto: Ótimo+Bom 34,5%. Ruim+Péssimo 61,1% / Avaliação do Governador Cabral: Ótimo+Bom 29,8%. Ruim+Péssimo 61% / Presidente Dilma: Ótimo+Bom 50,3%. Ruim+Péssimo 45,1%.

3. Presidente Dilma acertou ao trazer médicos estrangeiros para o SUS? Concordam 33,8% – Discordam 57,6% / Governo Dilma está fazendo o melhor que pode para atender as demandas da população? Concordam 22,3% – Discordam 67,3% / Impostos no Brasil são muito altos? SIM 94,8%.

4. Partidos políticos NÃO representam os interesses da população. Concordam 81,5% / Protestos são uma tentativa da oposição de prejudicar governo? NÃO 60,6% – SIM 28,8%.

5. Manifestações no País: a favor 74,5% – contra 24,8% / População deve continuar protestando?  Sim 81,8% / Manifestações estão fazendo os políticos ouvirem a população? SIM 72,3% / As ações da polícia para conter os manifestantes são erradas? SIM 56% – NÃO 29,8% /  A população só é ouvida com violência. Discordam 80,3%.

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CIDADE DE S. PAULO PROPÕE AUMENTO DE 24% DO IPTU, R$ 1,65 BILHÃO DE SUBSÍDIO ÀS EMPRESAS DE ÔNIBUS E CONGELAMENTO DE TARIFA!

(Estado de SP, 01) A cidade de São Paulo vai gastar R$ 1,65 bilhão só em subsídios dados às empresas de ônibus, segundo Projeto de Lei Orçamentária de 2014. Neste ano, o subsídio ao transporte público deve fechar em cerca de R$ 1,2 bilhão. Após Haddad rever o aumento da passagem, de R$ 3,20 para R$ 3, houve necessidade de aumento do subsídio. Passagem de ônibus continuará a ser de R$ 3 ficando congelada em 2014.

(Folha de SP, 01) O valor de IPTU pago por donos de imóveis em São Paulo ficará em média 24% mais caro em 2014, conforme previsão anunciada pela gestão Fernando Haddad (PT).  O reajuste ficará bem acima da inflação acumulada nos últimos 12 meses, de 6,5% pelo IPCA (índice do IBGE).  O aumento é previsto no projeto de Orçamento encaminhado por Haddad ontem à Câmara e representa o que a prefeitura estima ganhar com a arrecadação do tributo no ano que vem, chegando próximo de R$ 6,8 bilhões (aumento de R$ 1,3 bilhão).

(Ex-Blog) Com tantos corredores de ônibus implantados e anunciados em S. Paulo, aumenta o IPK (índice de passageiros por km) e, com isso, não se justifica tamanho aumento do subsídio e do IPTU nessa proporção.

(Ex-Blog) Atenção Haddad! Você se lembra da MARTAXA?

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PROTESTOS CONTRA CABRAL NAS REDES EM AGOSTO FORAM NO BRASIL TODO!

(Globo Online, 30) 1. Estudo do pesquisador Pedro Belchior, de 28 anos, do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Direito Rio. Ele traçou um perfil das principais preocupações e prioridades dos brasileiros na internet durante e depois das manifestações. De junho a setembro, Belchior analisou 1.663.281 comentários no Twitter, Facebook, YouTube, Google e Instagram. Com o julgamento dos embargos infringentes pelo STF, o caso do mensalão em setembro, o tema corrupção ganhou destaque.

2. Em agosto, o governador Sérgio Cabral liderou as reclamações nas redes sociais. Foram monitoradas 225.772 comentários. Cabral ficou com 27.522 (12,19%). A Segurança veio logo em seguida com 26.212 (11,61%). A Saúde novamente foi lembrada com 21.132 (9,36%) comentários; Educação, com 20.296 (8,99%); e corrupção, com 14.201 (6,29%). — As reivindicações contra Cabral não foram apenas de moradores do Rio. As reclamações tomaram conta do Brasil inteiro — ressaltou Pedro Belchior.

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ENVIADO DE KARL MARX A BUENOS AIRES APÓS 1864 INFORMOU QUE ASCENSÃO SOCIAL/MICRO-EMPRESA IMPEDIA O SOCIALISMO!

(Horacio Tarcus – Historiador pesquisador de Karl Marx – Revista Ñ- Clarín, 29) Sobre o enviado de Karl Marx a Buenos Aires em nome da Primeira Internacional, de 1864. “Aparece na própria imprensa da época essa discussão sobre as condições econômico-sociais do país para que se implante uma cultura socialista. Wilmart, em três cartas que envia a Marx, evidencia seu crescente ceticismo com respeito à possibilidade de que cresça uma seção local da Associação Internacional dos Trabalhadores (Primeira Internacional, 1864). Wilmart diz que em Buenos Aires jogam contra, as muitas possibilidades que existem de converter-se em pequeno patrão. Isto gera uma ilusão de ascenso social que de algum modo atenta contra a consolidação do socialismo.“

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ZONA DE LIVRE COMÉRCIO EM XANGAI! 

(El País, 30) 1.  A China, no último domingo, deu um novo passo histórico na abertura ao mundo de seu sistema econômico e financeiro, com o lançamento oficial de sua nova zona de livre comércio em Xangai, uma área experimental com o objetivo de revolucionar seu próprio peso na economia mundial.

2. Xangai, que é a capital financeira e comercial da China e tem o porto comercial mais movimentado do mundo, passa a ter, a partir de agora, uma área onde experimentará formalmente e fora das fronteiras chinesas, o que acontece ao permitir o livre câmbio do yuan, ou deixar as taxas de juro nas mãos do mercado.

3. Depois de uma cerimônia com a presença do ministro do Comércio chinês, Gao Hucheng, juntamente com o secretário-geral do Partido Comunista da China (PCC) em Xangai, Han Zheng, a nova área começou a funcionar como tal, e para isso terá regras especiais diferentes do resto do país, pelo menos até 2016.

4. A ideia do governo chinês é que durante os primeiros três anos, a zona servirá para testar reformas econômicas e um sistema de regras que permita realizar com sucesso outras etapas de abertura, de modo que em 2016 se avalie seu desempenho, explicou Dai Haibo, secretário-geral do governo de Xangai.